Conclave de 1534
Conclave de 1534 | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
O Papa Paulo III | |||||||
Data e localização | |||||||
Pessoas-chave | |||||||
Decano | Alessandro Farnese, sênior | ||||||
Vice-Decano | Giovanni Piccolomini | ||||||
Camerlengo | Agostino Spinola | ||||||
Protopresbítero | Francesco Cornaro | ||||||
Protodiácono | Innocenzo Cibo | ||||||
Eleição | |||||||
Eleito | Papa Paulo III (Alessandro Farnese) | ||||||
Participantes | 33 | ||||||
Escrutínios | 2 | ||||||
Cronologia | |||||||
| |||||||
O Conclave de 1534 foi a reunião de eleição papal realizada após a morte do Papa Clemente VII. Durou de 11 a 13 de outubro de 1534[1][2]. Na morte de Clemente VII, eram 45 os cardeais eleitores. Participaram no início do conclave 33, e 25 destes eram italianos. Por sua vez, 13 cardeais que não participaram do conclave, todos estrangeiros.
Conclave
O Conclave durou apenas dois dias, um caso excepcional na época. De acordo com o historiador alemão Ludwig von Pastor, três partidos disputavam o trono papal:
- partido italiano, composto por 10 cardeais (Pucci, Salviati, Ridolfi, Medici, Cibo, Spinola, Grimaldi, Cupis, Cesi e Doria), que apoiou o vice-chanceler Hipólito de Médici;
- partido a favor da coroa francesa, composto por seis cardeais franceses e cinco italianos (Trivulzio, Sanseverino, Pisani, Gaddi e Palmieri), que apoiou o Cardeal François de Tournon;
- partido em favor da causa imperial, composto pelos cardeais espanhóis, alemães e sete italianos (Piccolomini, Cesarini, Vincenzo Carafa, Ercole Gonzaga, Campeggio, Grimani e Accolti).
São considerados independentes e neutros os cardeais Farnese, Ferreri e Cornaro.
O conclave começou em 11 de outubro, mas só no dia seguinte houve a primeira votação. O cardeal Jean de Lorraine, em nome do rei francês, propõe oficialmente a candidatura de Alessandro Farnese e a iniciativa ganhou rapidamente o apoio de Trivulzio, o líder italiano pró-franceses, e de Hipólito de Médici, o líder do partido italiano. Logo, se juntou ao partido imperial, e por isso já na noite de 12 de outubro, ficou claro que Farnese seria eleito por quase toda a congregação dos cardeais, por sua independência e também alguma autoridade que o cardeal tinha adquirido depois de mais de 40 anos no Sacro Colégio. Em 13 de outubro a sua eleição foi unânime. Ele foi coroado em 3 de novembro.
Cardeais votantes
- Alessandro Farnese, Decano do colégio dos cardeais
- Giovanni Piccolomini, vice-decano do Sacro Colégio
- Bonifacio Ferrero
- Giovanni Domenico de Cupis
- Lorenzo Campeggio
- Matthäus Lang von Wellenburg
- Innocenzo Cibo
- Luís II de Bourbon de Vendôme
- Paolo Emilio Cesi
- Alessandro Cesarini
- Giovanni Salviati
- Nicolò Ridolfi
- Agostino Trivulzio
- Francesco Pisani
- João de Lorena
- Benedetto Accolti
- Agostino Spinola
- Ercole Gonzaga
- Marino Grimani
- Antonio Sanseverino, O.S.Io.Hieros.
- Giovanni Vincenzo Carafa
- Andrea Matteo Palmieri
- Girolamo Grimaldi
- Francisco de los Angeles Quiñones
- Francesco Cornaro
- Girolamo Doria
- Hipólito de Médici
- François de Tournon, C.R.S.A.
- Antonio Pucci
- Esteban Gabriel Merino
- Jean Le Veneur
- Odet de Coligny de Châtillon
- Philippe de la Chambre, O.S.B.
- Niccolò Gaddi
- Bernhard von Cles
Cardeais ausentes
- François Guillaume de Castelnau-Clermont-Ludève
- Afonso de Portugal
- Albrecht von Brandenburg
- Eberhard von der Mark
- Antoine du Prat
- Louis de Gorrevod
- Juan García de Loaysa, O.P.
- Íñigo López de Mendoza y Zúñiga
- Alfonso Manrique de Lara y Solís
- Juan Pardo de Tavera
- Claude de Longwy de Givry
Ligações externas
- «História Vaticana» (em alemão)
- «pickle-publishing.com» (em inglês)
Referências
- ↑ «Catholic Hierarchy» (em inglês). Consultado em 5 de setembro de 2011
- ↑ «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês). Consultado em 5 de setembro de 2011
Bibliografia
- Giacomo Martina, La Chiesa nell'età della Riforma, Brescia 1988
- Claudio Rendina, I Papi. Storia e segreti, Newton & Compton Editori, Roma 2004, pp. 629-635
- Ludwig von Pastor, Storia dei Papi, vol. XI