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A Barraca

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Teatro Cinearte, sede do grupo "A Barraca", durante a exibição da peça As Peúgas de Einstein, de Hélder Costa, em abril de 2011

A Barraca é uma companhia de teatro portuguesa histórica,[1] com sede em Lisboa, fundada em 1975 por Maria do Céu Guerra e Mário Alberto.

A companhia foi fundada em 1975 pela actriz e encenadora Maria do Céu Guerra e pelo cenógrafo Mário Alberto[1][2] inscrevendo-se num movimento emergente de companhias de teatro experimental e independente, localizado sobretudo em Lisboa.[3] Durante o ano de 1976 o grupo passou a maior parte do tempo em tournées pelo país.[4]

Foi uma das principais companhias teatrais portuguesas do período pós-25 de Abril, sendo listada nessa qualidade pelo Europa World Year Book de 1983.[5] O grupo foi descrito na época como a mais popular das companhias teatrais independentes em Portugal.[6]

Desde a sua fundação a direcção da companhia tem estado a cargo de Maria do Céu Guerra e do encenador e dramaturgo Hélder Costa,[7] o qual desde 1976 tem escrito, transcrito e encenado muitos dos espectáculos apresentados pelo grupo.[8][9]

Durante o seu tempo de exílio em Lisboa, o dramaturgo brasileiro Augusto Boal participou da direcção da companhia,[10] deixando uma forte influência no reportório do grupo.[3] Foi também nesta companhia que se revelou o actor Mário Viegas.[1]

Em 1976 a sede foi transferida para o cimo da Rua Alexandre Herculano, perto do Largo do Rato, em instalações de carácter precário;[3][11] em 1989 foi-lhes concedido pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo prazo de 25 anos o Teatro Cinearte, no Largo de Santos, onde também aposta na dinamização do espaço do café-concerto.[1]

Em 4 de março de 2011 o grupo teatral comemorou 35 anos com uma festa em que foram evocadas duas das principais figuras da sua história, Augusto Boal e a actriz Fernanda Alves, e uma sessão especial da peça Angel City, de Sam Sheppard, com encenação de Rita Lello.[1]

Produção teatral

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A produção teatral do grupo faz-se sobretudo numa adaptação eficaz de temas históricos e políticos ao formato popular, tradicional e moderno do teatro narrativo,[9] focando sobretudo a produção nacional por obrigações inerentes aos subsídios estatais que lhe são atribuídos.[12]

O grupo estreou em Março 1976 na Incrível Almadense com a Cidade Dourada, de La Candelária,[1][13] peça de grande sucesso.[14] Em Setembro do mesmo ano montou o espectáculo Histórias de fidalgotes e alcoviteiras, encenado por Hélder Costa e baseado em textos de Gil Vicente e Ruzante.[1][15] Em 1977 apresentou o espectáculo "Ao qu'isto chegou! - Feira portuguesa de opinião", integrando o polinomodrama A Lei É a Lei de Luiz Francisco Rebello.[16] No tempo em que Augusto Boal esteve na companhia, entre 1977 e 78, dirigiu três espectáculos que ficaram na história do teatro português, entre os quais Barraca conta Tiradentes (1977).[13]

Em 1978 é apresentada a peça José do Telhado, sobre o famoso bandido português do mesmo nome, com arranjos musicais de Zeca Afonso, publicados mais tarde, em 1979, no álbum Fura, Fura.[17]

Na década de 1980 o grupo produziu alguns dos seus maiores êxitos.[1] Em 1980 apresenta É menino ou menina?, uma colagem de peças de Gil Vicente por Maria do Céu Guerra com direcção de Helder Costa, com uma exibição comovente,[12][18] constituindo-se como uma contribuição de interesse para a história das representações dos autos de Gil Vicente.[19][20][21] No mesmo ano o grupo deslocou-se pela primeira vez ao Brasil,[14] apresentando Preto no branco — a sua versão para A morte acidental de um anarquista de Dario Fo.[22] Do reportório fazia também parte a peça D. João VI, de Hélder Costa e com Mário Viegas no papel do soberano, que fez rir muito a plateia com a sua interpretação do rei comedor de frango, que andava com pedaços de galináceos no bolso.[23] O grupo foi descrito como "grande companhia de teatro internacional", tendo limitado as representações ao Rio de Janeiro.[24]

