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Carouge: diferenças entre revisões

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'''Carouge''' é uma cidade do [[cantão]] de [[Genebra]] na [[Suíça]] e separada dela pelo rio [[Arve]] que faz parte da [[Genebra (cantão)|República e Cantão de Genebra]] desde [[1816]]. Muito apreciada bela beleza da '''velha Carouge''' com o seu aspecto característico de [[sardenha|localidade sarda]]. Tem como comunas limitrofes: [[Genebra]], [[Lancy]], [[Plan-les-Ouates]], [[Troinex]] e [[Veyrier]].
'''Carouge''' é uma cidade do [[cantão]] de [[Genebra]] na [[Suíça]] e separada dela pelo rio [[Arve]] que faz parte da [[Genebra (cantão)|República e Cantão de Genebra]] desde 1816. Muito apreciada bela pelo seu aspecto característico de [[sardenha|localidade sarda]]. Tem como comunas limitrofes: [[Genebra]], [[Lancy]], [[Plan-les-Ouates]], [[Troinex]] e [[Veyrier]].


Atualmente Carouge continua a manter um aspecto [[Mediterrâneo]] tanto na arquitectura em geral como na convivialidade dos seus habitantes <ref>{{link|fr| 2=http://www.geneve-tourisme.ch/?rubrique=0000000165 |3= GE Tourisme; Carouge}}</ref>.
== Origens==
Foi o '''Tratado de Turim''' de [[3 de Junho]] de [[1754]] entre o [[Ducado de Saboia|Reino de Sardenha]] e a [[República de Genebra]] que marca o seu nascimento com o fim das lutas entre a Casa de Saboia e Genebra <ref name="Dates">{{link|fr |2=http://www.cilisboa.org/sections/tikva_04/bu_4_30_am.htm|3= Dates et faits - Carouge}} - consultado em Setembro 2010</ref> . Com a ajuda da Saboia, Carouge desenvolve-se rapidamente principalmente devido à visão de [[Pierre-Claude de la Fléchère]], '''Conde de Veyrier''' e representante local do Ducado de Saboia, que logo se apercebe do seu interesse [[geoestratégico]] e solicita a [[Victor-Amadeu III]] - [[Sardenha|Rei da Sardenha]] e duque da [[Sabóia]] - privilégios que permitam o desenvolvimento da localidade. Em [[1777]] Carouge obtém a autorização de realizar duas feiras anuais e um mercado semanal.


== De Burgo a Cidade==
== Origens==
O Tratado de Turim, de [[3 de junho]] de [[1754]], entre o [[Ducado de Saboia|Reino de Sardenha]] e a [[República de Genebra]], marca o fim das lutas, entre a [[Casa de Saboia]] e Genebra, e o seu nascimento da cidade. Com o apoio da Saboia, Carouge desenvolve-se rapidamente, sobretudo graças à visão de [[Pierre-Claude de la Fléchère]], Conde de Veyrier e representante local do Ducado de Saboia, que logo se apercebera do interesse [[Geoestratégia|geoestratégico]] da cidade e solicitara a [[Vítor Amadeu III da Sardenha|Victor Amadeu III]], rei da Sardenha e [[duque de Saboia]], privilégios que permitissem o desenvolvimento da localidade, notadamente atraindo estrangeiros. Em 1777, Carouge obtém a permissão de realizar duas feiras anuais e um mercado semanal. Sua população passa de mil habitantes.
Pelo [[édito]] de [[2 de Maio]] de [[1780]], Carouge torna-se a capital da província do mesmo nome, com um número de habitantes próximo dos 3 000 habitantes. O [[burgo]], a [[31 de Janeiro]] de [[1786]], recebe o brasão ao aceder ao estatuto de cidade por carta real.


