Saltar para o conteúdo

Templo romano de Évora: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Mais conteúdo, organização, ver também e acertos
Acertos, mais conteúdo, bibliografia e leitura recomendada
Linha 71: Linha 71:
== História ==
== História ==
===Período romano===
===Período romano===
O Templo de Évora começou a ser construído no Século I d.C., numa altura em que a Península Ibérica estava sob o domínio da [[civilização romana]].<ref name=DGPC/> Foi edificado como parte de um programa de renovação urbana da cidade, então denominada ''[[Ebora|Liberalitas Iulia Ebora]]'', tendo sido dedicada ao [[imperador Augusto]], cujo poder estava nessa altura numa fase de afirmação.<ref name=PortArq/> No entanto, as obras arrastaram-se durante os dois séculos seguintes, devido a alterações na estrutura urbana envolvente, uma vez que o culto imperial levou à construção de uma cidadela.<ref name=DGPC/> Segundo a tradição, o templo terá sido fundado por ordem do general [[Quinto Sertório]], quando este tomou a cidade de ''Ebora'' aos povos eborenses,<ref name=Ocidente420/> cerca de 70 a.C..<ref name=APitoresco40/> De acordo com a tradição, o templo teria sido uma das grandiosas estruturas construídas por ordem de Sertório como parte de um programa de desenvolvimento da cidade, e que teria incluído igualmente as muralhas e torres, um palácio, um aqueduto e um arco triunfal.<ref name=APitoresco40/> Uma das histórias sobre o templo, preservada através da tradição oral e descrita por autores antigos, refere que o aqueduto terminava num tanque em redor do templo, sendo depois a água canalizada para uma fonte junto ao arco triunfal.<ref name=APitoresco40/> Com efeito, em escavações no Século XX foi encontrado um tanque que rodeava o templo em três lados, e das canalizações que escoavam a água.<ref name=APitoresco40/> Outros autores afirmaram que o templo teria sido construído posteriormente, durante a [[Roma Imperial|época imperial de Roma]], sendo uma das teorias nesse sentido que a arte da escultura romana ainda não tinha atingido, durante o período de Sertório, um grau de habilidade suficiente para esculpir os capitéis do templo.<ref name=APitoresco40/> No entanto, embora a arte da estatuária romana ainda não estivesse totalmente desenvolvida, nesse período já existiam trabalhos de escultura nos capitéis muito avançados, devido ao emprego de artistas gregos.<ref name=APitoresco40/>
O Templo de Évora começou a ser construído no Século I d.C., numa altura em que a Península Ibérica estava sob o domínio da [[civilização romana]].<ref name=DGPC/> Foi edificado como parte de um programa de renovação urbana da cidade, então denominada ''[[Ebora|Liberalitas Iulia Ebora]]'', tendo sido dedicada ao [[imperador Augusto]], cujo poder estava nessa altura numa fase de afirmação.<ref name=PortArq/> No entanto, as obras arrastaram-se durante os dois séculos seguintes, devido a alterações na estrutura urbana envolvente, uma vez que o culto imperial levou à construção de uma cidadela.<ref name=DGPC/> Segundo a tradição, o templo terá sido fundado por ordem do general [[Quinto Sertório]], quando este tomou a cidade de ''Ebora'' aos povos eborenses,<ref name=Ocidente420/> cerca de 70 a.C..<ref name=APitoresco40/> De acordo com a tradição, o templo teria sido uma das grandiosas estruturas construídas por ordem de Sertório como parte de um programa de desenvolvimento da cidade, e que teria incluído igualmente as muralhas e torres, um palácio, um aqueduto e um arco triunfal.<ref name=APitoresco40/> Uma das histórias sobre o templo, preservada através da tradição oral e referenciada por autores antigos, refere que o aqueduto terminava num tanque em redor do templo, sendo depois a água canalizada para uma fonte junto ao arco triunfal.<ref name=APitoresco40/> Com efeito, em escavações no Século XX foi encontrado um tanque que rodeava o templo em três lados, e das canalizações que escoavam a água.<ref name=APitoresco40/> Outros autores afirmaram que o templo teria sido construído posteriormente, durante a [[Roma Imperial|época imperial de Roma]], sendo uma das teorias nesse sentido que a arte da escultura romana ainda não tinha atingido, durante o período de Sertório, um grau de habilidade suficiente para esculpir os capitéis do templo.<ref name=APitoresco40/> No entanto, embora a arte da estatuária romana ainda não estivesse totalmente desenvolvida, nesse período já existiam trabalhos de escultura nos capitéis muito avançados, devido ao emprego de artistas gregos.<ref name=APitoresco40/>
[[File:Templo Romano de Evora no Seculo XIV - Feira da Ladra 1 1929.jpg|thumb|Gravura do Templo de Évora, baseada numa xilografia que terá sido feita no Século XIV.]]
[[File:Templo Romano de Evora no Seculo XIV - Feira da Ladra 1 1929.jpg|thumb|Gravura do Templo de Évora, baseada numa xilografia que terá sido feita no Século XIV.]]
===Destruição e reaproveitamento do edifício===
===Destruição e reaproveitamento do edifício===
O edifício foi parcialmente destruído no Século V, durante as [[Migrações dos povos bárbaros|invasões dos povos bárbaros]].<ref name=Publico2018/> Em 716 os [[Domínio muçulmano na Península Ibérica|muçulmanos]] tomaram a cidade, tendo o templo romano provavelmente sido transformado numa mesquita.<ref name=APitoresco40/> O domínio islâmico de Évora durou até 1166, ano em que foi reconquistada por [[Geraldo Geraldes]] a ordens de D. [[Afonso Henriques]], tendo provavelmente o templo sido convertido em igreja.<ref name=APitoresco40/> Com efeito, esta era uma prática muito comum neste período, devido à necessidade imediata de um edifício dedicado ao culto cristão, enquanto que construir uma igreja de raiz seria um processo muito demorado.<ref name=APitoresco40/> Um dos vestígios da sua adaptação a igreja terá sido um campanário no lado superior do monumento.<ref name=Ocidente420/> Também se avançou a teoria que teria sido a Sé Velha de Évora, uma vez que foi referenciada em vários documentos, mas não se chegaram a encontrar vestígios físicos deste edifício.<ref name=Ocidente420/> O templo foi alvo de obras durante os períodos [[mudéjar]] e [[Estilo manuelino|manuelino]], tendo sido durante estas fases que foram colocados os merlões em forma de pirâmide.<ref name=DGPC>{{citar web|titulo=Templo Romano de Évora|autor=MARTINS, A.|publicado=Património Cultural|via=Direcção-Geral do Património Cultural|acessodata=11 de Fevereiro de 2020|url=http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70489/}}</ref>
O edifício foi parcialmente destruído no Século V, durante as [[Migrações dos povos bárbaros|invasões dos povos bárbaros]].<ref name=Publico2018/> Em 716 os [[Domínio muçulmano na Península Ibérica|muçulmanos]] tomaram a cidade, tendo o templo romano provavelmente sido transformado numa mesquita.<ref name=APitoresco40/> O domínio islâmico de Évora durou até 1165, ano em que foi reconquistada por [[Geraldo Geraldes]] como parte de uma campanha militar no Alentejo,<ref>CAPELO ''et al'', 1994:29</ref> tendo provavelmente o templo sido convertido em igreja.<ref name=APitoresco40/> Com efeito, esta era uma prática muito comum neste período, devido à necessidade imediata de um edifício dedicado ao culto cristão, enquanto que construir uma igreja de raiz seria um processo muito demorado.<ref name=APitoresco40/> Um dos vestígios da sua adaptação a igreja terá sido um campanário no lado superior do monumento.<ref name=Ocidente420/> Também se avançou a teoria que teria sido a Sé Velha de Évora, uma vez que foi referenciada em vários documentos, mas não se chegaram a encontrar vestígios físicos deste edifício.<ref name=Ocidente420/> O templo foi alvo de obras durante os períodos [[mudéjar]] e [[Estilo manuelino|manuelino]], tendo sido durante estas fases que foram colocados os merlões em forma de pirâmide.<ref name=DGPC>{{citar web|titulo=Templo Romano de Évora|autor=MARTINS, A.|publicado=Património Cultural|via=Direcção-Geral do Património Cultural|acessodata=11 de Fevereiro de 2020|url=http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70489/}}</ref>


