Saltar para o conteúdo

Gênero gramatical

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gênero gramático)

Gênero (português brasileiro) ou género (português europeu), em gramática, é um aspecto linguístico que permite classificar certas classes gramaticais (substantivos, verbos, adjetivos etc.) em um número fixo de categorias.

Gêneros de nomes de países

Nas línguas indo-europeias, o mais comum é haver três (masculino, feminino e neutro)[1] ou dois gêneros (masculino e feminino), tal como ocorre na língua portuguesa.[2] Há, contudo, idiomas que chegam a ter 20 gêneros, como ocorre em muitos idiomas das línguas bantu, e, no outro extremo, idiomas em que não há gênero algum, como ocorre nos idiomas basco e húngaro. É preciso notar que a própria concepção de "gênero gramatical" varia de língua para língua.[3]

Quando se refere a seres vivos sexuados, o gênero é ligado ao sexo do indivíduo, e, referente aos seres humanos, a identidade de gênero.[4][5] Nos demais casos, a atribuição é aleatória, podendo um mesmo nome ser referido como masculino numa língua (ex.: le lit, em francês), feminino numa segunda (ex.: a cama, em português) e neutro numa terceira (ex.: das Bett, em alemão).[6] Da mesma forma, há variação, de idioma para idioma, das classes que variam ou não quanto ao gênero.[7]

Referências

  1. Carvalho, Danniel da Silva (14 de maio de 2021). «SOBRE A DOMESTICAÇÃO DO GÊNERO GRAMATICAL». Trabalhos em Linguística Aplicada: 248–267. ISSN 2175-764X. doi:10.1590/01031813958801620210314. Consultado em 10 de julho de 2024 
  2. Silveira, Jane Ramos (2010). «Masculino e feminino? A categoria gramatical de gênero e a teoria do valor». Cadernos de Estudos Linguísticos (1): 45–54. ISSN 2447-0686. doi:10.20396/cel.v52i1.8637200. Consultado em 10 de julho de 2024 
  3. McMillan, Troy (28 de abril de 2023). «Can the Grammatical Gender of a Language Determine Gender Equality?». NEIU Student Research and Creative Activities Symposium. Consultado em 10 de julho de 2024 
  4. Borba, Rodrigo; Ostermann, Ana Cristina (agosto de 2008). «Gênero ilimitado: a construção discursiva da identidade travesti através da manipulação do sistema de gênero gramatical». Revista Estudos Feministas (2): 409–432. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/s0104-026x2008000200006. Consultado em 23 de julho de 2024 
  5. Zambrano, Elizabeth (dezembro de 2006). «Parentalidades "impensáveis": pais/mães homossexuais, travestis e transexuais». Horizontes Antropológicos (26): 123–147. ISSN 0104-7183. doi:10.1590/s0104-71832006000200006. Consultado em 23 de julho de 2024 
  6. Ferreira, Tânia (1 de janeiro de 2021). «A morfologia dos desvios de género gramatical em PLNM» (PDF). Consultado em 10 de julho de 2024 
  7. Gygax, Pascal Mark; Elmiger, Daniel; Zufferey, Sandrine; Garnham, Alan; Sczesny, Sabine; von Stockhausen, Lisa; Braun, Friederike; Oakhill, Jane (10 de julho de 2019). «A Language Index of Grammatical Gender Dimensions to Study the Impact of Grammatical Gender on the Way We Perceive Women and Men». Frontiers in Psychology (em inglês). ISSN 1664-1078. doi:10.3389/fpsyg.2019.01604. Consultado em 10 de julho de 2024 
Ícone de esboço Este artigo sobre linguística ou um linguista é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.