Saltar para o conteúdo

Violeta de metila

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Methyl violet 2B
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC Methyl violet 2B
Identificadores
Número CAS 8004-87-3
PubChem 11057
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular C24H28N3Cl
Massa molar 393.958 g/mol (6B)
Densidade 1,19 g·cm-3 [1]
Ponto de fusão

189–194 °C [1]

Solubilidade em água 10 g·l-1 a 20 °C [1]
Riscos associados
Frases R R22, R40, R41, R35
Frases S S2, S26, S36/37/39, S46

, S60, S61

Compostos relacionados
Corantes relacionados Verde malaquita (4-[(4-dimetilaminofenil)-fenil-metil]-N,N-dimetil-anilina)
Violeta de genciana (dois metil- no lugar dos dois -H no =NH2+)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Violeta de metila (português brasileiro) ou violeta de metilo (português europeu) é um grupo de substâncias usadas como indicadores de pH e corantes, também chamados de violeta cristal ou cristal violeta ou ainda violeta de genciana[2]. Violetas de metila são misturas de tetrametila, pentametila e hexametila pararosanilinas. Pela mistura de diferentes versões, o fabricante pode criar diferentes tons de violeta no corante final. Quanto mais metilado o composto (que possui mais grupos metila ligados), mais azul profundo na cor final será:

  • Tetrametila (quatro metilas) é conhecida como Violeta de metila 2B, e encontra usos específicos em química e medicina.
  • Pentametila (cinco metilas) é conhecida como Violeta de metila 6B, e é mais escura (como corante) que a 2B.
  • Hexametila (seis metilas) é conhecida como Violeta de metila 10B, ou especificamente violeta cristal. É muito mais escura que a 2B, e ainda mais escura que a 6B.

Propriedades e Características Físicas

[editar | editar código-fonte]

Na forma pura, a tetrametilada apresenta-se como lustrosos cristais azul esverdeados que fundem-se a 137°C (279°F).

Violeta de metila são solúveis em água, etanol, dietilenoglicol, e dipropilenoglicol. Especificamente, violeta de metila 6B é solúvel em água a 2.93% e solúvel em etanol a 15.21%.

Violeta de metila não deve ser confundido com azul de metila ou azul de metileno, outros dois corantes.

O violeta de metila é obtido pela condensação da cetona de Michler (4,4'-Bis-dimetilamino-benzofenona) com N,N-dimetilanilina em presença de cloreto de fosforilo.

O principal uso do violeta de metila (por volume bruto usado mundialmente) é o tingimento textil de púrpura e dar tons violeta profundo em pinturas e tinta de impressão. É também largamente utilizado nas tintas de canetas esferográficas azuis.

Violeta de metila 2B (simplesmente chamado violeta de metila) é usado em química como um indicador de pH para testar os intervalos de pH de 0 a 1,0.[3] No extremo ácido de seu intervalo de medição, ele toma uma cor amarela. No alcalino, ele torna-se violeta azulado. Violeta de metila pode ser fornecido como papel de teste de pH, ou pode ser fornecido como cristais puros e dissolvido na amostra a ser testada.

Violeta de metila 2B (indicador de pH)
pH abaixo de 1.6 pH acima de 1.6
amarelo violeta azulado

O violeta cristal (10B) é usado no intervalo de 0 a 1,8, quando vira também de amarelo a azul.[3]

Ver artigo principal: Violeta de genciana

Em medicina, violeta de metila 10B é conhecido como violeta de genciana e é o ingrediente ativo na coloração de Gram, usado para classificar bactérias. Violeta de genciana destrói células, e é usado em desinfetantes de intensidade moderada externo. Violeta de genciana é muito venenoso para a maioria dos animais, cachorros e gatos incluidos; não deve ser usado para desinfecção da pele destes animais.

Violeta de metila tem também a habilidade de ligar-se ao DNA. Portanto, em ciências biomédicas, ele é usado para ensaios de viabilidade celular. A ligação ao DNA pode também causar rupturas no processo de replicação do DNA, o qual pode levar a mutações e câncer.

Normalmente é formulado para uso como indicador de pH na variedade violeta de metila como uma solução de 0,01 a 0,05 % em m/v e na variedade violeta cristal como uma solução de 0,02 % m/v em água.[3]

Estruturas químicas

[editar | editar código-fonte]

Fórmulas químicas:

  • Violeta de metila 2B:
  • Violeta de metila 6B:
  • Violeta de metila 10B:

Referências

  1. a b c Registo de Kristallviolett na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 22 de julho de 2008
  2. PELCZAR, Michael Joseph; REID, Roger; CHAN, E.C.S. (1980). Microbiologia Volume 1. São Paulo: McGraw do Brasil. 75 páginas 
  3. a b c Acid Base Indicators Arquivado em 16 de julho de 2011, no Wayback Machine. - ifs.massey.ac.nz (em inglês)

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Ícone de esboço Este artigo sobre um composto orgânico é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.