==História==
== Carouge, a liberal==
Carouge foi fundada por Vítor Amadeu III da Sardenha, descendente dos duques de Saboia e predecessor dos futuros [[reis da Itália]]. Depois de ter desejado longamente [[Genebra]] e esperado fazer dela a sua capital, a Casa de Saboia, em razão da derrota de ''[[L'Escalade]]'' (1602) e do [[Tratado de Saint-Julien]],<ref>Alfred Dufour, ''Histoire de Genève'', p. 94. ''Que sais-je'' nº 3210, PUF.</ref> teve de reconhecer a independência de Genebra. Vítor Amadeu optou então por uma outra estratégia - a de fundar uma cidade às portas daquela que não conseguira conquistar, do outro lado do [[Rio Arve|Arve]], com a finalidade de lhe fazer concorrência <ref name=CMania>{{link| fr|2= http://www.carougemania.ch/new/home.php?a=190&c=125&l=1 |3=Carouge Mania}}. Maio de 2012.</ref>.
A particularidade de Carouge é a de ser um ilha de [[liberalismo]] largamente apoiada pelo poder de Turim, que não só lhe acordando privilégios particulares e únicos dentro do reino, como aceitar a vinda de inúmeros estrangeiros de todas origens e religiões afim de favorecer o desenvolvimento económico da província. Os [[Francomaçonaria|francomaçãos]] que aparecem por volta de [[1777]], e dois anos depois de protestantes que obtêm a tolerância cívica e religiosa em [[1783]]. Enfim em [[1779]] os [[Judeus]] principalmente da [[Alsácia]]. Todas estas acções - basicamente novas para a época - são apoiadas por Pierre-Claude de la Fléchère.


==De burgo a cidade==
Em [[1787]], Victor-Amadeu III proclama o '[[édito da tolerância]] que permite, principalmente aos judeus, beneficiarem da aplicação dos direitos comuns e term inteira liberdade de culto, caso rarissimo na história da Europa, os francomaçãos com [[lojas maçónicas]], os protestantes com [[templos|templos protestante]] e os judeus com [[sinagoga]]s <ref>"Archives départementales de Haute-Savoie (ADHS), période Sarde, série C, ICI-16, correspondance n° 122, lettre du 15 août 1787 du Ministre Giuseppe Corté au Gouverneur général à Chambéry. (Referência da versão wiki, Fr)</ref>.
Vítor Amadeu chama os arquitetos de [[Turim]], então capital do [[Reino do Piemonte-Sardenha]], para edificar a nova cidade. A pequenina aldeia, que contava então 17 casas, transforma-se numa pequena cidade de extraordinária harmonia arquitetural. Declarada "Cidade Real" em 1786, Carouge povoa-se rapidamente, o que não é obra do acaso mas sim do desejo de Vítor Amadeu de torná-la rival de Genebra - razão pela qual, entre outras coisas, abole as [[pedágio|portagens]] nas terras da Saboia, de modo a incitar as pessoas a se fixarem na nova cidade e não atravessar o Arve para pagá-las em Genebra <ref name=CMania />. Em 1777, Carouge obtém autorização para realizar duas feiras anuais e um mercado semanal.<ref>Eusèbe-Henri Gaullieur, ''Annales de Carouge'', éditions Slatkine, Genève, 1982, p. 33 (reimpressão da edição de Joel Cherbuliez, Genève, 1857).</ref>


Pelo édito de 2 de Maio de 1780, Carouge torna-se a capital da província do mesmo nome, com um número de habitantes próximo dos 3 000, e o burgo recebe a 31 de Janeiro de 1786 o brasão [[imagem:Carouge-coat of arms.svg|20px]] ao aceder ao estatuto de cidade por carta real.
== Uma cidade Francesa==
Em [[1789]] a [[Revolução Francesa]] faz-se sentir e os dias da '''Carouge, a Sarda''' estão contados e em [[1792]] as tropas francesas a caminho da [[Itália]], penetrando sem resistência na província de Carouge e anexando-a ao '''Departamento do Monte-Branco''' da qual [[Chambéry]] é a capital do departamento, e em [[1798]] ao departamento do Lèman - ela também anexada- se torna a [[prefeitura]]. Carouge continuará francesa até [[1814]].


== Uma cidade Suíça==
== Carouge, a liberal==
A particularidade de Carouge é a de ser um ilha de [[liberalismo]] largamente apoiada pelo poder de Turim, que não só lhe acordando privilégios particulares e únicos dentro do reino, como aceitar a vinda de inúmeros estrangeiros de todas origens e religiões a fim de favorecer o desenvolvimento económico da província e fazer concorrência a Genebra. Assim, os [[Francomaçonaria|francomaçãos]] aparecem por volta de 1777, dois anos depois dos protestantes que obtêm a tolerância cívica e religiosa em 1783, e é autorizando a um [[Pastor (religião)|Pastor protestante]] exercer em Carouge, quando a cidade é [[católica]]. Em 1779 os [[Judeus]] principalmente da [[Alsácia]] são largamente aceites e é-lhes autorizada a edificação de uma [[sinagoga]]. Todas estas acções - basicamente novas para a época - são apoiadas por [[Pierre-Claude de la Fléchère]].
Período movimentado pois ela é sarda pelo tratado de [[1814]], francesa com[[[Napoleão]], de novo sarda depois da derrota de [[Waterloo]] e finalmente cedida ao [[cantão de Genebra]] pelo Tratado de Turim de [[16 de Março]] de [[1816]] <ref name="Dates" />. Deste tratado também fazem parte 31 comunas da saboia e francesas.


