Mostrar código-fonte de Santiago de Compostela

{{Mais notas|Este artigo|geo-eu|data=julho de 2013}}
{{Info/Assentamento/Espanha|mun
|nome             =Santiago de Compostela
|cod_ine_prefixo  =15
|cod_ine_sufixo   =078
|predef_população =População da Galiza
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|comun_aut        =[[Galiza]]
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|imagem           =Collage de Santiago de Compostela.jpg
|legenda          =De cima para baixo e da esquerda para a direita: 1)&nbsp;[[Catedral de Santiago de Compostela|Catedral de Santiago]] vista de sudoeste (lado da [[Fachada do Obradoiro]]; 2)&nbsp;Praça de Praterías; 3)&nbsp;Parque Alameda; 4)&nbsp;[[Cidade da Cultura da Galiza]]; 5)&nbsp;Igreja do [[Mosteiro de São Martinho Pinário]]; 6)&nbsp;[[Paço de Raxoi]]
|bandeira         =Flag of Santiago de Compostela.svg
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|fundação         =Século IX
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|imagem_mapa      =Situacion Santiago de Compostela.PNG
|mapa_legenda     =Localização do município de Santiago de Compostela na Galiza
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|alcaide          =[[Xosé Antonio Sánchez Bugallo]]
|alcaide_ano      =2019–2023
|alcaide_partido  ={{ilcx|PSdeG|[[Partido Socialista Operário Espanhol|PSdeG]]}}
|gentílico        =compostelano, santiaguês<ref>{{Citar web |url=http://portaldalinguaportuguesa.org/?action=toponyms&act=list&search=Santiago+de+Compostela |titulo=Dicionário de Gentílicos e Topónimos |acessodata=2021-07-10 |website=portaldalinguaportuguesa.org}}</ref>
|código_postal  =15700
|orago =[[Roque de Montpellier|São Roque]]<br/>[[Susana de Roma|Santa Susana]]
|sítio ={{URL|http://www.santiagodecompostela.org}}
}}
{{Info/Património Mundial
|lang= pt
|nome     =Cidade velha de Santiago de Compostela
|imagem   =[[Imagem:Catedral de Santiago de Compostela.gif|300px]]
|país     =Espanha
|tipo     =cultural
|critério =i, ii, vi
|id       =347
|região   =[[Lista do Património Mundial na Europa|Europa e América do Norte]]
|ano      =1985
|sessão   =9.ª
}}
'''Santiago de Compostela''' é uma cidade e [[Municípios da Espanha|município]] (''concello'' em {{ling|gl}}) no noroeste de [[Espanha]]. É capital da [[Comunidades autónomas da Espanha|comunidade autónoma]] da [[Galiza]] e faz parte da [[Províncias da Espanha|província]] da [[Corunha (província)|Corunha]] e da [[Comarcas da Galiza|comarca]] de [[Comarca de Santiago|Santiago]]. O município tem {{fmtn|220|[[quilómetro quadrado|km²]]}} de área e em {{População da Galiza|TXT=año}} tinha {{POB-Galiza|15078}} habitantes ({{Densidade populacional da Galiza|15078|220}}).<ref name=pop1/>

É uma cidade internacionalmente famosa como um dos destinos de [[peregrinação]] [[Cristianismo|cristã]] mais importantes do mundo, cuja popularidade possivelmente só é superada por [[Roma]] e [[Jerusalém]]. Ligado a esta tradição, que remonta à fundação da cidade no {{séc|IX}}, destaca-se a [[Catedral de Santiago de Compostela|catedral de Santiago]] de [[Fachada do Obradoiro|fachada]] [[Barroco|barroca]], que alberga o túmulo de [[Santiago Maior]], um dos [[apóstolo]]s de [[Jesus Cristo]]. A visita a esse túmulo marca o fim da peregrinação, cujos percursos, os chamados [[Caminhos de Santiago]] ou Via Láctea, se estendem por toda a Europa Ocidental ao longo de milhares de quilómetros. Desde 1985 que o seu centro histórico (cidade velha) está incluído na lista de [[Património Mundial]] da [[UNESCO]].<ref name=unesc1/> Em 1993 foi também incluído nessa lista o Caminho de Santiago, que já tinha sido classificado como o primeiro itinerário cultural europeu pelo [[Conselho da Europa]] em 1987.<ref name=unesc2/> Foi uma das [[Capital Europeia da Cultura|capitais europeias da cultura]] em 2000.<ref name=ec/>

Situa-se 70&nbsp;km a sul da [[Corunha]], 65&nbsp;km a norte de [[Pontevedra]], 100&nbsp;km a noroeste de [[Ourense]] e 115&nbsp;km a norte da fronteira portuguesa de [[Valença (Portugal)|Valença]]. Como capital da Galiza, ali está sediado o parlamento e o governo regionais ([[Junta da Galiza]]; ''Xunta'' em galego).<ref name=cap/> É também uma importante cidade universitária, pela sua [[Universidade de Santiago de Compostela|universidade]], fundada em 1495 e que no ano letivo de 2019-2020 tinha mais de {{formatnum:25000}} alunos inscritos.<ref name=usc1/>

== Etimologia ==
A origem do [[topónimo]] Compostela é um tema controverso, nomeadamente porque a possibilidade de a relacionar com o sepulcro de Santiago tende a que haja muitos argumentos emotivos ou baseados na tradição.

O primeiro nome medieval conhecido do local da cidade é Libredón, que para alguns teria origem [[celtas|celta]] ("castro do caminho") e para outros deriva do {{ling|la}} ''liberum donum'' ("concessão gratuita"). Entre os séculos IX e XI chamou-se Arcis Marmoricis, que apresenta o topónimo ''Arca'', quase sempre indicador de um sepulcro ou uma [[mamoa]]. No {{séc|XI}} os registos históricos começam a mencionar Compostella como um subúrbio, ou seja, parte de uma vila, que alguns situam na zona atual da Rua do Franco. A partir do {{séc|XI}} esse nome passa a aplicar-se a toda a vila.

Uma das versões mais divulgadas é a de que é uma derivação do latim ''Campus Stellae'' ("campo da estrela"), que evoca a estrela que indicou milagrosamente ao [[bispo]] [[Teodomiro (bispo)|Teodomiro]] a localização do túmulo de Santiago (ver secção [[#Origens|História – Origens]]). No entanto, o ''Cronicon Iriense'' (XI e XII) indica como origem do nome ''compositum tellus'' (plural: ''composita tella'', "terras bem ajeitadas" ou "terras belas"), que pode ser um eufemismo para cemitério. No capítulo XII da [[Crónica de Sampiro]] ({{séc|XI}}) refere-se ''«Compostella, id est bene composita»''. No capítulo XII do [[Códice Calixtino]], do {{séc|XII}}, conta-se a história de uma mulher chamada Compostella, presumivelmente ligada à pregação do Apóstolo.

[[Ángel Amor Ruibal]], recordando o significado de ''compositum'' ("enterrado") interpretou Compostela como significando "lugar onde está enterrado". [[José Santiago Crespo Pozo|José Crespo Pozo]] e [[Luís Monteagudo]] consideram o topónimo anterior à tradição de Santiago, porque ele existe noutras partes da Galiza (e em [[O Bierzo]] há uma Compostilla), considerando-o uma derivação de ''comboros'' (escombros) e ''steel'' (ferro), significando "escória de minas e [[forja]]s e relacionando-o também com o bairro da cidade de Estila. Compostela pode ainda ser um [[hipocorístico]] do [[antropónimo]] Composta.

== História ==
=== Origens ===
Na área atualmente ocupada pela catedral existiu um povoado [[Império Romano|romano]] que geralmente se identifica com a chamada mansão de [[Asseconia]], situada à beira da [[estrada romana]] identificada como {{Lknb|Via|XIX}} no [[Itinerário de Antonino]], que ia de [[Bracara Augusta]] (atual [[Braga]]) até [[Astúrica Augusta]] (atual Astorga). Este povoado existiu entre o {{DC|século I|x}} e o {{séc|V}}, mas ali permaneceu uma [[necrópole]] que possivelmente foi usada durante [[Reino Suevo]] e até ao {{séc|VII}}.

A fundação da cidade está ligada à alegada descoberta dos restos mortais do [[apóstolo]] Santiago Zebedeu, ocorrida em 812 ou 813 ou ainda, segundo outras versões ou estimativas, entre 820 e 835 ou entre 818 e 842, que deu uma importância religiosa crescente ao local. A cidade desenvolveu-se graças à popularidade crescente como destino de peregrinação e, a partir do {{séc|XVI}}, também à criação da universidade. Na atualidade a cidade deve também parte da sua importância ao estatuto de capital da Galiza.

Segundo a tradição medieval, cujo registo mais antigo aparece na [[Concórdia de Antealtares]] (1077), o [[eremita]] [[Pelágio (eremita)|Pelágio]] (ou Paio), alertado por luzes noturnas que avistou no bosque de Libredão (''Libredón'') avisou o bispo de [[Iria Flávia]], [[Teodomiro (bispo)|Teodomiro]], que deslocando-se ao local descobriu um sepulcro de pedra no local onde está agora a catedral. No sepulcro repousavam três corpos, que o bispo identificou como sendo de Santiago Maior e de dois dos seus discípulos Teodoro e Atanásio.

A descoberta — ou a sua invenção — ocorreu num período em que o rei {{Lknb|Afonso|II|das Astúrias}} das [[Reino das Astúrias|Astúrias]] estava empenhado em combater o perigo de secessão e no reforço da coesão do seu reino. Para tal declara-se o genuíno representante da tradição goda em matéria de religião e leis, visando com isso assegurar a unicidade do poder. Além disso, nomeia um herdeiro de sangue real, embora não primogénito, para governar a Galiza. Mas o ato mais genial dessa política é a criação de Compostela. Aproveitando a notícia da descoberta do corpo do apóstolo, Afonso&nbsp;II fez uma peregrinação ao local (segundo a tradição, foi ele o primeiro peregrino de Santiago) e ali manda construir a suas expensas uma igreja a que concede privilégios e ali fixa uma comunidade religiosa. Em volta da igreja fixa população e funda uma povoação que desde o início goza de prerrogativas reais. Com isto, o rei asturiano consegue encontrar um [[padroeiro]] para a sua causa contra os [[Al-Andalus|muçulmanos]], um Santiago cavaleiro e "mata-[[mouros]]", e ao mesmo tempo passa a ter uma cidade fiel até ao limite encravada no coração da Galiza. Santiago torna-se assim o braço estendido do monarca asturiano na Galiza.

