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São Joaquim de Bicas: diferenças entre revisões

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Revisão das 12h30min de 16 de dezembro de 2020

São Joaquim de Bicas
  Município do Brasil  
Vista parcial da cidade a partir da Rodovia Fernão Dias
Vista parcial da cidade a partir da Rodovia Fernão Dias
Vista parcial da cidade a partir da Rodovia Fernão Dias
Símbolos
Bandeira de São Joaquim de Bicas
Bandeira
Brasão de armas de São Joaquim de Bicas
Brasão de armas
Hino
Gentílico sanjoaquimbiquense
Localização
Localização de São Joaquim de Bicas em Minas Gerais
Localização de São Joaquim de Bicas em Minas Gerais
Localização de São Joaquim de Bicas em Minas Gerais
São Joaquim de Bicas está localizado em: Brasil
São Joaquim de Bicas
Localização de São Joaquim de Bicas no Brasil
Mapa
Mapa de São Joaquim de Bicas
Coordenadas 20° 02' 56" S 44° 16' 26" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Região metropolitana Belo Horizonte
Municípios limítrofes Igarapé, Betim, Brumadinho, Mário Campos
Distância até a capital 39 km
História
Fundação 21 de dezembro de 1995
Administração
Prefeito(a) Antônio Augusto Resende Maia[1][nota 1] (NEM, 2017–2020)
Características geográficas
Área total [4] 72,455 km²
População total (Censo IBGE/2010[5]) 25 619 hab.
Densidade 353,6 hab./km²
Clima tropical
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 32920-000 a 32999-999[3]
Indicadores
IDH (PNUD/2000[6]) 0,707 alto
PIB (IBGE/2008[7]) R$ 276 950,969 mil
PIB per capita (IBGE/2008[7]) R$ 11 804,24
Sítio www.saojoaquimdebicas.mg.gov.br (Prefeitura)
camarasaojoaquimdeb.mg.gov.br (Câmara)

São Joaquim de Bicas é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Sua população estimada pelo IBGE em 2010 era de 25.619 habitantes. Pertence à Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Topônimo

Quando a povoamento da região teve início foi construída uma capelinha e nela foi colocada sobre o altar uma imagem de São Joaquim. A imagem, e a vegetação, renderam o primeiro nome dado à região: São Joaquim do Campo Verde.

Durante o processo de mineração no leito do Rio Paraopeba os cascalhos eram lavados com jatos de água (bicas). Esse fato acabou por alterar o nome do povoado para São Joaquim de Bicas, como permanece até hoje.    

História

Povoamento 

O povoamento de Minas Gerais foi resultado principalmente da descoberta do ouro no final do século XVIII. Os primeiros povoados no estado foram fundados pelos Bandeirantes. Algumas dessas expedições subiram o curso do Rio Paraopeba e, como as terras próximas ao leito eram propícias para o plantio e criação de gado, algumas famílias acabaram se fixando nesses assentamentos mesmo depois dos Bandeirantes seguirem em sua busca por ouro de aluvião.

A religião foi um fato marcante na história do arraial. As manifestações religiosas serviam para uma convergência entre habitantes e tropeiros que por aqui passavam. Uma capela foi construída para a realização de novenas e orações e foi nessa que a imagem esculpida de São Joaquim e que, juntamente com a vegetação, inspirou o nome do arraial, que depois mudaria de novo para em razão da mineração.                

A Pedra Fundamental

Em 1880 São Joaquim de Bicas recebeu um Cartório de Registros e teve sua condição elevada a Distrito de Pará de Minas. Nesse período o arcebispo de Mariana criou a paróquia de São Joaquim, concedendo mais autonomia religiosa. O cartório, no entanto, foi transferido para o povoado do Barreiro (atual Igarapé) por conflitos políticos. Para evitar qualquer tipo de manifestação, a transferência pode ter ocorrido durante a noite. Isso fez com que São Joaquim de Bicas fosse rebaixado à condição de povoado, porém ainda era a sede da paróquia.

A capela de madeira acabou por se tornar pequena ante o crescente número de fiéis. A construção de uma nova necessitava da bênção da pedra fundamental por uma autoridade eclesiástica. A mobilização do povo, realizando várias peregrinações até Mariana pedir ao bispo, deu resultado e a bênção foi concedida. Outras comunidades também tinham o desejo de construir uma igreja que seria a sede da paróquia, sendo assim, segundo relatos de quem presenciou, um grupo de homens de Igarapé foi enviado para roubar a pedra fundamental. Conta-se que estes, por razões sobrenaturais, não tiveram força para mover a pedra e foram expulsos por um grupo de mulheres armadas com foices, enxadas e outras armas improvisadas. Com receio de outras incursões como esta, os moradores montaram piquetes nos limites do município, mas a tentativa não se repetiu.