Em 1787, Victor-Amédée III proclama o [[Édito da Tolerância]] que permite, principalmente aos judeus, beneficiarem da aplicação dos direitos comuns e term inteira liberdade de culto, caso rarissimo na história da Europa, os francomaçãos com [[lojas maçónicas]], os protestantes com [[templos|templos protestante]] e os judeus com sinagogas <ref>"Archives départementales de Haute-Savoie (ADHS), période Sarde, série C, ICI-16, correspondance n° 122, lettre du 15 août 1787 du Ministre Giuseppe Corté au Gouverneur général à Chambéry. (Referência da versão wiki, Fr)</ref>.
A cedência é acompanhada de uma [[zona franca]] excluída doa direitos sardos e uma praça de Carouge chama-se '''[[Sardenha|Praça da Sardenha]]''' <ref>Referência e datas - Artigo largamente baseado na versão francesa</ref>


== Uma cidade sob ocupação francesa==
Em [[1789]], os efeitos da [[Revolução Francesa]] se fazem sentir. Para prevenir qualquer perturbação, a guarnição da cidade passa de 144 para 650 homens. Tal medida de segurança surte efeito por algum tempo, mas os dias de Carouge, a sarda, estavam contados. Em 2 de outubro de 1792, tropas francesas, em marcha para a "campanha da [[Itália]]", penetram sem resistência na [[Carouge (província)|província de Carouge]], anexando-a ao novo departamento do Monte Branco, do qual [[Chambéry]] é designada a capital. Em seguida, as tropas seguem para o novíssimo departamento do Leman, criado em 1798, do qual Genebra - primeiramente ocupada e depois anexada- se torna a sede administrativa. Carouge continuará sob ocupação francesa até a sua libertação, pelos austríacos, em setembro de 1814.

== Uma cidade suíça==
Após um período movimentado, durante o qual Carouge tornar-se-á novamente sarda, sob o [[Tratado de Fontainebleau (1814)|tratado de paz de 30 de maio de 1814]]; depois, reocupada brevemente pelos franceses, durante os [[Cem Dias de Napoleão| cem dias de retorno]] de [[Napoleão]]; de novo, sarda, após a [[batalha de Waterloo|derrota de Napoleão em Waterloo]], e finalmente cedida ao [[cantão de Genebra]], pelo duque de Saboia à república e novo cantão de Genebra, conforme o Tratado de Turim de 16 de março de 1816, <ref name="Dates" /> juntamente com 19 outras do ducado de Saboia, como contrapartida da neutralidade helvética nas zonas francas da Saboia. 12 comunas francesas <ref>Raymond Zanone, ''Cap sur l'histoire de Carouge'', Carouge, Mairie de Carouge, 1983, 136 p. </ref> serão também cedidas pela França ao novo [[cantão suíço]] de Genebra, a título de indenizações de guerra. O cantão se havia juntado à Confederação suíça por ocasião dos tratados de Paris, em 1814, e de Viena, em 1815.
A cessão é acompanhada de uma pequena [[zona franca]] excluída dos direitos aduaneiros sardos. Atualmente, uma praça de Carouge chama-se [[Sardenha|Praça da Sardenha]] <ref name="Dates">{{link|fr |2=http://www.cilisboa.org/sections/tikva_04/bu_4_30_am.htm|3= Dates et faits - Carouge}} </ref>

==Imagens==
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Carouge-Eglise-2009.jpg | A igreja de São Victor, Carouge
Carouge Place du Temple1.jpg | Praça do Templo
Carouge-Octroi-2009.jpg | Edifício tipo de Carouge
Carouge Saint Joseph1.jpg | Rua Saint Joseph
Cimetière juif de Carouge, parcelle 1852.jpg | Cemitério Judeu
File:Geneva tram 715+313 turning into Carouge terminus circa 1980.jpg|Tram em Carouge, linha 12.
From Wikimedia Commons, the free media repository
</gallery>


{{Referências}}
{{Referências}}
* [http://www.bfs.admin.ch/bfs/portal/fr/index/themen.html Office fédéral de la statistique : Thèmes]