A notícia da descoberta do túmulo espalhou-se tanto no reino como fora dele, fazendo com que Compostela se tornasse um novo lugar de peregrinação da cristandade, numa altura em que a importância de [[Roma]] decaíra e [[Jerusalém]] estava inacessível por estar nas mãos dos muçulmanos.

A cidade foi-se desenvolvendo pouco a pouco. À comunidade eclesiástica estabelecida por Afonso&nbsp;II que tinha a seu cargo o sepulcro e respetiva igreja, constituída pelo bispo de Iria Flávia e pelos [[monge]]s de [[Convento de São Paio de Antealtares|Antealtares]] foi-se juntando espontaneamente uma população heterogénea, a maioria proveniente das aldeias próximas. O povoado foi crescendo ao mesmo tempo que a peregrinação se tornou mais popular, estendendo-se a todo o Ocidente da [[Península Ibérica]]. O crescimento foi reforçado com o privilégio concedido por {{Lknb|Ordonho|II|da Galiza e Leão}} em 915, que determinava que quem quer que permanecesse quarenta dias sem ser reclamado como [[Servidão|servo]] passava a ser considerado como um homem livre com direito a residir em Compostela. O primeiro habitante conhecido de Compostela é um estrangeiro de nome Bretenaldo Franco, cuja menção mais antiga é de 955.

=== Séculos X a XV ===
[[Imagem:Villa Sancti Iacobi.png|thumb|305px|Planta aproximada da ''Villa Sancti Iacobi'' (Santiago de Compostela) {{ca.|900–1040|nl}}]]

O santuário foi também ganhando importância política. Ali foram coroados alguns monarcas dos reinos da [[Reino da Galiza|Galiza]] e de [[Reino de Leão|Leão]], como [[Sancho Ordonhes]] {{nwrap|r.|925|929}}, {{Lknb|Ordonho|IV|de Leão}} {{nwrap|r.|958|960}}, {{Lknb|Sancho|I|de Leão}} {{nwrap|r.|956|966}} ou {{Lknb|Bermudo|II|de Leão}} {{nwrap|r.|982|999}}. O bispo Sisenando&nbsp;II fortificou a cidade em 968 ou 969.{{Carece de fontes|hist-eu|data=julho de 2013}} O então ainda pequeno, mas próspero povoado sofreu com as tentativas de invasão e [[saque]]s dos [[normandos]],<ref name=anay267/> os quais chamavam ao Reino da Galiza ''Jakobsland'' (país de Santiago). A resistência aos invasores foi organizada a partir de Compostela e o próprio bispo Sisenando morreu em combate. Devido à sua prosperidade e popularidade, a cidade foi destruída por [[Almançor]] em 10 de agosto do ano 997,<ref name=anay267/> que só respeitou o sepulcro do apóstolo. Após o regresso dos habitantes começou a reconstrução e em meados do {{séc|XI}} o bispo [[Crescónio]] dotou a cidade de uma cintura de [[fosso]]s e uma nova [[Muralha de Santiago de Compostela|muralha]], construída sobre o antigo anel de paliçadas, para proteger os novos bairros que tinham surgido em redor do povoado primitivo. Além disso, reivindicou para a cidade o estatuto de sede apostólica.

Em 1075, o bispo [[Diego Páez]] deu início à construção da catedral [[Arquitetura românica|românica]]. O crescimento da peregrinação faz de Compostela um local de referência religiosa na [[Europa]], o que aumenta a importância da cidade, que se reflete também no aumento do seu peso político. Em 1120, o arcebispo [[Diego Gelmires]] obtém do {{Lknb|papa Calisto|II}} a transferência do da [[sé metropolitana]] de [[Mérida (Espanha)|Mérida]], então em mãos muçulmanas, para a igreja compostelana, o uso do [[pálio]] e o [[Jubileu Compostelano]] (ou Anos Santos).<ref name=anay267/>{{
NotaNT|
1=O guia Anaya<ref name=anay267/> e outras fontes<ref name=caminogh/> referem que foi o {{Lknb|papa Calisto|II}} quem instituiu o [[Jubileu Compostelano]], mas outras versões referem que esse privilégio foi concedido pelo {{Lknb|papa Alexandre|III}} em 1181, pela [[Bula pontifícia|bula]] ''Regis Aeterni''.
}} Isto libertou a diocese da velha tutela dos [[Arquidiocese de Braga|arcebipos de Braga]], que, no entanto, mantiveram a sua autoridade sobre a maior parte das dioceses do [[Reino de Portugal]] em formação. A igreja de Santiago passou a ter jurisdição sobre a maioria das dioceses de Leão e das Astúrias (a [[Arquidiocese de Oviedo]] só foi criada em 1954). Além disso, Santiago era o centro de um grande [[Senhorialismo|senhorio]] [[Feudalismo|feudal]] governado pelos bispos de Compostela, que ia desde o rio Iso, afluente da margem direita do [[Rio Ulla|Ulla]], até ao [[Atlântico]].

A par da prosperidade crescente, no {{séc|XII}} a cidade passou também por grandes agitações políticas e militares. No {{séc|XII}} a cidade assistiu também às revoltas urbanas de 1116 ou 1117 e 1136 contra a rainha [[Urraca I de Leão|Urraca]] e o bispo Gelmires. Este foi tutor do futuro rei {{Lknb|Afonso|VII de Leão}}, que foi coroado por ele na nova catedral em 1111 como rei da Galiza, o que não impediu o bispo de entrar em confronto com Urraca, mãe de Afonso. O pontificado de Gelmires foi uma época áurea para a cidade. As rendas proporcionadas pelos votos instituídos ao padroeiro de Espanha{{
NotaNT|
1=Além de padroeiro de Leão e Castela, Santiago foi também padroeiro do exército português até à crise de [[Crise de 1383—1385 em Portugal|crise de 1383–1385]], quando foi substituído por [[São Jorge]] por razões políticas (São Jorge era e é o padroeiro de [[Inglaterra]], o aliado do [[Mestre de Avis]]).
}} e pelo [[Batalha de Clavijo|mito de Clavijo]] são usadas para financiar numerosos edifícios monumentais, parte deles ainda existentes.<ref name=anay268/> Para perpetuar os seus feitos, Gelmires mandou escrever a ''[[Historia compostelana]]''. É também desta época o ''[[Códice Calixtino]]'', um conjunto de textos reunidos no final do pontificado de Gelmires e que era apresentado como sendo da autoria do papa Calisto&nbsp;II, uma fonte fundamental da história da peregrinação ao túmulo do apóstolo.

Entre os séculos XII e XIII a urbe continuou a crescer dentro do recinto muralhado, aumentando o número de casas e ruas. Os reis {{Lknb|Fernando|II|de Leão}} {{nwrap|r.|1157|1188}} e {{Lknb|Afonso|IX|de Leão}} {{nwrap|r.|1188|1230}} favoreceram a cidade e foram sepultados na catedral. O {{séc|XIV}} é marcado por conflitos sociais e políticos e pela [[peste negra]]. Os burgueses da cidade reclamavam mais autonomia e em 1318 impedem a entrada em Compostela do prelado francês [[Berenguel de Landória]], nomeado arcebispo em 1317 e que só conseguiu tomar posse do senhorio alguns anos depois, após fazer cair numa emboscada no [[castelo da Rocha Forte]] os cabecilhas da revolta, que foram assassinados.<ref name=anay268/> A data da emboscada, 16 de setembro de 1320, ficou conhecida como o "Dia da Ira". A paz foi assinada a 27 de setembro, mas algumas fontes referem que o bispo só tomou posse em 1322.{{
NotaNT|
1=Para mais detalhes, ver os artigos [[Berenguel de Landória]] e [[Castelo da Rocha Forte]].
}} A vingança chegaria em 1366, com o assassinato do sucessor de Berenguel, [[Suero Gómez de Toledo]], às mãos dos Suárez de Deza (Churruchaos), durante as guerras pelo trono de [[Reino de Castela|Castela]] entre {{Lknb|Henrique|II|de Castela}} e [[Pedro I de Castela|Pedro, o Cruel]]. A chegada da peste negra à cidade originou uma forte recessão demográfica, que só começou a recuperar a partir de 1380. No {{séc|XV}}, Santiago não tinha mais do que {{formatnum:4000}} a {{formatnum:5000}} habitantes.

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Imagem:Santiago Plan an 1000.jpg|Planta da cidade {{ca.|ano 1000|nl}}
Imagem:Codex Calixtinus cropped St James.jpg|[[Iluminura]] do [[Códice Calixtino]] {{ref label2|a}}
Imagem:El Pórtico de la Gloria de la Catedral de Santiago de Compostela, 1849, Jenaro Pérez Villaamil, Palacio de la Moncloa, Madrid.JPG|[[Pórtico da Glória]] {{ref label2|b}}
Imagem:Hostal de los Reyes Católicos (441136672).jpg|[[Hospital dos Reis Católicos]], na [[Praça do Obradoiro]]
Imagem:Santiago-abtei-san-martin.JPG|[[Mosteiro de São Martinho Pinário]] {{ref label2|c}}
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{{Note label2|a|Santiago representado como cavaleiro no Códice Calixtino ({{séc|XII}}).}}

{{Note label2|b|Pintura de 1849 do Pórtico da Glória da autoria de [[Jenaro Pérez Villaamil]].}}

{{Note label2|c|Fachada principal do Mosteiro de São Martinho Pinário, na Praça da Imaculada, em frente à fachada norte (da Acibecharía) da catedral.}}

=== Idade Moderna ===
[[Imagem:Santiago de Compostela - panoramio (11).jpg|thumb|[[Convento de São Paio de Antealtares]]]]

O [[cabido]] compostelano, dirigido pelo [[deão]] {{Lknb|Diego de Muros|III}}, promoveu obras de grande importância, com um caráter próprio do [[humanismo]] então em voga, como o [[Hospital dos Reis Católicos]] e o Estudo Velho, embrião da futura universidade, que foi fundada em 1495 por Lope Gómez de Marzoa. Estes feitos e o labor do arcebispo {{Lknb|Alonso|III de Fonseca}} dão um novo impulso à atração de Santiago, particularmente na Galiza, apesar do relativo declínio da importância da cidade.