Os moradores construíram a nova igreja, enterrando a pedra fundamental embaixo do altar e reformaram a velha igreja de madeira, mas a praça consista apenas na igreja, sem nenhum jardim ou se quer bancos. Esses adereços só foram acrescentados em 1966 quando o prefeito de Igarapé (município já independente ao qual São Joaquim de Bicas pertencia à época) reformou toda a praça da igreja de São Joaquim cultivando jardins e construindo bancos com nomes daqueles que ajudaram na construção da nova praça.                      

Formação administrativa

Depois de perder o cartório de registros para o Barreiro (Igarapé) e ser rebaixado à condição de povoado em 1931, São Joaquim de Bicas volta a ser promovida com um novo cartório em 1953 e ambos os distritos agora pertenciam a Mateus Leme e não mais a Pará de Minas. Com a criação do município de Igarapé em 1962, implantado em março de 1963, São Joaquim de Bicas passa a integrar o novo município até sua efetiva emancipação em 1995.

Antes, outras tentativas frustradas de criação de um novo município foram preteridas nas décadas de 1970, 1980 e no início da década de 1990 até culminar na emancipação política do município. O pedido foi apresentado na Assembléia Legislativa em 10 de fevereiro de 1995, o que selou definitivamente a inauguração do processo de emancipação. No dia 22 de outubro do mesmo ano foi realizado o plebiscito no qual compareceram 4.042 eleitores sendo que 3.809 votaram a favor, 103 votaram contra, 73 votaram em branco e 57 anularam o voto. Com a maioria favorável à emancipação, São Joaquim de Bicas foi transformada em cidade através da lei 12.030 de 21 de dezembro de 1995, quando é comemorado o aniversário da cidade.

São Joaquim de Bicas ficou sob administração de Igarapé até a instalação do município, ocorrida em 1º de janeiro de 1997, com a posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores.

Geografia

  • População     - 25.619 habitantes.
  • Área         - 71,557 km2
  • Altitude     - 755m
  • Latitude     - 20:02:575
  • Longitude     - 44:18:26W
  • Clima          - Tropical de altitude
  • Relevo      - Montanhoso
  • Bioma         - Mata Atlântica e Cerrado

Municípios limítrofes

  • Mário Campos    – Leste
  • Brumadinho     – Sul
  • Betim         – Norte
  • Igarapé         – Oeste

Distâncias

  • Belo Horizonte – 45 Km
  • São Paulo     – 542 Km
  • Rio de Janeiro – 472 Km
  • Vitória          – 562 Km
  • Brasília          – 753 Km

Vias que servem ao município

Aliada ao sistema viário de rodovia, que liga a cidade aos principais centros industriais do país pela BR 381 - Rodovia Fernão Dias (Trecho BH-São Paulo), a cidade é atendida pela Linha do Paraopeba da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil (posteriormente Rede Ferroviária Federal) através da estação ferroviária no povoado de Fecho do Funil.

O transporte ferroviário de passageiros foi operado pela RFFSA na cidade até o ano de 1996, por meio dos trens Barreirão e Cata-Jeca que ligavam São Joaquim de Bicas a Conselheiro Lafaiete e à capital mineira, Belo Horizonte (no bairro do Barreiro). Após a privatização, a ferrovia ficaria destinada ao transporte de cargas, sob concessão da MRS Logística. [8][9]

Principais Avenidas e Ruas

  • Av. Coronel Antônio Gabriel: Segue o trajeto da BR 381 sendo sua marginal ao sul (ao norte é a Rua lateral).  Tem início junto com a Rua Marajó a oeste e segue a rodovia até a saída da cidade, quando passa a margear o Rio Paraopeba, tendo fim apenas quando cortada pela Rua Espírito Santo.
  • Rua José Gabriel de Rezende: Tem início na Av. Cel. Antônio Gabriel e pode ser considerada como a principal da cidade. Corta o bairro Tereza Cristina de norte a sul. O trajeto da via leva até o distrito de Nossa Senhora da Paz, mas ainda no bairro Pedra Branca seu nome muda para Rua Igarapé, depois passa a se chamar Estrada de São Joaquim de Bicas e, por fim, Estrada de Nossa Senhora da Paz.
  • Av. Jorge Sachs Resk: Tem seu início da Avenida Rui Barbosa, Que tem esse nome apenas nas mediações da Igreja Matriz de São Joaquim. Estende-se até um quarteirão depois a um entroncamento onde é formada a Avenida José G. Queiroz no bairro Planalto.
  • Rua Um: Tem início na Av. Cel. Antônio Gabriel, logo na saída da cidade e acompanha o leito do rio Paraopeba durante um bom trecho. Ao passar pelo bairro Tupanuara tem seu nome alterado para Rua Hum. É uma rota que liga a região central da cidade ao bairro Nazaré.

