Helena Argira
Helena Argira | |
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Rainha consorte da Geórgia | |
Fragmento de um afresco no mosteiro de Oshki, possivelmente representando o casamento de Helena e Pancrácio IV[1] | |
Reinado | 1032 — 1033 |
Consorte | Pancrácio IV da Geórgia |
Antecessor(a) | Alda da Alânia |
Sucessor(a) | Borena da Alânia |
Morte | 1033 |
Cutáissi | |
Dinastia | Bagrationi |
Pai | Basílio Argiro |
Filho(s) | Sem descendência |
Helena Argira ou Argiropolaina (em grego: Ἑλένη Ἀργυρή/Ἀργυροπούλαινα; em georgiano: ელენე; romaniz.: elene; c. 1033) foi uma nobre bizantina da família Argiro e rainha consorte da Geórgia como a primeira esposa do rei Pancrácio IV (r. 1027–1072). Foi dada em casamento por seu tio, o imperador bizantino Romano III Argiro (r. 1028–1034), ao rei-garoto Pancrácio ca. 1032. Helena morreu dentro de um ano ou mais, sem descendência.[2]
Família
Helena foi a filha do magistro Basílio Argiro e, assim, uma sobrinha do imperador Romano III Argiro. O casamento de Helena com o rei Pancrácio, então com ca. 14 anos, foi arranjado como parte de um acordo de paz negociado, c. 1032, pela mãe e regente Maria durante sua visita à Constantinopla, que trouxe um fim ao surto de hostilidades bizantino-georgianas.[3] A família de Helena era bem-conhecida dos líderes georgianos; a rainha viúva Maria foi uma filha do monarca armênio Senequerim-João (r. 1003–1021), o último rei de Vaspuracânia, que tinha rendido seu patrimônio ao imperador Basílio II Bulgaróctono (r. 960–1025). O primeiro governador bizantino de Vaspuracânia foi Basílio Argiro, pai de Helena.[2]
Casamento
Maria retornou para a Geórgia com a noiva e a alta dignidade imperial de curopalata para seu filho. O casamento foi celebrado na catedral de Bana, uma das principais igrejas reais dos bagrátidas georgianos, que tinham também servido como um palco para a coroação do rei Pancrácio IV em 1027.[4] O casamento é provavelmente o assunto do afresco 1036 do mosteiro de Oshki, que descreve um evento real em Bana.[1]
De acordo com a tradição histórica georgiana, Helena trouxe, como parte do dote, "uma dos pregos de Jesus Cristo, o ícone de Okona e grandes riquezas".[5] Além disso, um números de artistas e artesãos bizantinos a acompanharam para a Geórgia.[6] A família real georgiana de Garsevanichevili mais tarde alegou descender do corista de Helena e foram privilegiados por servir como guardiões do ícone de Ocona. O ícone de marfim bizantino da Mãe de Deus, após uma história conturbada, encontrou sua morada no Museu de Arte da Geórgia, em Tbilisi, em 2004. Helena é também creditada com o embelezamento da igreja de Gordi, em Mingrélia.[2][7]
Helena morreu dentro de um ano ou mais após seu casamento, na cidade de Cutáissi, sem descendência. Todas as crianças de Pancrácio nasceram de seu segundo casamento com a princesa alana Borena. A morte de Helena terminou o breve reaproximamento dos bagrátidas georgianos e a corte bizantino e as relações logo tornaram-se instáveis.[5]
Referências
- ↑ a b Eastmond 1998, p. 204.
- ↑ a b c Vannier 1975, p. 47–48.
- ↑ Thomson 1996, p. 287-288.
- ↑ Eastmond 1998, p. 233.
- ↑ a b Allen 1932, p. 89.
- ↑ Allen 1932, p. 297.
- ↑ Allen 1932, p. 305.
Bibliografia
- Allen, William Edward David (1932). A History of the Georgian People: From the Beginning Down to the Russian Conquest in the Nineteenth Century. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 0-7100-6959-6
- Eastmond, Antony (1998). Royal Imagery in Medieval Georgia. [S.l.]: Penn State Press. ISBN 0-271-01628-0
- Thomson, Robert W. (1996). Rewriting Caucasian History. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-826373-2
- Vannier, Jean F. (1975). Familles byzantines, les Argyroi: IXe-XIIe siècles. Paris: Publications de la Sorbonne