Santiago foi sede da [[Real Audiência]] do Reino da Galiza desde 1508, mas a pressão eclesiástica fez com que se trasladasse para a [[Corunha]] em 1578. As reformas do poder monástico marcaram o renascimento dos conventos de [[Mosteiro de São Martinho Pinário|São Martinho Pinário]] e de [[Convento de São Paio de Antealtares|São Paio de Antealtares]], o que contribuiu para uma intensa atividade de construção.

No início do século XVII a cidade assiste a um período de decadência. Na sua obra ''Anais Eclesiásticos'', o italiano [[César Barónio]], confessor do {{Lknb|papa Clemente|VIII}}, questionou a peregrinação do apóstolo a [[Hispânia]]. Este dado foi recolhido no [[Breviário Romano]] e teve um grande impacto negativo na cidade e nas peregrinações. O cabido compostelano conseguiu pouco tempo depois que o Breviário fosse modificado, mas, entretanto, surgiu uma nova dificuldade: em 1617 e 1626, a [[Ordem do Carmo|Ordem dos Carmelitas]] promoveu [[Teresa de Ávila|Santa Teresa de Ávila]] como copadroeira de Espanha, o que acarretou perdas económicas para Santiago. Com a ajuda de personalidades importantes, como [[Francisco de Quevedo]], o cabido conseguiu devolver novamente ao apóstolo o estatuto de padroeiro único de Espanha.

Em 1643 dá-se outro evento semelhante, quando as [[Cortes (política)|Cortes]] propõem um novo copadroeiro de Espanha, [[Miguel (arcanjo)|São Miguel Arcanjo]], mas esta proposta teve duração breve, pois no mesmo ano {{Lknb|Filipe|IV|de Espanha}} declarou Santiago como único padroeiro de Espanha e ordenou que em todos os dias 25 de julho se fizesse uma oferta régia de mil [[Escudo (moeda)|escudos]] de ouro ao arcebispado de Santiago, ao mesmo tempo que concedeu uma avultada pensão de 20 anos para financiar a realização de um [[retábulo]] em sua honra, o qual começou a ser executado em 1658. Estes eventos trouxeram prosperidade à cidade, que possibilitou o financiamento de novas construções e reformas, que se multiplicaram por toda a cidade, as quais incorporaram um estilo próprio e ao mesmo tempo universal, o [[barroco]] compostelano.

==== Esplendor barroco ====
[[Imagem:Atardecer en el Obradoiro.jpg|thumb|Parte superior da [[fachada do Obradoiro]] da catedral, uma das grandes obras da [[arquitetura barroca]] em Espanha]]

A prosperidade do cabido catedralesco e dos mosteiros fez de Santiago um centro artístico de ponta. No início deste novo período áureo, começaram a trabalhar nas oficinas da catedral uma série de mestres de obras e arquitetos forasteiros, como o [[Madrid|madrileno]] José Vega y Verdugo, o português Francisco de Antas, o [[Ávila|avilense]] José Peña de Toro, o [[Cantábria|cântabro]] Melchor de Velasco ou o arquiteto real [[Pedro de la Torre]]. Nestas oficinas e no de São Martinho Pinário formou-se um grupo de arquitetos galegos que em 1670 passaram a dirigir as obras que estavam a decorrer em toda a cidade. Figuras notórias como o compostelano Diego de Romay, [[Domingo de Andrade]] (autor da torre do relógio),  Frei Tomás Alonso, o [[Leão (Espanha)|leonês]] Frei Gabriel de Casas, Pedro de Monteagudo, Simón Rodríguez (autor da fachada do [[Convento de Santa Clara (Santiago de Compostela)|Convento de Santa Clara]]), Francisco de Castro Canseco (retábulo de São Paio de Antealtares), Clemente Fernández Sarela (casas do [[Casa do Cabido (Santiago de Compostela)|Cabido]] e do [[Casa do Deão (Santiago de Compostela)|Deão]]) ou [[Fernando de Casas Novoa]] ([[fachada do Obradoiro]]), tornaram Santiago um conjunto barroco de alto nível à escala mundial. A magnificência e as peculiaridades do estilo arquitetónico desenvolvido por estes artistas fazem com que se fale de barroco compostelano. O [[Mecenato|mecenas]] por excelência foi Frei [[António de Monroy]], arcebispo de Santiago entre 1685 e 1715.

É também nesta época que Santiago se converte no refúgio dos exilados [[Irlanda (ilha)|irlandeses]] perseguidos pelo [[protestantismo]], o que levou à criação de centros de acolhimento e de formação como o Colégio de São Patrício dos Irlandeses.

=== Idade Contemporânea ===
[[Imagem:Santiago concello GDFL050914 040.jpg|thumb|esquerda|O [[Paço de Raxoi]] ({{séc|XVIII}}), na Praça do Obradoiro, sede da [[Junta da Galiza]] (governo regional) e do executivo municipal]]

Durante o [[Iluminismo]], surgiram iniciativas como a [[Sociedades Económicas de Amigos do País|Sociedade Económica de Amigos do País]], uma organização de cidadãos letrados que tinha como objetivo difundir as ideias iluministas e que tinha como ideal promover o desenvolvimento, nomeadamente através d estudo da situação económica. No entanto, após a [[Guerra da Independência Espanhola|ocupação francesa]] e da resistência do [[Batalhão Literário]], formado por estudantes contra a ocupação, Santiago torna-se um baluarte conservador [[Carlismo|carlista]]. A igreja compostelana anseia restaurar um [[Reino da Galiza]] tradicionalista dentro da monarquia espanhola, de acordo com os parâmetros do [[Antigo Regime]]. Com a vitória liberal na [[Primeira Guerra Carlista]] {{nwrap||1833|1840}}, os vencedores castigam a cidade favorecendo a Corunha, capital provincial, em detrimento de Santiago.

É em Santiago que surge o primeiro jornal galego, ''El Catón Compostelano'', em 1800. Em meados do {{séc|XIX}} já há alguma indústria, na forma de fábricas artesanais de [[curtume]]s, [[História do chocolate na Espanha|chocolates]] e [[refrigerante]]s, mas o desenvolvimento é travado pelo atraso nas [[Transporte ferroviário|vias férreas]] (o [[Trem|comboio]] só chega à província da Corunha em 1943).

No século XX Santiago assiste à expansão da ideologia [[Galeguismo|galeguista]], nomeadamente com a criação em 1923 do [[Seminário de Estudos Galegos]], uma instituição com o objetivo de divulgar o património cultural galego formar investigadores, um papel que não era cumprido pela única universidade de Santiago, a única universidade galega da época. Nos alvores da [[Segunda República Espanhola]], no início da década de 1930, a Assembleia de Municípios da Galiza mostrou-se favorável à redação de um [[Estatuto de Autonomia da Galiza de 1936|estatuto de autonomia]], que chegaria a ser [[Referendo|referendado]] e apresentado às [[Cortes Gerais (Espanha)|Cortes]] em 1936, mas todo esse movimento foi sufocado pelos [[Espanha Nacionalista|nacionalistas]] durante a [[Guerra Civil Espanhola|guerra civil]], no início da qual foi fuzilado o alcaide [[Ánxel Casal]], um destacado ativista galeguista. Durante o tempo da República, houve dois outros prefeitos democráticos, Francisco Vázquez e Raimundo López Pol (da [[Organização Republicana Galega Autônoma|ORGA]]).

O Segundo [[Estatuto de Autonomia de Galiza]] chegou finalmente em 1981, após a queda da [[ditadura franquista]] e com ela Santiago passou a ser a capital política da Galiza, retomando um protagonismo político há muito perdido,{{
NotaNT|
1=De notar que desde a reforma administrativa da primeira metade do {{séc|XIX}} que Santiago depende administrativamente da Corunha.
}} dando um impulso à cidade que contrariou em larga medida a diminuição da sua importância como cidade universitária devido à criação das universidades de [[Universidade de Vigo|Vigo]] e da [[Universidade da Corunha|Corunha]] em 1989.

Neste período democrático, houve nove prefeitos diferentes em Santiago, com a participação da [[União de Centro Democrático|UCD]], [[PSdeG]]-[[Partido Socialista Operário Espanhol|PSOE]] e [[Bloco Nacionalista Galego|BNG]] (coligados), [[Partido Popular da Galiza|PPdG]]  e [[Compostela Aberta]]. Nas legislaturas de 1979 a 2023, foram [[José Antonio Souto Paz]], [[Marcial Castro Guerra]], [[Xerardo Estévez]], [[Ernesto Viéitez Cortizo]], [[Xerardo Conde Roa]], [[Ángel Benito Currás]], [[Agustín Hernández]], Martiño Noriega Sánchez e [[Xosé Antonio Sánchez Bugallo]].