Mais tarde foi reutilizado como uma torre militar,<ref name=CME2001/> funcionando como casa-forte do [[Castelo de Évora]] durante o Século XIV.<ref name=Publico2018/> Nesse período também começou a ser utilizado como açougue, na sequência da atribuição do [[Foral]] de Évora pelo rei D. [[Manuel I de Portugal]], em 1501.<ref name=RR2017>{{citar web|titulo=Évora. Com dois mil anos, o templo que resiste ao tempo está de boa saúde|autor=SILVA, Rosário|jornal=Rádio Renascença|data=17 de Dezembro de 2017|url=https://rr.sapo.pt/noticia/100953/evora-com-dois-mil-anos-o-templo-que-resiste-ao-tempo-esta-de-boa-saude|acessodata=13 de Fevereiro de 2020}}</ref> Também funcionou como celeiro.<ref name=Ocidente420/> Durante o Século XVII, o padre jesuíta Manuel Fialho avançou a teoria que o templo tinha sido dedicado a [[Diana (mitologia)|Diana]], deusa romana da caça, criando desta forma uma lenda que permaneceu durante cerca de quatro séculos.<ref name=Publico2018>{{citar web|titulo=Afinal, o templo de Diana era dedicado ao imperador Augusto|autor=DIAS, Carlos|data=26 de Junho de 2018|publicado=Público|url=https://www.publico.pt/2018/06/26/local/noticia/afinal-o-templo-de-diana-era-dedicado-ao-imperador-augusto-1836003|acessodata=10 de Fevereiro de 2020}}</ref> Um dos motivos para esta teoria foi a sua fundação lendária por parte de Sertório, já que se pensava que Diana seria a sua deusa predilecta.<ref name=APitoresco40/> No entanto, esta hipótese foi criticada por outros autores, que defenderam que não existiam provas suficientes para garantir que o templo seria dedicado à deusa Diana.<ref name=APitoresco40/> Também se especulou que o templo teria sido consagrado ao deus [[Júpiter (mitologia)|Júpiter]], devido à decoração coríntia, destinada normalmente a divindades masculinas, enquanto que a [[Ordem Jónica]] era utilizada em templos dedicados a femininas.<ref name=Ocidente420/>
Mais tarde foi reutilizado como uma torre militar,<ref name=CME2001/> funcionando como casa-forte do [[Castelo de Évora]] durante o Século XIV.<ref name=Publico2018/> Nesse período também começou a ser utilizado como açougue, na sequência da atribuição do [[Foral]] de Évora pelo rei D. [[Manuel I de Portugal]], em 1501.<ref name=RR2017>{{citar web|titulo=Évora. Com dois mil anos, o templo que resiste ao tempo está de boa saúde|autor=SILVA, Rosário|jornal=Rádio Renascença|data=17 de Dezembro de 2017|url=https://rr.sapo.pt/noticia/100953/evora-com-dois-mil-anos-o-templo-que-resiste-ao-tempo-esta-de-boa-saude|acessodata=13 de Fevereiro de 2020}}</ref> Também funcionou como celeiro.<ref name=Ocidente420/> Durante o Século XVII, o padre jesuíta Manuel Fialho avançou a teoria que o templo tinha sido dedicado a [[Diana (mitologia)|Diana]], deusa romana da caça, criando desta forma uma lenda que permaneceu durante cerca de quatro séculos.<ref name=Publico2018>{{citar web|titulo=Afinal, o templo de Diana era dedicado ao imperador Augusto|autor=DIAS, Carlos|data=26 de Junho de 2018|publicado=Público|url=https://www.publico.pt/2018/06/26/local/noticia/afinal-o-templo-de-diana-era-dedicado-ao-imperador-augusto-1836003|acessodata=10 de Fevereiro de 2020}}</ref> Um dos motivos para esta teoria foi a sua fundação lendária por parte de Sertório, já que se pensava que Diana seria a sua deusa predilecta.<ref name=APitoresco40/> No entanto, esta hipótese foi criticada por outros autores, que defenderam que não existiam provas suficientes para garantir que o templo seria dedicado à deusa Diana.<ref name=APitoresco40/> Também se especulou que o templo teria sido consagrado ao deus [[Júpiter (mitologia)|Júpiter]], devido à decoração coríntia, destinada normalmente a divindades masculinas, enquanto que a [[Ordem Jónica]] era utilizada em templos dedicados a femininas.<ref name=Ocidente420/>
Linha 117: Linha 117:


