Quilmes (povo)
Os quilmes eram uma tribo indígena do grupo diaguita que se estabeleceu nos vales ocidentais dos Andes, atual província de Tucumán, no noroeste da Argentina. Eles se auto-denominavam pacciocas (ou paziocas). [1]
Resistiram ferozmente às invasões dos incas no século XV. Após uma breve anexação ao Império Inca, durante o governo de imperador Túpac Yupanqui, eles receberam autorização para continuar seu modo de vida mais ou menos como sempre fizeram e para preservarem sua língua e religião.[1] Continuaram a resistir aos espanhóis durante 130 anos, até serem derrotados em 1667. Os invasores espanhóis transferiram os 2.000 sobreviventes para uma reserva ("reducción") a 20 km ao sul de Buenos Aires. Esta viagem de 1.500 km foi feita a pé, causando centenas de mortes entre os quilmes. Em 1810, a reserva foi abandonada, tornado-se uma cidade fantasma. Os sobreviventes finalmente se estabeleceram no que é hoje a cidade de Quilmes.[1]
Língua e religião
[editar | editar código-fonte]Praticavam o culto à Pacha Mama (ou Mãe Terra)[1] combinado com a fé católica introduzida pelos conquistadores espanhóis.
A língua original dos quilmes, cacán, perdeu-se por completo como uma língua falada.[2]
Extinção
[editar | editar código-fonte]Acredita-se que foram extintos em 1812, quando o governo recém-independente argentino declarou "povo livre" os habitantes da "reducción". Hoje, restam apenas poucos descendentes mestiços vivendo na Província de Tucumán.
Ruínas
[editar | editar código-fonte]No caminho para Cafayate, a 182 km de San Miguel de Tucumán, as ruínas dos quilmes podem ser vistas, esta é uma cidadela fortificada que foi levantada pelo povo indígena quilmes. Um dos locais arqueológicos mais importantes da Argentina, as ruínas foram descobertas pelo etnógrafo e naturalista argentino Juan Bautista Ambrosetti em 1908 e restauradas em 1978. Desde 2007, este sítio arqueológico está em mãos privadas, e tem um hotel privado em seu território.