Saltar para o conteúdo

Etanol como combustível no Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Selo postal de 1980, em comemoração ao Programa Nacional do Álcool (Proálcool).

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol combustível e segundo maior exportador mundial. Juntos, Brasil e Estados Unidos lideram a produção industrial de etanol, representando em conjunto 82,4% da produção mundial em 2021.[1][2]

O país é classificado como a primeira economia sustentável com base em biocombustíveis do mundo, além de ser um líder da indústria de biocombustíveis,[3][4][5][6] um modelo para outros países; e seu etanol de cana-de-açúcar é considerado "o combustível alternativo mais bem-sucedido até o momento."[7] No entanto, alguns autores consideram que o modelo brasileiro só é sustentável no Brasil devido à sua tecnologia agroindustrial avançada e devido a enorme quantidade de terra arável disponível em seu território;[7] enquanto de acordo com outros autores, o etanol brasileiro seria uma solução apenas para alguns países da zona tropical da América Latina, Caribe e África.[8][9][10]

O programa de etanol combustível do Brasil é baseado na tecnologia agrícola mais eficiente para o cultivo de cana-de-açúcar no mundo[11] e utiliza equipamentos modernos e plantas baratas como matéria-prima, enquanto o bagaço residual é usado para produzir calor e energia, o que resulta em um preço muito competitivo e também em um equilíbrio de alta energia (produção de energia/energia gasta), que varia de 8,3 para condições médias a 10,2 na produção com melhores práticas.[5][12] Em 2010, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) designou o etanol brasileiro como um biocombustível avançado, devido à sua redução de até 61% das emissões totais na análise do ciclo de vida de gases do efeito estufa, incluindo emissões diretas através de mudanças no uso indireto da terra.[13][14]

Já não há quaisquer veículos leves no Brasil rodando apenas através de gasolina.[carece de fontes?] Desde 1976, o governo tornou obrigatória a mistura de etanol anidro à gasolina, oscilando, inicialmente, entre 10% e 22% e, atualmente, entre 18% e 27,5%,[15][16] e que requer apenas um pequeno ajuste em motores a gasolina normais. Em 1993, a mistura obrigatória foi fixada por lei em 22% de etanol anidro (E22) em volume em todo o país, mas com uma margem de manobra dada ao poder executivo para definir diferentes porcentagens de etanol, dentro dos limites pré-estabelecidos. Em 2003, esses limites foram fixados a um mínimo de 20% e um máximo de 25%.[17] A partir de julho de 2007, a mistura obrigatória passou a ser de 25% de etanol anidro e 75% de gasolina (E25).[18] O limite inferior foi reduzido para 18% em abril de 2011, devido à recorrente escassez de oferta de etanol e os preços elevados que ocorrem entre as épocas de colheita. Desde 2015, a mistura passou a ser de 27,5%.[19][20][16]

Evolução histórica das misturas de etanol usadas no Brasil (1976-2015)
Ano Mistura Ano Mistura Ano Mistura
1931 E5 1989 E18-22-13 2004 E20
1976 E11 1992 E13 2005 E22
1977 E10 1993–98 E22 2006 E20
1978 E18-20-23 1999 E24 2007[15][18] E23-25
1981 E20-12-20 2000 E20 2008[18] E25
1982 E15 2001 E22 2009 E25
1984–86 E20 2002 E24-25 2010[21] E20-25
1987–88 E22 2003 E20-25 2011[19] E18-E25
2015[22] E27
Fonte: J.A. Puerto Rico (2007), Table 3.8, pp. 81–82[15]

Nota: A redução de 2010 de E25 para E20 foi temporária e ocorreu entre
fevereiro e abril.[21] O piso mínimo da mistura foi reduzido para E18 em abril de 2011.[19]

A indústria de transformação brasileira desenvolveu veículos flex, que podem rodar com qualquer proporção de gasolina e etanol hidratado (E100).[23] Lançados no mercado em 2003, os veículos flex tornaram-se um sucesso comercial,[24] alcançaram um recorde de participação de 92,3% de todos os carros novos e vendas de veículos leves em 2009.[25] A produção cumulativa de automóveis flex atingiu a marca de 10 milhões de veículos em março de 2010[26][27] e de 15,3 milhões de unidades em março de 2012, e 40 milhões em 2023.[28] Em meados de 2010, havia 70 modelos de veículos flex disponíveis no mercado, fabricados por 11 grandes fabricantes de automóveis.[29] O sucesso dos veículos "flex", em conjunto com a mistura E25 obrigatória em todo o país, permitiu que o consumo de álcool combustível no país atingisse uma quota de mercado de 50% da frota de carros movidos a gasolina em fevereiro de 2008.[30][31] Em termos de energia equivalente, o etanol de cana representou 17,6% do consumo total de energia do país no setor dos transportes em 2008.[32]

Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) pronta para a safra, Ituverava, São Paulo.