Em 1983 apresentou Um dia na capital do Império, baseado em textos do Chiado e encenação de Hélder Costa.[25] Em 1984 produziu Santa Joana dos Matadouros, de Bertolt Brecht, considerada um dos maiores êxitos da companhia, e em 1986 Calamity Janes, com uma interpretação muito elogiada de Maria do Céu Guerra.[1]

Em setembro de 2010 a companhia foi convidada a reencenar a peça O Mistério da Camioneta Fantasma, integrada no programa oficial para as Comemorações do Centenário da República.[26]

Em 20 de julho de 2011 o grupo estreou a produção D. Maria, a Louca, com argumento do autor brasileiro António Cunha, e encenação de Maria do Céu Guerra.[27]

O grupo estreou em 10 de abril de 2013 o texto Menino de Sua Avó, um inédito do dramaturgo Armando Nascimento Rosa, numa criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes. Esta produção participou no encerramento das Comemorações do Ano de Portugal no Brasil, apresentando-se no Teatro Dulcina - Rio de Janeiro, de 3 a 5 de maio de 2013.

Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
4 de março de 1976 A Cidade Dourada Grupo A BARRACA coordenado por Fernanda Alves Incrível Almadense Estreia do grupo 2607


2 de setembro de 1976 Histórias de Fidalgotes e Alcoviteiras, Pastores e Judeus, Mareantes e outros Tratantes, sem esquecer suas Mulheres e Amantes Hélder Costa I Festival de Teatro da Guarda 2601


16 de abril de 1977 Barraca conta Tiradentes Augusto Boal Centro Cultural Popular de S. Mamede Estreia de Mário Viegas 2611


12 de dezembro de 1977 Ao Qu’Isto Chegou! – Feira Popular de Opinião Augusto Boal Sociedade Nacional de Belas Artes 2612


20 de junho de 1978 Zé do Telhado Augusto Boal Centro de Cultura Popular de S. Mamede Prémio Cau Ferrat - Melhor Contribuição Artística, Festival de Sitges 2610


19 de maio de 1979 D. João VI Hélder Costa Centro de Cultura Popular de S. Mamede Prémio ATADT -Melhor Texto Inédito, 1978

Prémio Santiago Rusiñol - Melhor Texto Inédito, Festival de Sitges (Barcelona), 1978

Prémio Melhor Ator - Mário Viegas, Festival de Sitges (Barcelona), 1978

Jornal do Brasil - Um dos dez melhores espectáculos do ano

2603


Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
29 de fevereiro de 1980 Preto no Branco (Morte Acidental de um Anarquista) Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Ator: Santos Manuel

Jornal do Brasil - Um dos dez melhores espectáculos do ano

Associação Brasileira de Críticos Teatrais - 2º Melhor Espectáculo do Ano, 1980

1045


5 de maio de 1980 É Menino ou Menina? Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Espectáculo

Melhor Encenação: Hélder Costa

Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

Melhor Companhia: A Barraca

1152


18 de novembro de 1981 Fernão, Mentes? Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (4ª edição,1981) Prémio Casa da Imprensa - Melhor Espectáculo, 1982 2251


20 de novembro de 1982 Tudo bem! (Reflexões acerca do Homem Novo) Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (5ª edição,1982) 2604


21 de janeiro de 1983 Um dia na Capital do Império Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano, no âmbito da Exposição de Ciência, Arte e Cultura (17ª edição,1983) Prémio da Associação Portuguesa de Críticos - Melhores Figurinos: Maria do Céu Guerra

Sete de Ouro - Melhor Encenação: Hélder Costa

Sete de Ouro - Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

2606


28 de julho de 1984 Santa Joana dos Matadouros Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio da Associação de Críticos - Melhor Partitura Musical: António Vitorino de Almeida 2617


27 de setembro de 1985 Um Homem é um Homem - Damião de Góis Hélder Costa Teatro Municipal Maria Matos Grande Prémio de Teatro da RTP - Melhor Texto de Inédito em 1979

Prémio da Associação Portuguesa de Críticos - Melhor Texto Português encenado em 1985

