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Lockheed P-7: diferenças entre revisões

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* Boeing - proposta utilizando um [[Boeing 757]] modificado
* Boeing - proposta utilizando um [[Boeing 757]] modificado
* McDonnell Douglas - proposta utilizando um [[MD-90]]<ref>{{citar web |url=http://www.flightglobal.com/pdfarchive/view/1988/1988%20-%201740.html |editora=Flight International |data=2 de Julho de 1988 |titulo=Lockheed woos Germany over LRAACA |lingua=Inglês}}</ref>
* [[McDonnell Douglas]] - proposta utilizando um [[MD-90]]<ref>{{citar web |url=http://www.flightglobal.com/pdfarchive/view/1988/1988%20-%201740.html |editora=Flight International |data=2 de Julho de 1988 |titulo=Lockheed woos Germany over LRAACA |lingua=Inglês}}</ref>


Em Outubro de 1988, a Marinha dos Estados Unidos anunciou que a Lockheed havia vencido a competição, pois a proposta da companhia tinha um custo bem inferior em relação aos competidores. O Conselho de Aquisição de Defesa dos Estados Unidos (''{{lang-en|Defense Acquisition Board (DAB)}}'') recomendou um desenvolvimento completo do LRAACA em 4 de Janeiro de 1989. O custo planejado seria de cerca de US$600 milhões, com um limite de custo de US$750 milhões. Entretanto, em Novembro de 1989, a Lockheed anunciou que o custo havia ultrapassado em US$300 milhões devido a agenda apertada e problemas no projeto. Em 20 de Julho de 1990, a Marinha dos Estados unidos cancelou o programa do P-7A, "citando a incapacidade da Lockheed em progredir adequadamente para completar todas as fases do contrato".<ref name="fas.org">{{citar web |url=https://fas.org/programs/ssp/man/uswpns/air/asw/p7.html |titulo=P-7 Long Range Air ASW-Capable Aircraft (LRAACA) |urlmorta=sim |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130111182157/https://fas.org/programs/ssp/man/uswpns/air/asw/p7.html |arquivodata=11 de Janeiro de 2013 |lingua=Inglês}}</ref> O programa foi então cancelado pelo DAB no final de 1990.
Em Outubro de 1988, a Marinha dos Estados Unidos anunciou que a Lockheed havia vencido a competição, pois a proposta da companhia tinha um custo bem inferior em relação aos competidores. O Conselho de Aquisição de Defesa dos Estados Unidos (''{{lang-en|Defense Acquisition Board (DAB)}}'') recomendou um desenvolvimento completo do LRAACA em 4 de Janeiro de 1989. O custo planejado seria de cerca de US$600 milhões, com um limite de custo de US$750 milhões. Entretanto, em Novembro de 1989, a Lockheed anunciou que o custo havia ultrapassado em US$300 milhões devido a agenda apertada e problemas no projeto. Em 20 de Julho de 1990, a Marinha dos Estados unidos cancelou o programa do P-7A, "citando a incapacidade da Lockheed em progredir adequadamente para completar todas as fases do contrato".<ref name="fas.org">{{citar web |url=https://fas.org/programs/ssp/man/uswpns/air/asw/p7.html |titulo=P-7 Long Range Air ASW-Capable Aircraft (LRAACA) |urlmorta=sim |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130111182157/https://fas.org/programs/ssp/man/uswpns/air/asw/p7.html |arquivodata=11 de Janeiro de 2013 |lingua=Inglês}}</ref> O programa foi então cancelado pelo DAB no final de 1990.