Os primeiros usos práticos do etanol deram-se entre meados dos anos 1920 e início dos anos 1930. Mas somente nos anos 1970, com a crise do petróleo, o Brasil passou a usar maciçamente o etanol como combustível. Na segunda metade da década de 1980 por diversos motivos ocorreu uma forte retração no consumo de álcool combustível. Atualmente uma combinação de fatores como a preocupação com o meio ambiente e a esperada futura escassez de combustíveis fósseis levaram a um interesse renovado pelo etanol.

Primeiras experiências

[editar | editar código-fonte]

A primeira experiência de uso do etanol como combustível no Brasil aconteceu em 1925.[33] Neste ano, um automóvel adaptado para funcionar com álcool etílico hidratado foi intensamente testado.[33] A responsável por esta experiência foi a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (futuro Instituto Nacional de Tecnologia).[34]

A Usina Serra Grande Alagoas (USGA) foi a primeira do país a produzir etanol combustível em 1927.[35] No início da década seguinte com a queda nos preços do petróleo, este empreendimento não teve condições de prosseguir. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, João Bottene[36] desenvolveu um combustível a base de álcool e óleo de mamona para auxiliar os revolucionários. Anteriormente ele já adaptara veículos para utilizarem etanol. Mais tarde fabricou uma locomotiva movida a álcool e adaptou um avião para funcionar com este combustível.[37]

Apesar destas experiências bem sucedidas com o etanol, o uso deste como combustível acabou por ser posto de lado. Tanto que, durante a II guerra mundial o Brasil optou pelo gás de síntese produzido por gasogênios[38] como alternativa à gasolina para os automóveis.

Em 1974, a TENENGE (Técnica Nacional de Engenharia) organizou uma equipe de tecnologia chefiada por Miguel Mauricio da Rocha Neto e composta pelos engenheiros Vito Pecori, Luigi Fornoni e Luiz Eugênio Coli. Essa equipe desenvolveu uma escuderia de competição automobilística para testar e aprimorar o motor a álcool no Brasil. A TENENGE forneceu a tecnologia do motor à álcool para todas as escuderias que disputavam o Campeonato Paulista da Divisão 1 e realizou a primeira corrida no Brasil com carros movidos 100% a álcool, em outubro de 1976, mostrando a viabilidade do projeto. Para a realização dessa competição, Miguel Mauricio da Rocha Neto, diretor da TENENGE, solicitou autorização do presidente do Conselho Nacional do Petróleo (CNP) no governo Geisel, General Oziel Almeida Costa e do presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), General Alvarez Tavares do Carmo.[39][40][41][42]

Crise do petróleo e Programa Nacional do Álcool

[editar | editar código-fonte]
Primeiro protótipo de veículo equipado com motor a álcool (um Dodge 1800), em exposição no Memorial Aeroespacial Brasileiro de São José dos Campos.
Fiat 147, o primeiro automóvel produzido em série equipado com motor a álcool.[43]

Em 14 de novembro de 1975 o decreto n° 76.593 cria o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), sendo os engenheiros Lamartine Navarro Júnior e Cícero Junqueira Franco considerados "os pais do Proálcool", acompanhado pelo empresário Maurílio Biagi. O programa de motores a álcool foi idealizado pelo físico José Walter Bautista Vidal e pelo engenheiro Urbano Ernesto Stumpf.[44][45]

O programa substituiu por álcool etílico a gasolina, o que gerou 10 milhões de automóveis a gasolina a menos rodando no Brasil, diminuindo a dependência do país ao petróleo importado. A decisão de produzir etanol a partir da cana-de-açúcar por via fermentativa foi por causa da baixa nos preços do açúcar na época. Foram testadas outras alternativas de fonte de matéria-prima, como por exemplo a mandioca. A grande disponibilidade de álcool nesse período rendeu a pesquisadores a possibilidade de estudos da alcoolquímica,[46] análoga da petroquímica baseada no petróleo, como, por exemplo, estudos sobre a viabilidade da produção de óxido de etileno e monômeros a partir do etanol, matérias-primas básicas para a produção de uma gama de compostos químicos usados no dia a dia.[45]

Com a substituição do combustível, os automóveis precisaram passar por alterações. Como exemplo, os tubos tiveram seu material substituído; o calibre do percurso de combustível teve de ser aumentado; por causa do poder calorífico menor do álcool, foi necessário instalar injeção auxiliar a gasolina para partida a frio; o carburador teve de ser feito com material anticorrosivo, assim como a bomba de combustível, que passou a ser composta de cádmio. O primeiro automóvel produzido em série, equipado com motor a álcool, foi Fiat 147 lançado em 1979.[43][45]