{{Referências}}
{{Referências}}

==Bibliografia==
*{{citar livro|autor=CAPELO, Rui Grilo; MONTEIRO, Augusto José; NUNES, João Paulo ''et al''|editor=RODRIGUES, António Simões|titulo=História de Portugal em Datas|ano=1994| publicado=Círculo de Leitores|local=Lisboa|paginas=480|isbn=972-42-1004-9}}

==Leitura recomendada==
*{{citar livro|titulo=O tabuleiro de jogo do alquerque dos nove no templo romano de Évora|autor=FERNANDES, Lídia Fernandes|coautor=SILVA, Jorge Nuno|edição=1ª|local=Lisboa|publicado=Apenas|ano=2012|paginas=20|isbn=978-989-618-386-8}}

{{Commonscat|Templo Romano de Évora|o Templo Romano de Évora}}
{{Commonscat|Templo Romano de Évora|o Templo Romano de Évora}}
== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 15h49min de 18 de fevereiro de 2020

 Nota: Para o templo de Ártemis, na Turquia, também conhecido como Templo de Diana, veja Templo de Ártemis. Para o templo romano na cidade de Mérida, em Espanha, veja Templo de Diana (Mérida).
Templo romano de Évora
Templo romano de Évora
Vista do edifício, em Janeiro de 2015
Nomes alternativos Templo de Diana
Tipo Templo religioso romano
Estilo dominante Romano
Início da construção século I d.C.
Função inicial Religiosa
Proprietário(a) atual Estado Português
Património Mundial
Critérios (ii)(iv)
Ano 1986 (como parte do Centro Histórico)
Referência 361 en fr es
Património de Portugal
Classificação  Monumento Nacional
Ano 1910
DGPC 70489
SIPA 2863
Geografia
País Portugal Portugal
Cidade Portugal Évora
Coordenadas 38° 34′ 22″ N, 7° 54′ 27″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Templo Romano de Évora, erroneamente conhecido como Templo de Diana, está localizado na cidade de Évora, em Portugal. Faz parte do centro histórico da cidade, o qual foi classificado como Património Mundial pela UNESCO. O templo romano encontra-se classificado como Monumento Nacional pela Direcção-Geral do Património Cultural. É um dos mais famosos marcos da cidade e um dos símbolos mais significativos da presença romana em território português.

