A União Europeia não voltará a financiar estruturas islamistas na Síria, e diz que o fim das sanções dependerá da transição política no país. Os avisos marcaram a visita a Damasco dos chefes da diplomacia alemã e francesa. No Médio Oriente, o dia foi ainda dominado por outro ataque dos Houthis do Iémen a Israel.
As sirenes de alerta soaram ao final da madrugada em Telavive e em Jerusalém. O sistema de defesa antiaérea intercetou um míssil balístico lançado pelos Houthis do Iémen. A queda dos destroços provocou apenas prejuízos materiais mas o lançamento do míssil foi celebrado na capital iemenita.
Em duas semanas, foi já o oitavo ataque a solo israelita do movimento xiita financiado pelo Irão e que levantou as armas em apoio do Hamas e da causa palestiniana.
Na Faixa de Gaza, Israel mantém a ofensiva focada no norte e centro do território. Acusa o Hamas de usar a população como escudo humano em escolas e abrigos para civis.
Os bombardeamentos das últimas horas provocaram dezenas de vítimas, dizem os serviços de saúde de Gaza.
No Médio Oriente, o dia ficou ainda marcado pela visita à Síria dos chefes da diplomacia de França e da Alemanha.
Em representação da União Europeia, reuniram-se com Ahmed al-Sharaa, o líder da coligação rebelde que derrubou o regime de Bashar al-Assad, deixaram o apelo a uma nova ordem política.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, advertiu os novos dirigentes da Síria de que a Europa não financiará a criação de instituições islamitas no país.
"A Europa dará o seu apoio, mas não financiará novas estruturas islamitas", avisou Baerbock, numa visita com o homólogo francês a Damasco, onde se reuniu com o novo líder sírio, Ahmad al-Sharaa, no palácio presidencial da capital síria.
Os ministros francês e alemão dos Negócios Estrangeiros visitaram ainda a prisão de Sednaya onde estiveram presos, foram mortos ou desapareceram milhares de opositores de Bashar al-Assad, mas não assistiram à manifestação desta sexta-feira na capital Damasco.
Centenas de sobreviventes do cativeiro, da repressão e das torturas celebraram a liberdade na capital da Síria.