Cistite intersticial
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Cistite Intersticial / Síndrome da Bexiga Dolorosa | |
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Especialidade | urologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | N30.1 |
CID-9 | 595.1 |
CID-11 | 1650709285 |
DiseasesDB | 30832 |
MedlinePlus | 000477 |
eMedicine | med/2866 |
MeSH | D018856 |
Leia o aviso médico |
A cistite intersticial, ou a cistite intersticial crônica é uma síndrome clínica que atinge o sistema urinário inferior, causando sintomas urinários e dor pélvica, na ausência de outras causas identificáveis. É também chamada de Síndrome da Bexiga Dolorosa.
Epidemiologia
Acomete cerca de 10,8 em cada 100.000 mulheres. É bem mais frequente em mulheres com uma proporção de 9 para 1 caso masculino. Mais comum em pessoas de origem judaica e raça branca. Existe associação de doenças reumatológicas como lupus , artrite reumatoide e poliarterite nodosa.
Quadro clínico
É caracterizada clinicamente por dor suprapúbica intermitente, frequentemente intensa, frequência urinária, urgência, hematúria e disúria sem evidência de infecção bacteriana e achados citoscópicos de fissuras e hemorragias pontilhadas (glomerulações) na mucosa da bexiga após distensão luminal.
A urgência miccional confunde-se com os sintomas da bexiga hiperativa. Uma diferença entre as duas condições clínicas é que na cistite intersticial a pessoa apresenta-se ansiosa para urinar devido à dor que sente quando a bexiga está cheia, enquanto na bexiga hiperativa a urgência acontece por medo de não conseguir reter a urinar a molhar a roupa. O aumento da frequência urinária leva a pessoa a urinar em média 10 vezes ao dia e cerca de 5 vezes à noite. Raramento observa-se hematúria.
Etiopatogenia
A etiopatogenia da cistite intersticial ainda é pouco conhecida. Até o momento o que os demonstraram que o principal acontecimento é a rotura do epitélio vesical em sua camada (barreira hemato-urinária)composta de glicosaminoglicanos. Isto pode decorrer de insuficiente sulfatação dos polissacarídeos ou da presença na urina de aminas quaternárias, que inativam esses polissacarídeos.
Diagnóstico
São critérios de exclusão aceitos: Frequência urinári diurna menor que 5 vezes.Urodinâmico com contrações não inibidas do detrusor, capacidade vesical maior que 350mL ou ausência de urgência com 150mL serve para descartar o diagnóstico. Ausência de noctúria e duração do quadro menor que 9 meses. À cistoscopia com hidrodistensão (80 cm H2O) espera-se: Petéquias – 10 por quadrante – ao menos 3 quadrantes , áreas hemorrágicas difusas, fissuras lineares, trabeculações, úlcera de Hunner (10% das pacientes).
A cistoscopia é importante também para excluir o carcinoma vesical.
Tratamento
O tratamento pode ser comportamental, medicamentoso ou cirúrgico. A escollha da melhor opção vai depender de cuidadosa avaliação médica.
O tratamento pode ser inicialmente comportamental: Alimentar (refrigerantes,chocolate, sucos ácidos), eliminar café, exercícios, redução do estresse, treinamento vesical, biofeedback.
O medicamentoso via oral pode ser feito com o polisufato de pentosano sódico, anti-depressivos tricíclicos, anti-histamínicos e anti-convulsivantes.
O medicamentoso tópico intravesical como Dimetyl-Sulfoxide.
O círurgico é a hidrodistensão sob anestesia.
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- van de Merwe JP et al, Diagnostic criteria, classification, and nomenclature for painful bladder syndrome/interstitial cystitis: an ESSIC proposal.Eur Urol. 2008 Jan;53(1):60-7. Epub 2007 Sep 20.
- Dell JR, Mokrzycki ML, Jayne CJ. Differentiating interstitial cystitis from similar conditions commonly seen in gynecologic practice.Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2009 Jun;144(2):105-9. Epub 2009 May 5.