Está situado no Largo Conde de Vila Flor, na freguesia da Sé e São Pedro, fazendo conjunto com a Sé de Évora, Tribunal da Inquisição, Igreja e Convento dos Lóios, a Biblioteca Pública de Évora e o Museu.

Pormenor de dois capitéis do templo, em 2015.
Planta do antigo fórum romano, vendo-se o templo no centro, rodeado por um espelho de água e por um criptopórtico.

Descrição

O templo é um exemplo da arquitectura religiosa do período romano, sendo de forma rectangular, com as colunas organizadas nos estilos hexástilo e períptero.[1] O modelo utilizado na construção do edifício foi o mesmo utilizado na instalação dos templos do imperador Trajano e do imperador Adriano.[2] De todo o antigo edifício, apenas se conservaram o pódio, partes da colunata e fragmentos da arquitrave e friso, que eram suportadas pelas colunas.[3]

O pódio (Podium) está situado numa base com cerca de 25 m por 15 m e 3,5 m de altura, construída em cantaria de granito de forma irregular (opus incertum).[4] A plataforma do pódio (podium) tem uma altura de quatro metros, e estava decorada com silhares no perfil da base, na moldura e nos cantos, sendo as partes restantes em opus caementicium.[1] O acesso à plataforma faz-se por uma escadaria, que ainda é visível apesar do seu estado de conservação.[4] Sobre a plataforma estão situadas as colunas,[1] das quais sobreviveram catorze exemplares.[2] Do lado Norte, ainda restam as seis colunas originais, tal como partes da arquitrave e do friso, enquanto que a Oeste apenas três colunas permaneceram inteiras, uma das quais sem capitel nem base, e alguns vestígios da arquitrave e do friso.[4] As colunas, em estilo greco-romano[1] e corínto, apresentam fustes canelados, sendo formadas por sete tambores de dimensões irregulares.[4] Possuem bases de forma circular, esculpidas em mármore branco de Estremoz, e são rematadas por capitéis do mesmo material,[4] apresentando igualmente o estilo coríntio,[1] sendo decoradas com três ordens de folha de acanto e ábacos, onde foram esculpidos flores e florões, representando malmequeres, girassóis e rosas.[4] Os capitéis apresentam várias divergências nos seus pormenores, o que prova que foram feitos por vários indivíduos, com diferentes níveis de competência.[5] As colunas suportavam um conjunto de arquitrave e friso, dos quais ainda sobraram algumas partes.[1] O resto do edifício foi feito em granito,[1] oriundo da zona de Évora.[6] Apesar do granito e do mármore serem materiais de características muito diferentes, foram combinados de maneira engenhosa pelos construtores do edifício, resultando num conjunto muito harmonioso.[4] No edifício também foi utilizado mármore de Vila Viçosa.[6]

O templo estava situado no ponto mais alto da acrópole da cidade romana,[3] fazendo originalmente parte de um complexo urbano conhecido como fórum, que era normalmente o centro de uma cidade romana, e que estava rodeado por um pórtico.[1] O templo em si estava rodeado por um tanque de água, demonstrando que o elemento aquático teria uma grande importância, do ponto de vista religioso.[1]

O Templo Romano de Évora é considerado um dos edifícios do seu tipo melhor conservados em toda a Península Ibérica,[4] e é um exemplar único em Portugal.[6] Está classificado como Monumento Nacional pelo governo português,[7] e como Património Mundial, como parte do Centro Histórico de Évora, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.[8]

O espólio arqueológico encontrado no local consiste em peças de cerâmica campaniense, de vidro, de terra sigillata itálica, hispânica e africana, de paredes finas, comum diversa, e cinzenta.[3] Do período romano foram ainda encontradas ânforas e uma lucerna.[3] Quanto a cronologias muçulmanas, foram descobertos potes, jarros, uma taça, panelas, uma tigela de corda seca em tons de verde e manganês, um alguidar e um candil.[3] Foram igualmente recolhidas diversas peças de mármore, incluindo uma mão a segurar uma patera, partes de dedos de estátuas, e um possível pedestal de estátua.[3]