O programa começou a ruir à medida que o preço internacional do petróleo baixava, tornando o álcool combustível pouco vantajoso tanto para o consumidor quanto para o produtor. Para agravar o problema, o preço do açúcar começou a aumentar no mercado internacional na mesma época em que o preço do petróleo baixava, fazendo com que fosse muito mais vantajoso para os usineiros produzir açúcar no lugar do álcool. E, por causa disso, começou a faltar regularmente álcool combustível nos postos, deixando os donos dos carros movidos a combustível vegetal sem opções. Essas sucessivas crises de desabastecimento, aliadas ao maior consumo do carro a álcool e o menor preço da gasolina, levaram o pró-álcool a descrença geral por parte dos consumidores e das montadoras de automóveis, e desde então, a produção de álcool combustível e de carros movidos a esse combustível entrou em um declínio que parecia não ter fim, chegando ao ponto de a maioria das montadoras não oferecerem mais modelos novos movidos a álcool.[45]

O VW Gol 1.6 Total Flex modelo 2003 foi o primeiro veículo de combustível flexible desenvolvido e comercializado no Brasil, com capacidade de operar com qualquer mistura de gasolina (E20-E25) e etanol (E100).

No início do século XXI, na certeza de escassez e de crescente elevação no preço dos combustíveis fósseis, priorizam-se novamente os investimentos na produção de etanol por um lado e, por outro, um amplo investimento na pesquisa e criação de novos biocombustíveis. Diante de uma situação nacional antiga e inconstante, justamente causada pelas altas e baixas do petróleo, as grandes montadoras brasileiras aprofundaram-se em pesquisas e, dessa forma, lançaram uma tecnologia revolucionária: os carros dotados de motor bicombustível, fabricados tanto para o uso de gasolina quanto de álcool.

A tecnologia flex-fuel já estava em testes de adaptação no Brasil desde meados da década de 1990, porém por falta de regulamentação governamental, esses modelos não podiam ser vendidos ao público. Essa regulamentação só saiu no final de 2002, e logo no início de 2003 a VW apresentou ao mercado o primeiro carro flexível em combustível, o Gol Total-Flex, rapidamente seguida pela General Motors, com o seu Chevrolet Corsa FlexPower. Desde então, salvo algumas exceções, todas as montadoras instaladas no Brasil produzem carros bicombustíveis.

Em 2023, esses modelos representam 85% da frota de veículos leves circulante no País., colocando novamente o Brasil na vanguarda do chamado combustível verde, atingindo a marca de 40 milhões de veículos flex produzidos e comercializados.[47]

De 2002 a 2011 não houve quedas na produção do etanol no centro-sul do Brasil.[48]

Até 2010, o Brasil era o maior exportador do mundo, quando foi superado pelos Estados Unidos.[49]

Em 2011, o Brasil produziu 21,1 bilhões de litros (21,1 milhões de m³), o que representava 24,9% do total de etanol do mundo usado como combustível.[49]

O país passou a produzir álcool combustível da celulose (etanol de 2ª geração) em Setembro de 2014, quando a primeira usina para a produção de etanol celulósico entrou em operação na cidade de São Miguel dos Campos em Alagoas.[50]

Em 2017, com a Lei nº 13.576/2017, foi instituído o RenovaBio, uma Política Nacional de Biocombustíveis, com o objetivo de contribuir para o cumprimento dos compromissos firmados pelo Brasil no do Acordo de Paris; promover a adequada expansão dos biocombustíveis na matriz energética, com ênfase na regularidade do abastecimento de combustíveis; assegurar previsibilidade para o mercado de combustíveis, induzindo ganhos de eficiência energética e de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa na produção, comercialização e uso de biocombustíveis.[51]

O RenovaBio estabelece metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, como forma de incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.[51]

Na década de 2020, tanto o etanol quanto o vinhoto (resíduo da sua produção) surgem como opções para a produção do "hidrogênio verde".[52][53] O hidrogênio é classificado como "verde", quando gerado através de fontes energéticas "limpas".[54] Pesquisas são conduzidas para possibilitar o abastecimento de células de combustível automotivas, com álcool combustível, como alternativa ao hidrogênio puro.[55][56]

Em 2021, a produção total de etanol totalizou 30 milhões de m³ (27,5% da produção mundial). A Região Sudeste é a maior produtora nacional de etanol, com volume de 15,1 milhões de m³ (50,5% da produção brasileira), com o estado de São Paulo respondendo por 40,3% da produção nacional. A Região Centro-Oeste produziu 11,55 milhões de m³ (38,5%).[20][57]

Do total produzido em 2021, o etanol anidro correspondeu a 11,4 milhões de m³ e o etanol hidratado, 18,6 milhões de m³.[20]

Em 2021, o Brasil importou 432,3 mil m³ de etanol, em especial dos Estados Unidos (62,3%) e exportou 1,94 milhão de m³, em especial para a Coreia do Sul, Estados Unidos e Países Baixos.[20]

Em 2021, o etanol representou 5,9% do consumo final de energia por fonte no país e 17,4% do consumo de energia nos transportes (o biodiesel teve 5,2% de participação). No mercado de veículos leves, o etanol hidratado representou 40% do consumo.[58][59]

Características do mercado brasileiro

[editar | editar código-fonte]
O álcool está disponível em todos os postos do país. Posto típico da Petrobras em São Paulo, com fornecimento de álcool (marcado A) e gasolina comum (marcada G).