== Projeto ==
== Projeto ==
O P-7 foi projetado como uma versão maior do P-3C original. A fuselagem, similar à do P-3, foi aumentada em 2.40&nbsp;m, e a envergadura em 2.10&nbsp;m. A seção central da asa foi aumentada em comprimento, movendo os motores ainda mais distantes da fuselagem para reduzir os níveis de ruído na cabine. A cauda foi aumentada em cerca de 25% de área, mas diminuída em altura se comparada ao P-3. O P-7A seria motorizado com quatro motores [[turboélice]] [[General Electric GE38|General Electric T407-GE-400]] com hélices de cinco pás.
O P-7 foi projetado como uma versão maior do P-3C original. A [[fuselagem]], similar à do P-3, foi aumentada em 2.40&nbsp;m, e a [[envergadura]] em 2.10&nbsp;m. A seção central da asa foi aumentada em comprimento, movendo os motores ainda mais distantes da fuselagem para reduzir os níveis de ruído na cabine. A cauda foi aumentada em cerca de 25% de área, mas diminuída em altura se comparada ao P-3. O P-7A seria motorizado com quatro motores [[turboélice]] [[General Electric GE38|General Electric T407-GE-400]] com hélices de cinco pás.


Os planos iniciais incluíam os equipamentos eletrônicos ''Update IV'' oriundos do P-3C. A [[cabine de pilotagem]] seria equipada com oito telas [[Tubo de raios catódicos|CRT]] e um [[Head-up display|HUD]] para utilização de armamentos.<ref>{{citar web |url=http://www.history.navy.mil/nan/backissues/1980s/1989/jf89.pdf |titulo=U.S. Navy Naval Aviation News January/February 1989 |paginas=20-21 |urlmorta=sim |lingua=Inglês |formato=PDF}}</ref> Outros equipamentos incluíam um radar, um detector de anomalias magnéticas (MAD), ''flares'', detectores eletro-ópticos, [[Receptor do alerta de radar]], contramedidas infravermelha nos exaustores dos motores e painéis de deflexão de laser nas janelas. O snesor primário de detecção de submarinos seria o ''sonobuoy'', dos quais 112 seriam carregados internamente; 38 adicionais poderiam ser armazenados para recarregamento em voo. Outros 150 poderiam ser carregados em 10 pontos sob a asa.
Os planos iniciais incluíam os equipamentos eletrônicos ''Update IV'' oriundos do P-3C. A [[cabine de pilotagem]] seria equipada com oito telas [[Tubo de raios catódicos|CRT]] e um [[Head-up display|HUD]] para utilização de armamentos.<ref>{{citar web |url=http://www.history.navy.mil/nan/backissues/1980s/1989/jf89.pdf |titulo=U.S. Navy Naval Aviation News January/February 1989 |paginas=20-21 |urlmorta=sim |lingua=Inglês |formato=PDF}}</ref> Outros equipamentos incluíam um radar, um detector de anomalias magnéticas (MAD), ''flares'', detectores eletro-ópticos, [[Receptor do alerta de radar]], contramedidas infravermelha nos exaustores dos motores e painéis de deflexão de laser nas janelas. O snesor primário de detecção de submarinos seria o ''sonobuoy'', dos quais 112 seriam carregados internamente; 38 adicionais poderiam ser armazenados para recarregamento em voo. Outros 150 poderiam ser carregados em 10 pontos sob a asa.
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Edição atual tal como às 13h00min de 12 de março de 2024

Lockheed P-7
Avião
Lockheed P-7
Desenho em corte do P-7 LRAACA
Descrição
Tipo / Missão Aeronave de patrulha marítima
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Lockheed Corporation
Quantidade produzida Projeto cancelado
Custo unitário est. US$56,7 milhões
Desenvolvido de Lockheed P-3 Orion
Tripulação 13+
Especificações (Modelo: P-7A)
Dimensões
Comprimento 34,34 m (113 ft)
Envergadura 32,49 m (107 ft)
Altura 10,03 m (32,9 ft)
Área das asas 133,6  (1 440 ft²)
Alongamento 7.9
Peso(s)
Peso vazio 47 627 kg (105 000 lb)
Peso carregado 74 843 kg (165 000 lb)
Peso máx. de decolagem 77 723 kg (171 000 lb)
Propulsão
Motor(es) General Electric T407
Potência (por motor) 6 000 hp (4 470 kW)
Performance
Velocidade máxima 660 km/h (356 kn)
Alcance (MTOW) 3 975 km (2 470 mi)
Armamentos
Bombas 3,400 kg

O Lockheed P-7 foi um avião turboélice de patrulha marítima solicitado pela Marinha dos Estados Unidos como substituto do P-3 Orion. A configuração externa da aeronave era muito similar ao P-3. Entretanto, o projeto não progrediu muito antes de ser cancelado no início da década de 1990 como uma medida de redução de custos após o fim da Guerra Fria.