O monumento ficou conhecido como Templo de Diana devido a uma teoria avançada pelo padre jesuíta Manuel Fialho no Século XVII, que era dedicado a Diana, deusa romana da caça,[2] e às semelhanças entre o edifício e o Templo de Diana, na cidade espanhola de Mérida.[9] Esta denominação manteve-se até às décadas de 1980 e 1990, quando foi descoberto que o templo tinha sido dedicado ao imperador Augusto.[2]

História

Período romano

O Templo de Évora começou a ser construído no Século I d.C., numa altura em que a Península Ibérica estava sob o domínio da civilização romana.[4] Foi edificado como parte de um programa de renovação urbana da cidade, então denominada Liberalitas Iulia Ebora, tendo sido dedicada ao imperador Augusto, cujo poder estava nessa altura numa fase de afirmação.[3] No entanto, as obras arrastaram-se durante os dois séculos seguintes, devido a alterações na estrutura urbana envolvente, uma vez que o culto imperial levou à construção de uma cidadela.[4] Segundo a tradição, o templo terá sido fundado por ordem do general Quinto Sertório, quando este tomou a cidade de Ebora aos povos eborenses,[10] cerca de 70 a.C..[11] De acordo com a tradição, o templo teria sido uma das grandiosas estruturas construídas por ordem de Sertório como parte de um programa de desenvolvimento da cidade, e que teria incluído igualmente as muralhas e torres, um palácio, um aqueduto e um arco triunfal.[11] Uma das histórias sobre o templo, preservada através da tradição oral e referenciada por autores antigos, refere que o aqueduto terminava num tanque em redor do templo, sendo depois a água canalizada para uma fonte junto ao arco triunfal.[11] Com efeito, em escavações no Século XX foi encontrado um tanque que rodeava o templo em três lados, e das canalizações que escoavam a água.[11] Outros autores afirmaram que o templo teria sido construído posteriormente, durante a época imperial de Roma, sendo uma das teorias nesse sentido que a arte da escultura romana ainda não tinha atingido, durante o período de Sertório, um grau de habilidade suficiente para esculpir os capitéis do templo.[11] No entanto, embora a arte da estatuária romana ainda não estivesse totalmente desenvolvida, nesse período já existiam trabalhos de escultura nos capitéis muito avançados, devido ao emprego de artistas gregos.[11]

Gravura do Templo de Évora, baseada numa xilografia que terá sido feita no Século XIV.

Destruição e reaproveitamento do edifício

O edifício foi parcialmente destruído no Século V, durante as invasões dos povos bárbaros.[2] Em 716 os muçulmanos tomaram a cidade, tendo o templo romano provavelmente sido transformado numa mesquita.[11] O domínio islâmico de Évora durou até 1165, ano em que foi reconquistada por Geraldo Geraldes como parte de uma campanha militar no Alentejo,[12] tendo provavelmente o templo sido convertido em igreja.[11] Com efeito, esta era uma prática muito comum neste período, devido à necessidade imediata de um edifício dedicado ao culto cristão, enquanto que construir uma igreja de raiz seria um processo muito demorado.[11] Um dos vestígios da sua adaptação a igreja terá sido um campanário no lado superior do monumento.[10] Também se avançou a teoria que teria sido a Sé Velha de Évora, uma vez que foi referenciada em vários documentos, mas não se chegaram a encontrar vestígios físicos deste edifício.[10] O templo foi alvo de obras durante os períodos mudéjar e manuelino, tendo sido durante estas fases que foram colocados os merlões em forma de pirâmide.[4]

Mais tarde foi reutilizado como uma torre militar,[1] funcionando como casa-forte do Castelo de Évora durante o Século XIV.[2] Nesse período também começou a ser utilizado como açougue, na sequência da atribuição do Foral de Évora pelo rei D. Manuel I de Portugal, em 1501.[13] Também funcionou como celeiro.[10] Durante o Século XVII, o padre jesuíta Manuel Fialho avançou a teoria que o templo tinha sido dedicado a Diana, deusa romana da caça, criando desta forma uma lenda que permaneceu durante cerca de quatro séculos.[2] Um dos motivos para esta teoria foi a sua fundação lendária por parte de Sertório, já que se pensava que Diana seria a sua deusa predilecta.[11] No entanto, esta hipótese foi criticada por outros autores, que defenderam que não existiam provas suficientes para garantir que o templo seria dedicado à deusa Diana.[11] Também se especulou que o templo teria sido consagrado ao deus Júpiter, devido à decoração coríntia, destinada normalmente a divindades masculinas, enquanto que a Ordem Jónica era utilizada em templos dedicados a femininas.[10]

Gravura de 1865 do Templo de Évora.
Gravura de 1870 do Templo de Évora
Templo Romano de Évora, após as obras de remoção das estruturas medievais, na Década de 1870.