''(Para ver lista completa de prefeitos após a mudança do [[Reino da Galiza]] para o Novo Regime ([[1833]]), consulte o artigo [[Alcaides de Santiago de Compostela]])''

== Geografia ==
[[Imagem:Santiago de Compostela view.jpg|thumb|Vista parcial de Santiago de Compostela com o Monte Sacro ao fundo]]

[[Imagem:Vista aérea do Ensanche de Santiago de Compostela.jpg|thumb|Vista parcial do ''[[Ensanche]]'' (parte moderna) de Santiago desde a ''Carballeira'' de Santa Susana, no Parque da Alameda]]

O concelho divide-se em 29 {{ilc|paróquias civis|Paróquia civil da Galiza|Paróquia civil (Galiza)|lk=Paróquia (divisão administrativa)}}:
{{Div col}}
*Aríns (San Martiño)
*Bando (Santa Eulalia)
*A Barciela (Santo André)
*Busto (San Pedro)
*O Carballal (San Xulián)
*O Castiñeiriño (Nosa Señora de Fátima)
*Cesar (Santa María)
*Conxo (Santa María)
*O Eixo (San Cristovo)
*A Enfesta (San Cristovo)
*Fecha (San Xoán)
*Figueiras (Santa María)
*Grixoa (Santa María)
*Laraño (San Martiño)
*Marantes (San Vicente)
*Marrozos (Santa María)
*Nemenzo (Santa Cristina)
*A Peregrina (Santa María)
*Sabugueira (San Paio)
*San Caetano (Santiago)
*San Lázaro (Santiago)
*San Paio (Santiago)
*Santa Cristina de Fecha (Santa Cristina)
*Santiago de Compostela
*Sar (Santa María)
*Verdía (Santa Mariña)
*Vidán (Divino Salvador)
*Villestro (Santa María)
*Vista Alegre (San Xoán)
{{Div col fim}}

{{Tab-rosa-dos-ventos
|titulo=Concelhos limítrofes de Santiago de Compostela
|no =[[Val do Dubra]]
|n  =[[Trazo]]
|ne =[[Oroso]]
|e  =[[O Pino]]
|se =[[Touro (Galiza)|Touro]]
|s  =[[Vedra]], [[Boqueixón]]
|so =[[Teo]]
|o  =[[Ames (Galiza)|Ames]]
}}

===Demografia===
Em {{População da Galiza|TXT=año}} Santiago tinha {{POB-Galiza|15078}} residentes registados<ref name=pop1/> e a sua [[área metropolitana]] tinha aproximadamente {{formatnum:148000}}.{{Carece de fontes|geo-eu|data=julho de 2013}} Em 2012, 53,3% dos habitantes eram naturais da cidade e 86% eram naturais da Galiza.<ref name=ige1/> Nesse ano a [[taxa de natalidade]] era 8,91‰ e a de [[Taxa de mortalidade|mortalidade]] 8,95‰, ou seja, a taxa de [[Crescimento populacional|crescimento]] era negativa. A [[densidade populacional]] era {{Densidade populacional da Galiza|15078|220|noprefix=x|nosufix=x}} habitantes por [[quilómetro quadrado]].

A população total da [[Comarca de Santiago|comarca]] em 2012 era {{formatnum:163519}} habitantes; os seis concelhos que dela fazem parte além de Santiago — Ames, Boqueixón, [[Brión]], Teo, Val do Dubra e Vedra — totalizavam {{formatnum:68848}} habitantes.<ref name=pop1/>

{| {{style-center}}
! Distribuição da população do município de<br/>Santiago em 2012 por local de nascimento&nbsp;{{nobold|<ref name=ige1/>}}
! &nbsp;&nbsp;
! Distribuição por [[Faixa etária|faixas etárias]] e sexos
|- style="vertical-align:top;"
|
{| class="wikitable" style="font-size:93%;"
! Local !!Número de<br/>habitantes !!Percent.
|-
| Município de Santiago
{{td fmtn|50974}} |{{td fmtn|53.3}}%
|-
| Outros municípios da província<br/>da Coruna
{{td fmtn|20141}} |{{td fmtn|21.1}}%
|-
| Outros municípios da Galiza
{{td fmtn|11139}} |{{td fmtn|11.6}}%
|-
| Outras regiões de Espanha
{{td fmtn|5217}} |{{td fmtn|5.5}}%
|-
| Estrangeiro
{{td fmtn|8200}} |{{td fmtn|8.6}}%
|}
| ||
{| class="wikitable" style="font-size:93%;"
! rowspan="2" |Faixa etária
! colspan="2" |Sexo masculino
! colspan="2" |Sexo feminino
! colspan="2" |Total
|-
! Nº !!Perc. !!Nº !!Perc. !!Nº !!Perc.
|-
|0 – 29 anos
{{td fmtn|13320}} |{{td fmtn|50.02}}%
{{td fmtn|13308}} |{{td fmtn|49.98}}%
{{td fmtn|26628}} |{{td fmtn|28.10}}%
|-
|30 – 64 anos
{{td fmtn|23964}} |{{td fmtn|47.91}}%
{{td fmtn|26054}} |{{td fmtn|52.09}}%
{{td fmtn|50018}} |{{td fmtn|52.78}}%
|-
| +65 anos
{{td fmtn|7213}} |{{td fmtn|39.80}}%
{{td fmtn|10912}} |{{td fmtn|60.20}}%
{{td fmtn|18125}} |{{td fmtn|19.13}}%
|-
|'''Total'''
{{td fmtn|44497}} |{{td fmtn|46.95}}%
{{td fmtn|50274}} |{{td fmtn|53.05}}%
|&nbsp; ||&nbsp;
|}
|}
<div style="margin-left:15px; float:right;">
{{População-variação
|local=de Santiago de Compostela
|quebra=s
|a1=1900  |p1=24120
|a2=1920  |p2=25870
|a3=1930  |p3=38270
|a4=1940  |p4=49191
|a5=1950  |p5=55553
|a6=1960  |p6=57165
|a7=1970  |p7=70893
|a8=1981  |p8=82404
|a9=1991  |p9=87807
|a10=2001 |p10=93381
|a11=2011 |p11=95207
|a12={{População da Galiza|TXT=año}}
|p12={{População da Galiza|15078}}
}}</div>
Em 2012 havia no concelho {{formatnum:4256}} estrangeiros (4,5% da população), a maioria provenientes da América ({{formatnum:2334}}; 54,8% do total de [[Imigração|imigrantes]]), seguidos de europeus ({{formatnum:1325}}; 31,1%) e africanos (274; 6,4%). Por países destaca-se especialmente a presença de [[Portugal|portugueses]] (405), [[brasil]]eiros (361), [[Colômbia|colombianos]] (256), [[paraguai]]os (268) e [[Itália|italianos]]. Além de destino de imigração, muitos naturais da cidade [[Emigração|emigram]] — entre 2010 e 2012 saíram de Santiago quase {{formatnum:9000}} pessoas, a maioria ({{formatnum:4500}}) mudaram-se para outro concelho da província da Corunha, seguidos dos que se mudaram para outras províncias galegas ({{formatnum:1120}}), dos que emigraram para o estrangeiro ({{formatnum:1060}}) e dos que emigraram para outras comunidades autónomas espanholas ({{formatnum:1120}}).<ref name=indec/>

Devido aos altos preços da habitação na cidade, é notório o fenómeno de despovoamento da capital em favor dos municípios limítrofes, dando origem ao aparecimento de [[Cidade dormitório|cidades dormitório]], como O Miladoiro e Bertamiráns, Cacheiras, Sigüeiro ou Brión. Alguns dos municípios em volta de Santiago apresentam grande crescimento demográfico nos últimos anos, chegando ao ponto de Ames ser o município que mais cresce na Galiza. Estima-se o número de pessoas que todos os dias entram em Santiago é o dobro do número de habitantes da cidade.{{Carece de fontes|geo-eu|data=julho de 2013}}

===Clima===
Santiago de Compostela tem um clima de tipo [[Clima oceânico|oceânico]] húmido com temperaturas amenas ao longo de todo o ano, com média anual de aproximadamente 15&nbsp;°C, 8&nbsp;°C no inverno e 25 a 27&nbsp;°C no verão. A [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] anual oscila entre os 700 e os 800 milímetros, concentrando-se sobretudo no inverno, sendo menor no outono e primavera.

Os fatores que mais influenciam o clima local são a relativamente grande distância da costa marítima, a altitude e a presença de serras que "encaixam" a cidade e os seus arredores, o que faz com que a humidade se concentre e que no inverno sejam habituais os dias nublados.
{{Clima de Santiago de Compostela}}
{{Panorama|Nevada en Compostela (Panoramica).jpg|1300px|Panorâmica de Santiago de Compostela com neve desde o Monte Pio}}

==Meio ambiente==
[[Imagem:Santiago Alameda 2006.jpg|thumb|[[Coreto]] no Parque da Alameda, no centro da cidade]]

[[Imagem:Santiago Ferradura Fonte GFDL1.jpg|thumb|Fonte da Ferradura, no jardim homónimo, parte do Parque da Alameda]]

Santiago foi o primeiro concelho galego a aderir à [[Carta de Aalborg]], um acordo a nível europeu que tem como objetivo compatibilizar o desenvolvimento com a preservação do [[meio ambiente]], isto é, um [[desenvolvimento sustentável]],<ref name=aalb/> implementando processos da [[agenda 21 local]], um modelo para diagnosticar e formular políticas municipais sustentáveis.<ref name=meioamb1/>

===Zonas verdes===
A cidade conta com 220 [[hectare]]s de espaços verdes distribuídos por 57 parques com parques infantis, 43 áreas polidesportivas ao ar livre e 130 zonas de lazer. A área conjunta dos jardins históricos, como o da Alameda, que ocupa {{fmtn|8.5|ha}}, e outros menores, como o de Brandía ou a Finca Simeón, totaliza cerca de 23&nbsp;ha. As maiores áreas verdes situam-se junto a urbanizações, como a de Fontiñas.<ref name=indec/>

A manutenção das áreas verdes existentes, bem como o desenho e a execução de novas áreas, está a cargo da empresa Cespa, em regime de concessão, que opera sob a supervisão do departamento de parques e jardins do município.<ref name=zverd/>

Em 2013, existiam os seguintes parques e jardins em Santiago de Compostela:

;Carballeira de San Lourenzo
É um jardim histórico situado entre a Rua Poza de Bar, o ''[[Campus]]'' Universitário Sul, a estrada velha de Noia e o rio Sarela. Tem {{fmtn|8257|m²}} de área e os principais atrativos em termos artísticos são o [[Paço de São Lourenço de Trasouto|''[[Pazo]]'' de Trasouto]], a fonte e o [[Cruzeiro (monumento)|cruzeiro]]. Deve o seu nome ("carvalheira") aos vários exemplares de [[carvalho]]s, muito velhos na sua maioria, com copas altas e alguns com tronco oco.<ref name=jard/>

;Parque Carlomagno
Situa-se no bairro de Fontiñas e é limitado pelas avenidas de Lugo e Rodríguez de Viguri, o Caminho Francês de Santiago, São Lázaro, a via férrea e a [[autoestrada do Atlântico]] (AP-9). Ocupa uma área de {{fmtn|15.64|ha}} e, entre outras espécies de árvores, tem [[Platanus × hispanica|plátanos]], [[Cipreste-português|ciprestes-portugueses]], [[Camélia|cameleiras]], [[magnólia]]s, [[Cedro-do-himalaia|cedros-do-himalaia]], [[Thuja|tuias]], [[bétula]]s, [[oliveira]]s e [[rododendro]]s. Tem diversas esculturas: meninos brincando, mulher com bebé e o monólito de Fontiñas, e também um parque infantil. O I.B. de Fontiñas, o Instituto Galego da Habitação e a Escola Galega da Administração Pública situam-se dentro do parque.<ref name=jard/>

;Parque da Alameda
[[Imagem:Coralia e Maruxa, as dúas en punto (4554192419).jpg|thumb|A escultura ''“[[As Duas Marias]]”'', no Parque da Alameda, representa duas irmãs excêntricas que foram duas figuras muito típicas da cidade durante o terceiro quartel do {{séc|XX}}.]]

