As apar�ncias enganam tamb�m no mundo da culin�ria: apesar do nome e do aspecto de suas sementes, o trigo sarraceno n�o guarda parentesco algum com o trigo ou com outros cereais. Da mesma fam�lia do ruibarbo e da bardana, essa planta r�stica � cultivada h� tempos como substituta do arroz e do trigo verdadeiro.

"Crescendo rapidamente mesmo em condi��es desfavor�veis, � mais usada em regi�es de clima frio ou solo pobre", explica Alan Davidson, na enciclop�dia "The Oxford Companion to Food".

Nativo da �sia, o trigo mouro ou preto, como tamb�m � conhecido, foi por s�culos alimento para os japoneses que moram em regi�es montanhosas do pa�s. Hoje, a R�ssia � o maior produtor e consumidor.

Seu uso na culin�ria internacional � amplo, tanto na forma de gr�os descascados quanto como farinha. Ap�s lavado, o gr�o inteiro pode ser cozido da mesma forma que o arroz e consumido puro, em saladas ou como mingau, com frutas.

Triturado, � usado em sobremesas que v�o ao forno e em tortas e biscoitos. Essa farinha, entretanto, n�o pode ser usada sozinha para fabricar p�es, pois n�o cont�m gl�ten pelo mesmo motivo, est� liberada para portadores de doen�a cel�aca.

Com ela, � produzida uma massa chamada "soba", consumida no Jap�o h� mais tempo do que o macarr�o de trigo comum. Geralmente servido frio, acompanhado de legumes e ervas, chega � mesa com um molho � base de shoyu e peixe seco.

Voltando ao in�cio, o trigo sarraceno tamb�m se assemelha aos cereais verdadeiros em termos nutricionais. Assim como o trigo e a cevada, tem flavon�ides, que s�o antioxidantes. "Eles diminuem o enrijecimento das art�rias e ajudam a elevar o colesterol HDL (o "bom") e a abaixar o LDL (o "mau")", afirma Marcos Knobel, presidente do Comit� do Selo de Aprova��o da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e coordenador da unidade coron�ria do Hospital Albert Einstein. "Por outro lado, sua utiliza��o � dificultada pela falta de h�bito do brasileiro."

• Receita da chef Ina de Abreu.

• O molho tar� � vendido em lojas de produtos orientais.

1. Cozinhe a minicenoura, o br�colis e a vagem no vapor por seis minutos. Reserve.
2. Em uma panela, coloque o azeite, a cebola-roxa fatiada, o alho, o gengibre e a pimenta dedo-de-mo�a e salteie o palmito. Refogue em fogo baixo at� a cebola murchar.
3. Aumente o fogo e acrescente a cebolinha, o nir� e os legumes pr�-cozidos. Adicione a acelga e deixe tudo no fogo at� que ela murche.
4. Cozinhe a massa em �gua por tr�s minutos. Escorra, lave e adicione um fio de �leo. Misture os ingredientes do molho e leve ao fogo. Adicione � massa os legumes e meia x�cara de molho. Misture.