Mostrar código-fonte de Lisboa

{{Ver desambig}}
{{Info/Município de Portugal
|município        =Lisboa
|imagem_brasão    =Coat of Arms of Lisbon.svg
|imagem_bandeira  =Lisboa.PNG
|imagem_montagem  ={{multiple image
  | total_width            = 290
  | border                 = infobox
  | perrow                 = 1/3/3/1
  | caption_align          = center
  | image1                 = Lisbon (36831596786) (cropped).jpg
  | alt1                   = View from Miradouro da Senhora do Monte
  | caption1               = [[Lista de estruturas mais altas de Lisboa|Panorama urbano de Lisboa]] a partir do [[Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen|Miradouro da Graça]] com a [[Ponte 25 de Abril]] e o [[Santuário Nacional de Cristo Rei|Cristo Rei]] ao fundo
  | image2                 = Lisbon-129_(36502263701).jpg
  | alt2                   = Torre de Belém
  | caption2               = [[Torre de Belém]]
  | image3                 = Lisbon_Praça_do_Comércio_BW_2018-10-03_13-33-44_s.jpg
  | alt3                   = Arco da Rua Augusta
  | caption3               = [[Arco da Rua Augusta]]
  | image4                 = Belem_-_Padrao_dos_Descobrimentos.jpg
  | alt4                   = Padrão dos Descobrimentos
  | caption4               = [[Padrão dos Descobrimentos]]
  | image5                 = Mosteiro_dos_Jeronimos_-_Central_Part.jpg
  | alt5                   = Mosteiro dos Jerónimos
  | caption5               = [[Mosteiro dos Jerónimos]]
  | image6                 = View_of_Lisbon_from_our_4x4_tour_(33974143278).jpg
  | alt6                   = Parque Eduardo VII
  | caption6               = [[Parque Eduardo VII]]
  | image7                 = Catedral,_Lisboa,_Portugal,_2022-07-24,_DD_24.jpg
  | alt7                   = Sé de Lisboa
  | caption7               = [[Sé de Lisboa]]
  | image8                 = Parque das Nações 31 (cropped2).jpg
  | alt8                   = Parque das Nações e Ponte Vasco da Gama
  | caption8               = [[Torre Vasco da Gama]] (esquerda) no [[Parque das Nações]] e [[Ponte Vasco da Gama]] (ao fundo)
}}
|imagem_localização =LocalLisboa.svg
|gentílico    =[[wikt:Lisboeta|lisboeta]], lisbonense, olisiponense ou [[alfacinha]]
|região       =[[Área Metropolitana de Lisboa]]
|distrito     =[[Distrito de Lisboa|Lisboa]]
|província    =[[Estremadura]]
|área         =100.05
|população    =545796
|data         =2021
|densidade    =auto
|presidente   =[[Carlos Moedas]]
|coligação    =[[Partido Social Democrata (Portugal)|PPD/PSD]].[[CDS – Partido Popular|CDS-PP]].[[Aliança (partido)|A]].[[Partido da Terra|MPT]].[[Partido Popular Monárquico|PPM]]
|eleições     =Eleições autárquicas portuguesas de 2021
|mandato      =2021-2025
|fundação     =<small>''Primeiras referências da cidade''</small><br>{{-séc|XII}}<br><small>''Integração no [[Reino de Portugal]] (reconquista da cidade por D.&nbsp;[[Afonso Henriques]])''</small><br>1147<br><small>''Primeiro foral''</small><br>1179<br><small>''Capital do Reino''</small><br>1256
|orago       =[[Vicente de Saragoça|São Vicente]] e [[Santo António de Lisboa|Santo António]]
|feriado     =13 de junho (Dia de Santo António)
|codpostal   =1000 – 1990
|url_oficial ={{URL|http://www.lisboa.pt}}
|latd=38 |latm=43 |lats=31
|longd=09 |longm=09 |longs=00
}}
'''Lisboa''' é a [[capital]] e [[Lista de municípios de Portugal por população|maior cidade]] de [[Portugal]], com uma população estimada de 548.703 habitantes em 2022 dentro dos seus limites administrativos numa área de cerca de 100 quilómetros quadrados.<ref name="dgt">{{Citar web|url=http://www.dgterritorio.pt/cartografia_e_geodesia/cartografia/carta_administrativa_oficial_de_portugal_caop_/caop__download_/carta_administrativa_oficial_de_portugal___versao_2017__em_vigor_/|titulo=Áreas das freguesias, concelhos, distritos e país|acessodata=5 de novembro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181105172426/http://www.dgterritorio.pt/cartografia_e_geodesia/cartografia/carta_administrativa_oficial_de_portugal_caop_/caop__download_/carta_administrativa_oficial_de_portugal___versao_2017__em_vigor_/|arquivodata=5 de novembro de 2018|urlmorta=dead}}</ref> Lisboa é a capital mais ocidental da [[Europa continental]] (a segunda no geral, depois de [[Reiquiavique|Reykjavik]]) e a única ao longo da costa atlântica, estando as outras (Reykjavik e [[Dublin]]) em ilhas. A cidade situa-se na porção ocidental da [[Península Ibérica]], na margem norte do rio [[Rio Tejo|Tejo]]. A porção ocidental da sua área metropolitana, a [[Costa do Estoril|Riviera Portuguesa]], acolhe o ponto mais ocidental da [[Europa continental|Europa Continental]], culminando no [[Cabo da Roca]].

