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Raimundo Correia

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Raimundo Correia

Nome completo Raimundo de São Luís da Mota de Azevedo Correia Sobrinho
Nascimento 13 de maio de 1859
São Luís, Maranhão
Morte 13 de setembro de 1911 (52 anos)
Paris, FRA
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Magistrado, professor, diplomata e poeta
Magnum opus Poesias
Escola/tradição Parnasianismo

Raimundo da Mota de Azevedo Correia (São Luís, 13 de maio de 1859Paris, 13 de setembro de 1911) foi um juiz e poeta brasileiro.

Raimundo Correia.

Nasceu a bordo do navio São Luís, ancorado em águas maranhenses, em 1859. Referindo-se a seu nascimento sobre as águas, costumava Raimundo dizer de si, pilhericamente, "Sou um homem sem pátria; nasci no Oceano".[1] Filho de família de classe elevada, foram seus pais o desembargador José da Mota de Azevedo Correia e Maria Clara Vieira da Mota de Azevedo Corrêa,[2] ambos naturais do Maranhão. Seu pai descendia dos duques de Caminha e era filho de pais portugueses.

Realizou o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1882 formou-se advogado pela Faculdade de Direito de São Paulo, localizada no Largo de São Francisco, conhecida como Faculdade do Largo São Francisco, desenvolvendo uma bem-sucedida carreira como Juiz de Direito no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Neste Estado, foi o primeiro Juiz de Direito da comarca de São Gonçalo do Sapucaí.[3]

Casou-se em 1884 com Mariana de Abreu Sodré ("Zinha"), tendo três filhas: Lavinia, Stella e Alexandrina. Sua filha, Stella Corrêa da Paixão, foi casada com Rodolpho Gustavo da Paixão Filho, filho do também poeta Rodolfo Gustavo da Paixão.[4] Sua filha Lavínia é a mãe do diplomata Sergio Corrêa da Costa sendo Raimundo Correia, portanto, avô materno deste.

Teve um tio homônimo (1838-1889), que foi juiz.[4] Teve também um sobrinho que levou seu nome, Raimundo Correia Sobrinho, formado em direito e poeta como o tio, que escreveu um livro de poesias, Oração aos Aflitos, publicado em 1945 pela Livraria José Olympio Editora.

Busto de Raymundo Corrêa.

Raimundo Correia iniciou a sua carreira poética com o livro Primeiros sonhos, revelando forte influência dos poetas românticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro Sinfonias, assume o parnasianismo e passa a integrar, ao lado de Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, a chamada Tríade Parnasiana.

Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombria. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como romântico, depois adotou o parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola simbolista.

Faleceu em 13 de setembro de 1911, em Paris, onde foi tratar da saúde.

  • Primeiros Sonhos (1879)
  • Sinfonias (1883)
  • Versos e Versões (1887)
  • Aleluias (1891)
  • Poesias (1898)

Obra completa:

  • Poesias completas. 2 vols., [org. Múcio Leão]. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1948.
  • Poesia completa e prosa. [Texto, cronologia, notas e estudo biográfico Valdir Ribeiro do Val; introdução Manuel Bandeira]. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1961.
  • Poesia Completa. [org. Claunísio Amorim Carvalho]. São Luís: Café & Lápis, 2012.

Academia Brasileira de Letras

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Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 5, que tem por patrono Bernardo Guimarães.

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikisource Textos originais no Wikisource

Referências

  1. Sequeira, Bueno (1942). Raimundo Correia - Sua Vida e Sua Obra. Rio de Janeiro: Publicações da Academia Brasileira 
  2. «Poeta maranhense - Raimundo Correia». UOL Educação. Consultado em 30 de junho de 2012 
  3. Noviello, Celeste (1995). Minha Terra. Três Corações: Excelsior Gráfica e Editora 
  4. a b VAL, Waldir Ribeiro do. Vida e Obra de Raimundo Correia. Rio, Instituto Nacional do Livro, 1960. [1].

Precedido por
Bernardo Guimarães
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 5
1897 — 1911
Sucedido por
Osvaldo Cruz