A indústria automobilística brasileira desenvolveu veículos que funcionam com flexibilidade no tipo de combustível, que são conhecidos na língua inglesa como "full flexible-fuel vehicles" (FFFVs), ou simplesmente "flex", no Brasil, pela sua capacidade do motor funcionar com qualquer proporção na mistura de gasolina e álcool. Disponíveis no mercado desde 2003, os veículos flex resultaram em sucesso comercial,[24] e já em Agosto de 2008, a frota de automóveis e veículos comercias leves tipo "flex" tinha atingido a marca de 6,2 milhões de veículos, representando 23% da frota automotriz do Brasil.[60] O sucesso dos veículos "flex", conjuntamente com a obrigatoriedade ao nível nacional de usar de 20 a 25% do álcool misturado com gasolina convencional (E20-E25), permitiu ao etanol combustível superar o consumo de gasolina em Abril de 2008.[4][4][30][61]

Para melhorar a eficiência dos motores a álcool, novas tecnologias ainda são desenvolvidas.[62] Experiências indicam que o uso de álcool vaporizado como combustível é uma alternativa promissora.[63] Esta seria uma forma de reduzir consumo e emissões e, ao mesmo tempo, obter ganhos de potência nestes motores (ver: estequiômetro e motor a álcool pré-vaporizado).

O consumo do álcool representou quase 18% da matriz de combustíveis veiculares em 2006 (a matriz inclui os veículos que utilizam óleo diesel).[64][65] No Brasil, o refino do etanol é controlado pela Raízen, uma joint-venture entre Shell e Cosan, São Martinho, Bunge e Braskem.

Comparação entre a produção de etanol nos Estados Unidos e Brasil

[editar | editar código-fonte]
Comparação das principais caraterísticas
da indústria do etanol nos Estados Unidos e Brasil
Característica  Brasil  Estados Unidos Unidades/comentário
Matéria prima (insumo agrícola) cana-de-açúcar Milho
Matéria prima (química) Glicose (monossacarídeo) Amido
Produção total de etanol (2008)[66] 6,472 9,000 Milhões de galões líquidos (EUA).
Total terras aráveis[67] 354 270(1) Milhões hectares.
Área total plantada do cultivo para produzir etanol[67][68] 3,6 (1%) 10 (3,7%) Milhões hectares (% total arável) em 2006.
Productividade per hectare plantada[3][67][68][69] 6,800-8,000 3,800-4,000 Litros de etanol per hectare produzidos.
Balanço energético (produtividade energética)[5][68] 8,3 a 10,2 vezes 1,3-1,6 vezes Relação da energia produzida sobre a energia gasta na produção do etanol
Redução das emissões de gases de efeito estufa[2][68][70] 86-90%(2) 10-30%(2)  % de emissões evitadas ao substituir gasolina por álcool, sem mudanças nos usos dos solos.
Tempo para restituir o carbono pelo uso de terras novas[71] 17 anos(3) 93 anos(3) Cenários com mudanças no uso do solo por Fargione et al.[72]
Frota de veículos flex (autos e comercias leves)[60][73] 8,2 milhões 8,0 milhões Somente automóveis e camionetes. Brasil em Julho de 2009 (frota usa E25 a E100) e Estados Unidos no início de 2009 (usa somente E85).
Postos de combustível com venda de etanol no país[3][4] 33.070 (100%) 1.963 (1%) % do total de postos em cada país. Em Dezembro 2007 para Brasil e Março 2009 para os Estados Unidos.[74]
Participação do etanol no mercado de combustível[30][61][75] 50%(4) 4% % do consumo total em base volumétrica. Brasil até Abril/2008 e ano 2006 para os Estados Unidos.
Custo de produção (USD/galão)[3] 0,83 1,14 2006/2007 para o Brasil (22¢/litro), 2004 para os Estados Unidos (35¢/litro).
Subsídio agrícola (em USD)[4][67] 0 0,45/glão Estados Unidos desde 1 de janeiro de 2009. No Brasil a produção do etanol já não tem subsídios.
Tarifas de importação (em USD)[3][5] 0 0,54/galão Até 30 de abril de 2008, o Brasil não importa etanol, os Estados Unidos importam, a maioria do Brasil.
Notas: (1) Somente Estados Unidos contíguo (excluindo Alasca) (2) Presume que não tem mudanças no uso do solo.[70] (3) Presume mudanças nos usos do solo na lavoura de cana de açúcar no cerrado brasileiro e do milho na pradaria central americana.[72] (4) Quando inclusos os veículos de motor diesel, o uso do etanol no setor viário foi perto de 18% em 2006.[64][65]

