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Tupinambás: diferenças entre revisões

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Atualmente existem algusn grupos Tupinambá no Brasil:
Atualmente existem algusn grupos Tupinambá no Brasil:


Bahia
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Tupinambá de Olivença
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Tupinambá da Serra do Padeiro
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Tupinambá do Jequitinhonha
Tupinambá do Jequitinhonha <br>
Tupinambá de Belmonte
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Ceará
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Tupinambá de Crateús
Tupinambá de Crateús <br>


Pará
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Tupinambá do Tapajós
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[[Categoria:Povos indígenas do Brasil]]
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Revisão das 20h54min de 19 de fevereiro de 2007

 Nota: Se procura pela língua falada pelos Tupinambás, veja Língua tupinambá.
Índios Tupinambás
Homem tupinambá

O termo "tupinambá" provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os Tamoios, os Temiminó, os Tupiniquim e os próprios Tupinambá, como a tribo Tupinambá propriamente dita.

Os tupinambás como nação dominavam quase todo o litoral brasileiro e possuíam uma língua comum, designada pelos europeus como "idioma comum", também conhecida como nheengatu. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objectivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como perós.

Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação Tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos.

Em todas as tribos tupinambás era comum a observância aos heróis civilizadores, como chama Alfred Métraux em seu livro A Religião dos Tupinambás, que eram divindades que haviam criado ou dado início à civilização indígena. Também era comum a intercessão junto aos espíritos dos pajés, o uso dos maracás, chocalhos místicos cujo uso era obrigatório em qualquer cerimônia.

Atualmente existem dois núcleos de índios Tupinambá, no litoral da Bahia: Olivença, município de Ilhéus, com 20 aldeias e 3864 indígenas; e a aldeia Patiburi, município de Belmonte, com 199 pessoas.

Os Tupinambá da Região Sudeste do Brasil tinham um vasto território, que se estendia desde o rio Juqueriquerê, em São Sebastião / Caraguatatuba, no Estado de São Paulo, até o Cabo de São Tomé, no Estado do Rio de Janeiro.

O grosso da nação Tupinambá localizava-se na Baía da Guanabara e em Cabo Frio, ou Gecay, o nome da mistura de sal e pimenta que os índios, embora não consumindo o sal, vendiam aos franceses, com os quais se aliaram quando estes estabeleceram a colónia da França Antártica na Baía de Guanabara.

As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de cana-de-açúcar no núcleo Vicentino, levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe, chamada de Confederação dos Tamoios, englobando todas as aldeias Tupinambás, desde São Paulo, Vale do Rio Paraíba (São José dos Campos, Taubaté e outras) até o cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra.

É neste ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes. Diz a lenda que Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e Anchieta ficou cativo dos Tupinambás em Ubatuba. Neste período, ele teria escrito o Poema da Virgem. Fatos lendários e fantásticos também teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta levitar entre os índios, que ficaram horrorizados e pensavam tratar-se de um feiticeiro.

Seja como for, os padres conseguiram desmantelar a Confederação, promovendo a Paz de Iperoig, o Primeiro Tratado de Paz das Américas. Diz-se que depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, o que de fato ocorreu. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes pediram ajuda aos índios, que de fato acudiram a seus aliados. Isto levou ao extermínio dos índios que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios Tupinambás de Ubatuba que, para não ajudarem e não correrem riscos, ou se embrenharam nos matos ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região.

O golpe fatal foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Os sobreviventes ou se embrenharam nos matos e migraram para outras regiões ou alguns poucos ainda, no final do século XVI, podiam ser encontrados numa aldeia de índios cristãos próxima da então recém-fundada cidade do Rio de Janeiro, onde morreu e foi enterrado o Padre Nóbrega.

Por esses motivos, e por algumas declarações que denotariam em tese conivência com o extermínio indígena, o Padre José de Anchieta tenha sido considerado muito polêmico, embora em outras oportunidades tenha declarado que se dava melhor com os índios do que com os portugueses. Afinal, os padres jesuítas tinham a boa intenção e boa-fé de angariar novas almas para a Igreja, no movimento da Contra-Reforma, haja vista a Reforma na Europa.

Atualmente existem algusn grupos Tupinambá no Brasil:

Bahia
Tupinambá de Olivença
Tupinambá da Serra do Padeiro
Tupinambá do Jequitinhonha
Tupinambá de Belmonte

Ceará
Tupinambá de Crateús

Pará
Tupinambá do Tapajós