Long Term Evolution
O LTE (acrónimo de Long Term Evolution, em português Evolução de Longo Prazo) é um padrão de redes de comunicação móveis que se encontra em fase de adaptação por parte dos operadores que utilizam tecnologias GSM como 3G/W-CDMA e HSPA e também pelos operadores de CDMA. Esta nova tecnologia de rádio permite velocidades de 150Mb/s de downlink e 50Mb/s de uplink (taxas máximas), embora sua proposta original previa, em teoria, uma velocidade de 300Mb/s[1].
O LTE foi concebido para manter a compatibilidade com o GSM e o HSPA. Incorpora o Multiple In Multiple Out (MIMO), em combinação com uma multiplexação Orthogonal Frequency Division Multiple Access (OFDMA) no downlink e Single Carrier FDMA no uplink para conseguir utilizações eficientes do espectro. Ele pode ser utilizado em blocos de frequências de 1,4 MHz a 20 MHz e ambas em operação FDD e TDD.
Apesar de tanto o LTE como o WiMAX utilizarem uma ligação sem fios OFDMA, o primeiro possui a vantagem de ser compatível com os recursos existentes nas redes HSPA e GSM, permitindo que os operadores móveis possam realizar a transição para a tecnologia LTE sem descontinuidade de serviço nas redes já existentes.
Vários dos grandes operadores de comunicações móveis, incluindo alguns que utilizam a norma CDMA, optaram pela adopção dessa tecnologia nos próximos anos.
LTE por país
[editar | editar código-fonte]Em Portugal
[editar | editar código-fonte]A emissão de TV de sinal aberto sofreu alterações em todo o país. A passagem do sinal de TV analógico para o digital era inevitável e a adoptou-se o DVB-T.
Juntando o “útil ao agradável” a ANACOM disponibilizou e levou a leilão várias frequências destinadas a redes móveis.
As 3 operadoras nacionais dispõem da mesma capacidade, nas frequências usadas para serviços 4G:
Frequências | Operadores | ||
MEO | Vodafone | NOS | |
800Mhz | 2x10Mhz | 2x10Mhz | 2x10Mhz |
1800Mhz | 2x14Mhz | 2x14Mhz | 2x14Mhz |
2600Mhz | 2x20Mhz | 2x20Mhz | 2x20Mhz |
A frequência mais apropriada para a máxima qualidade em redes LTE e que consegue maior penetração em espaços indoor, pondo de parte efeitos externos, é a dos 800 MHz, conseguindo maior alcance com o mínimo de perdas.
Com a migração da TV analógica para digital terminada, entram então em funcionamento as antenas de rede móvel referentes a essa frequência, em Abril de 2012.
Aquando do leilão do 4G, os três operadores ficaram obrigados a cobrir 160 freguesias cada um, fruto dos dois lotes que adquiriram na frequência dos 800 MHz. A lista de 480 freguesias tinha sido definida em setembro de 2012, tendo-se seguido o período de escolha.
A listagem definitiva foi aprovada pela Anacom a 22 de agosto, numa deliberação onde o regulador dispensa uma audiência prévia dos interessados por todo o processo ter decorrido em conformidade com as regras definidas.[2]
No Brasil
[editar | editar código-fonte]A faixa 700 MHz, que é hoje destinada à televisão aberta, com previsão de sua extinção gradual entre 2016 e 2018, poderia ser utilizada pois os canais que seriam afetados são atualmente pouco utilizados, no UHF estaria ainda disponíveis vários canais do canal 13 ao canal 51.[3]
O governo brasileiro está tentando fazer o leilão da faixa 2500 MHz onde, a cobertura seria muito menor e mais cara porque precisaria de muito mais antenas. Além disso, celulares e tablets vindos dos Estados Unidos (EUA) e Europa não funcionariam aqui, a exemplo do Apple iPad 3 LTE que só funciona em 700 MHz. Fabricantes como a Qualcomm líder em tecnologia 4G recomendam o uso do espectro de 700 MHz na América Latina.[4]
Liberar os canais de 52 ao 69 em UHF (TV aberta analógica) traria o 4G a um custo menor pois haveria um gasto menor para aumento da cobertura, já que a frequência 700 MHz tem um alcance até 4 vezes maior que o 2500 MHz.
Porém, o serviço nos 700Mhz que já funciona no Japão, causa interferências severas nas TV digitais na faixa do UHF. Por sua vez, entidades do setor de radiodifusão como a ABERT defendem a não implantação deste segmento para o 4G, e apenas para uso de serviços da TV Digital no Brasil.[5][6]
LTE-Avançado
[editar | editar código-fonte]O LTE-Avançado estende princípios que estão por trás da tecnologia LTE em mais um passo na transferência de dados. Incorporarem o alto MIMO (4x4 e mais além) e que permite múltiplos operadores para serem ligados em conjunto num único fluxo, o segmento alvo é para taxas de velocidade de 1Gbps que foram estabelecidas.
LTE-Avançado também tem a intenção de usar uma série de outras inovações, incluindo a capacidade de utilização de faixas de frequência não contíguas , com a intenção de que isso irá aliviar problemas na faixa de frequências de um espectro cada vez mais lotado, as suas estações base e plena incorporação de Femto vão utilizar nas células de auto-organização da rede técnicas.
LTE-Avançado é uma tecnologia da 3GPP como um candidato para a ITU-R no processo IMT-Advanced, que se destina a identificar a tecnologia '4G'.
Referências
- ↑ Astély, David (2009). «LTE: the evolution of mobile broadband» (PDF). IEEE Communications magazine. Consultado em 11 de junho de 2018
- ↑ http://www.anacom.pt/streaming/decisao22ago2013Obrigacoes_cobert_faixa800MHz.pdf?contentId=1171333&field=ATTACHED_FILE
- ↑ «Para Anatel, decisão sobre 700 Mhz é política - Observatório do Direito à Comunicação». www.direitoacomunicacao.org.br. Consultado em 15 de abril de 2012. Arquivado do original em 28 de outubro de 2011
- ↑ «TELETIME News - Qualcomm pede harmonização de faixas na América Latina». www.teletime.com.br. Consultado em 15 de abril de 2012. Arquivado do original em 18 de novembro de 2011
- ↑ «ABERT - A utilização da faixa de 700 MHz no Brasil, uma situação especial». Consultado em 11 de julho 2012. Arquivado do original em 29 de maio de 2012
- ↑ «Estudo japonês mostra problema maior do que o esperado de interferência do LTE na radiodifusão». www.teletime.com.br/. Consultado em 25 de setembro de 2013. Arquivado do original em 27 de setembro de 2013