Produção industrial

[editar | editar código-fonte]
Vista panorâmica da Destilaria Costa Pinto em Piracicaba, fábrica que produz açúcar e etanol combustível além de outros tipos de álcool.

A importância do etanol como combustível no Brasil remonta ao século XX, mas sua importância econômica como um todo é bem mais antiga, estando associada a produção de açúcar no século XVI e posteriormente a produção de aguardente. Foi apenas no século XIX, na Alemanha e na França que técnicas industriais de produção de etanol como combustível foram desenvolvidas. Em fins do século XIX, tinha início a produção de etanol combustível no Brasil. Mas, foi apenas na Primeira Guerra Mundial (1914/1918) que a produção de etanol combustível ganhou destaque no mundo, sendo utilizado como combustível líquido de motores a explosão. No Brasil, seria apenas a partir de 1929 com o Crash da Bolsa de Nova York e o surgimento de crises econômicas no planeta inteiro que o excedente da produção de açúcar e e seus subprodutos seria direcionado para produção de etanol combustível. A dificuldade de importação de combustíveis em decorrência da crise e pela falta de divisas forçou o Brasil a buscar soluções e alternativas, e o etanol combustível foi uma das mais proeminentes. Nos anos que precederam a Segunda Guerra Mundial, ainda no Governo Provisório de Getúlio Vargas em 1931, estabeleceu-se a obrigatoriedade de mistura-se ate 5% de etanol à gasolina (Decreto 19.717) como forma de economizar divisas na importação de combustíveis. Com a deflagração da Segunda Grande Guerra, o etanol combustível ganhou ainda mais proeminência, mas com o fim do conflito em 1945, e a normalização da produção e do comércio de combustíveis, em especial a gasolina ele viria a perder parte da importância adquirida na década anterior. Foi somente em 1974 com a Crise do Petróleo que o governo militar brasileiro enxergou a necessidade de solucionar o problema do Brasil em relação à importação de combustíveis. Foi lançado então o programa Pró-álcool que finalmente transformaria a produção de etanol combustível no Brasil em uma das maiores do mundo.[76]

