Literatura fantástica: diferenças entre revisões
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'''Literatura Fantástica''' é um [[gênero literário]] em que narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos na realidade, pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita.<ref>[[Roberto de Sousa Causo|CAUSO, Roberto de Sousa]]. Ficção científica, fantasia e horror no Brasil: 1875 a 1950. Editora UFMG, Belo Horizonte (MG), 2003.</ref> |
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É aplicável a um objeto como a [[literatura]], pois o universo da literatura, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional. Todo texto fantástico tem elementos inverossímeis, imaginários, distantes da realidade dos homens. Há, como defende [[Jorge Luis Borges]], uma causalidade de caráter mágico ligando os acontecimentos ao decorrer de uma [[narrativa]] desse tipo. |
É aplicável a um objeto como a [[literatura]], pois o universo da literatura, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional. Todo texto fantástico tem elementos inverossímeis, imaginários, distantes da realidade dos homens. Há, como defende [[Jorge Luis Borges]], uma causalidade de caráter mágico ligando os acontecimentos ao decorrer de uma [[narrativa]] desse tipo. |
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== Definição == |
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No cinema e na literatura, o gênero fantástico possui às mesmas características. |
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Mortos vivos, monstros diversos, árvores, pedras e animais falantes e etc. São eventos que não pertencem à nossa realidade.[[Tzvetan Todorov]] cita em seu livro “Introdução à Literatura Fantástica”, que dentro da nossa realidade regida por leis, ocorrências que não podem ser explicadas por essas mesmas leis, incidem na incerteza de ser real ou imaginário. Para Todorov um evento fantástico só ocorre quando há a dúvida se esse evento é real, explicado pela lógica, ou sobrenatural (princípios de funcionamentos ainda desconhecidos). “Há um fenômeno estranho que se pode explicar de duas maneiras, por meio de causas de tipo natural e sobrenatural. A possibilidade de se hesitar entre os dois criou o efeito fantástico.” (TODOROV, 1968, p. 31). |
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Porém, a história não pode parecer |
Porém, a história não pode parecer alegórica, pois se o leitor ou espectador interpretar o sobrenatural como uma metáfora, o sentido fantástico desvanecerá. Portanto Deve haver uma predisposição do leitor para hesitar quanto a natureza da realidade demonstrada. |
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== Estudos == |
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A '''literatura fantástica''' tornou-se, especialmente nas últimas décadas do século XX, um importante tópico da literatura contemporânea, sendo alvo de diversas análises literárias, nas quais se inclui a do livro ''O Fantástico'' (1988), de [[Selma Calasans Rodrigues]], doutora em Letras e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na obra, Selma Rodrigues tenta introduzir o tema de uma maneira didática e sintetizada, devido às poucas páginas do livro (80 p.) e ao caráter da série à qual pertence, que é destinada principalmente ao público universitário que pretende ter uma visão geral sobre o tema. |
A '''literatura fantástica''' tornou-se, especialmente nas últimas décadas do século XX, um importante tópico da literatura contemporânea, sendo alvo de diversas análises literárias, nas quais se inclui a do livro ''O Fantástico'' (1988), de [[Selma Calasans Rodrigues]], doutora em Letras e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na obra, Selma Rodrigues tenta introduzir o tema de uma maneira didática e sintetizada, devido às poucas páginas do livro (80 p.) e ao caráter da série à qual pertence, que é destinada principalmente ao público universitário que pretende ter uma visão geral sobre o tema. |
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A autora, logo no capítulo inicial, apóia-se em textos de dois autores consagrados da literatura fantástica, [[E. T. A. Hoffmann]], [[Laura Esquível]] e [[Gabriel García Márquez]], para conceituar e explicitar as semelhanças e as diferenças dos textos que, apesar de ambos pertencerem à literatura fantástica, apresentam características peculiares que os enquadram em diferentes concepções do gênero. |
