António Pimenta Ribeiro
António José Pimenta Ribeiro (1 de Abril de 1901 – Arcos de Valdevez – 6 de Setembro de 1974) foi um médico de Arcos de Valdevez, onde exerceu uma atividade multifacetada, totalmente dedicada à sua terra natal, durante cerca de cinquenta anos. Também foi poeta, tendo a sua obra poética sido recolhida e compilada em livro já postumamente, antologia que foi editada pelo pelouro da cultura da Câmara Municipal, em 2002, aquando da homenagem que a edilidade lhe dedicou no âmbito do centenário do seu nascimento.[1]
O arcuense
[editar | editar código-fonte]Nasceu, viveu e morreu em Arcos de Valdevez. Foi pai de 12 filhos e avô de 32 netos. Amante apaixonado da sua terra, deixou a sua devoção indelevelmente marcada em crónicas de jornal de cariz social e memorialista, assim como na sua poesia, sobretudo os poemas sobre a realidade sociocultural dos Arcos de Valdevez e catalogados no capítulo sob o título: “Variações”, coligidos por M. Raquel Pimenta Ribeiro, J. Raul Santos Costa, A. Pedro Santos Costa, e A. Mariz Pimenta Ribeiro, publicados na edição da sua Obra Poética. No dizer de António Cacho: “uma terra tão bela, tão sedutora e tão amiga, como ela não havia outra em todo o mundo.”
O médico
[editar | editar código-fonte]Após a sua licenciatura em Medicina, pela Universidade de Coimbra, abriu consultório de Clínica Geral em Arcos de Valdevez, e nunca mais parou até à morte, em 6 de Setembro de 1974. Dos cargos médicos, no âmbito da sua atividade clínica local, podem resumir-se:
- Médico Municipal
- Médico perito do Tribunal
- Médico da Guarda Nacional Republicana
- Diretor do Hospital de Arcos de Valdevez
- Subdelegado de Saúde
- Provedor da Santa Casa da Misericórdia
O professor
[editar | editar código-fonte]Foi professor da disciplina de Ciências Naturais no Externato Municipal Arcuense desde a sua fundação, entre 1942 e 1970, tendo desde 1963 mudado o nome para Externato Liceal Arcuense. Para além de ter sido professor e Co-Fundador da única escola liceal que servia os concelhos de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, exerceu durante alguns anos o cargo de Diretor desta instituição de ensino.
O jornalista
[editar | editar código-fonte]Colaborou no Jornal Notícias dos Arcos, um quinzenário local, com uma crónica de crítica social e memorialista sob o título “Bilhete Postal”, a qual conseguiu alimentar durante muitos anos, praticamente até ao fim da vida. Também foi Diretor deste Jornal durante muitos anos.[2]
O poeta
[editar | editar código-fonte]Vazou muito do seu lirismo leve, por vezes gracioso, nos moldes tradicionais da quadra e do soneto. A sua Antologia está dividida nas seguintes partes: Primeiros Acordes: primeiros poemas, sobre familiares e amizades; Arranjos: poemas recitados nas reuniões de curso; Movimentos Perpétuos: poemas de afeto amoroso; Variações: poemas sobre a realidade sociocultural, principalmente de Arcos de Valdevez.[3]
Referências
- ↑ «História da freguesia de Salvador – Arcos de Valdevez». Hosting.admdata.org. Arquivado do original em 8 de março de 2010
- ↑ «Jornal Notícias dos Arcos – Arquivo». Noticiasdosarcos.com
- ↑ Obra Poética de António José Pimenta Ribeiro. 1ª Edição, Novembro de 2002