Desenvolvimento

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No meio da década de 1980, a Marinha dos Estados Unidos planejou substituir uma grande quantidade das aeronaves P-3 que estariam chegando ao fim de suas vidas durante a década de 1990. Afim de limitar os custos, a Marinha pensou em um P-3 modificado com uma carga útil maior e aviônicos atualizados. A aeronave se tornou conhecida como "P-3G", da qual 125 modelos seriam adquiridos um um período de cinco anos até 2001. Entretanto, a Marinha norte-americana não estava querendo selecionar o P-3G sem qualquer competição e emitiu então uma solicitação de propostas (em inglês: Request for Proposals (RFP)) em Janeiro de 1987. Os competidores para a aeronave P-7A "LRAACA" - Aeronave Longo Alcance de Guerra Antisubmarina (em inglês: Long-Range Air ASW-Capable Aircraft), eram:

Em Outubro de 1988, a Marinha dos Estados Unidos anunciou que a Lockheed havia vencido a competição, pois a proposta da companhia tinha um custo bem inferior em relação aos competidores. O Conselho de Aquisição de Defesa dos Estados Unidos (em inglês: Defense Acquisition Board (DAB)) recomendou um desenvolvimento completo do LRAACA em 4 de Janeiro de 1989. O custo planejado seria de cerca de US$600 milhões, com um limite de custo de US$750 milhões. Entretanto, em Novembro de 1989, a Lockheed anunciou que o custo havia ultrapassado em US$300 milhões devido a agenda apertada e problemas no projeto. Em 20 de Julho de 1990, a Marinha dos Estados unidos cancelou o programa do P-7A, "citando a incapacidade da Lockheed em progredir adequadamente para completar todas as fases do contrato".[2] O programa foi então cancelado pelo DAB no final de 1990.

O P-7 foi projetado como uma versão maior do P-3C original. A fuselagem, similar à do P-3, foi aumentada em 2.40 m, e a envergadura em 2.10 m. A seção central da asa foi aumentada em comprimento, movendo os motores ainda mais distantes da fuselagem para reduzir os níveis de ruído na cabine. A cauda foi aumentada em cerca de 25% de área, mas diminuída em altura se comparada ao P-3. O P-7A seria motorizado com quatro motores turboélice General Electric T407-GE-400 com hélices de cinco pás.

Os planos iniciais incluíam os equipamentos eletrônicos Update IV oriundos do P-3C. A cabine de pilotagem seria equipada com oito telas CRT e um HUD para utilização de armamentos.[3] Outros equipamentos incluíam um radar, um detector de anomalias magnéticas (MAD), flares, detectores eletro-ópticos, Receptor do alerta de radar, contramedidas infravermelha nos exaustores dos motores e painéis de deflexão de laser nas janelas. O snesor primário de detecção de submarinos seria o sonobuoy, dos quais 112 seriam carregados internamente; 38 adicionais poderiam ser armazenados para recarregamento em voo. Outros 150 poderiam ser carregados em 10 pontos sob a asa.

O novo projeto tinha uma baia de bombas internas para um máximo de 3,400 kg de armas e 12 pilones sobre a asa.[4]

Referências

  1. «Lockheed woos Germany over LRAACA» (em inglês). Flight International. 2 de Julho de 1988 
  2. «P-7 Long Range Air ASW-Capable Aircraft (LRAACA)» (em inglês). Arquivado do original em 11 de Janeiro de 2013 
  3. «U.S. Navy Naval Aviation News January/February 1989» (PDF) (em inglês). pp. 20–21 [ligação inativa] 
  4. Bowers, Peter M. (1990). United States Navy Aircraft since 1911 (em inglês). Annapolis, MD: Naval Institute Press. pp. 313–314. ISBN 0-87021-792-5 .

Referências