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Minuanos: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|outros significados|Minuano}}{{Info/Grupo étnico
{{Ver desambig|prefixo=Se procura|outros significados|Minuano}}Os '''Minuanos,''' também chamados '''guenoas''' ou '''guenoas-minuanos,''' eram [[Indígenas|índios]] [[Patagônia|patagônicos]] habitantes do sudeste do [[Rio Grande do Sul|estado do Rio Grande do Sul]], bem como do nordeste Argentino (Entre Rios) e o noroeste Uruguaio. e São considerados como sendo os [[charruas]] setentrionais.<ref>{{citar web|url=http://www.raicesuruguay.com/raices/sangre_indigena.html |título=Aboriginal blood in Uruguay |autor =[[Renzo Pi Hugarte]] |publicado=Raíces Uruguay |acessodata=2 de fevereiro de 2015 |língua=es}}</ref> Seu nome "Minuano" nomeou o [[Minuano (vento)|vento]] forte vindo do sudoeste, frio e cortante, que sopra no [[Rio Grande do Sul]], depois das chuvas de [[inverno]].{{Carece de fontes}} Entre os guenoas-minuanos e outros da macro-etnia charrua havia um permanente estado de guerra, com o extermínio de prisioneiros<ref>{{citar web|url=https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf|titulo=}}</ref>.
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Os '''Minuanos,''' também chamados '''guenoas''' ou '''guenoas-minuanos,''' eram [[Indígenas|índios]] [[Patagônia|patagônicos]] habitantes do sudoeste do [[Rio Grande do Sul|estado do Rio Grande do Sul]], bem como do nordeste Argentino (Entre Rios) e noroeste Uruguaio. Possui parentesco direto com outros grupos que juntos compõe uma macro etnia [[Charruas|Charrua]]. Os Minuanos são considerados como sendo os [[Charruas]] setentrionais.<ref>{{citar web|url=http://www.raicesuruguay.com/raices/sangre_indigena.html |título=Aboriginal blood in Uruguay |autor =Renzo Pi Hugarte|autorlink =Renzo Pi Hugarte |publicado=Raíces Uruguay |acessodata=2 de fevereiro de 2015 |língua=es}}</ref>
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Um de seus lugares sagrados é o morro Ibití, próximo ao [[rio Arapey]], e um de seus cemitérios fica no morro Yauguá, província de [[Rio Negro (Uruguai)|Rio Negro]], ambos no Uruguai. Seu nome "Minuano" nomeou o [[Minuano (vento)|vento]] forte vindo do sudoeste, frio e cortante, que sopra no [[Rio Grande do Sul]], depois das chuvas de [[inverno]].{{Carece de fontes}} Entre os guenoas-minuanos e outros da macro-etnia charrua havia um permanente estado de guerra, com o extermínio de prisioneiros<ref>{{citar web|url=https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf|titulo=}}</ref>.


Na época da chegada dos conquistadores espanhóis à sua região, inicialmente receberam separadamente o nome de "Minuanos" na Argentina e de "Guenoas" no Rio Grande do Sul, por Jesuitas e antigos cronistas espanhóis e portugueses. Especialmente devido à interrupção do registro destes etnônimos, e ao aparente traslado dos "Guenoas" aos territórios previamente atribuídos aos "Minuanos" ou ''Minuanes''. Diversos autores tem pesquisado aprofundadamente esta questão, se considerando esta conclusão mencionada a mais aceita na atualidade.<ref>{{Citar web|url=https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf|titulo=Los errores charrua y guenoa-minuan|data=|acessodata=2019-01-01|obra=www.mna.gub.uy|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Nahson|primeiro=Diego Bracco|data=2004|titulo=Los errores Charrúa y Guenoa-Minuán|url=https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2202187|jornal=Jahrbuch für Geschichte Lateinamerikas = Anuario de Historia de América Latina ( JbLA )|numero=41|paginas=117–136|issn=2194-3680}}</ref>
Na época da chegada dos conquistadores espanhóis à sua região, inicialmente receberam separadamente o nome de "Minuanos" na Argentina e de "Guenoas" no Rio Grande do Sul, por Jesuitas e antigos cronistas espanhóis e portugueses.<ref>{{Citar web|url=https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf|titulo=Los errores charrua y guenoa-minuan|data=|acessodata=2019-01-01|obra=www.mna.gub.uy|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Nahson|primeiro=Diego Bracco|data=2004|titulo=Los errores Charrúa y Guenoa-Minuán|url=https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2202187|jornal=Jahrbuch für Geschichte Lateinamerikas = Anuario de Historia de América Latina ( JbLA )|numero=41|paginas=117–136|issn=2194-3680}}</ref>

O estabelecimento dos europeus na costa do Rio da Prata levou ao deslocamento dos Charruas para o norte, espalhando-os do sudeste gaúcho em direção ao leste até o [[oceano Atlântico]]. Existem vestigios minuanos como toldos e ''cerritos'' em toda metade sul gaúcha<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/expedicao-encontra-novos-vestigios-dos-minuanos-os-indigenas-do-pampa.shtml|titulo=}}</ref>.

Em [[1730]], aliaram-se a outras etnias charruas, havendo aí referências a ambas as denominações para o mesmo grupo. Já nas guerras contra os [[espanhóis]], aliaram-se aos [[portugueses]]. O reforço da unidade com outros grupos da macro etnia Charrua durante as últimas etapas da colonização conformou uma maior unidade étnica entre todos simplesente como "Charrúas", contribuiu para a confusão entre os termos "Charrua", "Minuanos" e "Guenoas".