Século XIX

Nos princípios do Século XIX, avançou-se a teoria de que os capitéis do templo de Évora não tinham sido fabricados na região, mas transportados a partir de Atenas ou Roma, devido à sua perfeição, e ao estado de decadência em que as artes da arquitectura e escultura se encontravam nos princípios de oitocentos em Portugal.[14] Porém, é mais provável que tenham sido produzidas localmente, devido à proveniência dos materiais, e à descoberta de várias peças semelhantes em sítios arqueológicos do período romano nas proximidades de Évora, como na Herdade da Coberta.[14]

Em 1836, deixou de funcionar como açougue.[2] Nesta altura ainda mostrava os merlões em forma de pirâmide, e as empenas cegas de onde se destacavam as colunas.[4] Após o encerramento do açougue, foram demolidas as estruturas anexas ao alçado Norte do edifício, iniciando-se depois uma intervenção que pode ser considerada como o primeiro grande trabalho arqueológico a nível nacional, durante a qual foram escavados os tanques que pertenciam a um aqueduto primitivo.[4] Em 1863 Augusto Filipe Simões apresentou uma proposta para que fossem abatidas as paredes entre as colunas e todas as estruturas do período medieval anexas ao edificio, de forma a que o templo retomasse a sua forma original.[4] Em 1860 foram feitas as obras de remoção das alvenarias em volta da estrutura original, e em 1871 foi decidido colocar à vista as colunas e os capitéis,[5] tendo para isso sido contratado o arquitecto e cenógrafo Giuseppe Cinatti.[13] Estas modificações permitiram um estudo mais detalhado do templo, principalmente da sua estrutura e da superfície do pódio.[2] Apesar das várias modificações e de ter sofrido vários sismos moderados, o templo continuou em pé, o que demonstrou a resistência da sua construção.[2] Igualmente durante o Século XIX, também funcionou como museu arqueológico, por iniciativa de Augusto Filipe Simões, arqueólogo e lente na Universidade de Coimbra.[10] Nesta altura, já se tinha posto em dúvida a consagração do templo a Diana.[11]

A demolição das paredes do matadouro no Século XIX fez com as estruturas originais ficassem mais vulneráveis aos efeitos dos sismos e do clima, embora estes riscos tenham sido mitigados pela resistência natural destes materiais.[2]

Quadro Templo de Diana em Évora, pintado por Roque Gameiro em 1917.
Fotografia do templo romano, em 1970.

Século XX

O edifício foi inicialmente classificado por um decreto de 10 de Junho de 1907 como Ruínas do Templo Romano, tendo sido depois elevado a Monumento Nacional por um decreto de 16 de Junho de 1910.[4]

Na Década de 1980 iniciou-se uma nova fase de pesquisas arqueológicas, dirigidas por Theodor Hauschild e Felix Teichner.[2] As escavações, feitas entre 1982 e 1990, concentraram-se na zona do templo e da Praça do Fórum, tendo sido feitas importantes descobertas sobre a história da cidade durante os períodos romano e moderno, e principalmente sobre o templo em si, que foi considerado um dos maiores e melhor conservados na Península Ibérica, levando à sua classificação como Património Mundial da UNESCO em 1986,[2] como parte do Centro Histórico.[8] Em 1987 foram continuados os trabalhos de levantamento da planta do edifício, tendo sido feita uma sondagem no canto sudoeste, e descobertos os vestigios de uma possível escadaria no lado Sul.[3] No ano seguinte continuaram as escavações, desta vez perto dos alicerces no canto noroeste do templo, tendo sido descoberto um muro em alvenaria de pedras, com cerca de 0,80 m de espessura.[3] Em 1990 foram encontrados vestígios de tanques de água, por baixo de três camadas de enchimento datadas do Século XIX, e foram feitas investigações sobre os acessos ao templo, tendo-se chegado à conclusão que a entrada do pódio não se fazia pela escadaria larga, mas por duas escadas nas zonas laterais do templo, que se iniciavam na praça, junto aos tanques.[3] Entre Agosto e Setembro do ano seguinte prosseguiram as pesquisas, tendo um dos objectivos sido confirmar o tamanho e a função de um espaço em frente do templo, que originalmente estava coberto por lajes de mármore.[3] Em 1992 continuaram as pesquisas na praça em frente ao templo, tendo sido descoberta uma porta, que poderia ter sido o ponto de acesso ao resto da cidade.[3] Em 1993 foi confirmada a planta em forma de U dos tanques de água, semelhante à encontrada no Capitólio de Luni, e verificou-se que o espólio encontrado no local pertencia totalmente aos princípios do período imperial de Roma, não tendo sido descobertas peças do período republicano, pelo que a cisterna poderá ter construída durante as primeiras fases de urbanização do local, quando ainda não tinha sido instalado o aqueduto.[3] Em 1995 foram feitas pesquisas que demonstraram quais foram as utilizações e modificações feitas no complexo do fórum e do templo, após o período romano, enquanto que em 1996 foram identificados os muros do antigo Palácio da Inquisição e retomaram-se as investigações nos tanques, tendo sido descobertos vestígios de grandes alterações ao longo da história, e aberturas para saída de água nos cantos Noroeste e Nordeste.[3] No ano seguinte foram feitas obras de reordenamento urbanístico na zona em redor do templo, e em 1998 e 1999 foi organizado e estudado o espólio encontrado no local.[3] As pesquisas feitas na Década de 1990 provaram que o edifício teria sido dedicado ao imperador Augusto, desacreditando desta forma a teoria que servia para o culto da deusa Diana.[2] Durante a Década de 1980, também foram feitas obras de manutenção no monumento.[5]

Faces Noroeste e Nordeste do templo, em Julho de 2009.
Lado sudeste do templo, onde se encontrava a escadaria de acesso ao pódio.