A autora, logo no capítulo inicial, apóia-se em textos de dois autores consagrados da literatura fantástica, [[E. T. A. Hoffmann]], [[Laura Esquivel|Laura Esquível]] e [[Gabriel García Márquez]], para conceituar e explicitar as semelhanças e as diferenças dos textos que, apesar de ambos pertencerem à literatura fantástica, apresentam características peculiares que os enquadram em diferentes concepções do gênero. |
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No segundo capítulo, Selma busca, ao longo da História, as relações entre literatura e realidade, apoiando-se desta vez em análises do escritor argentino [[Jorge Luis Borges]] e de [[Arvède Barine]]. Há também a seguinte distinção do gênero fantástico: |
No segundo capítulo, Selma busca, ao longo da História, as relações entre literatura e realidade, apoiando-se desta vez em análises do escritor argentino [[Jorge Luis Borges]] e de [[Arvède Barine]]. Há também a seguinte distinção do gênero fantástico: |
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* Fantástico ''lato sensu'': refere-se a textos que fogem ao realismo estrito, tomando como referência o Realismo do século XIX. A partir desse ponto de vista, toma-se o Fantástico no seu sentido amplo, sendo assim possível afirmar que esta é a mais antiga forma de |
* Fantástico ''lato sensu'': refere-se a textos que fogem ao realismo estrito, tomando como referência o Realismo do século XIX. A partir desse ponto de vista, toma-se o Fantástico no seu sentido amplo, sendo assim possível afirmar que esta é a mais antiga forma de narrativã; |
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* Fantástico ''stricto sensu'': por se elaborar a partir da rejeição do pensamento teológico medieval e toda a metafísica, essa literatura teve suas origens no século XVIII, com o Iluminismo. Segundo o fantástico nasce daquilo que não pode ser explicado através da racionalidade e do pensamento crítico, como o complexo processo de formação dos indivíduos. |
* Fantástico ''stricto sensu'': por se elaborar a partir da rejeição do pensamento teológico medieval e toda a metafísica, essa literatura teve suas origens no século XVIII, com o Iluminismo. Segundo o fantástico nasce daquilo que não pode ser explicado através da racionalidade e do pensamento crítico, como o complexo processo de formação dos indivíduos. |
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Já no terceiro capítulo, a autora passa a conceituar as diversas nomenclaturas utilizadas quando se refere à literatura fantástica, como o realismo mágico, o maravilhoso e o alegórico, que são posteriormente, no capítulo seguinte, utilizadas como apoio para comparar-se o Fantástico produzido na Europa com o Fantástico da “Hispano-América e |
Já no terceiro capítulo, a autora passa a conceituar as diversas nomenclaturas utilizadas quando se refere à literatura fantástica, como o realismo mágico, o maravilhoso e o alegórico, que são posteriormente, no capítulo seguinte, utilizadas como apoio para comparar-se o Fantástico produzido na Europa com o Fantástico da “Hispano-América e [[Brasil]]”. De acordo com a autora, na literatura fantástica européia, ao contrário da produzida na América Latina, há uma preocupação em preservar o real quando algo sobrenatural ocorre, mesmo que a explicação apareça apenas no desfecho da obra. Visa-se, desta maneira, não se perder a verossimilhança, nem mesmo contestá-la. Já na literatura fantástica da América Latina, não há essa preocupação. Assim o verossímil funde-se com o inverossímil, o com o sonho, como ocorre no caso da obra de Gabriel García Márquez, citada no início do livro cem anos de solidão. |
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== Subgêneros == |
== Subgêneros == |
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⚫ | Fantasia é um gênero que usa a magia e outras formas [[Sobrenatural|sobrenaturais]] como elemento principal do enredo, da temática e / ou da configuração. Muitos trabalhos dentro do gênero ocorrem em planos de ficção ou planetas onde a magia é comum. A fantasia é geralmente distinguida da [[ficção científica]] e [[Terror (gênero)|horror]] pela expectativa de que ela fica longe de temas científicos e macabros, respectivamente, embora exista uma grande sobreposição entre os três gêneros (que são subgêneros da [[ficção especulativa]]). |