O estabelecimento dos europeus na costa do Rio da Prata levou ao deslocamento dos Charruas para o norte, espalhando-os do sudeste gaúcho em direção ao leste até o [[oceano Atlântico]]. Existem toldos minuanos na região de [[Arroio Grande]].{{Carece de fontes}}. Em [[1730]], aliaram-se a outras etnias charruas, havendo aí referências a ambas as denominações para o mesmo grupo. Já nas guerras contra os [[espanhóis]], aliaram-se aos [[portugueses]].{{Carece de fontes}}
== Ver também ==
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* Enciclopédia Rio-Grandense , I Volume- Ed Sulina, 1968. ( Porto Alegre)
* Enciclopédia Rio-Grandense , I Volume- Ed Sulina, 1968. ( Porto Alegre)
* El Charrua, Serafin Cordero . Ed Mentor, 1960 (Montevideo)
* El Charrua, Serafin Cordero . Ed Mentor, 1960 (Montevideo)

*[https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/expedicao-encontra-novos-vestigios-dos-minuanos-os-indigenas-do-pampa.shtml?utm_source=facebook Folha de Sao Paulo. 31 dez 2019 ]
*[https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/expedicao-encontra-novos-vestigios-dos-minuanos-os-indigenas-do-pampa.shtml?utm_source=facebook Folha de Sao Paulo. 31 dez 2019 ]



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[[Categoria:Povos indígenas do Brasil]]
[[Categoria:Povos indígenas do Brasil]]
[[Categoria:Povos indígenas do Uruguai]]
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Edição atual tal como às 17h58min de 19 de dezembro de 2023

 Nota: Se procura outros significados, veja Minuano.
Minuanos
Pintura de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retratando um membro da macro etnia Charrua, a qual pertencem os Minuanos
População total

Uruguai 159,319 (2011)[1]; ou 5% da população total segundo o último censo censo[2]
 Argentina 14,649 (2010)[3]
 Brasil 42 (2014)[4]

Regiões com população significativa
Línguas
Charrúa
Religiões
Animismo
Grupos étnicos relacionados
Charruas, Yaros, Boháns, Kaigang

Os Minuanos, também chamados guenoas ou guenoas-minuanos, eram índios patagônicos habitantes do sudoeste do estado do Rio Grande do Sul, bem como do nordeste Argentino (Entre Rios) e noroeste Uruguaio. Possui parentesco direto com outros grupos que juntos compõe uma macro etnia Charrua. Os Minuanos são considerados como sendo os Charruas setentrionais.[5]

Neste mapa das línguas Charruanas, a localização dos Minuanos (sua língua) mostra-se como "Güenoa".

Um de seus lugares sagrados é o morro Ibití, próximo ao rio Arapey, e um de seus cemitérios fica no morro Yauguá, província de Rio Negro, ambos no Uruguai. Seu nome "Minuano" nomeou o vento forte vindo do sudoeste, frio e cortante, que sopra no Rio Grande do Sul, depois das chuvas de inverno.[carece de fontes?] Entre os guenoas-minuanos e outros da macro-etnia charrua havia um permanente estado de guerra, com o extermínio de prisioneiros[6].

Na época da chegada dos conquistadores espanhóis à sua região, inicialmente receberam separadamente o nome de "Minuanos" na Argentina e de "Guenoas" no Rio Grande do Sul, por Jesuitas e antigos cronistas espanhóis e portugueses.[7][8]

O estabelecimento dos europeus na costa do Rio da Prata levou ao deslocamento dos Charruas para o norte, espalhando-os do sudeste gaúcho em direção ao leste até o oceano Atlântico. Existem vestigios minuanos como toldos e cerritos em toda metade sul gaúcha[9].

Em 1730, aliaram-se a outras etnias charruas, havendo aí referências a ambas as denominações para o mesmo grupo. Já nas guerras contra os espanhóis, aliaram-se aos portugueses. O reforço da unidade com outros grupos da macro etnia Charrua durante as últimas etapas da colonização conformou uma maior unidade étnica entre todos simplesente como "Charrúas", contribuiu para a confusão entre os termos "Charrua", "Minuanos" e "Guenoas".

Referências

  1. «Uruguay en crigras» (PDF) (em espanhol). Consultado em 19 de novembro de 2017 
  2. https://elpais.com/elpais/2017/10/13/planeta_futuro/1507902270_613238.html
  3. «Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2010» (PDF) (em espanhol). 2010. Consultado em 23 de maio de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 9 de abril de 2016 
  4. «Quadro Geral dos Povos - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  5. Renzo Pi Hugarte. «Aboriginal blood in Uruguay» (em espanhol). Raíces Uruguay. Consultado em 2 de fevereiro de 2015 
  6. (PDF) https://www.mna.gub.uy/innovaportal/file/20809/1/bracco_d._2004._los_errores_charrua_y_guenoa-minuan.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. «Los errores charrua y guenoa-minuan» (PDF). www.mna.gub.uy. Consultado em 1 de janeiro de 2019 
  8. Nahson, Diego Bracco (2004). «Los errores Charrúa y Guenoa-Minuán». Jahrbuch für Geschichte Lateinamerikas = Anuario de Historia de América Latina ( JbLA ) (41): 117–136. ISSN 2194-3680 
  9. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/expedicao-encontra-novos-vestigios-dos-minuanos-os-indigenas-do-pampa.shtml  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  • Enciclopédia Rio-Grandense , I Volume- Ed Sulina, 1968. ( Porto Alegre)
  • El Charrua, Serafin Cordero . Ed Mentor, 1960 (Montevideo)
  • Folha de Sao Paulo. 31 dez 2019
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