Feriados municipais

  • 26 de julho        – Dia de São Joaquim (padroeiro)
  • 08 de dezembro     – Dia de Nossa Senhora da Conceição
  • 21 de dezembro     – Aniversário da cidade

Região Metropolitana

Faz parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, também conhecida pela abreviatura RMBH ou simplesmente Grande Belo Horizonte, é a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, com uma população de 5.152.217 habitantes, conforme o Censo Estimativo de 2013, sem contar o colar metropolitano. Seu produto metropolitano bruto (PMB) somava em 2010 cerca de 132,9 bilhões de reais.

Bandeira

Surgimento

Em 1997 foi realizado um concurso público para a escolha da bandeira de São Joaquim de Bicas. Entre os 259 trabalhos o vencedor foi de Flávia Caldeira Brant. A bandeira significa o caráter hospitaleiro da cidade, o poder Municipal, o Rio Paraopeba, o Parque Industrial e a vitória na luta pela emancipação.

Descrição

A bandeira do município é composta por uma cruz vermelha sobreposta sob outra branca, semelhante ao modelo dinamarquês (presente em todos os países nórdicos) em fundo verde, além de uma lua crescente amarela no quadrante superior esquerdo e do brasão de armas, sob um círculo branco, na interseção das cruzes.

Brasão de armas

Na parte superior está uma coroa mural de cinco torres, símbolo universal de domínio, e que tendo suas aberturas de vermelho, proclamam o caráter hospitaleiro do povo. O escudo é dividido em quatro partes, sendo que na parte superior, em fundo azul-celeste está um sol dourado com raios espargentes, traduz a irradiação do poder municipal a todos os quadrantes do município e a expansão de nossa cultura pelo país. À esquerda, três linhas onduladas na cor prata simbolizam o rio Paraopeba. À direita, também prateado, uma representação de uma indústria lembra a presença industrial na cidade. Na parte inferior, três montes dourados sob fundo celeste representam a paisagem do município. Ainda na parte inferior, sobre os montes, está o barrete frígio, símbolo usado desde a revolução francesa como símbolo da democracia. Dois ramos de louro, símbolo de vitória, ficam um em cada lado do brasão e homenageiam a luta pela emancipação do município. Por baixo do escudo uma faixa vermelha trás o nome do município e a data de sua origem escritas na cor prata.

Hino

Letra e música Nelson Biasoli

Este hino de amor e beleza

Como um novo dia a raiar

Tendo porem a certeza

Que deus nossa terra vai abençoar.

Dos bandeirantes, graciosa nascestes,

Com harmonia bem estar a sorrir,

Das cordilheiras sublimes crescestes

Viva o presente confiando no provir.


Salve São Joaquim de Bicas! 

Na terra bendita da cruz 

O saber a aurora desponta 

Vertendo nos montes torrentes de luz. 

           

Maravilha! Botão em flor,

Os teus filhos te veneram com ardor

Terra tão bela, entre outras mil,

És mineira

És Brasil!

Ó meu rincão amado, de infinito céu azul de anil,

Tua prole hospitaleira és teu matiz

És a mais bela entre outras mil.


Salve São Joaquim de Bicas!

Na terra bendita da cruz

O saber a aurora desponta

Vertendo nos montes torrentes de luz.

História do hino

Este hino de amor e beleza

Como um novo dia a raiar

Tendo porem a certeza

Que deus nossa terra vai abençoar.