Referências

  1. F.O. Lichts. «Industry Statistics: 2010 World Fuel Ethanol Production». Renewable Fuels Association. Consultado em 22 de novembro de 2015  Em "Produção de Etanol Combustível" clique no ano correspondente.
  2. a b «Biofuels: The Promise and the Risks, in World Development Report 2008» (PDF). The World Bank. 2008. pp. 70–71. Consultado em 4 de maio de 2008 
  3. a b c d e Daniel Budny and Paulo Sotero, editor (Abril de 2007). «Brazil Institute Special Report: The Global Dynamics of Biofuels» (PDF). Brazil Institute of the Woodrow Wilson Center. Consultado em 3 de maio de 2008 
  4. a b c d e Inslee, Jay; Hendricks, Bracken (2007). «6. Homegrown Energy». Apollo's Fire. [S.l.]: Island Press, Washington, D.C. pp. 153–155, 160–161. ISBN 978-1-59726-175-3 
  5. a b c d Larry Rohter (10 de abril de 2006). «With Big Boost From Sugar Cane, Brazil Is Satisfying Its Fuel Needs». The New York Times. Consultado em 28 de abril de 2008 
  6. «Biofuels in Brazil: Lean, green and not mean». The Economist. 26 de junho de 2008. Consultado em 28 de novembro de 2008 
  7. a b Sperling, Daniel and Deborah Gordon (2009). «4 Brazilian Cane Ethanol: A Policy Model. The authors consider that ethanol production in Brazil is a unique situation and it is not replicable, they think there is no other country where it makes sense to convert sugar or starch crops to ethanol, particularly the US.». Two billion cars: driving toward sustainability. [S.l.]: Oxford University Press, New York. pp. 95–96. ISBN 978-0-19-537664-7 
  8. Thomas L. Friedman (2008). Hot, Flat, and Crowded. [S.l.]: Farrar, Straus and Giroux, New York. p. 190. ISBN 978-0-374-16685-4  "The author considers that ethanol can be a transport solution for Brazil, but one that only can be replicated in other tropical countries, from Africa to the Caribbean."
  9. Hausmann, Ricardo and Rodrigo Wagner (Outubro de 2009). «Certification Strategies, Industrial Development and a Global Market for Biofuels». Belfer Center for Science and International Affairs and Sustainability Science Program, Center for International Development, John F. Kennedy School of Government, Harvard University. Consultado em 9 de fevereiro de 2010  Discussion Paper 2009-15. "The authors found that for some countries in Central Africa and Latin America ethanol can represent a large industry, at least relative to current exports. The list of the relative importance of biofuels (sugarcane ethanol in particular and replicating the Brazilian production system) is headed by Suriname, Guyana, Bolivia, Paraguay, DR of Congo, and Cameroon. See pp. 5–6"
  10. Mitchell, Donald (2010). Biofuels in Africa: Opportunities, Prospects, and Challenges. [S.l.]: The World Bank, Washington, D.C. pp. xix–xxxii. ISBN 978-0-8213-8516-6  See Executive Summary and Appendix A: The Brazilian Experience.
  11. Garten Rothkopf (2007). «A Blueprint for Green Energy in the Americas». Inter-American Development Bank. Consultado em 22 de agosto de 2008  Veja os capítulos, Introdução (pp. 339–444) e Pillar I: Innovation (pp. 445–482)
  12. Macedo Isaias, M. Lima Verde Leal and J. Azevedo Ramos da Silva (2004). «Assessment of greenhouse gas emissions in the production and use of fuel ethanol in Brazil» (PDF). Secretariat of the Environment, Government of the State of São Paulo. Consultado em 9 de maio de 2008. Arquivado do original (PDF) em 28 de maio de 2008 
  13. «Greenhouse Gas Reduction Thresholds». U.S. Environmental Protection Agency. 3 de fevereiro de 2010. Consultado em 9 de fevereiro de 2010 
  14. «EPA designates sugarcane ethanol as advanced biofuel». Green Momentum. 5 de fevereiro de 2010. Consultado em 9 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 11 de julho de 2011 
  15. a b c Julieta Andrea Puerto Rico (8 de maio de 2008). «Programa de Biocombustíveis no Brasil e na Colômbia: uma análise da implantação, resultados e perspectivas». Universidade de São Paulo. Consultado em 5 de outubro de 2008  Dissertação de Mestrado, pp. 81–82
  16. a b «CNPE passa a ter competência para fixar teor de etanol anidro na gasolina». Ministério de Minas e Energia. 14 de janeiro de 2022. Consultado em 18 de setembro de 2024 
  17. «Lei Nº 8.723, de 28 de Outubro de 1993. Dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos automotores e dá outras providências». Casa Civil da Presidência da República. Consultado em 5 de outubro de 2008. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2008  Veja o artigo 9º e modificações aprovada pela Lei Nº 10.696, 2003-07-02
  18. a b c «Portaria Nº 143, de 27 de Junho de 2007». Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Consultado em 5 de outubro de 2008  "Este decreto fixa a mistura obrigatória de 25%, a partir 01 de julho de 2007"
  19. a b c «Dilma assina medida que dá poder à ANP para regular etanol». Reuters Brasil. 28 de abril de 2011. Consultado em 3 de maio de 2011 
  20. a b c d «Anuário Estatístico ANP 2022» (PDF) 