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=== Ficção Científica === |
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⚫ | Na cultura popular, o gênero da fantasia é dominado pela [[alta fantasia]], especialmente desde o sucesso mundial de "[[O Senhor dos Anéis]]", de [[J.R.R. Tolkien]], e de "[[As Crônicas de Nárnia]]", de [[C. S. Lewis]]. No entanto, a [[baixa fantasia]] tem ganhado espaço na literatura juvenil, em obras como [[Os Instrumentos Mortais (série literária)|Instrumentos Mortais]] e [[Vampire Academy]]. |
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⚫ | A fantasia é uma vibrante área de estudo acadêmico em uma série de disciplinas (Inglês, estudos culturais, [[literatura comparada]], estudos de história, medieval, teatral). Os trabalhos nesta área variam amplamente, a partir da teoria estruturalista de Tzvetan Todorov, que enfatiza o fantástico como um espaço liminar para se trabalhar sobre as conexões políticas, históricas e literárias entre o medievalismo e a cultura popular. |
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'''Ficção científica''' é uma forma de [[ficção]] desenvolvida no [[século XIX]], que lida principalmente com o impacto da [[ciência]], tanto verdadeira como imaginada, sobre a sociedade ou os indivíduos. O termo é usado, de forma mais geral, para definir qualquer fantasia literária que inclua o factor [[ciência]] como componente essencial, e num sentido ainda mais geral, para referenciar qualquer tipo de [[Fantasia (literatura)|fantasia literária]]. Em inglês o termo ficção científica é às vezes abreviado para '''sci-fi''' ou '''SF'''. Em português, é abreviado para '''FC'''. |
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Este tipo de literatura pode consistir numa cuidadosa e bem informada extrapolação sobre fatos e princípios científicos, ou abranger áreas profundamente rebuscadas, que contrariam definitivamente esses factos e princípios. Em qualquer dos casos, o ser de forma plausível baseado na ciência é um requisito indispensável, e assim obras precursoras deste género, como o [[romance]] [[Literatura gótica|gótico]] de [[Mary Shelley|Mary Wollstonecraft Shelley]], ''[[Frankenstein|Frankenstein, ou o Prometeu Moderno]]'' ([[1818]]), ou a obra de [[Robert Louis Stevenson]], ''[[O Estranho Caso do Dr Jekyll e de Mr Hyde|O Médico e o Monstro]]'' ([[1886]]) são considerados ficção científica, enquanto que ''[[Drácula]]'', de [[Bram Stoker]] ([[1897]]), não é. |
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Há, evidentemente, muitos casos de obras que se situam na fronteira do género, usando a situação no espaço exterior ou [[tecnologia]] de aspecto futurista, apenas como decoração para narrativas de [[Filme de aventura|aventuras]] ou de [[Romance (cinema)|romance]], e outros temas dramáticos típicos; um bom exemplo será a série ''[[Star Wars]]'' (traduzida como ''Guerra nas Estrelas'' no Brasil e ''A Guerra das Estrelas'' em Portugal e outros países) e muitos [[Filme de ação|filmes de acção]] produzidos por [[Hollywood]]. |
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Os fans da ficção científica ''[[Ficção científica Hard|hard]]'' verão estes filmes como exemplos de [[fantasia (gênero)|fantasia]], enquanto que o público em geral tenderá a colocá-los no âmbito da ficção científica. |
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A ficção científica só se tornou possível pela ascensão da ciência moderna, sobretudo pelas revoluções operadas na astronomia, na física e na sexologia, pois tudo o que se pode pensar sobre ficção tem se relativo e sexo. Além da antiquíssima [[literatura fantástica]], que não é considerada para o efeito, o gênero teve precursores notáveis: viagens imaginárias à [[Lua]] ou a outros planetas no [[século XVIII]] e viagens espaciais no ''Micromégas'' de [[Voltaire]] ([[1752]]), culturas alienígenas n'[[As Viagens de Gulliver]] de [[Jonathan Swift]] ([[1726]]), e elementos de ficção científica nas histórias de [[Edgar Allan Poe]], [[Nathaniel Hawthorne]] e [[Fitz-James O'Brien]], todos do [[século XIX]]. O verdadeiro início da ficção científica, contudo, dá-se no final do século XIX com os romances científicos de [[Júlio Verne]], cuja ciência se situava ao nível da invenção, bem como com as novelas, cientificamente orientadas, de crítica social de [[H. G. Wells]] |