Lisboa é uma das [[Lista das cidades mais antigas continuadamente habitadas|cidades mais antigas do mundo]]<ref name="RudlinThompsonJarvis2016">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=rislDwAAQBAJ&pg=PA45|título=Urbanism|ultimo=Rudlin|primeiro=David|ultimo2=Thompson|primeiro2=Rob|ultimo3=Jarvis|primeiro3=Sarah|editora=Taylor & Francis|ano=2016|isbn=978-1-317-21390-1|acessodata=14 de janeiro de 2023|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230114173934/https://books.google.com/books?id=rislDwAAQBAJ&pg=PA45|arquivodata=14 de janeiro de 2023}}</ref> e a segunda capital europeia mais antiga (depois de [[Atenas]]), antecedendo em séculos outras capitais europeias modernas.<ref name="CIAFactbook2021">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=NyUFEAAAQBAJ&pg=PT3319|título=The CIA World Factbook 2021-2022|ultimo=Central Intelligence Agency|editora=Simon and Schuster|ano=2021|isbn=978-1-5107-6382-1|acessodata=14 de janeiro de 2023|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230114173934/https://books.google.com/books?id=NyUFEAAAQBAJ&pg=PT3319|arquivodata=14 de janeiro de 2023}}</ref> Estabelecida por tribos pré-celtas e posteriormente pelos [[fenícios]], [[Júlio César]] fez da cidade um [[Município (Roma Antiga)|município]] chamado ''Felicitas Julia'',<ref name="Livermore1973">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=PF0fAAAAMAAJ&q=%22Felicitas%20Julia%22|título=Portugal: A Short History|ultimo=H. V. Livermore|editora=Edinburgh University Press|ano=1973|isbn=978-0-85224-207-0|acessodata=5 de setembro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230207052700/https://books.google.com/books?id=PF0fAAAAMAAJ&q=%22Felicitas%20Julia%22|arquivodata=7 de fevereiro de 2023}}</ref> acrescentando o termo ao nome ''[[Olissipo]]''. Após a [[Queda do Império Romano do Ocidente|queda do Império Romano]], foi governada por uma série de [[Germanos|tribos germânicas]] a partir do século V, mais notavelmente os [[visigodos]]. No século VIII, no entanto, foi capturada pelos [[mouros]]. Em 1147, [[Afonso Henriques]] [[Cerco de Lisboa (1147)|conquistou a cidade]] e em 1255 o povoado tornou-se capital do [[Reino de Portugal]], substituindo [[Coimbra]].<ref>{{Citar web|ultimo=Ferreira|primeiro=Marta Leite|url=https://observador.pt/2016/10/06/lisboa-nao-e-a-capital-de-portugal-e-outros-9-factos-que-nao-aprendeu-nas-aulas-de-historia/|titulo=Lisboa não é a capital de Portugal e outros 9 factos que não aprendeu nas aulas de História|acessodata=2023-08-23|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>

Desde então, tem sido o centro político, econômico e cultural do país, como sede do [[Governo da República Portuguesa|governo]], da [[Assembleia da República|Assembleia Nacional]], do [[Supremo Tribunal de Justiça (Portugal)|Supremo Tribunal de Justiça]], das [[Forças Armadas de Portugal|Forças Armadas]] e da residência do [[Presidente da República Portuguesa|chefe de Estado]]. É também o centro da diplomacia portuguesa, com embaixadores de 86 países residentes na cidade, bem como representações de [[Taiwan]] e da [[Estado da Palestina|Palestina]].<ref>{{Citar web|url=https://portaldiplomatico.mne.gov.pt/rede-diplomatica/corpo-diplomatico-em-portugal|titulo=Corpo Diplomático em Portugal|acessodata=2023-08-23|website=Portal Diplomático|lingua=pt-pt}}</ref> Cerca de 3 milhões de pessoas vivem em [[Área Metropolitana de Lisboa|sua área metropolitana]], tornando-a a terceira maior área metropolitana da [[Península Ibérica]] (depois de [[Madrid]] e [[Barcelona]]), além de figurar entre as [[Lista das áreas urbanas da União Europeia|10 áreas urbanas mais populosas]] da [[União Europeia]],<ref name="Statistics Portugal - Web Portal">{{Citar web|url=https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0008272&contexto=bd&selTab=tab2|titulo=Statistics Portugal - Web Portal|acessodata=2023-08-23|website=www.ine.pt}}</ref><ref name="World_Urban_Areas">[http://www.demographia.com/db-worldua.pdf Demographia: World Urban Areas] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20170517065701/http://www.demographia.com/db-worldua.pdf|date=17 de maio de 2017}} - demographia.com, 06.2021</ref> representando cerca de um terço da população do país.

