Pelágio da Bretanha: diferenças entre revisões
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Estabeleceu-se em [[Roma]] por volta de [[405]], depois viajou para África do Norte, continuou a viagem até a Palestina e escreveu dois livros sobre o [[pecado]], o [[livre-arbítrio]] e a [[graça]]: ''[[Da natureza]]'' e ''[[Do livre-arbítrio]]''. Suas opiniões foram criticadas violentamente por [[Agostinho de Hipona|Agostinho]] e seu amigo [[Jerônimo]], tradutor e comentarista bíblico, que morava em [[Belém]] na [[Palestina]]. Foi inocentado das acusações sobre heresia pelo [[Sínodo de Dióspolis]] na Palestina em [[415]], mas condenado como herege pelo bispo de Roma em 417 e 418, e pelo [[Concílio de Éfeso]] em [[431]]. Não se sabe ao certo o ano e o motivo da sua morte, provavelmente foi por volta de 423. É possível que sua condenação pelo [[ |
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Assim como acontecia com os hereges do cristianismo, pouco se sabe a respeito das suas idéias, pois o material produzido era queimado. Sua vida era cheia de mistérios e o que se conhece de seu pensamento é através das citações e alusões feitas em livros que se opõem a ele e o condenam. |
Assim como acontecia com os hereges do cristianismo, pouco se sabe a respeito das suas idéias, pois o material produzido era queimado. Sua vida era cheia de mistérios e o que se conhece de seu pensamento é através das citações e alusões feitas em livros que se opõem a ele e o condenam. |
Revisão das 04h22min de 7 de setembro de 2008
Pelágio da Bretanha (350 — 423) foi um monge ascético nascido provavelmente nas Ilhas Britânicas.
Estabeleceu-se em Roma por volta de 405, depois viajou para África do Norte, continuou a viagem até a Palestina e escreveu dois livros sobre o pecado, o livre-arbítrio e a graça: Da natureza e Do livre-arbítrio. Suas opiniões foram criticadas violentamente por Agostinho e seu amigo Jerônimo, tradutor e comentarista bíblico, que morava em Belém na Palestina. Foi inocentado das acusações sobre heresia pelo Sínodo de Dióspolis na Palestina em 415, mas condenado como herege pelo bispo de Roma em 417 e 418, e pelo Concílio de Éfeso em 431. Não se sabe ao certo o ano e o motivo da sua morte, provavelmente foi por volta de 423. É possível que sua condenação pelo Concílio de Éfeso tenha sido após a sua morte.[1]
Assim como acontecia com os hereges do cristianismo, pouco se sabe a respeito das suas idéias, pois o material produzido era queimado. Sua vida era cheia de mistérios e o que se conhece de seu pensamento é através das citações e alusões feitas em livros que se opõem a ele e o condenam.
Os oponentes de Pelágio, liderados por Agostinho o acusaram de três heresias:
- Negar o pecado original;
- Negar que a graça de Deus é essencial para a salvação;
- Pregava a impecabilidade operado pelo livre-arbítrio sem a graça.
Sua doutrina a respeito da graça foi combatida por Agostinho de Hipona e considerada herética.
Referências
- ↑ Olson, Roger E. (2001). História da Teologia Cristã. 2000 anos de tradição e reformas. [S.l.]: Vida. ISBN 8573675268 Parâmetro desconhecido
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