Grupo Gay da Bahia
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O Grupo Gay da Bahia (também conhecido como GGB) é uma organização não governamental (ONG) voltada para a defesa dos direitos dos homossexuais no Brasil. Fundada em 1980,[1] é a mais antiga associação brasileira de defesa dos gays ainda em atividade.[2] Sua sede fica em Salvador, no Pelourinho.
O seu atual presidente é Marcelo Ferreira de Cerqueira[3] e a ONG teve como um de seus fundadores o militante gay e professor Luiz Mott do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, o qual aparece ainda como Presidente de Honra do grupo.
História
Na celebração de seu primeiro ano de existência, em 1981, o Grupo Gay da Bahia publicou um texto contendo um resumo das ações realizadas pelo grupo em prol da população LGBT. Entre suas ações, estava uma campanha pelo fim da homossexualidade como "desvio e transtorno mental"; a participação na comemoração do "Dia Internacional do Orgulho Gay", com atividades como palestras, pichações e panfletagens; a realização de caravanas em diferentes cidades do Nordeste, entre outras.
Em 1982, o GGB publicou o primeiro boletim contendo uma lista de pessoas LGBT que haviam sido assassinadas por crime de ódio, intitulado "Pesquisa sobre Homossexuais assassinados no Brasil", sendo que continuam publicando um relatório anual com esses dados.[4] Divulgado por diversos meios de comunicação,[5][6][7][8] a lista de assassinados por motivações homofóbicas ou transfóbicas no Brasil produzida pelo Grupo Gay da Bahia em 2017[9] incluía Micaela Ferreira Avelino, morta após um assalto onde foi feita refém,[10] Abel Góes, morto em circunstâncias desconhecidas na Itália,[11] Verônica Rios, que faleceu por complicações no uso de silicone industrial[12] e Flávia Luzia da Silva, transexual que faleceu de causas naturais,[13] entre outros assassinatos que sequer aconteceram no Brasil ou onde a motivação homofóbica ou transfóbica são questionáveis.[14][15][16]
Missões e valores
O Grupo declara ter três objetivos:[1]
- 1.Lutar contra a homofobia (e a transfobia), denunciando toda e qualquer forma de preconceito contra gays, lésbicas, travestis, etc.
- 2.Informar sobre a homossexualidade e trabalhar para a prevenção do HIV e da AIDS junto à comunidade LGBT.
- 3.Conscientizar os homossexuais acerca de seus direitos para que estes possam lutar por sua cidadania, dando cumprimento ao princípio da igualdade, expresso na Constituição Brasileira.
Ver também
Referências
- ↑ a b «O que é o GGB (nossa história)». Grupo Gay da Bahia. Consultado em 10 de maio de 2020
- ↑ Bahia é pioneira em defesa dos direitos gay[ligação inativa], site do governo da Bahia
- ↑ «Quadro Diretor do GGB». Grupo Gay da Bahia. Consultado em 10 de maio de 2020
- ↑ «População LGBT morta no Brasil – Relatório 2018» (PDF). Grupo Gay da Bahia. Consultado em 10 de maio de 2020
- ↑ «A cada 25h, uma pessoa LGBT é assassinada no país, revela pesquisa». O Globo. 17 de maio de 2017. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ Brasil, Agência. «Uma pessoa LGBT é morta a cada 25 horas no Brasil». Correio do Povo. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «No Brasil, uma pessoa LGBT é assassinada a cada 25 horas». Revista Fórum. 17 de maio de 2017. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «A cada 25 horas, uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil, aponta ONG». Correio Braziliense
- ↑ «GGB: Registros - 2017» (PDF). Grupo Gay da Bahia
- ↑ «Homenagens marcam último adeus à barbeira morta em assalto a carro-forte na Grande Natal». G1. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «Produtor de moda alagoano é encontrado morto em hospital na Itália». Alagoas 24 Horas
- ↑ «Travesti morre no interior de SP, após complicações por uso de silicone industrial». observatoriog.bol.uol.com.br. Uol. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «Brasileira morre durante vôo para Paris». O Povo
- ↑ «Jovem morre atropelado na rodovia Brigadeiro Faria Lima - O Diário Interativo». O Diário. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «Pai é assassinado pelo filho ao tentar impedi-lo de cometer crime em MT, diz PM». G1. Consultado em 18 de maio de 2021
- ↑ «Over de moord op Bianca, die volgens de Gelderlander een man zou zijn»
Bibliografia
- MOTT, Luiz. O Imprescindível GGB, Grupo Gay da Bahia. In: GREEN, James N. et al. (orgs.) História do movimento LGBT no Brasil. São Paulo: Alameda, 2018. p. 211-225.