Lisboa é reconhecida como uma [[Globalization and World Cities Research Network|cidade global de nível alfa]] devido à sua importância nas finanças, comércio, moda, mídia, entretenimento, artes, comércio internacional, educação e turismo.<ref>{{Citar web|url=http://www.lboro.ac.uk/gawc/world2010t.html|titulo=The World According to GaWC 2010|acessodata=23 de novembro de 2012|publicado=[[Globalization and World Cities Research Network]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131010004859/http://www.lboro.ac.uk/gawc/world2010t.html|arquivodata=10 de outubro de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.lboro.ac.uk/microsites/geography/gawc/world2020t.html|titulo=GaWC - The World According to GaWC 2020|acessodata=2023-08-23|website=www.lboro.ac.uk}}</ref> Está entre as duas cidades portuguesas (sendo a outra o [[Porto]]) reconhecidas como [[cidade global]], sendo também sede de três empresas do [[Forbes Global 2000|Global 2000]] ([[Energias de Portugal|Grupo EDP]], [[Galp|Galp Energia]] e [[Jerónimo Martins]]).<ref name="GAWC">{{Citar web|url=http://www.lboro.ac.uk/gawc/world2010t.html|titulo=The World According to GaWC 2010|acessodata=3 de março de 2009|publicado=Globalization and World Cities Study Group and Network, [[Loughborough University]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131010004859/http://www.lboro.ac.uk/gawc/world2010t.html|arquivodata=10 de outubro de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.lboro.ac.uk/gawc/citylist.html|titulo=Inventory of World Cities|acessodata=1 de dezembro de 2007|publicado=Globalization and World Cities (GaWC) Study Group and Network|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131014191556/http://www.lboro.ac.uk/gawc/citylist.html|arquivodata=14 de outubro de 2013|urlmorta=dead}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=TUCKER"|primeiro="ANDREA MURPHY"," HANK|url=https://www.forbes.com/lists/global2000/|titulo=The Global 2000 2023|acessodata=2023-08-23|website=Forbes|lingua=en}}</ref> É um dos grandes centros económicos da [[Europa]], com um setor financeiro em crescimento, sendo que o índice [[Portuguese Stock Index|PSI]] faz parte da [[Euronext]], a maior bolsa de valores da Europa continental. A [[região de Lisboa]] tem um [[Economia da União Europeia|PIB por paridade do poder de compra per capita mais elevado]] do que qualquer outra [[Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos|região portuguesa]].<ref>{{Citar web|url=https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0009973&contexto=bd&selTab=tab2|titulo=Statistics Portugal - Web Portal|acessodata=2024-02-13|website=www.ine.pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://stats.oecd.org/index.aspx?queryid=61433|titulo=1. Gross domestic product (GDP) : GDP per capita, USD, current prices and PPPs|acessodata=2024-02-13|website=stats.oecd.org}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://stats.oecd.org/index.aspx?DataSetCode=PPPGDP|titulo=Purchasing Power Parities for GDP and related indicators|acessodata=2024-02-13|website=stats.oecd.org}}</ref><ref name="pricewater">{{Citar web|url=https://www.ukmediacentre.pwc.com/Content/Detail.asp?ReleaseID=3421&NewsAreaID=2|titulo=Global city GDP rankings 2008–2025|acessodata=16 de dezembro de 2009|publicado=Pricewaterhouse Coopers|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110513194342/https://www.ukmediacentre.pwc.com/Content/Detail.asp?ReleaseID=3421&NewsAreaID=2|arquivodata=13 de maio de 2011|urlmorta=dead}}</ref> A cidade ocupa o 40º lugar de maior rendimento bruto do mundo e, com quase 21 mil [[milionários]] residentes, é a 11ª cidade europeia em número de milionários e a 14ª em número de [[bilionários]].<ref>[http://www.citymayors.com/economics/richest-cities-world.html "Ranking: The richest cities in the world"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20190323155132/http://www.citymayors.com/economics/richest-cities-world.html|date=23 de março de 2019}} – City Mayors.com</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.henleyglobal.com/publications/wealthiest-cities|titulo=Worlds Wealthiest Cities 2023|acessodata=2023-08-23|website=Henley & Partners|lingua=en}}</ref> A maior parte das sedes das [[Empresa transnacional|empresas multinacionais]] portuguesas estão localizadas na região de Lisboa.<ref>[https://web.archive.org/web/20070927045857/http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=7832 "Lisboa é 9ª cidade que mais recebe congressos internacionais"] – Agência LUSA</ref>