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Há outros precursores ilustres e mais antigos. O astrónomo [[Johannes Kepler]] ([[1571]] - [[1630]]) escreveu uma história, a que deu o título de ''Somnium'' (O Sonho), em que descreve uma viagem até outro planeta. Em 1656, o francês [[Savinien Cyrano de Bergerac]] escreveu ''Histoire Comique des États et Empires de la Lune'', que relata também uma viagem até à [[Lua]] e a forma como os [[Selenitas]] vêem os terrestres. |
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O desenvolvimento da ficção científica como género consciente de si próprio data de [[1926]], quando [[Hugo Gernsback]], que cunhou a palavra combinada ''scientifiction'' (que se poderia traduzir para português como '''cientificção'''), fundou a revista ''[[Amazing Stories]]'', dedicada exclusivamente a histórias de ficção científica. Publicadas nesta e noutras revistas ''[[pulp]]'' com um sucesso grande e crescente, tais histórias não eram vistas pelos sectores literários como [[literatura]], mas sim como [[sensacionalismo]]. Com a chegada, em [[1937]], de um editor exigente, [[John W. Campbell]], da ''[[Astounding Science Fiction]]'' (fundada em [[1930]]) e com a publicação de contos e novelas por escritores como [[Isaac Asimov]], [[Arthur C. Clarke]] e [[Robert A. Heinlein]], a ficção científica emergiu como uma forma de ficção séria. As aproximações ao género por escritores que não se dedicavam exclusivamente à ficção científica, como [[Aldous Huxley]], [[Clive Staples Lewis|C. S. Lewis]] e [[Kurt Vonnegut]], também adicionaram respeitabilidade. Capas de revistas com monstros de olhos esbugalhados e mulheres seminuas preservaram em muitas mentes a imagem de sensacionalismo. |
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Assistiu-se a um grande incremento na popularidade da ficção científica a seguir à [[Segunda Guerra Mundial]]. Alguns trabalhos de ficção científica tornaram-se ''best-sellers''. A crescente sofisticação intelectual do género e a ênfase em assuntos psicológicos e sociais mais latos alargaram de forma significativa o apelo da ficção científica junto do público leitor. Nos países anglo-saxônicos tomou-se consciência de ficção científica escrita noutras línguas, em especial na [[União Soviética]] e noutros países da [[Europa de Leste]]. É agora comum ver-se crítica séria ao género, e estuda-se ficção científica em instituições de ensino superior de várias partes do mundo (não no [[Brasil]], no entanto), havendo especial interesse nas suas características literárias e na forma como ela se relaciona com a ciência e a sociedade. |
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Uma das características únicas do género é a sua forte comunidade de fãs, da qual muitos autores também fazem parte. Existem grupos locais de fãs um pouco por todo o mundo que fala inglês, e também no [[Japão]], [[Europa]] e noutros locais. É frequente que estes grupos publiquem os seus próprios trabalhos. Existem muitas revistas de fãs (e também algumas profissionais) que se dedicam apenas a informar o fã de ficção científica de todas as vertentes do género. Os principais prémios da ficção científica, os [[Hugo Award|Prémios Hugo]], são atribuídos pelos participantes da convenção anual [[Worldcon]], que é organizada quase exclusivamente por fãs voluntários. |
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O trabalho dos escritores de ficção científica inclui previsões sobre sociedades futuras na [[Terra]], análises das consequências da [[viagem interestelar]] e explorações imaginativas de outras formas de vida inteligente e das suas sociedades noutros mundos. |
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A ficção científica também se tem tornado popular na [[rádio (comunicação)|rádio]], na [[Banda Desenhada|banda desenhada]] ([[histórias em quadrinhos]], no [[Brasil]]), na [[televisão]] e no [[cinema]]. |
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=== Fantasia === |
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⚫ | Fantasia é um gênero que usa a magia e outras formas sobrenaturais como elemento principal do enredo, da temática e / ou da configuração. Muitos trabalhos dentro do gênero ocorrem em planos de ficção ou planetas onde a magia é comum. A fantasia é geralmente distinguida da ficção científica e horror pela expectativa de que ela fica longe de temas científicos e macabros, respectivamente, embora exista uma grande sobreposição entre os três gêneros (que são subgêneros da ficção especulativa). |