É um jardim histórico que se encontra entre as partes nova e antiga da cidade. É delimitado pelas ruas do Pombal, San Clemente, Figueroa, Xoán Carlos&nbsp;I e a Avenida da Coruña. Ocupa {{fmtn|8.5|ha}} e as principais espécies vegetais nele presentes são, entre outras, o abeto do Cáucaso (ou de Nordmann; {{famesp2||Abies|nordmanniana}}), o [[bordo]], [[Acer pseudoplatanus|falso-plátano]], [[castanheiro-da-índia]], [[Araucaria|araucária]], cameleira, cedro-do-himalaia, [[olaia]], [[cipreste-de-lawson]], diversas variedades de outros [[Cupressus|ciprestes]], [[azevinho]] e [[zimbro-rasteiro]].<ref name=jard/>

É um grande pulmão de Santiago, que integra os jardins do Campo da Estrela, o Passeio da Ferradura e a ''carballeira'' (carvalhal) de Santa Susana. No seu interior há diversos monumentos, como as capelas de [[Igreja de Santa Susana (Santiago de Compostela)|Santa Susana]] e do [[Igreja de Nossa Senhora do Pilar (Santiago de Compostela)|Pilar]], a creche de Santa Susana, o [[Coreto]] da Música, a Casa de Banet, duas fontes e várias estátuas: [[Rosalía de Castro]], ''“A Leiteira”'', [[Alfonso Daniel Manuel Rodríguez Castelao|Castelao]], Pais Lapido, [[Manuel Ventura Figueroa]], [[Casto Méndez Núñez|Méndez Núñez]], [[Ramón María del Valle-Inclán|Valle-Inclán]] e a ''“[[As Duas Marias]]”''.<ref name=jard/>

O parque foi criado em 1546 em terrenos cedidos pelos [[Condado de Altamira|condes de Altamira]]. Ao longo do {{séc|XIX}}, a partir de 1855 passou por sucessivas reformas, chegando à forma atual em 1918.<ref name=jard/>

;Parque do Monte Almáciga
Situa-se no bairro homónimo, entre os bairros de Betanzos, Pino, Touro e Teo. Ocupa {{fmtn|3.73|ha}} e nele se encontram, entre outras árvores e arbustos, carvalhos, cedros-do-himalaia, [[cedro-do-atlas|cedros-do-atlas]], plátanos, choupos [[Populus nigra|negros]] [[Populus alba|brancos]], cerejeiras-falsas (''[[Cornus sanguinea]]''), amoreiras-brancas (''[[Morus alba]]''), [[azálea]]s, rododendros e [[bambu]]s. No parque situam-se a Escola Municipal de Música, o jardim do Colégio Público Apóstolo Santiago e a escultura ''Proa a Enciño''.<ref name=jard/>
<!----
**** mais parques: ver http://santiagodecompostela.org/facendo_cidade/apartado.php?txt=fc_parques&ap=0&lg=gal

-->
==Economia e transportes==
;Economia
A economia da cidade é baseada em vários setores muito diversificados. A universidade, os serviços administrativos do governo autónomo da Galiza, que ali tem a sua sede, o [[turismo cultural]] e a indústria, especialmente a [[Indústria madeireira|madeireira]] (nomeadamente a empresa multinacional [[Finsa]], com sede em Ames), e as [[telecomunicações]] e eletrónica, com empresas de ponta neste setor, como a [[Televisión de Galicia|RTVG]], [[Blusens]], [[Televés]] e Telcor.

;Transportes
[[Imagem:Estación de tren de Santiago de Compostela. Galiza.jpg|esquerda|thumb|[[Estação ferroviária]] de Santiago de Compostela]]

Os transportes públicos urbanos de Santiago estão concessionados à empresa Tussa. Esta opera 24 linhas de autocarros que servem a cidade e arredores. Há também uma rede de transportes metropolitanos que liga o centro às cidades dormitório e que é subsidiado pela Junta da Galiza. Os congestionamentos de tráfico são frequentes, embora a situação tenha melhorado com a abertura de novas vias nos últimos anos.

A empresa ferroviária nacional espanhola [[Renfe]] opera em Santiago, ligando a cidade com várias povoações galegas e do resto de Espanha. A 9 de dezembro de 2011 entrou em serviço a [[Comboio de alta velocidade|alta velocidade]] entre a [[Corunha]] e [[Ourense]], que passa por Santiago. Esta linha encurtou a duração das viagens a partir de Santiago para 28 minutos para a Corunha e para 38 minutos para Ourense.<ref name=hostelt/> O serviço é feito em comboios regionais de alta velocidade [[Avant (Renfe)|Avant]] e [[Alvia]].<ref name=renfe1/> Apesar do seu traçado estar preparada para os comboios mais rápidos [[Alta Velocidad Española|AVE]], esta linha usa atualmente a [[bitola ibérica]] tradicional, incompatível com o AVE, devido à linha ser uma "ilha" na rede de alta velocidade espanhola enquanto não se completar a linha LAV [[Olmedo (Espanha)|Olmedo]]-[[Zamora]]-Galiza, que ligará por alta velocidade a Galiza ao resto de Espanha e que em 2013 tinha alguns troços em construção e os restantes já adjudicados. Está projetada a construção de uma nova estação intermodal, situada no mesmo local da [[Estação de de Santiago de Compostela|atual]], que fará a interface do AVE com comboios e autocarros suburbanos.

O [[Aeroporto de Santiago-Rosalía de Castro]] {{códigos aeroporto nb|SCQ|LEST}} situa-se em  Lavacolla, na paróquia de Sabugueira, a cerca de 10&nbsp;km do centro da cidade, à qual está ligado pela autoestrada A-54. Em outubro de 2011 foi inaugurado um novo terminal com capacidade para quatro milhões de passageiros por ano. Em 2019 serviu {{formatnum:2904102}} passageiros e {{formatnum:22402}} voos.<ref name=aena1/>

==Património arquitetónico e museus==

{{Mapa de Santiago de Compostela (zona da catedral)|largura=350|caption=Mapa da zona da catedral, no centro histórico de Compostela}}

{{AP|vt=s|Mapa do centro histórico de Santiago de Compostela}}

''Ver também [[Galeria de imagens de Santiago de Compostela]] (artigo eliminado) e ficheiros em [[Wikimedia Commons]]''


Devido ao seu património histórico, cultural e monumental, a cidade velha de Santiago foi classificada como [[Património Mundial]] pela [[UNESCO]] em 1985.
{{Citação2|cinzabq=s|
1=Este famoso lugar de [[peregrinação]] no noroeste de Espanha tornou-se um símbolo na luta dos cristãos espanhóis contra o [[Islão]]. Destruída pelos muçulmanos no final do {{séc|X}}, foi completamente reconstruída no século seguinte. Com os seus edifícios [[Arquitetura românica|românicos]], [[Arquitetura gótica|góticos]] e [[Arquitetura barroca|barrocos]], a cidade velha de Santiago é uma das mais belas áreas urbanas do mundo. Os monumentos mais antigos agrupam-se em redor do túmulo de Santiago e da catedral, à qual se acede pelo magnífico [[Pórtico da Glória]].|
2=Site do Património Mundial da UNESCO<ref name=unesc1/>
}}
Há 41 edifícios qualificados como sendo de valor arquitetónico, histórico ou cultural excecional, que por isso foram propostos para serem individualmente declarados como [[Bem de Interesse Cultural (Espanha)|bens de interesse cultural]] (monumentos nacionais), estatuto já obtido por sete deles. São tutelados pela administração municipal. No total, há {{formatnum:1411}} edifícios inventariados como de interesse no conjunto urbano; 293 deles apresentam caraterísticas tipológicas e de composição com especial relevo arquitetónico e ambiental.

===Praça do Obradoiro===
[[Imagem:Panoramica Catedral de Santiago de Compostela.jpg|thumb|350px|Praça do Obradoiro: da esquerda para a direita: [[Hospital dos Reis Católicos]], [[fachada do Obradoiro]] da catedral e [[Colégio de São Jerónimo]]]]

{{Artigo principal|Praça do Obradoiro}}
{{Artigo principal|vt=s|Catedral de Santiago de Compostela|Museu da Catedral de Santiago de Compostela|Colégio de São Jerónimo|Paço de Raxoi|Hospital dos Reis Católicos}}

Coração de Santiago de Compostela, o seu nome faz alusão ao estaleiro ({{langx|gl|''obradoiro''|nome}}) de [[Cantaria|canteiros]] que funcionava na praça durante a construção da catedral.<ref name=nic/> A ela chegam todos os dias centenas de peregrinos. No centro encontra-se o quilómetro zero de todos os [[Caminhos de Santiago]]. Os edifícios que a rodeiam são exemplos de diferentes estilos arquitetónicos. A oriente está a [[Fachada do Obradoiro|fachada barroca]] da catedral, flanqueada pelo Museu da Catedral à direita e o Palácio de Gelmires (''Pazo de Xelmírez'') à esquerda. No lado ocidental, em frente à catedral ergue-se o Palácio de Raxoi (''Pazo de de Raxoi''), construído pelo arcebispo {{ilc|Bartolomeu de Raxoi||Bartolomé de Raxoi|Bartolomé de Rajoy}} {{nwrap||1690|1772}} para alojar o governo municipal. O lado norte é ocupado pelo antigo Hospital dos Reis Católicos (''Hostal dos Reis Católicos''), obra-prima do estilo [[plateresco]] que dava guarida aos peregrinos. A sul fica o [[Colégio de São Jerónimo]] (''Colexio de San Xerome''), um antigo colégio para estudantes sem recursos onde atualmente funciona a reitoria da [[Universidade de Santiago de Compostela]].