== Etimologia e gentílico ==
Para Samuel Bochart, um francês do {{séc|XVII}} que se dedicou ao estudo da Bíblia, o nome Olissipo é uma designação pré-romana de "Lisboa" que remontaria aos [[fenícios]]. Segundo ele, a palavra “Olissipo” deriva de "Allis Ubbo" ou "Porto Seguro" em fenício, porto esse situado no [[estuário do Tejo]].<ref>{{citation|url=https://books.google.pt/books|título=Le rivage des mythes: une géocritique méditerranéenne, le lieu et son mythe|ultimo=Westphal|primeiro=Bertrand|ultimo2=Matvejević|primeiro2=Predrag|data=2001|editora=Presses Univ. Limoges|lingua=fr}}</ref> Não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria, a qual é descartada pelos académicos recentes. Segundo Francisco Villar,<ref>[https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=201875 Los indoeuropeos y los orígenes de Europa], [https://dialnet.unirioja.es/ Dial.net], base de dados</ref> “Olissipo” seria uma palavra de origem [[tartesso|tartessa]] sendo o sufixo ''ipo'' usado em territórios de influência Turdetano-Tartessica.<ref>[https://books.google.pt/books?id=G7zC8UCvmo0C&dq=tovar+olisipo+ipo&source=gbs_navlinks_s%7Csobrenome%3DVillar&redir_esc=y Indoeuropeos y no indoeuropeos en la Hispania prerromana]</ref> O prefixo "Oli(s)" não seria único visto estar associado a outra cidade lusitana de localização desconhecida, que [[Pompônio Mela]] dizia chamar-se "Olitingi".<ref>{{citation|url=https://books.google.com/books?id=_KsTAAAAYAAJ&pg=PT538&dq=olitingi&hl=en&ei=qY-mTIuyMYPGswa3-by6CA&sa=X&oi=book_result&ct=result|título=A Classical Dictionary: Containing a Copious Account of All the Proper Names Mentioned in Ancient Authors, with the Value of Coins, Weights, and Measures Among the Greeks and Romans, and a Chronological Table|ultimo=Lemprière|primeiro=John|data=1809|editora=T. Cadell and W. Davies|lingua=en}}</ref>

Os autores da [[Antiguidade]] conheciam uma [[lenda]] que atribuía a fundação de Olissipo ao [[mitologia grega|herói grego]] [[Odisseu|Ulisses]],<ref>[http://www.thelatinlibrary.com/solinus3a.htmlCAII JULII SOLINI DE MIRABILIBUS MUNDI. CAPITULA XXIII - XXXIV]{{ligação inativa|data=janeiro de 2019}}</ref> provavelmente baseando-se em [[Estrabão]]:<ref>{{Citar web|url=http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Strabo/3B*.html|titulo=LacusCurtius • Strabo's Geography — Book&nbsp;III Chapter&nbsp;2|acessodata=2022-10-24|website=penelope.uchicago.edu}}</ref> [[Odisseu|Ulisses]] teria fundado em local incerto da Península Ibérica uma cidade chamada Olissipo (''Ibi oppidum Olisipone Ulixi conditum: ibi Tagus flumen'').<ref>[http://www2.dlc.ua.pt/classicos/7.Puga.pdf A odisseia de um mito: diálogos intertextuais em torno da fundação de Lisboa por Ulisses nas literaturas anglófonas] – artigo de Rogério Miguel Puga, CETAPS, FCSH, Universidade Nova de Lisboa</ref><ref>[http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/zips/salves4.rtf O mito de Ulisses ou a queda da História] – artigo de Manuel Alves publicado no volume colectivo Literatura Comparada: Os Novos Paradigmas, Porto, Associação Portuguesa de Literatura Comparada, 1996, pp. 569-574 (download)</ref> Posteriormente, o nome latino teria sido corrompido para "Olissipona". [[Ptolomeu]] deu a Lisboa o nome de "Oliosipon". Os [[visigodos]] chamaram-na ''Ulishbon''<ref>Francisco Azevedo, ''Once Upon a Time in Rio: A Novel''; Simon and Schuster, 2014. pp. 299. ISBN 1451695578</ref> e os [[mouros]], que conquistaram Lisboa no ano 714, deram-lhe em [[língua árabe|árabe]] o nome {{lang|ar|اليكسبونا}} {{langp|ar|''al-Lixbûnâ''}} ou ainda {{lang|ar|لشبونة}} {{langp|ar|''al-Ushbuna''}}.<ref>{{Citar Web|url=https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/quantos-nomes-ja-teve-lisboa/|título=Quantos nomes já teve Lisboa|autor=[[Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul]]}}</ref>

Na [[gíria]] popular, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados "alfacinhas". A origem da palavra é desconhecida. Supõe-se que o termo se explica pelo facto de existirem hortas nas colinas da primitiva cidade de Lisboa, onde verdejavam "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina", vendidas na cidade. A palavra [[alface]] provém do árabe e poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península Ibérica pelos [[Islão|Muçulmanos]]. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa convencionaram tomar por ''alfacinha'' um lisboeta.{{ref ciberdúvidas|consultorio/perguntas/alfacinha--lisboeta/11602|Alfacinha <nowiki>=</nowiki> lisboeta|30-10-2003|ultimo=Ramilo|primeiro=Maria Celeste|acessodata=17-9-2023}}

== História ==
{{Artigo principal|História de Lisboa}}

=== Neolítico e fundação ===
[[Ficheiro:AntadeMonteAbraao1.jpg|thumb|[[Anta do Monte Abraão]], um [[dólmen]] [[Monumento megalítico|megalítico]] localizado na freguesia de [[Queluz e Belas]], no [[Município#Portugal|município]] de [[Sintra]], [[Distrito de Lisboa]]]]