  21. a b «Portaria No. 7 de 11 de Janeiro de 2010 do Ministério de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Resolução No. 1 do Conselho Interministeriarl do Açúcar e do Álcool» (PDF). Diário Oficial da União. 12 de janeiro de 2010. Consultado em 10 de fevereiro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 13 de março de 2016  pp. 3
  22. Fábio Amato e Filipe Matoso (16 de março de 2015). «Mistura de etanol na gasolina sobe hoje» [Ethanol content in gasoline rises today]. Globo.com. Consultado em 22 de março de 2015 
  23. Luiz A. Horta Nogueira (22 de março de 2004). «Perspectivas de un Programa de Biocombustibles en América Central: Proyecto Uso Sustentable de Hidrocarburos» (PDF) (em espanhol). Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL). Consultado em 9 de maio de 2008. Arquivado do original (PDF) em 21 de julho de 2013 
  24. a b William Lemos (12 de novembro de 2007). «Brazil's flex-fuel car production rises, boosting ethanol consumption to record highs». ICIS chemical business. Consultado em 3 de maio de 2008 
  25. «UNICA: venda de veículos flex no Brasil cresce 13,9% em 2009 e frota ultrapassa 9 milhões de unidades». UNICA. 11 de janeiro de 2010. Consultado em 9 de fevereiro de 2010. Arquivado do original em 27 de fevereiro de 2012 
  26. Agência Estado (4 de março de 2010). «Brasil alcança marca de 10 milhões de carros flex». Veja (revista). Consultado em 7 de março de 2010 
  27. «Automakers in Brazil Hit 10M Flex-Fuel Vehicle Mark; Brazilian Sugarcane Association Urges Global Dissemination». Green Car Congress. 6 de março de 2010. Consultado em 9 de março de 2010 
  28. MDIC (2012). «Álcool combustível - Uso veicular do álcool combustível». Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Consultado em 22 de março de 2012 
  29. «Etanol: Carros flex representam 92% das vendas de março, último mês de IPI reduzido». UNICA, Brazil. 20 de abril de 2010. Consultado em 16 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2010 
  30. a b c Agência Brasil (15 de julho de 2008). «ANP: consumo de álcool combustível é 50% maior em 2007». Invertia. Consultado em 9 de agosto de 2008. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2008 
  31. UOL Noticias (11 de abril de 2008). «Consumo de álcool supera o de gasolina pela primeira vez em 20 anos». Cornélio Notícias. Consultado em 18 de outubro de 2008 
  32. Empresa de Pesquisa Energética (2009). «Balanço Energético Nacional 2009: Ano base 2008» (PDF). Ministério de Minas e Energia do Brasil. Consultado em 22 de junho de 2010 
  33. a b Instituto Nacional de Tecnologia - Terças Tecnológicas apresenta um panorama das pesquisas em biocombustíveis nos últimos 90 anos. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  34. INT - Instituto Nacional de Tecnologia. Visitado em 22 de Outubro de 2014.
  35. «Motor a álcool». Consultado em 22 de Outubro de 2014 
  36. «João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião (1).» 🔗. 20 de Outubro de 2008. Consultado em 20 de Outubro de 2008 
  37. «João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião (2)». 20 de Outubro de 2008. Consultado em 20 de Outubro de 2008 
  38. Senado Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. (em português) DECRETO-LEI N. 2.201 ? DE 17 DE MAIO DE 1940. Abre, pelo Ministério da Agricultura, o crédito especial de 500:000$0, para despesas da Comissão Nacional de Gasogênio. Visitado em 19 de Agosto de 2015.
  39. «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo. Consultado em 21 de setembro de 2019 
  40. «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo. Consultado em 25 de setembro de 2019 
  41. «Busca | Acervo O Globo». acervo.oglobo.globo.com. Consultado em 25 de setembro de 2019 
  42. «Jornal do Brasil (RJ) - 1970 a 1979 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 25 de setembro de 2019 
  43. a b Terra - Primeiro carro produzido pela Fiat no Brasil, 147 completa 35 anos. Acessado em 14/06/2016.
  44. UFSC, ed. (15 de janeiro de 2015). «Encantou Bautista Vidal». Consultado em 16 de junho de 2019 
  45. a b c d Elton Alisson (5 de dezembro de 2016). Agência Fapesp, ed. «Proálcool: uma das maiores realizações do Brasil baseadas em ciência e tecnologia». Consultado em 16 de junho de 2019 
  46. Delgrossi Barros, Talita (8 de dezembro de 2021). «Alcoolquímica». Embrapa. Consultado em 25 de março de 2023 
  47. «Carros flex somam mais de 40 milhões de unidades em 20 anos no Brasil». Jornal do Carro - Estadão. 23 de março de 2023. Consultado em 12 de junho de 2023 
  48. «Oferta de etanol cai pela primeira vez desde 2002». Brasil Econômico. 14 de julho de 2011. Consultado em 14 de julho de 2011. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2012 
  49. a b Renewable Fuels Association (6 de março de 2012). «Acelerating Industry Innovation—2012 Ethanol Industry Outlook» (PDF). Renewable Fuels Association. Consultado em 22 de março de 2012. Arquivado do original (PDF) em 14 de maio de 2012  Veja pp. 3, 8, 10 22 e 23.
  50. Sociedade Nacional de Agricultura - Usina em Alagoas começa a produzir etanol celulósico de 2ª geração. Publicado em 9de Dezembro de 2014. Acessado em 18/06/2016.