Prémio Nova Gente - Melhor texto de Teatro em 1985

2605


30 de maio de 1986 Calamity Jane Maria do Céu Guerra, Hélder Costa A Barraca da Alexandre Herculano Prémio da revista Mulheres - Melhor Encenação: Hélder Costa

Prémio da revista Mulheres - Melhor Atriz: Maria do Céu Guerra

2619


23 de julho de 1986 Espectáculo comemorativo da Constituição de 1911 Hélder Costa Assembleia da República (Sala do Senado) 2623


14 de novembro de 1986 Os Polícias Hélder Costa Associação Cultural e Recreativa de Tondela 2609


7 de março de 1987 O Diabinho da Mão Furada Hélder Costa Teatro Nacional D. Maria II 2608


11 de fevereiro de 1988 O Baile Hélder Costa Ritz Club 2602


24 de janeiro de 1989 O Menino de Sua Mãe Maria do Céu Guerra São Luiz Teatro Municipal 2620


8 de dezembro de 1989 Margarida do Monte Hélder Costa Teatro Cinearte 2614


Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
Janeiro de 1990 O Azeite Hélder Costa Castelo de São Jorge 2625


14 de janeiro de 1990 Pimenta, Cravo e Canela Hélder Costa São Luiz Teatro Municipal, no âmbito da Festa do Comércio (1990) 2624


11 de dezembro de 1990 Liberdade em Bremen Hélder Costa Teatro Cinearte 1213


1991 Cartas de Amor Hélder Costa Forum Picoas, cerimónia de lançamento do livro PORTUGAL EM SELOS 2627


Junho de 1991 Poesia de Lisboa Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 2621


21 de junho de 1991 Que Habitação para Lisboa? Maria do Céu Guerra Tivoli - Lisboa Apresentado no âmbito do Dia Municipal da Habitação após um debate com o mesmo nome 2626


27 de outubro de 1991 O Pranto de Maria Parda Maria do Céu Guerra Biblioteca Municipal Marquesa do Cadaval - Almeirim Prémio UNESCO para o Fomento das Artes - Melhor interpretação, Expo Sevilha 92

Prémio Interpretação no Festival Internacional do Chile em 1993[28]

2170


13 de novembro de 1991 Uma Floresta de Enganos Hélder Costa Encontro de Santiago de Compostela dos Escritores Galegos e Portugueses (1991) 2435


14 de novembro de 1991 Play it Again, Sam! Hélder Costa Festival Internacional de Teatro Contemporâneo (Badajoz) (1991) 2446


1992 A saúde no tempo dos Descobrimentos Padrão dos Descobrimentos 2629


12 de janeiro de 1992 Mi Rival Hélder Costa Teatro Cinearte 2628


8 de outubro de 1992 A Cantora Careca Hélder Costa Instituto Franco-Português 2630


1 de junho de 1993 Macbett Hélder Costa Teatro Cinearte 69


26 de outubro de 1993 Rinoceronte Hélder Costa Teatro Cinearte 83


12 de dezembro de 1993 De Braços Abertos Fernanda Lapa Teatro Cinearte 66


15 de julho de 1994 Primeira Página Hélder Costa Teatro Cinearte 2631


30 de outubro de 1994 Pastéis de Nata para a Avó Hélder Costa Teatro Cinearte O texto de Fernando Augusto, homónimo do espectáculo, ganhou o 1º Prémio do 1º Concurso Português de Dramaturgia em 1994, levado a cabo pelo Círculo Dramatúrgico d'A Barraca, razão pela qual é encenado pela companhia 2632


15 de novembro de 1994 Marly, a Vampira de Ourinhos Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 2616


25 de dezembro de 1994 As Histórias do Atchim!!! A Barraca Teatro Cinearte 4538


15 de fevereiro de 1995 Não Há Nada que se Coma? Rui Luís Brás Teatro Cinearte O texto do qual parte este espectáculo, da autoria de Francisco Pestana, é distinguido com uma Menção Honrosa, atribuída no âmbito do 1º Concurso Português de Dramaturgia, realizado em 1994 pelo Círculo Dramatúrgico d'A Barraca, razão pela qual é encenado pela companhia 523


