Sacarose
Sacarose Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | 2-[3,4-dihidroxi-2,5-bis(hidroximetil)tetrahidrofuran-2-il]oxi-6-(hidroximetil)oxano-3,4,5-triol |
Outros nomes | α-D-Glucopiranosideo, β-D-fructofuranosil, açúcar de mesa |
Identificadores | |
Número CAS | |
PubChem | |
Número RTECS | WN6500000 |
SMILES |
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Propriedades | |
Fórmula química | C12H22O11 |
Massa molar | 342.24 g mol-1 |
Aparência | cristais brancos |
Densidade | 1,57 g/cm3 (30 °C)[1] |
Ponto de fusão |
160–192 °C (decompõe-se)[1] |
Solubilidade em água | 1970 g·l-1 a 20.0 °C [1] |
Riscos associados | |
Principais riscos associados |
Combustible |
NFPA 704 | |
Frases R | - |
Frases S | - |
Ponto de fulgor | N/A |
Compostos relacionados | |
Dissacarídeos relacionados | Lactose (glicose + galactose) |
Compostos relacionados | Glicose Frutose |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
A sacarose (C12H22O11), também conhecida como açúcar de mesa, é um tipo de glícido formado por uma molécula de glicose e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese. O amido, ao ser digerido, nunca passa a ser sacarose — ele passa sempre a ser maltose.
Utilização
É formada pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Encontra-se em abundância na cana-de-açucar, frutas e na beterraba.
A sacarose, o açúcar comum comercial, é amplamente distribuído entre as plantas superiores. Encontra-se na cana de açúcar (Saccharum officinarum) e na beterraba (Beta vulgaris), sendo que o suco da primeira, a garapa, contém de 15-20% e o da segunda de 14-18% de sacarose. É doce e a sua fermentação por leveduras é muito utilizada comercialmente.
É hidrolisada com grande facilidade por ácidos diluídos, resultando da reação o ´´ açúcar invertido``, isto é, a mistura equimolar de D-glicose e D-frutose, que é levogira, porque a frutose possui rotação específica negativa (-92,4º) mais alta do que a rotação específica positiva da glicose (+52,7º). A reação é chamada de inversão e é estritamente monomolecular, isto é, a fração da sacarose presente, cindida por unidade de tempo, é constante. Assim, a velocidade da reação depende exclusivamente da concentração de sacarose. A inversão da sacarose pode ser efetuada também enzimaticamente. A invertase, que cinde os b-frutosídeos, e as a-glicosidases são as enzimas que catalisam a sua hidrólise.
À base disso, a sacarose é considerada um a-glicosídeo e um b-frutosídeo.A sacarose não é um açúcar redutor. Isso significa que os dois grupos redutores dos monossacarídeos que a formam estão envolvidos na ligação glicosídica, ou seja, o átomo de carbono C1 da glicose e C2 da frutose devem participar da ligação. A hidrólise ácida da sacarose octometilada fornece 2,3,4,6-tetra-O-metil-D-glicose e 1,3,4,6-tetra-O-metil-D-frutose.
O açúcar, como também é conhecido, é normalmente encontrado no estado sólido e cristalino. É usado para alterar (adoçar) o gosto de bebidas e alimentos. É produzido comercialmente a partir de cana-de-açúcar ou de beterraba. Pelo menos metade da energia necessária para um indivíduo viver seu dia-a-dia pode ser encontrada na natureza, sob a forma de açúcares e amidos.
Produção no Brasil
O Brasil produz açúcar a partir da cana-de-açúcar, devido a sua alta concentração de sacarose (15% a 20%) e também as condições climáticas favoráveis ao plantio. A Rússia, maior importadora de açúcar brasileiro, extraía toda a sua produção a partir da beterraba (14% a 18% de sacarose), mas devido ao preço exorbitante de sua produção optou por importar açúcar brasileiro.
Extração industrial a partir da cana-de-açúcar
A produção brasileira de sacarose, ou açúcar comum, é basicamente a partir da extração do caldo da cana de açúcar (Sacharum officinarum). Em um processo industrial, a produção baseia-se em moer, filtrar e ferver o caldo para em seguida centrifugar o melado transformando-o em açúcar. A adição de compostos químicos ao açúcar vão definir qual o tipo que será produzido.[2]