Século XXI

Em 2000 foram feitas obras de valorização do monumento, que consistiram no recondicionamento do trânsito automóvel na zona envolvente, e em 2009 foram abertas valas junto ao templo para instalação de canalização de gás, intervenção que teve acompanhamento arqueológico.[3]

Após um sismo de 4,4 na escala de Richter, no Século XXI, foram feitas análises estruturais ao edifício através do uso de fotografias de satélite, tendo-se verificado que o templo não tinha ficado danificado, provando a resistência dos seus materiais.[2] No entanto, o edifício continuou a sofrer os efeitos da degradação natural, tendo sido encontrada, numa visita de rotina, uma pedra com cerca de 20 Kg de peso, que tinha pertencido a uma coluna coríntia.[2] A causa provável desta queda terá sido a falta de manutenção, uma vez que o monumento não era alvo de obras de conservação desde a década de 1980, e os movimentos do próprio edifício, ao longo da sua história.[5] Na sequência deste incidente, foram feitos trabalhos de emergência, para prevenir a queda de mais pedras, de forma a garantir a segurança dos visitantes e a preservação do templo.[2] Verificou-se a existência de danos em várias partes do complexo, principalmente nos capitéis, tendo muitos fragmentos sido impedidos de cair apenas devido à presença de uma camada biológica,[2] que cobria as colunas, arquitrave e capitéis.[5] No entanto, esta camada estava ao mesmo tempo a provocar desgaste nos elementos arquitectónicos, e dificultou o trabalho dos técnicos, pelo que foi removida através da utilização de um biocida.[5] As obras de reparação, que estiveram a cargo da empresa Nova Conservação – Restauro e Conservação do Património Artístico-cultural,[15] tiveram lugar em 2017, e incluíram a recolocação de cerca de 250 fragmentos e lascas, principalmente em mármore.[2] Destaca-se a colocação de duas peças nos capitéis, que vieram da reserva do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e cuja recolocação não tinha sido ainda feita devido a dúvidas sobre a sua origem.[6] Os capitéis foram limpos e restaurados,[16], e as partes que estavam em risco de cair foram fixadas com uma argamassa composta por cal e inertes muito finos em pó de pedra.[6] Durante os trabalhos de restauro dos capitéis, foram encontrados vestígios de reparações com cerca de dois mil anos, provavelmente de danos causados às peças durante a construção do edifício.[5] Além da camada biológica, o monumento também tinha sofrido os efeitos da sujidade e poluição, tendo sido totalmente limpo, ficando desta forma à vista as diferenças entre os materiais utilizados, o mármore e granito.[17] Foi igualmente elaborado um mapeamento em desenho e fotografia do templo, de forma a facilitar as futuras obras de reparação.[6] Os trabalhos tiveram uma duração aproximada de quatro meses, tendo sido concluídas em Dezembro de 2017.[6] No total, esta intervenção custou cerca de 50 mil euros, e contou com a colaboração da autarquia de Évora e das Universidades de Évora, Minho e Coimbra.[17]

Em 26 de Junho de 2018, o Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, discursou durante a jornada O Templo Romano de Évora no auditório do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.[16] O ministro considerou a intervenção no monumento como de grande importância, uma vez que conjugou os trabalhos de restauro do edifício com o seu estudo, tendo sido utilizadas técnicas avançadas, incluindo o Laboratório Hercules da Universidade de Évora.[16] O diretor deste laboratório, António Candeias, afirmou que o processo foi uma oportunidade para obter vários materiais do templo, cujo estudo serviu para aprofundar os conhecimentos sobre as técnicas e os tipos de materiais que tinha sido utilizados durante a sua construção.[6] O Laboratório criou um modelo a tridimensional dos capitéis, e fez testes de um novo biocida não tóxico, com bons resultados.[6] O ministro Luís Mendes elogiou igualmente a rapidez com que a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e da Direcção-Geral do Património Cultural agiram no sentido de avaliar e corrigir o problema, após a queda das pedras.[16] No mesmo dia foi apresentada a obra Laudator, que compilou os resultados das investigações nas décadas de 1980 e 1990 no templo romano, incluindo a conclusão que terá sido construído para o culto imperial, principalmente ao imperador Augusto, que chegou a ser considerado como uma divindade.[2]

Em Abril de 2019, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo informou que durante esse mês, uma organização norte-americana iria fazer o levantamento tridimensional do património cultural na região do Alentejo, incluindo o Templo Romano de Évora, como parte do programa Global Digital Heritage.[18] Em 30 de Maio desse ano, o templo foi iluminado em tons de laranja ao anoitecer, como parte de uma campanha de sensibilização da Sociedade Portuguesa da Esclerose Múltipla.[19]

Templo de Évora em 2017, mostrando a iluminação nocturna.