Em Lisboa encontram-se vestígios do [[neolítico]], eneolítico e neoneolítico.<ref>{{Citar web|título=Neolítico - 5.000 anos A. C.|url=http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=1466|wayb=20131014020234|datali=2023|publicado=revelarlx.cm-lisboa.pt}}</ref> Durante o Neolítico, a região de Lisboa foi habitada por povos que também viveram neste período noutros espaços da [[Europa atlântica]]. Estes povos construíram vários [[Monumento megalítico|monumentos megalíticos]].<ref>{{citation|autor=Ana Araújo, Susana Correia, Fernando Lourenço e Maria Teresa Marques|título=Roteiros da Arqueologia Portuguesa|subtítulo=Lisboa e Arredores|língua=fr,en|local=Lisboa|editora=I.P.P.C. Depart. Arqueologia|ano=1986|páginas=64|volume=I}}</ref> É ainda possível encontrar alguns [[dólmen]]s<ref>{{Citar web|título=Em Homenagem às Origens da Lusitaneidade|wayb=20070821165756|datali=2012|url=http://caldeiraodabruxa.homestead.com/Escola4.html|publicado=caldeiraodabruxa.homestead.com|acessodata=4-6-2009|último=Daehnhardt|primeiro=Rainer}} {{Verificar credibilidade}}</ref> e [[menir]]es<ref>{{Citar web|url=http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/73615|título=Conjunto Megalítico de Barreira|publicado=Instituto Português do Património Arquitectónico|acessodata=2009-6-4|datali=2022}}</ref> na atual área metropolitana. Situado no [[Estuário do Tejo|estuário do rio Tejo]], o excelente porto de Lisboa tornou-a cidade ideal para abastecer de alimentos os navios que rumavam para as [[Cassitérides|Ilhas do Estanho]] (actuais [[Ilhas Scilly]]) e para a [[Cornualha]]. O [[protoindo-europeus|povo]] [[celtas|celta]] invadiu a Península no {{AC|primeiro milénio|x}}.<ref>{{Citar web|url=http://www.dalmeida.com/ensino/historia.htm|titulo=Evolução histórica da agricultura|autor=Domingos Almeida]}}</ref> Graças a casamentos tribais com os [[povos ibéricos pré-romanos]], aumentou significativamente na região o número de falantes da [[línguas celtas|língua celta]]. O povoado pré-romano de Olissipo, com origem nos séculos {{AC|VIII-VII|nl}}, assentava no morro e na encosta do [[Castelo de São Jorge|castelo]]. A Olissipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante de Portugal. Estima-se que a sua população rondasse entre {{fmtn|2500}} e {{fmtn|5000}} pessoas.<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=7ev-DW7WEaAC&dq=olisipo&source=gbs_navlinks_s|nome=Carlos Gómez|sobrenome=Bellard|título=Ecohistoria del paisaje agrario|subtítulo=la agricultura fenicio-púnica en el Mediterráneo|idioma=es|edição=1|local=València|editora=Universitat de València|ano=2003|páginas=270|volume=1}}</ref> Olissipo seria um bom fundeadouro para o tráfego marítimo e para o comércio com os fenícios.<ref>[http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/12125.pdf Os Primeiros Momentos da Colonização Fenícia na Península Ibérica: uma visão síntese das realidades socioeconómicas de Gadir em contacto com os indígenas] – texto de João Pedro Oliveira e Silva, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.museudacidade.pt/Esposicoes/Permanente/Paginas/Olisipo%E2%80%93A-Cidade-Romana-sec-II-ac%E2%80%93sec-IV-dc.aspx#|titulo=Olisipo – A Cidade Romana (séc. II a.C. – séc. V d.C.)|acessodata=2-10-2010|wayb=20100401071325|urlmorta=yes }}</ref>

[[Imagem:Escavações_Arqueológicas_da_Sé_de_Lisboa_-_Portugal_(14862142685).jpg|thumb|Achados arqueológicos fenícios debaixo dos claustros da [[Sé de Lisboa]]]]

Achados [[arqueologia|arqueológicos]] sugerem que já havia trocas comerciais com os fenícios na região de Lisboa em {{AC|1200|n}},<ref>[https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/24204/1/O%20povoamento%20pr%C3%A9-romano%20de%20Freiria%20-%20Cascais.pdf O Tejo, palco de interação entre Indígenas e Fenícios] – texto de Guilherme Cardoso e José d’Encarnação em [https://estudogeral.sib.uc.pt/ Estudo Geral nº 2, setembro 2013]</ref> levando alguns historiadores a admitir que teriam habitado o que é hoje o centro da cidade, na parte sul da colina do castelo. Na praça de D. Luís, em Lisboa, foram localizados vestígios de um fundeadouro com mais de 2000 anos, remontando ao {{-séc|I}} e ao {{DC|V|x}}, onde os navios ancoravam para fazer descargas e reparações e também para o trânsito de passageiros e carga.<ref>[http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=68811 Fundeador romano encontrado em Lisboa é achado extraordinário]</ref> Além de viajarem daí para o Norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da [[Península Ibérica]] para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.<ref>[http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/12125.pdf Os Primeiros Momentos da Colonização Fenícia na Península Ibérica: uma visão síntese das realidades socioeconómicas de Gadir em contacto com os indígenas] – artigo de João Pedro Oliveira e Silva, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa</ref> Outros importantes produtos aí comercializados eram o [[sal]], o peixe salgado e os [[puro-sangue lusitano|cavalos puros-sangue lusitanos]], bem conhecidos na Antiguidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.cavalo-lusitano.com/historial|título=Historial do Cavalo Puro Sangue Lusitano|publicado=Associação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusitano|acessodata=4-6-2009|wayb=20090511061152|urlmorta=yes}}</ref>