=== Arquitetura religiosa ===
* [[Catedral de Santiago de Compostela|Catedral]]
* [[Igreja de São Frutuoso]] — Também chamada Igreja das Angústias de Baixo, situa-se atrás da extremidade noroeste do Paço de Raxoi, junto à Praça do Obradoiro, mas num plano bastante inferior. Foi construída em estilo [[churrigueresco]] por [[Lucas Ferro Caaveiro]] entre 1754 e 1765.
* [[Mosteiro de São Martinho Pinário]] (''San Martiño Pinario'') — Mosteiro [[Ordem de São Bento|beneditino]] fundado no {{séc|X}}, situado em frente à [[fachada da Acibecharía]] da catedral (porta norte do [[transepto]]). A partir do {{séc|XVI}}, com reforma promovida pelos [[Reis Católicos]], dirigiu e governou todos os mosteiros masculinos da Galiza. Desde o {{séc|XIX}} que ali funciona o {{Ilink condicional|seminário maior||[[seminário]] maior}}. Atualmente também ali estão instaladas as faculdades de [[teologia]] e trabalho social da Universidade de Santiago de Compostela, a sede do Instituto Teológico Compostelano e o Arquivo Histórico Diocesano de Santiago de Compostela.
* [[Convento de São Francisco do Val de Deus]] — mosteiro [[Ordem dos Frades Menores|franciscano]] originalmente construído no {{séc|XIII}}, dois quarteirões a norte da Praça do Obradoiro e da catedral. O edifício atual é barroco, do {{séc|XVIII}}, apenas restando cinco arcos do original. Ainda funciona como mosteiro, ali vivendo cerca de 20 frades franciscanos. Ali funciona uma hospedaria com 70 quartos, um restaurante, o Museu da Terra Santa e um "Hotel Monumento" de quatro estrelas.
* [[Convento de São Paio de Antealtares]] — Construído originalmente no {{séc|IX}}, é um convento de [[freira]]s beneditinas de [[Clausura monástica|clausura]]. Situa-se na Praça da Quintana, atrás da cabeceira da catedral. A igreja que chegou aos nossos dias é da primeira década do {{séc|XVIII}}. O convento foi reconstruído a partir do {{séc|XVI}}, tendo as obras terminado em 1793. Do mosteiro primitivo só se conservam uns [[Capitel|capitéis]] e una [[Altar|ara]] de mármore branco. Nele funciona o Museu de Arte Sacra de Antealtares.
* [[Igreja de São Félix de Solovio]] ({{langx|gl|''San Fiz de Solovio''|nome}}) — Tem fama de ser a igreja mais antiga de Santiago, tendo sido construída no {{séc|X}} mas foi submetida a diversas e ampliações ao longo de 800 anos. A igreja ocupa o lugar onde vivia o [[eremita]] [[Pelágio (eremita)|Pelágio]] que, segundo a lenda, ali avistou umas luzes que deram origem à descoberta do túmulo de Santiago.
* [[As Órfãs]] — Conjunto de edifícios barrocos constituído por um convento, igreja e colégio. Este último foi construído no {{séc|XVII}} para dar alojamento e educação às jovens desamparadas da cidade. A igreja é um pouco posterior, tendo sido construída em 1671. Atualmente é a sede do Colégio de Nossa Senhora dos Remédios.
* [[Capela de Ánimas|Capela de ''Ánimas'']] — de nome completo Capela da Confraria Geral de ''Ánimas'' ([[alma]]s), foi construída entre 1784 e 1788.
* [[Colegiada de Santa Maria de Sar]] — Igreja românica e casa de [[cónego]]s anexa, que foi um originalmente um mosteiro [[Ordem de Santo Agostinho|agostinho]] construído no {{séc|XII}}, mas foi submetido a várias modificações importantes, nomeadamente nos séculos XVI, XVIII e XIX. Durante muito tempo residência de velhos cónegos começou a declinar a partir do {{séc|XVII}}, acabando por se tornar uma igreja paroquial em 1867. Tem a caraterística singular em toda a Galiza das suas paredes terem uma inclinação pronunciada. Situa-se junto ao [[rio Sar]], perto da cidade velha mas fora dela, a sudeste da catedral. Nele funciona o Museu de Arte Sacra de Santa Maria a Real de Sar.
* [[Convento de São Domingos de Bonaval]] — Antigo convento [[Ordem dos Pregadores|dominicano]] do {{séc|XIII}} com elementos góticos, barrocos e neoclássicos. Situado extramuros, junto à Porta do Caminho e ao lado do [[Centro Galego de Arte Contemporânea]], atualmente nele funciona o [[Museu do Povo Galego]].
* [[Igreja de Santa Maria Salomé]] — igreja românica do {{séc|XII}} na Rua Nova.
* [[Convento de Santo Agostinho (Santiago de Compostela)|Convento de Santo Agostinho]] — do {{séc|XIII}}.
* [[Convento de Santa Clara (Santiago de Compostela)|Convento de Santa Clara]].

<gallery mode="packed" heights="175px">
Imagem:2010-Catedral de Santiago de Compostela-Galicia (Spain) 4.jpg|[[Fachada do Obradoiro]] da catedral {{ref label2|g}}
Imagem:Colexiata Santa María a Maior e Real do Sar, Santiago de Compostela.jpg|[[Colegiada de Santa Maria de Sar]]
Imagem:Santiago-21ago-12-bonaval.jpg|[[Convento de São Domingos de Bonaval]]
Imagem:Iglesia de San Fiz de Solovio.jpg|[[Igreja de São Félix de Solovio]]
Imagem:A Coruña Province - Monastery of San Francisco do Val de Deus - 20200901133410.jpg|[[Convento de São Francisco do Val de Deus|Convento de São Francisco]]
Imagem:Convento de Santa Clara en Santiago de Compostela 3XI2013 1.JPG|[[Convento de Santa Clara (Santiago de Compostela)|Convento de Santa Clara]]
</gallery>
{{Note label2|g|A fachada do Obradoiro da catedral é uma obra-prima do barroco espanhol.}}

=== Arquitetura civil ===
[[Imagem:Hostal dos Reis Católicos. Praza do obradoiro. Santiago de Compostela.jpg|thumb|A fachada do Hospital dos Reis Católicos vista desde a entrada do Obradoiro da catedral]]

[[Imagem:Colexio de Fonseca.JPG|thumb|Claustro do Colégio de Fonseca]]

[[Imagem:Santiago Rúa do Villar 616.jpg|thumb|Arcada na Rua do Vilar]]

[[Imagem:Apertura Porta Santa da Catedral de Santiago de Compostela.jpg|thumb|Praça da Quintana, com fila para a Porta Santa da catedral (à direita), que normalmente só está aberta durante os "[[Jubileu Compostelano|Anos Santos Compostelanos]]"; ao fundo: a [[Casa da Conga]].]]

[[Imagem:Casa del Cabildo fachada original.jpg|thumb|Praça das Pratarias vista da escadaria da fachada homónima da catedral; ao fundo: fachada barroca da [[Casa do Cabido (Santiago de Compostela)|Casa do Cabido]]; ao centro: a também barroca Fonte dos Cavalos]]

[[Imagem:Mazarelos square, Santiago de Compostela, Galicia-1.jpg|thumb|Praça de Mazarelos; a estátua ao centro é de [[Eugenio Montero Ríos]] {{nwrap||1832|1914}}, político e professor de direito natural de Santiago de Compostela]]

[[Imagem:Auditorio de Galicia.jpg|thumb|Vista noturna do Auditório da Galiza]]

* [[Paço de Raxoi]] — edifício [[Arquitetura do neoclassicismo|neoclássico]] onde atualmente funciona a sede do município e do governo regional da Galiza ([[Junta da Galiza]]); construído no {{séc|XVIII}}.
* [[Hospital dos Reis Católicos]] — antiga hospedaria de peregrinos e hospital, construído no {{séc|XVI}}, desde 1958 que é um [[Paradores Nacionais de Turismo (Espanha)|parador de turismo]] (hotel de luxo).
* [[Colégio de São Jerónimo]] (''Colexio de San Xerome'') — antigo [[colégio maior]] para estudantes sem recursos onde atualmente funciona a reitoria da [[Universidade de Santiago de Compostela]].
*[[Paço de Gelmires]] (''Pazo de Xelmírez'') — Edifício dos séculos XII e XIII situado na Praça do Obradoiro, junto ao lado norte da catedral, é um monumento importante da arquitetura civil românica e um dos palácios medievais mais bem conservados de Espanha. Foi construído pelo arcebispo [[Diego Gelmires]] em 1117 sobre um palácio pré-românico anterior. Na sala de jantar, os nervos da abóbada assentam sobre [[mísula]]s que, em conjunto, representam um banquete da época. Tem uma grande cozinha com uma despensa anexa. Os dois pisos superiores pertencem ao paço arquiepiscopal atual, de onde o arcebispo pode aceder diretamente à catedral. Atualmente faz parte do Museu da Catedral.
* [[Colégio de Santiago Alfeu|Colégio de Fonseca]] — Também conhecido como ''Pazo'' de Fonseca ou Colégio de Santiago Alfeo, foi um [[colégio maior]] onde o arcebispo {{Lknb|Alonso|III de Fonseca}} concentrou as escolas da Universidade de Santiago até então dispersa. Foi construído no {{séc|XVI}} em estilo [[plateresco]]. A fachada foi concluída no {{séc|XVII}}. Atualmente ali funcionam a Biblioteca Geral da universidade e, no antigo refeitório e capela, salas de exposições temporárias.
* [[Colégio de São Clemente]] — outro antigo colégio, situado perto da Porta Faxeira e do Parque da Ferradura, foi criado no {{séc|XVII}} como o que hoje se designaria como escola de [[pós-graduação]]; atualmente é uma [[escola secundária]], o IES ('' Instituto de Ensinanza Secundaria'') [[Rosalía de Castro]].
* Mercado de Santo Agostinho (ou ''Plaza de Abastos'') — Grande mercado alimentar construído em estilo neomedieval pelo arquiteto [[Astúrias|asturiano]] [[Joaquín Vaquero Palacios|Vaquero Palacios]] entre 1937 e 1942, em substituição de um edifício anterior datado de 1870. É um dos cinco mercados do seu tipo mais importantes de Espanha e o segundo monumento mais visitado da cidade. Situa-se entre as igrejas de Santo Agostinho (''San Agustín'') e de São Félix (''San Fiz'') de Solovio.
* Antigo edifício da universidade — edifício neoclássico onde atualmente funciona a Faculdade de História e Geografia.
* Rua do Franco — rua de bares, marisqueiras e ''pulperías'' ([[taberna]]s), que vai desde o edifício dos Correios, situado no quarteirão da [[Casa do Cabido (Santiago de Compostela)|Casa Grande do Cabido]], até à Porta Faxeira.
* Rua do Vilar — Rua que conserva as típicas arcadas ao longo de todo o lado ocidental e em algumas partes do lado oriental,{{
NotaNT|
1=As ordenanças da polícia municipal de 1780, redigidas pelo arquiteto Miguel Ferro Caaveiro e vigentes durante todo o {{séc|XIX}}, obrigavam à supressão de arcadas (galerias) em edifícios novos, como medida para alargar a ruas.
}} onde se encontram diversos edifícios históricos, como a [[Casa do Deão (Santiago de Compostela)|Casa do Deão]] (''Casa del Deán'') nos números 1 e 3, uma obra barroca do arquiteto [[Clemente Fernández Sarela]], cuja fachada é visível desde a Praça de Platerías. A meio da rua, nos números 51 e 53, encontra-se o antigo cinema e teatro Yago. No número 59 situa-se a Casa-''[[pazo]]'' de Vaamonde. À sua direita fica o beco de Entrerrúas, que comunica com a Rua Nova.