A poesia deste hino, a música desta canção nos dá o panorama íntimo de cada um de nós ou de cada alma, pois nós temos o céu e a terra como testemunha, trazendo o seio de nossas famílias os músculos de nossa vida além da nobreza e a bondade humana no sentimentalismo dos próprios sentimentos: a nossa própria visão atinge o horizonte no invisível e não havendo mais limite aí é que o coração vê o que o olho não vê, mas sabendo que além, muito além, existe alguém para nos guiar, por isso pedi, um novo dia raiar e a Deus pedi, Oh! São Joaquim de Bicas que em ti, Deus, nos abençoe e a ajuizando a direção caminheira e a exastação do nosso objetivismo, onde eu quis citar a abstração, do absoluto e do infinito: pois no subjetivismo e sensibilidade decompõem o bem: manifestação superiores que caracterizam o ente superior, marca-se época, numa síntese que esculpe a civilização e a cultura delínea às épocas, forja as estruturas, inspira sensibilidade coletiva, possuindo em cada povo os seus padrões, pois, esta é a formação da presente canção, que traz a revelação original da harmonia, a realização de ordem e trabalho, a inteligência, do entusiasmo e a confiança mas além de tudo o ardor da vontade dos biquenses que tem a certeza da fraternidade.


Dos bandeirantes, graciosa nascestes,

Com harmonia bem estar a sorrir,

Das cordilheiras sublimes crescestes

Viva o presente confiando no provir.


Esta estrofe dedico aos inscritos Bandeirantes que palmilhavam o território brasileiro em busca de El Dorado, pois no dia 21 de julho de 1674, saiu de São Paulo a gloriosa bandeira chefiada por Fernão Dias Paes e seu genro Manoel Borba Gato a procura de riquezas no interior de Minas Gerais. José Betim, cunhado do famoso caçador de esmeraldas tomou parte dessa bandeira. Durante essa longa trajetória ficou conhecido o local onde está hoje situada a cidade de Betim na petição de Sesmaria feita por José Rodrigues Betim. Em 1711 ele indica claramente que terras ocupadas por ele e sua família ficavam entre o rio Paraopeba e a estrada que vai a Abóboras numa extensão mais ou menos três léguas quadradas. Muitos anos antes Manoel Borba Gato já possuía vasta extensão de terras nesta região da qual temos notícias através da petição que faz Francisco Duarte Meireles, em 1710 e explicava o seguinte: Meu sogro está há muitos anos senhor e possuidor de umas terras entre Paraopebas e a cordilheira do Itatiaia a encruzilhada do caminho das abóboras que vai para Itambira.


É certo que Manoel Borba Gato, José Rodrigues Betim e Francisco Duarte Meireles ocupavam por vários anos a terra que hoje é São Joaquim de Bicas. Essa terra era muito fértil, e o rio Paraopeba, servia de trilha para esses corajosos Bandeirantes que aqui aportavam com esperança de encontrar riquezas minerais. Não duvides quanto à presença de exploradores garimpeiros em São Joaquim de Bicas a partir de 1810. Esses corajosos Bandeirantes por alguns anos dedicaram ao trabalho rasgando o chão a procura de diamantes. Os antigos moradores deixaram neste local uma marca de lével que o tempo ainda não apagou, pois de geração a geração este fato é transmitido, conservando sempre como fato presente.


Ali construíram uma capela toda feita de madeira entalhada que servia de lugar onde as pessoas devotas faziam suas preces costumeiras, como a reza do terço a noitinha ou participar da novena do mês de maio, consagrando a Virgem Maria, até um minerador esculpir a imagem de São Joaquim a base de madeira. Desde essa época até os dias atuais, conservam a tradição São Joaquim do Campo Verde, e passando a denominar-se São Joaquim de Bicas, naturalmente porque o nome Bicas idicava com precisão o lugar ocupado pelos mineradores, e depois por ocasião de elevação de povoado a categoria de vila em 1852 ficando oficializado o nome de São Joaquim de Bicas. Em 1890 Pedro do Amaral Bambirra, professor e líder da pequena comunidade de profundo espírito religioso construindo também a base de madeira uma capela mais espaçosa. Em 1939 a família Silva Couto doou boa parte de terrenos para a formação de São Joaquim de Bicas. O povo de Igarapé, desejoso que a sede da paróquia viesse também para o distrito, julgou fácil a transferência se fosse construída uma igreja já que não existia ainda nos lugares e sim pequenas capelas. Tão logo o povoado de Igarapé, deixou transparecer essa ideia, lança pedra fundamental, e começam imediatamente a construir, naturalmente essa iniciativa de Bicas foi um choque bem amargo para a gente de Igarapé, que nunca poderia supor que os habitantes de Bicas tivessem condições para dar início da construção da Matriz.