Na década de 1990<ref>, [http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/?sid=sitios.resultados&subsid=56204 Sé de Lisboa], CNS:3229, [http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/ Portal do Arqueólogo]</ref> vestígios fenícios do {{-séc|VIII}} foram encontrados sob a [[Sé de Lisboa]]. Não obstante, alguns historiadores modernos consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, convictos que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de [[ópido]]) que se limitava a estabelecer relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas e de outros artefactos com tal origem.<ref>[[José Mattoso|Mattoso, José]] (dir.), ''História de Portugal. Primeiro Volume: Antes de Portugal'', Lisboa, Círculo de Leitores, 1992.</ref>

=== Período romano ===
{{Artigo principal|Olissipo}}
[[Imagem:Teatro_Romano_-_Museu_de_Lisboa_-_Portugal_(50812035686).jpg|thumb|[[Ruínas do teatro romano de Lisboa|Ruínas do teatro romano]] de [[Olissipo]]]]

As influências civilizacionais desta região [[saloio|saloia]] da [[Estremadura]] é [[fenícia]], [[Civilização cartaginesa|púnica]] e, sobretudo, em termos estruturais, [[berberes|berbere]]-[[mouros|moura]] e latino-romana.<ref>[https://documentariofundeadouroromano.files.wordpress.com/2015/02/vista_olisipo6.jpg Lisboa romana] – ilustração: O porto de Olissipo. Reconstituição virtual 3D por César Figueiredo</ref> Esta última, exógena, mais requintada, dominará enquanto cultura de poder, nas estruturas administrativas e do ensino, quando os legados do [[Império Romano]] são apropriados pela [[Igreja Católica]].<ref>[http://www.museudodinheiro.pt/uploads/2015/12/a-muralha-de-d-dinis-e-a-cidade-de-lisboa.pdf A Muralha de D. Dinis e a Cidade de Lisboa - Fragmentos arqueológicos e evolução histórica] – texto de Artur Rocha em [http://www.museudodinheiro.pt/ Museu do Dinheiro]</ref><ref>[http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/revistaportuguesadearqueologia/8_2/5/12.p.313-334.pdf Novos dados sobre a ocupação pré-romana da cidade de Lisboa: as ânforas da sondagem n.º 2 da Rua de São João da Praça] – artigo em [http://www.patrimoniocultural.pt/ Património Cultural]</ref>

Após a conquista de [[Cartago]], os [[Roma Antiga|romanos]] iniciam as [[Conquista romana da Península Ibérica|conquista da Península Ibérica]]. Cerca de {{AC|139/138|nl}}, conquistaram Olissipo, durante a campanha de [[Décimo Júnio Bruto Galaico]], que reforçou as muralhas da cidade para se defender das tribos hostis. ''Felicitas Julia'' beneficia assim do estatuto de [[município romano|município]], juntamente com os territórios em seu redor, num raio de 50 [[Quilômetro|km]], não pagando impostos a [[Roma]], ao contrário do que se passava com quase todos os outros [[castro]]s e povoados [[indígenas|autóctones]] conquistados. A cidade foi por fim integrada, com larga autonomia, na [[província romana|província]] da [[Lusitânia]], cuja capital era [[Emerita Augusta|Emeritas Augusta]], a actual [[Mérida (Espanha)|Mérida]], situada na [[Estremadura (Espanha)|Estremadura espanhola]]. A Olissipo romana dispunha-se em anfiteatro desde a colina do Castelo de São Jorge até ao Terreiro do Trigo, o Campo das Cebolas, a antiga Ribeira Velha e a [[Rua Augusta (Lisboa)|Rua Augusta]].<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=RT9K8cek_HwC&dq=olisipo&source=gbs_navlinks_s|título=IV Reunió D'Arqueología Cristiana Hispànica|subtítulo=Lisboa, 28-30 de Setembre/1-2 D'octubre de 1992 = Lisboa, 28-30 Setembro/1-2 Outubro 1992|idioma=catalão |edição=4|local=Barcelona|editora=Institut d'Estudis Catalans|ano=1995|páginas=546|volume=1}}</ref> Um dos mais antigos e importantes vestígios da presença romana em Lisboa são as [[ruínas do teatro romano de Lisboa|ruínas de um magnífico teatro]] ({{séc|I}}) então construído no local que hoje corresponde ao n.º&nbsp;3A da Rua de São Mamede, em [[Alfama]], muito frequentado pelas elites da época.<ref>{{Citar web|ultimo=Carvalho|primeiro=Cláudia Lima|url=https://www.publico.pt/2015/09/30/culturaipsilon/noticia/teatro-romano-reabre-para-nos-dar-mais-um-pouco-da-historia-de-lisboa-1709657|titulo=Teatro Romano reabre para nos dar mais um pouco da história de Lisboa|acessodata=2022-10-24|website=Público|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.dn.pt/artes/museu-do-teatro-romano-conta-23-seculos-da-vida-de-lisboa--4806080.html|titulo=Museu do Teatro Romano conta 23 séculos da vida de Lisboa|acessodata=2022-10-24|website=www.dn.pt}}</ref><ref>[http://www.agendalx.pt/local/museu-de-lisboa-teatro-romano Museu de Lisboa – teatro romano] em [http://www.agendalx.pt/ Agenda Cultural de Lisboa]</ref><ref>[http://www.rtp.pt/play/p2002/e216675/visita-guiada Visita Guiada (V), RTP2] – programa de [[Gabriela Canavilhas]] em 5 de março 2016</ref>