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⚫ | Na cultura popular, o gênero da fantasia é dominado |
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⚫ | A fantasia é uma vibrante área de estudo acadêmico em uma série de disciplinas (Inglês, estudos culturais, literatura comparada, estudos de história, medieval, teatral). Os trabalhos nesta área variam amplamente, a partir da teoria estruturalista de Tzvetan Todorov, que enfatiza o fantástico como um espaço liminar para se trabalhar sobre as conexões políticas, históricas e literárias entre o medievalismo e a cultura popular. |
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=== Horror === |
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Oficialmente, o horror teve sua primeira definição na literatura como romance [[Literatura gótica|gótico]] ou, como Todorov chama, romance negro. Histórias que possuíam qualidades ligadas à literatura fantástica de provocar medo. Um critério abordado por [[H. P. Lovecraft]], um dos principais nomes do horror literário, é o de utilizar a experiência do medo que o leitor possui para criar o temor. |
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A [[literatura gótica]] trabalha bastante com esse critério de Lovecraft. Criando um ambiente medieval, com castelos em ruínas, bosques escuros e sombrios e famílias da nobreza decadente, os textos góticos utilizam as crenças da época para produzir o horror. O Autor [[Gordon Melton]] comenta que o gênero gótico pode ser definido como “literatura de pesadelo”. |
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O [[gênero gótico]] era um tipo de romance popular do século XVIII, que continuou no século XIX, ele surgiu com o conto “[[O Castelo de Otranto]]” (The Castle of Otranto, 1763) de [[Horace Walpole]]. |
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As histórias descrevem acontecimentos macabros, sobrenaturais, nos quais demônios, o diabo, [[vampiros]], fantasmas cruzam com vítimas castas e puras em lugares incomuns, de preferência na época medieval e de noite ou em tempestades. Os seres sobrenaturais manipulam os fatos da narração transtornando a mente do personagem. Como mencionado antes, a vítima fica entre a razão e a crença até ser atacada pelas reais garras de seus vilões. |
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Tais histórias fantásticas forneceram ao cinema o contexto para a produção de filmes de horror. Esses filmes proporcionam a impressão da realidade e constroem o medo a partir das experiências do espectador. No entanto, os filmes de horror também trabalham com outros artifícios para criar a sensação de medo. |
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O prolongamento do tempo é muito usado para produzir o suspense. Por meio da montagem, o cineasta alterna a imagem da vítima, que sossegada está alheia ao perigo iminente, com a imagem do monstro que vem ao seu encalço. Essa extensão do tempo deixa o espectador ansioso por ele estar onipresente, sabendo do destino da vítima e não podendo impedir. |
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A fotografia também é usada para criar um ambiente de temor. O jogo de luzes e sombras engana as vistas espantadas do público deixando escapar alguns vultos do perigo iminente. |
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Os ângulos de filmagens que transformam a câmera em uma personagem, apenas sugerem o perigo, não mostrando a situação toda. A sombra de uma garra na parede atrás da cama enquanto a heroína dorme cria a tensão. |
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E finalmente, a música acentuada e gradativa emana a sensação de suspense. Um exemplo exageradamente citado, mas que comprova a importância da música, ou a falta dela, dependendo da situação, é o filme de [[Alfred Hitchcock]] “Psicose” (Psycho, 1960, EUA). A música no filme de Hitchcock é um personagem que junto com a câmera subjetiva antecipa o perigo. |
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Esse efeito de pavor crescente tem seu auge quando finalmente o perigo se comprova e surge o monstro que ataca a vítima. Além das técnicas da linguagem, a maquiagem, as fantasias e efeitos especiais também auxiliam no susto. |