* [[Paço de Vaamonde|Casa-''pazo'' de Vaamonde]] — ''Pazo'' (palácio) do {{séc|XVIII}} situado na Rua do Vilar, atual sede do Consórcio de Santiago, a instituição pública que tem a seu cargo a preservação e revitalização do património cultural da cidade. Na fachada destaca-se um escudo no andar superior e a [[aldraba]] da porta no alpendre, uma obra do escultor [[Francisco Asorey]].
* Rua Nova — Tem diversos edifícios históricos, como o Teatro Principal, projetado em 1841 por Prado y Valle, no número 21. Sensivelmente a meio encontra-se a igreja românica de Santa Maria Salomé, do {{séc|XII}} e reformada no {{séc|XVIII}}, com um [[campanário]] barroco. No número 40 encontra-se o ''Pazo'' de Pedrosa. A Casa da Balconada aloja dependências universitárias e tem um jardim aberto para a Rua de Gelmires. No número 44 encontra-se o [[Paço de Ramirás|Antigo Colégio dos Irlandeses]], ou ''Pazo'' de Ramirás, do {{séc|XVI}}. No final, o beco de Entrerrúas, liga com a Rua do Vilar; ali existiu uma oficina de [[ferreiro]] tradicional até aos últimos anos do {{séc|XX}}.
* Praça do Toural — Para ela confluem a Rua do Vilar e Rua Nova, que a ligam à catedral. É dominada pelo [[Paço de Bendaña|Palácio dos Marqueses de Bendaña]], outra obra de Fernández Sarela do {{séc|XVIII}}, cujo [[escudo (heráldica)|escudo]] é rematado por um [[Atlas (mitologia)|Atlante]] com a esfera terrestre sobre os ombros. O palácio é atualmente a sede do Museu Fundação Eugenio Granell.
* Rua das Órfãs (''Rúa das Orfas'') — Deve o seu nome ao convento homónimo que nela se situa. Seguindo a rua até à Porta da Mamoa, chega-se à Praça da Galiza, onde se situa o Café Derby, fundado em 1929.
* Rua Travessa (''Rúa Travesa'' ou ''Calle de la Travesa'') — nela se encontra a [[Igreja de Santa Maria do Caminho (Santiago de Compostela)|Igreja de Santa Maria do Caminho]] e junto a ela a curiosa "Ruela Sae se podes", conhecida como a rua mais estreita da cidade.
*{{Âncora|Praça da Quintana}} Praça da Quintana — Também chamada "dos Literários", em memória do {{ilc|Batalhão Literário||Batallón Literario}}, uma unidade militar constituída por estudantes da Universidade de Santiago, formado em diversas ocasiões, nomeadamente durante a [[Guerra da Independência Espanhola]] ([[Guerras Napoleónicas|invasões napoleónicas]]). Tem dois níveis separados por uma grande escadaria, a superior, mais pequena e situada a norte, é chamada "Quintana de Vivos" e a inferior, a sul, "Quintana de Mortos". Esta comunica com a Praça das Pratarias a oeste e e inspirou o poema em galego de [[Federico García Lorca|García Lorca]] ''“Danza da lúa en Santiago”''.<ref name=lorca/> A praça é rodeada pela catedral a oeste, a Casa da Parra a norte, o Convento de São Paio de Antealtares a leste e a Casa da Conga a sul. Uma ''quintana'' é uma porta ou praça diante de um ''camposanto'' (cemitério de católicos) onde se vendiam víveres.
* [[Casa da Parra]] — Situada na Quintana dos Vivos, é uma obra do {{séc|XVII}} do arquiteto [[Domingo Antonio de Andrade]]. Deve o seu nome ao [[Relevo (escultura)|relevo]] esculpido na fachada que representa uma [[Vitis vinifera|videira]]. No telhado destaca-se a caraterística chaminé compostelana da época barroca.
* [[Casa da Conga]] (ou casa canónica) — Outra obra de Domingo de Andrade, situada na Quintana dos Vivos, no lado oposto à Casa da Parra. Originalmente era a residência dos [[Cônego|cónegos]] da catedral. Destaca-se na sua composição a [[lógia]] ou alpendre do rés-de-chão e a chaminé no telhado.
* Praça das Pratarias (''Praterías'') — Situada a ocidente da Praça da Quintana, é limitada a norte pela [[fachada das Pratarias]] da catedral e a sul pela Casa do Cabido. Deve o seu nome aos grémios medievais de [[ourives]] de [[prata]]. Ao centro encontra-se a fonte barroca denominada Fonte dos Cavalos.
* [[Casa do Cabido (Santiago de Compostela)|Casa do Cabido]] — Também chamada Casa da Estrela, situa-se na Praça das Pratarias. É um edifício barroco do {{séc|XVIII}} da autoria de Clemente Fernández Sarela, com muito pouco fundo (aproximadamente 4 metros), que foi construído com o objetivo de ornamentar a praça. No centro, sobre a [[cornija]] estão esculpidas o sepulcro e a estrela de Santiago, replicando um dos ornamentos que se encontra na parede da catedral em frente. Nas esquinas, há duas [[gárgula]]s em forma de canhão. Na composição arquitetónica, destaca-se a utilização da chamada Ordem Compostelana, caraterizada pela interposição de cilindros entre o [[entablamento]] e os [[Capitel|capitéis]] das [[pilastra]]s, um detalhe original do barroco santiaguês. Como o nome indica, foi sede do cabido, mas desde meados do {{séc|XIX}} que é propriedade particular.
* [[Paço de São Lourenço de Trasouto]] — Antigo convento românico do {{séc|XIII}} situado extramuros, junto ao carvalhal (''carballeira'') homónimo. Foi residência dos condes de Altamira no {{séc|XV}} e novamente convento [[Ordem dos Frades Menores|franciscano]]. Grande parte do edifício atual XVIII, mas ainda conserva algumas partes medievais.
* Praça e Arco de Mazarelos — Nesta praça, também chamada da universidade, encontra-se o único arco que resta da [[Muralha de Santiago de Compostela|muralha]] que rodeava Santiago na época em que foi edificada a primitiva catedral românica ({{séc|XI}}). O Arco de Mazarelos era a porta por onde entrava na antiga urbe o vinho proveniente da zona do Ribeiro e atualmente é por ali que entram os peregrinos do Caminho de Santiago que vêm pela [[Via da Prata|Rota da Prata]]. Dá acesso à Praça de Mazarelos, conhecida como Praça da Universidade porque nela se encontra o antigo colégio universitário de [[filologia]], atualmente a faculdade de [[filosofia]], uma obra do {{séc|XVIII}} da autoria do arquiteto [[Simón Rodríguez (arquiteto)|Simón Rodríguez]]. Na praça encontra-se igualmente a chamada Igreja da Universidade, anteriormente conhecida como "dos [[Jesuítas]]", que atualmente é um centro de exposições da universidade e onde se conserva um belo retábulo barroco da autoria de Simón Rodríguez. Outros edifícios da praça são o ''Pazo'' de Mazarelos, atualmente a sede da Secretaria de Turismo da Junta da Galiza, a Faculdade de História (até há algumas décadas a Faculdade de Direito e um dos primeiros locais onde se situou a universidade), que fecha a praça e parte da Rua do Castro.
* [[Auditório da Galiza]] — Centro de espetáculos com três salas de espetáculos, a maior delas com capacidade para {{formatnum:1002}} espetadores, e um espaço de exposições com {{fmtn|1000|m²}}, foi inaugurado em 1989. É da autoria do arquiteto [[Julio Cano Lasso]] e é a sede da {{ilc|Real Filarmonia da Galiza||Real Filharmonía de Galicia}} desde 1996.
* Porta do Caminho — entrada da época medieval.
* Esculturas — em Santiago há uma grande quantidade de esculturas no interior e no exterior de edificações ou em parques, de épocas passadas até à atualidade.
* Ponte do Asén — localizada no bairro de Santa Isabel.