27 de abril de 1995 O Avarento Hélder Costa Teatro Cinearte 524


27 de outubro de 1995 Parabéns a Você Hélder Costa Festival Internacional de Cadiz (1995) 2633


1996 O Último Baile do Império Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 2613


27 de setembro de 1996 Viva la Vida! Hélder Costa Teatro Cinearte 2487


17 de abril de 1997 Xeque Mate Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 319


13 de maio de 1997 Gulliver Hélder Costa Teatro Cinearte 397


30 de outubro de 1997 O Bode Expiatório Maria do Céu Guerra Cine-Teatro da Covilhã - Festival de Teatro da Covilhã (1997) 622


21 de novembro de 1997 Queres Ser Ministro? Hélder Costa Teatro Cinearte 1051


4 de abril de 1998 Que Dia Tão Estúpido Hélder Costa Teatro Cinearte 774


8 de maio de 1998 O Príncipe de Spandau Hélder Costa Teatro Cinearte 970


15 de junho de 1998 A Barca do Mundo Hélder Costa Exposição Mundial de Lisboa de 1998 (Expo'98) 959


27 de janeiro de 1999 Um Dia Inesquecível Hélder Costa Teatro Cinearte 2000


11 de março de 1999 Fernão, Mentes? Hélder Costa Teatro Cinearte Remontagem do espectáculo do mesmo nome de 1981 2085


25 de abril de 1999 Abril em Portugal Hélder Costa Grândola, no âmbito das celebrações dos 25 anos do 25 de Abril 2228


7 de outubro de 1999 Agosto - Histórias de Emigração Maria do Céu Guerra Joane 2468


Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
8 de julho de 2000 A Relíquia Hélder Costa Festival Internacional de Teatro de Almada (17.ª edição,2000) 3582


12 de dezembro de 2000 A Balada do Café Triste Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 3741


10 de janeiro de 2001 Marilyn, Meu Amor Hélder Costa Teatro Cinearte 3740


3 de julho de 2001 Um Inverno Debaixo da Mesa Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 4167


4 de outubro de 2001 Havemos de Rir? Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 4336


Fevereiro de 2002 Nós temos os pés grandes porque somos muito altas Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 4518


6 de maio de 2002 Comédia de Rubena Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 4855


11 de julho de 2002 O Velho da Horta Maria do Céu Guerra Museu de Arte Popular 5164


30 de outubro de 2002 Farsa de Inês Pereira Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 5472


26 de novembro de 2002 O Auto das Fadas Maria do Céu Guerra Teatro Académico de Gil Vicente - Coimbra 5482


27 de março de 2003 A Profissão da Senhora Warren Guilherme Mendonça Teatro Cinearte 6494


9 de agosto de 2003 O Incorruptível Hélder Costa Maputo - Festival Internacional de Teatro d'Agosto (3ª edição,2003) 7988


24 de setembro de 2003 Os Renascentistas Hélder Costa Teatro Cinearte 7653


22 de novembro de 2003 A Revolta dos Bonecos Rita Lello Teatro Cinearte 8206


22 de maio de 2004 Ser e não ser ou Estórias da História do Teatro Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 9154


27 de novembro de 2004 História Breve da Lua Gil Filipe Teatro Cinearte 9961


17 de fevereiro de 2005 Mater João d'Ávila Teatro Cinearte 10308


19 de outubro de 2005 O Mistério da Camioneta Fantasma Hélder Costa Teatro Cinearte 11766


3 de dezembro de 2005 A Princesa do Amor de Sal Rita Lello Teatro Cinearte 12106


3 de março de 2006 Felizmente Há Luar! Hélder Costa Manteigas - Auditório do Centro Cívico de Manteigas 12619


25 de novembro de 2006 O Conto da Ilha Desconhecida Rita Lello Teatro Cinearte 13809


31 de janeiro de 2007 A Herança Maldita Hélder Costa Teatro Cinearte 13816


11 de maio de 2007 Darwin e o Canto dos Canários Cegos Hélder Costa Teatro Cinearte 14244


21 de setembro de 2007 Agosto - Contos da Emigração Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte Prémio Guia dos Teatros 2007 - Melhor Adaptação 14636


2 de fevereiro de 2008 Antígona Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 15912