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O lado negro da imaginação humana, descrito nos romances góticos, foi revivido no cinema de horror por meio das inúmeras adaptações feitas de textos clássicos desse gênero literário. |
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Notando que aterrorizando o público podiam lotar os cinemas, os cineastas fizeram vários filmes clássicos do terror, como “Frankenstein” (Frankenstein, 1931, EUA), “O Médico e o Monstro” (Dr. Jekyll and Mr. Hyde, 1920, EUA), “O Corcunda de Notre-Dame” (The Hunchback of Notre Dame, 1923, EUA), “Carmilla, a Vampira de Karnstein”( The Vampire Lovers, 1970, Inglaterra). Porém, um dos títulos que, provavelmente, teve o de maior número de adaptações foi “[[Drácula]]” de [[Bram Stoker]]. |
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== Mostras == |
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=== Mostra Curta Fantástico 2006/2007 === |
=== Mostra Curta Fantástico 2006/2007 === |
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Inscritos: 147 curtas-metragens vindos de vários estados brasileiros |
Inscritos: 147 curtas-metragens vindos de vários estados brasileiros. |
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⚫ | A Mostra Curta Fantástico se tornou, desde 2008, o Festival Internacional de Cinema Fantástico CINEFANTASY. O Cinefantasy traz mostra competitiva de longas e curtas-metragens, mostra paralela onde exibe retrospectivas, homenagens, lançamentos, sessões temáticas e encontros com diretores e figuras do universo fantástico. Além disso, o festival paulista possui disputadas atividades de formação voltadas para a produção do gênero fantástico no Brasil. Além de divulgar a diversidade de gêneros no mercado de cinema brasileiro, o Cinefantasy busca apoiar e formar público para o cinema independente brasileiro e estrangeiro. |
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A Mostra Curta Fantástico se tornou, desde 2008, o Festival Internacional de Cinema Fantástico CINEFANTASY. |
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⚫ | O Cinefantasy traz mostra competitiva de longas e curtas-metragens, mostra paralela onde exibe retrospectivas, homenagens, lançamentos, sessões temáticas e encontros com diretores e figuras do universo fantástico. Além disso, o festival paulista possui disputadas atividades de formação voltadas para a produção do gênero fantástico no Brasil. |
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Além de divulgar a diversidade de gêneros no mercado de cinema brasileiro, o Cinefantasy busca apoiar e formar público para o cinema independente brasileiro e estrangeiro. |
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*SCHOEREDER, Gilberto. "Ficção Científica". Coleção Mundos da Ficção Científica #39, Livraria Francisco Alves Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1986. |
*SCHOEREDER, Gilberto. "Ficção Científica". Coleção Mundos da Ficção Científica #39, Livraria Francisco Alves Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1986. |
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* [http://drakonis.135.it/ Drakonis Fantasy Artists] |
* [http://drakonis.135.it/ Drakonis Fantasy Artists] |
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[[Categoria:Géneros de cinema]] |
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[[Categoria:Gêneros literários]] |
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Edição atual tal como às 15h38min de 2 de maio de 2024
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Literatura Fantástica é um gênero literário em que narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos na realidade, pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita.[1]
É aplicável a um objeto como a literatura, pois o universo da literatura, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional. Todo texto fantástico tem elementos inverossímeis, imaginários, distantes da realidade dos homens. Há, como defende Jorge Luis Borges, uma causalidade de caráter mágico ligando os acontecimentos ao decorrer de uma narrativa desse tipo.
Definição
[editar | editar código-fonte]No cinema e na literatura, o gênero fantástico possui às mesmas características.