==Ver também==
==Ver também==
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==Ligações externas ==
==Ligações externas ==
[http://www.carouge.ch Sitio de Carouge]
{{oficial|http://www.carouge.ch}}
{{Commonscat}}



{{Comunas-Cantão-Genebra}}
[[Categoria: Cidades da Suíça]]
[[Categoria: Comunas da Suíça]]
[[Categoria: Cantão de Genebra]]
[[Categoria: Comunas do cantão Genebra]]


{{Portal3|História|Geografia|Suíça}}
[[ca:Carouge]]
[[da:Carouge]]
[[Categoria:Carouge| ]]
[[Categoria:Atrações turísticas de Genebra]]
[[de:Carouge]]
[[Categoria:Patrimônio cultural de Genebra (cantão)]]
[[en:Carouge]]
[[eo:Carouge]]
[[es:Carouge]]
[[fr:Carouge]]
[[frp:Carroge (Geneva)]]
[[id:Carouge]]
[[it:Carouge]]
[[ja:カルージュ]]
[[la:Quadruvium (urbs)]]
[[nl:Carouge]]
[[pl:Carouge]]
[[rm:Carouge]]
[[ru:Каруж]]
[[scn:Carouge]]
[[sv:Carouge]]
[[vi:Carouge]]
[[vo:Carouge]]
[[war:Carouge]]
[[zh-min-nan:Carouge]]

Edição atual tal como às 21h07min de 29 de maio de 2023

Carouge
Comuna da Suíça

Brasão de armas
Praça do Mercado
Administração
Cantão Genebra
Comunas
limítrofes
Genebra, Lancy, Plan-les-Ouates, Troinex e Veyrier.
Prefixo telefónico +41 (0)22
Língua oficial francês
Demografia
População 20 071 hab.
Densidade 7 573 hab./km²
Geografia
Coordenadas 46° 11' 2N 6° 8' 25'E
Altitude 424 m
Área 2.500 km²
Website oficial Carouge.ch
Localização

Carouge é uma cidade do cantão de Genebra na Suíça e separada dela pelo rio Arve que faz parte da República e Cantão de Genebra desde 1816. Muito apreciada bela pelo seu aspecto característico de localidade sarda. Tem como comunas limitrofes: Genebra, Lancy, Plan-les-Ouates, Troinex e Veyrier.

Atualmente Carouge continua a manter um aspecto Mediterrâneo tanto na arquitectura em geral como na convivialidade dos seus habitantes [1].

O Tratado de Turim, de 3 de junho de 1754, entre o Reino de Sardenha e a República de Genebra, marca o fim das lutas, entre a Casa de Saboia e Genebra, e o seu nascimento da cidade. Com o apoio da Saboia, Carouge desenvolve-se rapidamente, sobretudo graças à visão de Pierre-Claude de la Fléchère, Conde de Veyrier e representante local do Ducado de Saboia, que logo se apercebera do interesse geoestratégico da cidade e solicitara a Victor Amadeu III, rei da Sardenha e duque de Saboia, privilégios que permitissem o desenvolvimento da localidade, notadamente atraindo estrangeiros. Em 1777, Carouge obtém a permissão de realizar duas feiras anuais e um mercado semanal. Sua população passa de mil habitantes.

Carouge foi fundada por Vítor Amadeu III da Sardenha, descendente dos duques de Saboia e predecessor dos futuros reis da Itália. Depois de ter desejado longamente Genebra e esperado fazer dela a sua capital, a Casa de Saboia, em razão da derrota de L'Escalade (1602) e do Tratado de Saint-Julien,[2] teve de reconhecer a independência de Genebra. Vítor Amadeu optou então por uma outra estratégia - a de fundar uma cidade às portas daquela que não conseguira conquistar, do outro lado do Arve, com a finalidade de lhe fazer concorrência [3].

De burgo a cidade

[editar | editar código-fonte]

Vítor Amadeu chama os arquitetos de Turim, então capital do Reino do Piemonte-Sardenha, para edificar a nova cidade. A pequenina aldeia, que contava então 17 casas, transforma-se numa pequena cidade de extraordinária harmonia arquitetural. Declarada "Cidade Real" em 1786, Carouge povoa-se rapidamente, o que não é obra do acaso mas sim do desejo de Vítor Amadeu de torná-la rival de Genebra - razão pela qual, entre outras coisas, abole as portagens nas terras da Saboia, de modo a incitar as pessoas a se fixarem na nova cidade e não atravessar o Arve para pagá-las em Genebra [3]. Em 1777, Carouge obtém autorização para realizar duas feiras anuais e um mercado semanal.[4]

Pelo édito de 2 de Maio de 1780, Carouge torna-se a capital da província do mesmo nome, com um número de habitantes próximo dos 3 000, e o burgo recebe a 31 de Janeiro de 1786 o brasão ao aceder ao estatuto de cidade por carta real.

