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Entrismo sui generis

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Entrismo sui generis é o nome dado a tática política defendida pelo dirigente da Quarta Internacional Michel Pablo, no início dos anos 50, a qual deu origem à crise da organização. Segundo ele - que teve depois como sucessor Ernest Mandel - a construção de partidos trotskystas ligados a internacional não estava mais na ordem do dia pois os chamados Estados Operários burocratizados (URSS e Leste Europeu, etc) e o stalinismo, iriam "inevitávelmente" à uma guerra com imperialismo norte-americano, retomando assim o caráter revolucionário que haviam perdido à partir da política do "socialismo num só país". Num relatório de Fevereiro de 1952, Pablo insiste sobre «a evolução à esquerda» do “stalinismo e, inclusive, da burocracia stalinista; (…) a burocracia soviética é ela própria obrigada – nas novas condições – a esquerdizar a sua política, a fazer apelo às massas, a procurar apoiar-se nelas”. Pablo tira disso uma conclusão prática: os trotskistas devem entrar em massa nos Partidos comunistas, onde estes forem majoritários, e sujeitar-se a tudo para neles entrarem: “as “astúcias” e as “capitulações” são não somente admitidas como necessárias”. É o que Michel Pablo chama o “entrismo sui generis”, que ele distingue evidentemente da táctica proposta por Trotsky, em 1935 – o “entrismo” no Partido Socialista – o qual esboçava então um “passo à esquerda” depressa parado.

Várias de suas seções, entre elas a seção argentina (PST, que depois se tornaria o MAS), a seção francesa PCI e a seção norte-americana (SWP - que depois romperia com o trotsquismo), negaram-se a adotar a política de Michel Pablo que conduzia as seções da Internacional a diluirem-se nos Partidos Comunistas ou movimentos nacionalistas dos diversos países. A internacional termina este processo rompida em diversas frações.

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