Mas nem tudo está perdido, assim como a sede do distrito estava passando para Igarapé quase a força também a sede da paróquia seria transferida a força. Era esse o pensamento da população de Igarapé no princípio dos anos de 1940 no regime ditatorial de Getúlio Vargas. Era delegado de polícia em Igarapé José Joaquim do Prado que exercia o cargo com plenos poderes fazendo cumprir a lei ainda que fosse obrigado a lançar mão da violência. Pressionado pelo povo, o delegado manda quatro homens robustos com um carrinho de mão, a fim de transportar para Igarapé a pedra fundamental para a construção da igreja Os homens enviados pelo delegado arrancaram da valeta a pedra que seria a base para a construção da igreja, uma pedra sabão trabalhada pesando aproximadamente 30 quilos.


O fato mais interessante é que os quatro elementos mal conseguiram colocar a referida pedra dentro do carrinho e quando começaram a puxá-lo o peso era tanto que as rodas afundaram no chão, tornando-se tão pesado que por mais força que os quatro homens fizessem, não conseguiriam mover o veículo. Para maior segurança os biquenses levaram a pedra para a casa do Sr. João Maria Henrique e a pedra que até então parecia pesadíssima fora levada por uma única pessoa. Por isso cito “Terra bendita da cruz”.


Salve São Joaquim de Bicas! 

Na terra bendita da cruz 

O saber a aurora desponta 

Vertendo nos montes torrentes de luz.  


Este estribilho é uma exaltação a cidade, a sua luta, o seu cotidiano, a sua gente, rica ou pobre, ilustre ou simples, preta, branca, amarela ou vermelha de todos os credos, de todos os tempos, de todas as idades, mas unidas todas no saber, e no facho de luz, todas unidas na conscientização, todas importantes na perpetuação espiritual como realidade, como cultura, como história, luta pacífica, trabalho, fé, entusiasmo, energia, destacando-se todos da às origens, com a ânsia de arrojo e de futuro. Exalto no estribilho: a terra, a energia, a concordância, a beleza, o caminho, além de tudo o amor que nivela os caminhos da integração da terra e do homem, e no saber e a torrente de luz, segue a missão pacífica, mas, resoluta do seu destino.


Além de tudo esta vida multiforme que es tua no ar, da qual fazemos parte, no comércio, na indústria, na administração, na religião, a escola, a alegria da paz, alegria do amor e a união do teu povo.


Maravilha! Botão em flor,

Os teus filhos te veneram com ardor

Terra tão bela, entre outras mil,

És mineira

És Brasil!

Ó meu rincão amado, de infinito céu azul de anil,

Tua prole hospitaleira és teu matiz

És a mais bela entre outras mil.


Nestes versos refiro-me ao “botão em flor”, o nascimento do município, mas mesmo assim nas graças de sua simplicidade, São Joaquim de Bicas tem a vontade esclarecida, construindo seu prestígio, evoluindo e conservando a humildade.

Nascida da agricultura e das minas, a sua coragem semeia seu caráter com a robustez do ideal e a delicadeza do desprendimento. Tendo base na sua religiosidade sem preconceito, és como a seiva que germina da fragilidade do pólen, ao vigor do cerne rígido.

Por isto tudo Bicas sabe querer bem, porque é sincera, porque confia, porque crê, conserva entretanto harmonia de sua origem, através de sua exemplar vida. De sua história de sua gente, pois “Tua prole é teu matiz”. A prole é a sua gente, os filhos de seus filhos, Teu Matiz é a sua sociedade, as suas cores.

Nasceu com esforço de seus desígnios e convicção, cresce, voa, segue, continua Porque nos músculos enrija a força que constrói, no cérebro diretrista a conscientização cívica do dever, e na alma acaricia a pureza das intenções.

Sendo resolução e ênfase, participação da beleza da ideia, da consonância e da harmonia, sempre será representada na mobilidade humana através das gerações a grandiosidade da pátria, a grandiosidade de Minas Gerais e sublimidade a Deus, tornando-se assim “Cidade Devoção”.

Referências

  1. «Corpo do prefeito de São Joaquim de Bicas é velado neste domingo». G1 Minas Gerais. 16 de outubro de 2011. Consultado em 16 de outubro de 2011 
  2. «Morre Toninho Resende, prefeito de São Joaquim de Bicas, na Grande BH». G1 Minas Gerais. 15 de outubro de 2011. Consultado em 16 de outubro de 2011 
  3. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  4. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  5. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  8. «Fecho do Funil -- Estações Ferroviárias do Estado de Minas Gerais». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 9 de outubro de 2020 
  9. «Trem Barreirão -- Trens de passageiros do Brasil». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 9 de outubro de 2020 

Ligações externas

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  1. O vice-prefeito assumiu o cargo em virtude da morte do então prefeito Toninho Resende, do PMDB.[2]