  51. a b «RenovaBio». Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Consultado em 1 de julho de 2023 
  52. «Tecnologia brasileira quer transformar resíduo da produção de etanol em hidrogênio verde». Jornal da USP. 24 de janeiro de 2022. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  53. «Campeão na produção de etanol, Brasil tem vantagens na era do hidrogênio verde». www.h2verdebrasil.com.br. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  54. Julia Azevedo. «O que é hidrogênio verde e qual sua importância?». ECycle. Consultado em 21 de setembro de 2022 
  55. Garcia, Rafael H.L. (15 de junho de 2021). «IPEN/CNEN e Nissan renovam parceria para lançar célula a combustível a etanol no Brasil». IPEN. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  56. «Pesquisadores investigam como converter etanol em eletricidade e hidrogênio por meio de reforma eletroquímica». Jornal da USP. 22 de junho de 2022. Consultado em 20 de outubro de 2022 
  57. Banco do Nordeste (2022). «Agroindústria - Etanol» (PDF) 
  58. EPE (2022). «Relatório Síntese | Ano base 2021» (PDF) 
  59. «Governo estuda aumentar nível de etanol na gasolina para 30%». LBC Sistemas. 2 de maio de 2023. Consultado em 12 de junho de 2023 
  60. a b Agencia EFE (11 de março de 2003). «Honda lançará moto flex ainda neste mês no Brasil». Folha Online. Consultado em 11 de março de 2003 
  61. a b Gazeta Mercantil (2008). «ANP estima que consumo de álcool supere gasolina». Agropecuária Brasil. Consultado em 9 de agosto de 2008. Arquivado do original em 1 de junho de 2008 
  62. Redetec - MAPV: Motor à álcool pré-vaporizado. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  63. Jornal da Cana[ligação inativa] - Tecnologia aumenta a eficiência do álcool. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  64. a b «2007 Balanço Energético Nacional: Sumário Executivo». Ministério de Minas e Energia do Brasil. Consultado em 10 de maio de 2008  Tabla 2. El reporte está basado en datos de 2006
  65. a b D. Sean Shurtleff (7 de maio de 2008). «Brazil's energy plan examined» (em inglês). The Washington Times. Consultado em 10 de maio de 2008. Arquivado do original em 10 de maio de 2008 
  66. «Industry Statistics: 2008 World Fuel Ethanol Production». Renewable Fuels Association. Consultado em 30 de maio de 2009. Cópia arquivada em 8 de abril de 2008 
  67. a b c d Julia Duailibi (27 de abril de 2008). «Ele é o falso vilão». Revista Veja. Consultado em 3 de maio de 2008 
  68. a b c d Jeffrey Goettemoeller e Adrian Goettemoeller (2007). Sustainable Ethanol: Biofuels, Biorefineries, Cellulosic Biomass, Flex-Fuel Vehicles, and Sustainable Farming for Energy Independence (em inglês). [S.l.]: Praire Oak Publishing, Maryville, Missouri. 42 páginas. ISBN 978-0-9786293-0-4 
  69. Maria Helena Tachinardi (13 de junho de 2008). «Por que a cana é melhor que o milho». Revista Época. Consultado em 6 de agosto de 2008  Edición impresa pp. 73
  70. a b Timothy Searchinger; et al. (29 de fevereiro de 2008). «Use of U.S. Croplands for Biofuels Increases Greenhouse Gases Through Emissions from Land-Use Change». Science (em inglês). 319 (5867): 1238 - 1240. doi:10.1126/science.1151861. Consultado em 9 de maio de 2008  Originalmente publicado "online" em Science Express em 2008-02-07. Nota: Existe controvérsia sobre os resultados desta publicação por considerar que usou supostos correspondentes ao ‘’pior cenário‘’. Ver ‘’Letters to Science‘’ de Wang e Haq.
  71. «Another Inconvenient Truth» (PDF) (em inglês). Oxfam. 28 de junho de 2008. Consultado em 6 de agosto de 2008. Arquivado do original (PDF) em 19 de agosto de 2008  Oxfam Briefing Paper 114, figura 2 pp.8
  72. a b Fargione; et al. (29 de fevereiro de 2008). «Land Clearing and the Biofuel Carbon Debt». Science (em inglês). 319 (5867): 1235 - 1238. doi:10.1126/science.1152747. Consultado em 6 de agosto de 2008  Originalmente publicado "online" em Science Express em 2008-02-07. Nota: Existe controvérsia aos resultados desta publicação por considerar que usou supostos correspondentes ao ‘’pior cenário‘’.
  73. National Renewable Energy Laboratory, U.S. Department of Energy (17 de setembro de 2007). «Data, Analysis and Trends: Light Duty E85 FFVs in Use (1998-2008)» (em inglês). Alternative Fuels and Advanced Vehicles Data Center. Consultado em 19 de agosto de 2008  Trend of total FFVs in use from 1998-2008, based on FFV production rates and life expectancy (Excel file)
  74. National Ethanol Vehicle Coalition (8 de agosto de 2008). «New E85 Stations» (em inglês). NEVC FYI Newsletter (Vol 14 no. 13). Consultado em 19 de agosto de 2008. Arquivado do original em 10 de outubro de 2008 
  75. Energy Information Administration (agosto de 2007). «Renewable Energy Consumption and Electricity Preliminary 2006 Statistics: Ethanol» (em inglês). EIA. Consultado em 9 de agosto de 2008 
  76. Lima, Urgel de Almeida (2001). Biotecnologia Industrial: Volume 3 - Processos Fermentativos e Enzimáticos. São Paulo: Egard Blücher LTDA. pp. 1–43 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]