Carouge, a liberal

[editar | editar código-fonte]

A particularidade de Carouge é a de ser um ilha de liberalismo largamente apoiada pelo poder de Turim, que não só lhe acordando privilégios particulares e únicos dentro do reino, como aceitar a vinda de inúmeros estrangeiros de todas origens e religiões a fim de favorecer o desenvolvimento económico da província e fazer concorrência a Genebra. Assim, os francomaçãos aparecem por volta de 1777, dois anos depois dos protestantes que obtêm a tolerância cívica e religiosa em 1783, e é autorizando a um Pastor protestante exercer em Carouge, quando a cidade é católica. Em 1779 os Judeus principalmente da Alsácia são largamente aceites e é-lhes autorizada a edificação de uma sinagoga. Todas estas acções - basicamente novas para a época - são apoiadas por Pierre-Claude de la Fléchère.

Em 1787, Victor-Amédée III proclama o Édito da Tolerância que permite, principalmente aos judeus, beneficiarem da aplicação dos direitos comuns e term inteira liberdade de culto, caso rarissimo na história da Europa, os francomaçãos com lojas maçónicas, os protestantes com templos protestante e os judeus com sinagogas [5].

Uma cidade sob ocupação francesa

[editar | editar código-fonte]

Em 1789, os efeitos da Revolução Francesa se fazem sentir. Para prevenir qualquer perturbação, a guarnição da cidade passa de 144 para 650 homens. Tal medida de segurança surte efeito por algum tempo, mas os dias de Carouge, a sarda, estavam contados. Em 2 de outubro de 1792, tropas francesas, em marcha para a "campanha da Itália", penetram sem resistência na província de Carouge, anexando-a ao novo departamento do Monte Branco, do qual Chambéry é designada a capital. Em seguida, as tropas seguem para o novíssimo departamento do Leman, criado em 1798, do qual Genebra - primeiramente ocupada e depois anexada- se torna a sede administrativa. Carouge continuará sob ocupação francesa até a sua libertação, pelos austríacos, em setembro de 1814.

Uma cidade suíça

[editar | editar código-fonte]

Após um período movimentado, durante o qual Carouge tornar-se-á novamente sarda, sob o tratado de paz de 30 de maio de 1814; depois, reocupada brevemente pelos franceses, durante os cem dias de retorno de Napoleão; de novo, sarda, após a derrota de Napoleão em Waterloo, e finalmente cedida ao cantão de Genebra, pelo duque de Saboia à república e novo cantão de Genebra, conforme o Tratado de Turim de 16 de março de 1816, [6] juntamente com 19 outras do ducado de Saboia, como contrapartida da neutralidade helvética nas zonas francas da Saboia. 12 comunas francesas [7] serão também cedidas pela França ao novo cantão suíço de Genebra, a título de indenizações de guerra. O cantão se havia juntado à Confederação suíça por ocasião dos tratados de Paris, em 1814, e de Viena, em 1815. A cessão é acompanhada de uma pequena zona franca excluída dos direitos aduaneiros sardos. Atualmente, uma praça de Carouge chama-se Praça da Sardenha [6]

Referências

  1. «GE Tourisme; Carouge» (em francês) 
  2. Alfred Dufour, Histoire de Genève, p. 94. Que sais-je nº 3210, PUF.
  3. a b «Carouge Mania» (em francês) . Maio de 2012.
  4. Eusèbe-Henri Gaullieur, Annales de Carouge, éditions Slatkine, Genève, 1982, p. 33 (reimpressão da edição de Joel Cherbuliez, Genève, 1857).
  5. "Archives départementales de Haute-Savoie (ADHS), période Sarde, série C, ICI-16, correspondance n° 122, lettre du 15 août 1787 du Ministre Giuseppe Corté au Gouverneur général à Chambéry. (Referência da versão wiki, Fr)
  6. a b «Dates et faits - Carouge» (em francês) 
  7. Raymond Zanone, Cap sur l'histoire de Carouge, Carouge, Mairie de Carouge, 1983, 136 p.

Ligações externas

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«Sítio oficial» 

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