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j «Templo Romano». Câmara Municipal de Évora. Consultado em 10 de Fevereiro de 2020. Arquivado do original em 4 de Fevereiro de 2008 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t DIAS, Carlos (26 de Junho de 2018). «Afinal, o templo de Diana era dedicado ao imperador Augusto». Público. Consultado em 10 de Fevereiro de 2020 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p «Évora - Templo Romano». Portal do Arqueólogo. Direcção Geral do Património Cultural. 7 de Fevereiro de 2019. Consultado em 11 de Fevereiro de 2020 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o MARTINS, A. «Templo Romano de Évora». Património Cultural. Consultado em 11 de Fevereiro de 2020 – via Direcção-Geral do Património Cultural 
  5. a b c d e f g DIAS, Carlos (12 de Dezembro de 2017). «Queda de fragmento no Templo Romano revelou fragilidades do monumento». Público. Consultado em 13 de Fevereiro de 2020 
  6. a b c d e f g h i «Templo de Diana volta a estar como nos postais turísticos após obras». Notícias ao Minuto. 12 de Dezembro de 2017. Consultado em 12 de Fevereiro de 2020 
  7. Portugal. Decreto de 16 de Junho de 1910. Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria. Publicado no Diário do Governo n.º 136, de 23 de Junho de 1910.
  8. a b «Historic Centre of Évora» (em inglês). United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Consultado em 11 de Fevereiro de 2020 
  9. SANTOS, Lina (23 de Setembro de 2017). «Templo Romano em obras para acudir a situações críticas». Diário de Notícias. Consultado em 10 de Fevereiro de 2020 
  10. a b c d e f SIMÕES, A. Fillippe (1868). «O Museu do Bispo de Beja». Archivo Pittoresco. Ano II (30). Lisboa: Castro Irmão & C.ª. p. 237-238. Consultado em 16 de Fevereiro de 2020 
  11. a b c d e f g h i j k l BARBOSA, Inácio de Vilhena (1865). «Templo romano em Evora». Archivo Pittoresco. Tomo VIII (40). Lisboa: Castro Irmão & C.ª. p. 313-316. Consultado em 17 de Fevereiro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. CAPELO et al, 1994:29
  13. a b SILVA, Rosário (17 de Dezembro de 2017). «Évora. Com dois mil anos, o templo que resiste ao tempo está de boa saúde». Rádio Renascença. Consultado em 13 de Fevereiro de 2020 
  14. a b «As nossas gravuras: O Templo de Diana em Evora». O Occidente. Ano 13 (420). Lisboa: Empreza do Occidente. 21 de Agosto de 1890. p. 187. Consultado em 16 de Fevereiro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  15. SILVA, Rosário (14 de Agosto de 2017). «Templo de Diana alvo de intervenção urgente. "Pedimos desculpa pelo incómodo"». Rádio Renascença. Consultado em 13 de Fevereiro de 2020 
  16. a b c d «Ministro da Cultura elogia obras que deram "imagem nova" ao Templo Romano de Évora». SAPO 24. 26 de Junho de 2018. Consultado em 11 de Fevereiro de 2020 
  17. a b «Obras revelam construção "notável" do Templo Romano de Évora». Rádio Televisão Portuguesa. 26 de Junho de 2018. Consultado em 17 de Fevereiro de 2020 
  18. «Património cultural do Alentejo vai ser salvaguardado em 3D». Rádio Campanário. 4 de Abril de 2019. Consultado em 17 de Fevereiro de 2020 
  19. «Monumentos portugueses vão pintar-se de laranja para apoiar uma causa». New in Town. 29 de Maio de 2019. Consultado em 17 de Fevereiro de 2020 

Bibliografia

  • CAPELO, Rui Grilo; MONTEIRO, Augusto José; NUNES, João Paulo; et al. (1994). RODRIGUES, António Simões, ed. História de Portugal em Datas. Lisboa: Círculo de Leitores. 480 páginas. ISBN 972-42-1004-9 

Leitura recomendada

  • FERNANDES, Lídia Fernandes; SILVA, Jorge Nuno (2012). O tabuleiro de jogo do alquerque dos nove no templo romano de Évora 1ª ed. Lisboa: Apenas. 20 páginas. ISBN 978-989-618-386-8 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Templo Romano de Évora

Ligações externas