30 de abril de 2008 Obviamente Demito-o! Hélder Costa Teatro Cinearte 16060


31 de janeiro de 2009 Peça para Dois Rita Lello Teatro Cinearte 17978


21 de fevereiro de 2009 O Professor de Darwin Hélder Costa Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian 18840


6 de março de 2009 O Inspector Geral Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 18062


26 de setembro de 2009 A Bicicleta de Faulkner Rita Lello Teatro Cinearte 19084


6 de março de 2009 Em Busca do Bem-estar Hélder Costa Teatro Cinearte Projecto desenvolvido pela Associação Viva Mulher Viva com as receitas a reverterem a favor da associação 19094


Data de estreia Nome Encenação Local da estreia Notas CETbase
18 de fevereiro de 2010 A Balada da Margem Sul Hélder Costa Teatro Cinearte 19920


6 de julho de 2010 Peça para Dois (versão sem rede) Rita Lello Teatro Cinearte Segunda versão da peça estreada em 2009 20718


23 de setembro de 2010 O Mistério da Camioneta Fantasma Hélder Costa Teatro Cinearte Reencenada a pedido da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República de 5 de Outubro de 1910
2 de dezembro de 2010 Angel City Rita Lello Teatro Cinearte 21545


13 de abril de 2011 As Peúgas de Einstein Hélder Costa Teatro Cinearte 21835


20 de julho de 2011 D. Maria, a Louca Maria do Céu Guerra Teatro Cinearte 22232


9 de março de 2012 O Fantasma de Chico Morto Pedro Cardoso Teatro Cinearte 22232


17 de março de 2012 Romance da Raposa Rita Lello Teatro Cinearte 24385


10 de abril de 2013 Menino de Sua Avó Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes Teatro Cinearte

Prémio Especial do Júri FITA 2014 - Maria do Céu Guerra, Adérito Lopes e o grupo A Barraca pela brilhante montagem de Menino de Sua Avó.

  • Participou nas Comemorações Oficiais do Ano de Portugal no Brasil, apresentando-se no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro.
  • Re-inaugurou o Teatro Popular Óscar Niemeyer, em Nitéroi, 2013.
  • Espectáculo Internacional do FITA 2014 - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis.

Em 1938, Rodrigues Lima é convidado a elaborar um projecto para um cinema a construir na Rua Vasco da Gama, em frente ao Largo de Santos, em Lisboa. O terreno disponível, um lote de planta rectangular alongada, é delimitado em três dos seus lados: a Norte pela muralha da Calçada Marquês de Abrantes, a Nascente e a Poente por edifícios existentes, restringindo assim o edifício a uma única frente visível.[29] O arquitecto consegue dar corpo e volume a um edifício que, estando à partida entalado em três dos seus lados, se poderia resumir à composição de um plano bidimensional. Dando assim uma expressão que traduzisse claramente o fim a que se destinava que foi conseguir um conjunto que estivesse de acordo com os princípios da arquitectura contemporânea.[30]

O arquitecto dedica especial atenção no desenho da sala de projecção, uma vez que é esse o espaço crucial de um cinema, é onde decorre a acção principal, privilegiando sempre o conforto do espectador, ao qual procura dar uma boa visibilidade, boa audibilidade, e um agradável ambiente climatérico para instalá-lo de modo confortável que lhe permita gozar em completo bem-estar o prazer que procurou para os espectadores pudessem gozar esse prazer com toda a segurança sem o receio de que um incêndio ou qualquer pânico venha a perturbá-lo. As cadeiras foram colocadas de modo a que o olhar de cada espectador abranja a totalidade do ecrã, sem sofrer qualquer deformação.[31] Ele estuda a inclinação dos pavimentos tanto da plateia como do balcão, de modo a que o olhar de cada espectador passe precisamente acima das cabeças dos espectadores da sua frente. Relativamente à audibilidade, o arquitecto não concebe a forma da sala em função dos trajectos das ondas sonoras, alegando que só muito dificilmente se consegue um resultado perfeito, preferindo assegurar uma boa acústica pelo recurso a materiais isoladores no tratamento das paredes, do palco, das portas e do tecto da sala, e prestando especial cuidado em toda a decoração, de forma a evitar reverberações de som.[32]

Referências

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Ligações externas

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