=== Arquitetura militar ===
* [[Castelo da Rocha Forte]]

=== Museus ===
*[[Museu da Catedral de Santiago de Compostela|Museu da Catedral]]
*[[Museu do Povo Galego]] — dedicado à [[etnografia]] e história de Galiza, situado no [[Convento de São Domingos de Bonaval]].
*[[Centro Galego de Arte Contemporânea]] — O edifício é da autoria do arquiteto português [[Álvaro Siza Vieira|Siza Vieira]]. Situa-se ao lado do antigo Convento de São Domingos de Bonaval. As suas principais atividades são exposições temporárias de obras contemporâneas.
*[[Cidade da Cultura da Galiza]] — complexo cultural e de entretenimento, da autoria do arquiteto norte-americano [[Peter Eisenman]].
*Galicia Digital — Museu virtual situado no [[Mosteiro de São Martinho Pinário]] que divulga novas tecnologias.
*Casa da Troia — antiga casa de hóspedes frequentada por universitários, atualmente é um museu que recria a vida estudantil dos finais do {{séc|XIX}} e início do {{séc|XX}}.
*Museu das Peregrinações — sobre o fenómeno da peregrinação e o nascimento e evolução de Compostela.
*Outros museus — Museu Pedagógico da Galiza (MUPEGA), Museu de Arte Sacra de Antealtares, Museu de Arte Sacra de Santa Maria a Real de Sar, Museu da Terra Santa, Museu Médico, Museu de História Natural, Museu da Fundação Eugenio Granell, Fundação Social Caixa Galicia, Fundação Social Caixanova.{{Carece de fontes|geo-eu|data=julho de 2013}}

<gallery mode="packed" heights="175px">
Imagem:Teito do museo da Catedral de Santiago.jpg|Teto no [[Museu da Catedral de Santiago de Compostela|Museu da Catedral]]
Imagem:Convento de Santo Domingo de Bonaval 2018.jpg|[[Convento de São Domingos de Bonaval]], onde funciona o [[Museu do Povo Galego]]
Imagem:Santiago-21ago-37-praterias.jpg|Museu das Peregrinações
Imagem:Siza Konpostelan.JPG|thumb|[[Centro Galego de Arte Contemporânea]]
Imagem:Cidade da Cultura - 13 - Museo Centro Gaias.jpg|Museo Centro Gaiás, na [[Cidade da Cultura da Galiza]]
</gallery>

== Festas e celebrações ==
* Festas do Apóstolo — São as festas mais importantes da cidade. Celebram-se na segunda quinzena do mês de julho, nos dias próximos do dia de Santiago Maior, 25 de julho.
* [[Jubileu Compostelano|Ano Santo Jacobeu]] — Têm lugar nos anos em que o dia 25 de julho coincide com um domingo. Só durante os anos santos é que a Porta Santa da catedral permanece aberta para acesso dos peregrinos desde o dia 31 de dezembro do ano anterior.<ref name=anay269/> Nos anos santos a afluência de peregrinos é habitualmente muito superior à dos restantes anos.<ref name=archcomp/>
* Festas da Ascensão — De caráter mais marcadamente popular, são as festas mais importantes na cidade a seguir às do Apóstolo. Celebram-se durante vários dias no mês de maio, coincidindo com a celebração religiosa da [[Ascensão de Jesus|Ascensão]]. Durante estas festas realiza-se uma feira na Carballeira de Santa Susana, onde há ''pulperías'' ([[tasca]]s) de petiscos.<ref name=anay269/>
* A festa de [[Roque de Montpellier|São Roque]], copadroeiro da cidade é celebrada a 16 de agosto.
* A terça-feira de [[Carnaval]] é feriado local em alguns anos, em alternativa ao feriado de São Roque ou da Ascensão. Assim aconteceu em 2006, quando substituiu o de São Roque, e em 2007, quando a Ascensão coincidiu com o [[Dia das Letras Galegas]].
* Na catedral são dignas de nota as celebrações do ''Dia de [[Batalha de Clavijo|Clavijo]]'', a 23 de março e da ''Translação'', a 30 de dezembro.<ref name=anay269/>
* A [[Semana Santa]] compostelana não tem a importância e espetacularidade de muitas outras cidades espanholas, mas é interessante pelas procissões no centro histórico e pelo valor artístico de alguns dos [[andor]]es. O mesmo acontece com o [[Corpo de Deus]].<ref name=anay269/>
* Festival de cinema Cineuropa — Ocorre todos os anos em novembro, desde 1987.

== Festivais ==

=== De música ===
* [[ARitmar|A·Ri·t·mar]]
* [[Cantos na Maré]]
* Seráns no Gaiás
* Soa Bonaval
* Sons no Caminho

=== De teatro e circo ===
* USCénica; [https://uscenica.com/presentacion/ uscenica.com]
* Festival Atlántica; [https://www.santiagoturismo.com/axenda-cultural/festival-atlantica-2021 santiagoturismo.com]

=== De cinema ===
* Curtocircuito
* [[Cineuropa]]

== Culinária ==
{{AP|Tarte de Santiago}}
[[Imagem:Tarta de Santiago-2009.jpg|miniaturadaimagem|Tarte de Santiago]]
Entre as curiosidades que envolvem o Caminho de Santiago, destaca-se a Tarte de Santiago, um doce típico preparado à base de [[amêndoa]]s, açúcar e ovos. No Caminho de Santigo de Compostela é comum encontrá-la à venda, sobretudo entre julho e agosto. Originalmente, chamava-se ''bizcocho de almendra'' ("[[pão de ló]] de amêndoa"). Está identificada desse modo em relato de 1577, sobre a visita do inspetor D.&nbsp;Pedro de Portocarrero à Universidade de Santiago de Compostela, com o objetivo de investigar denúncias de excessos alimentares dos professores ao concederem graus académicos. Num caderno de Luis Bartolomé de Leybar, de 1838, também aparece com o nome primitivo. No ''El Confitero y el Pastelero'', de Eduardo Merín, de 1893, já aparece como ''Tarta de Almendro'' (tarte de amêndoa). Mas os livros de culinária espanhola do {{séc|XX}} consagraram-na como Tarte de Santiago. Em março de 2006 recebeu a classificação de produto de [[Indicação Geográfica Protegida]], com base nas regras da [[União Europeia]], que padronizou a receita, as suas proporções, método de elaboração, etc.<ref name=boe1/> A [[Cruz de Santiago]] sobre a tarte, decoração instituída em 1924 pela extinta Casa Mora, de Santiago de Compostela, tornou-se obrigatória.

== Clubes desportivos ==
* [[Obradoiro Clube de Amigos do Baloncesto]] — de [[basquetebol]]
* [[Sociedad Deportiva Compostela]] — de [[futebol]]
* [[Santiago Futsal]]
* [[Santiago Rugby Club]]

== Cidades-gémeas ==
Santiago de Compostela tem [[Geminação de cidades|acordos de geminação]] com as seguintes cidades:{{Carece de fontes|geo-eu|data=julho de 2013}}
{{Div col}}
:{{Cidade gémea|Assis (Itália)|Assis|Itália}}
:{{Cidade gémea||Buenos Aires|Argentina}}
:{{Cidade gémea|Cáceres (Espanha)|Cáceres|Espanha}}
:{{Cidade gémea||Coimbra|Portugal|data=1994}}
:{{Cidade gémea|Córdova (Espanha)|Córdova|Espanha}}
:{{Cidade gémea|Meshed|Mashhad|Irão}}
:{{Cidade gémea||Pisa|Itália}}
:{{Cidade gémea||Popayán|Colômbia}}
:{{Cidade gémea||Le Puy-en-Velay|França}}
:{{Cidade gémea||Qom|Irão}}
:{{Cidade gémea|Querétaro (cidade)|Santiago de Querétaro|México}}
:{{Cidade gémea||Qufu|China}}
:{{Cidade gémea||Santiago de los Caballeros|República Dominicana}}
:{{Cidade gémea||Santiago do Cacém|Portugal}}
:{{Cidade gémea||Santiago de Cuba|Cuba}}
:{{Cidade gémea||Santiago Tuxtla|México}}
:{{Cidade gémea|São Paulo (cidade)|São Paulo|Brasil}}
:{{Cidade gémea||Temuco|Chile}}
{{-fim}}

== Notas ==
{{InícioRef}}
*{{Tradução/ref2|Este artigo inclui trechos baseados no|es|Santiago de Compostela|68192416|gl|Santiago de Compostela|3018009}}
{{-fim}}
{{Reflist|group=nt}}

{{Referências|refs=

{{Citar whc.unesco list|ref=unesc1|347|Cidade antiga de Santiago de Compostela|9 de julho 7 de 2013}}

{{Citar whc.unesco list|ref=unesc2|669|Caminho de Santiago|9 de julho 7 de 2013}}

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<ref name=hostelt>{{Citar web|url=http://www.hosteltur.com/151490_ave-galicia-entra-servicio-primer-tramo.html|titulo=AVE a Galicia: entra en servicio el primer tramo|acessodata=12-07-2013|data=10 de dezembro de 2011|publicado=www.hosteltur.com|língua=es}}</ref>

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{{sfn|name=anay269|Pombo|2008|p=269}}

<ref name=archcomp>{{Citar web|url=http://www.archicompostela.org/peregrinos/Estadisticas/Estadisticaperegrinacion.htm|titulo=Datos Estadísticos|acessodata=19-07-2013|obra=www.archicompostela.org|publicado=Arquidiocese de Santiago de Compostela|lingua=es|wayb=20130824205810|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name=usc1>{{citar web|url=https://www.usc.gal/es/usc/en-cifras/estudantes|titulo=USC en cifras|acessodata=19-11-2020|publicado=Universidade de Santiago de Compostela|língua=es}}</ref>

<ref name=aena1>{{citar web|url=http://estadisticas.aena.es/csee/ccurl/174/519/00.Definitivo_2019.pdf|titulo=Tráfico de pasajeros, operaciones y carga en los aeropuertos españoles|acessodata=19-11-2020|publicado=aena.es}}</ref>

<ref name=boe1>{{citar web|url=https://www.boe.es/boe/dias/2006/03/22/pdfs/A11254-11255.pdf |titulo=Ficha resumen de la solicitud de registro de la IGP «Tarta de Santiago» |data=22-03-2006 |acessodata=19-11-2020 |publicado=BOE, Boletín Oficial del Estado}}</ref>

<ref name=cap>{{citar web|url=http://www.santiagodecompostela.gal/medi/tramites/Normativa_Municipal/1._Ordenanzas_Xerais/Rexime_interior/estatuto_capitalidad.pdf|titulo=Estatuto de Santiago de Compostela como capital da Galiza|data=11-01-2002|acessodata=15-02-2022}}</ref>

}}<!--fim refs-->

== Ligações externas ==
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* [http://www.santiagoturismo.com/ Turismo de Santiago de Compostela]
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