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Diogo de Azambuja

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Diogo de Azambuja (Montemor-o-Velho, 1432 - 1518) foi um fidalgo português.

Torna-se cavaleiro da Ordem de Avis e entra ao serviço do infante Dom Pedro, filho do regente com o mesmo nome, como guarda-roupa da sua casa. Na sequência da batalha de Alfarrobeira, acompanha o seu senhor no exílio, mas em 1458 já se encontra ao lado de D. Afonso V na conquista de Alcácer-Ceguer em Marrocos. Recebe várias comendas e torna-se conselheiro do rei. Conquista a vila de Alegrete aos castelhanos, que tinha sido ocupada durante a guerra de sucessão do trono castelhano, onde é ferido numa perna durante a luta.

Em 1481, é nomeado por D. João II capitão-mor da armada de nove caravelas e duas naus compostas por 600 soldados e 100 pedreiros e carpinteiros, e que transportava a pedra necessária para a construção da fortaleza que parte para o golfo da Guiné com a missão de construir a fortaleza de São Jorge da Mina. Que será a façanha mais conhecida da sua longa vida. Escolhe uma baía para desembarcar, o que faz a 19 de Janeiro de 1482, e de imediato se iniciam os trabalhos de construção. Ao fim de 20 dias, já estava a fortaleza bem encaminhada, concluindo-se a sua construção pouco depois.

Acabada a fortaleza, estabelecidos os contactos amigáveis com as populações indígenas e accionadas as trocas comerciais, Diogo de Azambuja considerou terminada a tarefa, pelo que mandou regressar a armada a Lisboa com a notícia do sucesso completo da missão, ficando ele próprio como capitão da fortaleza com 60 soldados. Exercendo o cargo até 1484, data em que regressa a Lisboa.

No entanto não terminaram aqui os seus feitos como homem de armas. Recompensado pelo rei com o cargo de alcaide de Monsaraz, para além de outras recompensas como a nomeação para o Conselho Real, Diogo de Azambuja manteve-se ligado à Corte e ao serviço do rei, embora a sua idade e a deficiência física na perna aconselhassem já a sua retirada. E é já com mais de setenta anos que aceita uma missão que o rei D. Manuel I o encarrega, em 1506: construir uma fortaleza em Mogador na região de Safim, no sul de Marrocos, de forma a aí permitir a fixação portuguesa. Diogo de Azambuja não só cumpriu tal missão com êxito, como tomou a própria cidade de Safim, permanecendo como capitão da cidade até 1509, com a idade de cerca de 77 anos. Nesta data regressou a Portugal, vindo a falecer em 1518.

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