Mortos vivos, monstros diversos, árvores, pedras e animais falantes e etc. São eventos que não pertencem à nossa realidade.Tzvetan Todorov cita em seu livro “Introdução à Literatura Fantástica”, que dentro da nossa realidade regida por leis, ocorrências que não podem ser explicadas por essas mesmas leis, incidem na incerteza de ser real ou imaginário. Para Todorov um evento fantástico só ocorre quando há a dúvida se esse evento é real, explicado pela lógica, ou sobrenatural (princípios de funcionamentos ainda desconhecidos). “Há um fenômeno estranho que se pode explicar de duas maneiras, por meio de causas de tipo natural e sobrenatural. A possibilidade de se hesitar entre os dois criou o efeito fantástico.” (TODOROV, 1968, p. 31).
Porém, a história não pode parecer alegórica, pois se o leitor ou espectador interpretar o sobrenatural como uma metáfora, o sentido fantástico desvanecerá. Portanto Deve haver uma predisposição do leitor para hesitar quanto a natureza da realidade demonstrada.
Estudos
[editar | editar código-fonte]A literatura fantástica tornou-se, especialmente nas últimas décadas do século XX, um importante tópico da literatura contemporânea, sendo alvo de diversas análises literárias, nas quais se inclui a do livro O Fantástico (1988), de Selma Calasans Rodrigues, doutora em Letras e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na obra, Selma Rodrigues tenta introduzir o tema de uma maneira didática e sintetizada, devido às poucas páginas do livro (80 p.) e ao caráter da série à qual pertence, que é destinada principalmente ao público universitário que pretende ter uma visão geral sobre o tema.
A autora, logo no capítulo inicial, apóia-se em textos de dois autores consagrados da literatura fantástica, E. T. A. Hoffmann, Laura Esquível e Gabriel García Márquez, para conceituar e explicitar as semelhanças e as diferenças dos textos que, apesar de ambos pertencerem à literatura fantástica, apresentam características peculiares que os enquadram em diferentes concepções do gênero.
No segundo capítulo, Selma busca, ao longo da História, as relações entre literatura e realidade, apoiando-se desta vez em análises do escritor argentino Jorge Luis Borges e de Arvède Barine. Há também a seguinte distinção do gênero fantástico:
- Fantástico lato sensu: refere-se a textos que fogem ao realismo estrito, tomando como referência o Realismo do século XIX. A partir desse ponto de vista, toma-se o Fantástico no seu sentido amplo, sendo assim possível afirmar que esta é a mais antiga forma de narrativã;
- Fantástico stricto sensu: por se elaborar a partir da rejeição do pensamento teológico medieval e toda a metafísica, essa literatura teve suas origens no século XVIII, com o Iluminismo. Segundo o fantástico nasce daquilo que não pode ser explicado através da racionalidade e do pensamento crítico, como o complexo processo de formação dos indivíduos.
Já no terceiro capítulo, a autora passa a conceituar as diversas nomenclaturas utilizadas quando se refere à literatura fantástica, como o realismo mágico, o maravilhoso e o alegórico, que são posteriormente, no capítulo seguinte, utilizadas como apoio para comparar-se o Fantástico produzido na Europa com o Fantástico da “Hispano-América e Brasil”. De acordo com a autora, na literatura fantástica européia, ao contrário da produzida na América Latina, há uma preocupação em preservar o real quando algo sobrenatural ocorre, mesmo que a explicação apareça apenas no desfecho da obra. Visa-se, desta maneira, não se perder a verossimilhança, nem mesmo contestá-la. Já na literatura fantástica da América Latina, não há essa preocupação. Assim o verossímil funde-se com o inverossímil, o com o sonho, como ocorre no caso da obra de Gabriel García Márquez, citada no início do livro cem anos de solidão.
Subgêneros
[editar | editar código-fonte]Fantasia é um gênero que usa a magia e outras formas sobrenaturais como elemento principal do enredo, da temática e / ou da configuração. Muitos trabalhos dentro do gênero ocorrem em planos de ficção ou planetas onde a magia é comum. A fantasia é geralmente distinguida da ficção científica e horror pela expectativa de que ela fica longe de temas científicos e macabros, respectivamente, embora exista uma grande sobreposição entre os três gêneros (que são subgêneros da ficção especulativa).
Na cultura popular, o gênero da fantasia é dominado pela alta fantasia, especialmente desde o sucesso mundial de "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien, e de "As Crônicas de Nárnia", de C. S. Lewis. No entanto, a baixa fantasia tem ganhado espaço na literatura juvenil, em obras como Instrumentos Mortais e Vampire Academy.
A fantasia é uma vibrante área de estudo acadêmico em uma série de disciplinas (Inglês, estudos culturais, literatura comparada, estudos de história, medieval, teatral). Os trabalhos nesta área variam amplamente, a partir da teoria estruturalista de Tzvetan Todorov, que enfatiza o fantástico como um espaço liminar para se trabalhar sobre as conexões políticas, históricas e literárias entre o medievalismo e a cultura popular.
Mostras
[editar | editar código-fonte]Mostra Curta Fantástico
[editar | editar código-fonte]A Mostra Curta Fantástico é um evento voltado para o cinema fantástico, um gênero atraente para o público, mas pouco explorado pelos cineastas brasileiros. A Mostra exibe curtas-metragens, ficção e animação, cujos temas passam pela fantasia, ficção científica e horror mostrando a diversidade e versatilidade do gênero fantástico. A Mostra que acontece na cidade de São Paulo, tem caráter competitivo.
Já no Brasil o tema fantástico ainda é muito incipiente, por isso a realização da Mostra Curta Fantástico tem por objetivo mapear a produção existente, trazer a público essa produção e incentivar estudantes, escolas, aprendizes e profissionais do cinema brasileiro, fomentando a produção de curtas-metragens sobre o tema. Ao mesmo tempo divulgar os grupos, instituições publicas e privadas que trabalham, pesquisam e estudam o fantástico, o imaginário na linguagem cinematográfica fora do Brasil.
Mostra Curta Fantástico 2006/2007
[editar | editar código-fonte]Inscritos: 147 curtas-metragens vindos de vários estados brasileiros.
A Mostra Curta Fantástico se tornou, desde 2008, o Festival Internacional de Cinema Fantástico CINEFANTASY. O Cinefantasy traz mostra competitiva de longas e curtas-metragens, mostra paralela onde exibe retrospectivas, homenagens, lançamentos, sessões temáticas e encontros com diretores e figuras do universo fantástico. Além disso, o festival paulista possui disputadas atividades de formação voltadas para a produção do gênero fantástico no Brasil. Além de divulgar a diversidade de gêneros no mercado de cinema brasileiro, o Cinefantasy busca apoiar e formar público para o cinema independente brasileiro e estrangeiro.
Referências
- ↑ CAUSO, Roberto de Sousa. Ficção científica, fantasia e horror no Brasil: 1875 a 1950. Editora UFMG, Belo Horizonte (MG), 2003.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- SCHOEREDER, Gilberto. "Ficção Científica". Coleção Mundos da Ficção Científica #39, Livraria Francisco Alves Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1986.
- TAVARES, Bráulio. "O que é Ficção Científica". Coleção Primeiros Passos #169, Editora Brasiliense, São Paulo (SP), 1986
- BELLEMIN-NOEL, Jean. "Notes sur le fantastique". In: Littérature, nº 8, dez., 1972, p. 3-23
- CAILLOIS, Roger. “Prefácio”. In: Antología del cuento fantástico. Buenos Aires: Sudamericana, 1970.
- CASTEX, P. G. Anthologie du conte fantastique français. Paris: José Corti, 1963.
- CESERANI, Remo. O fantástico. Curitiba: UFPR, 2006.
- ECO, Umberto. Obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976.
- FREUD, Sigmund. “O estranho”. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
- FURTADO, Filipe. A construção do fantástico na narrativa. Lisboa: Livros Horizonte, 1980.
- GOTLIB, Nádia B. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 2002.
- JOLLES, André. Formas simples. São Paulo: Cultrix, 1976, p. 181-204
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