No tempo dos romanos, a cidade era famosa pelo fabrico de [[garum]], alimento de luxo feito de pasta de peixe, conservado em [[ânfora]]s e exportado para Roma e todo o império. Outros produtos comercializados eram o [[vinho]] e o [[sal]]. [[Ptolemeu|Ptolomeu]] designava essa primordial Lisboa como sendo a cidade de [[Odisseu|Ulisses]]. No seu tempo, para além exploração das minas de ouro e prata, a maior receita provinha de tributos, impostos, resgates e saques, que incluíam [[ouro]] e [[prata]] dos tesouros públicos dos povos da Lusitânia e de outras [[feitoria]]s peninsulares.<ref>{{Citar web|url=http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/09253885489847339647857/014845.pdf|título=Fuentes literarias griegas y romanas referentes a las explotaciones mineras de la Hispania romana|autor=José María Blázquez Martínez|obra=Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes|acessodata=28-7-2010}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/12604174228150424198846/020226.pdf?incr=1|título=Roma y la explotación económica de la Península Ibérica|autor=José María Blázquez Martínez|obra=Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes|acessodata=28-7-2010}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://descargas.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/13559953901917940700080/025178.pdf?incr=1|título=Mineros antiguos españoles|autor=Antonio Blanco Freijeiro e José M. Luzón Nogué|obra=Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes|acessodata=28-7-2010}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/8325/2/2022.pdf|título=A Actividade Mineira em Portugal durante a Idade Média|autor=Luís Miguel Duarte|obra=Faculdade de Letras do Porto|acessodata=28-7-2010}}</ref> No finais do império romano, Olissipo seria um dos primeiros agregados que espontaneamente acolheram o [[cristianismo]]. O primeiro [[Patriarcado de Lisboa|bispo da cidade]] foi [[Gens de Lisboa|São Gens]]. Em consequência da queda do império, Lisboa foi vítima de [[Migrações dos povos bárbaros|invasões bárbaras]], dos [[alanos]], dos [[vândalos]] e dos [[Reino Suevo|suevos]], tendo sido parte do seu reino. Foi tomada pelos [[visigodos]] de [[Reino Visigótico|Toledo]], que lhe chamavam “Ulishbona”.<ref name="História">{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/?idc=4|titulo=Pequeno Resumo Histórico de Lisboa|publicado=Câmara Municipal de Lisboa|acessodata=2-7-2009}}</ref>

=== Período muçulmano ===
{{AP|vt=s|Invasão muçulmana da Península Ibérica|Al-Andalus}}
[[Imagem:Cerca_Velha_(Portas_do_Sol)_na_r_Norberto_de_Araújo_8747.jpg|thumb|Parte da [[cerca moura]]]]
[[Ficheiro:Castelo_de_São_Jorge_e_restos_das_cercas_de_Lisboa1.jpg|thumb|O [[Castelo de São Jorge]] foi uma [[alcáçova]] construída pelos [[mouros]]]]

Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, “Ulishbuna” pouco mais seria que uma vila como muitas outras do início do {{séc|VII}}. Em 711, aproveitando uma guerra civil dos visigodos, tropas [[mouros|mouras]] lideradas por [[Tárique]] [[invasão muçulmana da Península Ibérica|invadem a Península Ibérica]]. O que sobra do ocidente peninsular romano é conquistado por [[Abdalazize ibne Muça]], um dos filhos de Tárique.<ref>[http://www.portodelisboa.pt/portal/page/portal/PORTAL_PORTO_LISBOA/PORTO_LISBOA/HISTORIA História] (Porto de Lisboa) ''Com a queda do Império Romano, seguiram-se os Suevos e os Visigodos que controlaram a cidade desde 472. Os mouros tomaram Lisboa – Asch-Bonnah – em 714 e desenvolveram o porto através das suas actividades comerciais mediterrânicas e atlânticas''</ref><ref>[http://iem.fcsh.unl.pt/imagens/files/cronologia_gharbalandalus.pdf Gharb Al-Andalus (711 - 1250)] ''Capitulação sem resistência de Évora, Santarém, Lisboa e Coimbra, ante Abdalazize ibne Muça. As regiões a norte do Tejo, até ao Mondego, ficaram também sob regime de autonomia, de natureza idêntica ao antes estabelecido com Teodomiro. A capital desta região foi, durante um século, Coimbra''</ref><ref>[http://www.academia.edu/1238806/_Al_Usbuna_Lisboa_isl%C3%A2mica_711-1147_in_Hist%C3%B3ria_de_Lisboa-_Tempos_fortes_Coord._Jos%C3%A9_Manuel_Garcia._Lisboa_C%C3%A2mara_Municipal._GEO_2009_pp._17-19 Al Usbuna: Lisboa islâmica, 711-1147] ''A tomada de Al-Usbuna pelo poder muçulmano dá-se em 714, quando Aidulfo, pertencente à nobreza visigoda, entrega a cidade por via diplomática a Abd al-Aziz''</ref> A cidade pertenceu à primeira [[Taifa de Badajoz]] no ano de 1013, criada por Sabur al-Amiri (1013–1022), um ''[[saqaliba]]'', antigo súbdito de {{lknb|Aláqueme|II}}.<ref>{{Citar web|url=http://michalw.narod.ru/SlavicSpain.html|título=Slavs of Muslim Spain|autor=Michal Warczakowski|obra=Site de Michal Warczakowski|acessodata=28-7-2010}}</ref><ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=s-YxL2tIbEgC|nome=Vicente Salas|sobrenome=Merino|título=La Genealogía de Los Reyes de España|idioma=es|edição=4|local=Madrid|editora=Editorial Visión Libros|páginas=340|volume=1}}</ref>

Em 754 houve uma incursão de [[vikings|viquingues]] na costa de Lisboa. Esta frota nórdica era constituída por 6 navios e cerca de 520 homens e mulheres que se pensa serem originários do que é hoje o sul da [[Noruega]]. Esta frota desembarcou e destruiu vilas costeiras. Ficaram 12 dias até o atual governo de Lisboa finalmente agir e organizar uma força de 300 homens do Norte de África que recentemente tinham chegado de [[Marrocos]]. Finalmente saíram e navegaram rumo ao Mediterrâneo. Os [[cristãos]] de Lisboa foram considerados responsáveis pelos muçulmanos e muitos foram expulsos da região.<ref>Eduardo Morais Moreno, ''Os viquingues em Espanha'', nº 12 de ''História de Iberia Velha'', HRH Editores, [[Madrid]], 2006.</ref>

{{ilc|nl=s|Almunime al-Himiar}} descreve Lisboa:
{{quote|É uma cidade à beira-mar, com ondas que se quebram de encontro às muralhas, admiráveis e de boa construção. A parte ocidental da cidade é encimada por arcos sobrepostos assentes em colunas de mármore apoiadas em envasamentos de mármore. Por natureza, a cidade é belíssima".|fonte=<ref>{{citation|url=https://books.google.com/books?id=cjYynN2AyD4C&pg=PA7&dq=lenda+ulisses+lisboa&hl=en&ei=bK8UTZP5Nomo8QPv5-2EBw&sa=X&oi=book_result&ct=result|título=Esta Lisboa|ultimo=Vieira|primeiro=Alice|data=1993|editora=Caminho|página=14}}</ref>}}

O geógrafo [[Iacute de Hama]] revela outras coisas ainda:
{{quote|É uma velha cidade perto do mar, a oeste de [[Córdova (Espanha)|Córdova]]. Nos montes à sua volta há lindos falcões e nela se produz o melhor mel de todo o al-Andalus, conhecido como al-ladharnî. Parece açúcar e conserva-se embrulhado em pano para não se estragar. A cidade é junto do rio Tejo e perto do mar. Tem no solo jazidas de ouro puro e nas encostas excelente âmbar".|fonte=<ref>[http://www2.fcsh.unl.pt/iem/medievalista/MEDIEVALISTA1/PDF/GHARB%20AL%20ANDALUS%20pdf.pdf O Gharb al-Andalus em dois geógrafos árabes do {{séc|VII/XIII:}} Yâqût al-Hamâwî e Ibn Sa 'îd al-Maghribî]</ref>}}

=== Reconquista ===
{{Artigo principal|vt=s|Reconquista}}
[[Imagem:Siege_of_Lisbon_by_Roque_Gameiro.jpg|thumb|Representação artística do [[Cerco de Lisboa (1147)|Cerco de Lisboa]], ocorrido em 1147]]
[[Imagem:A peste obrigando os Castelhanos a levantar o cerco de Lisboa (1901) - Constantino Sobral Fernandes (Museu de Lisboa, MC.PIN.0225).png|thumb|''A Peste obrigando os Castelhanos a levantar o Cerco a Lisboa'' (1901), por Constantino Fernandes. Quadro alusivo a um dos episódios ocorridos durante a [[Crise de 1383-1385|Crise de 1383–1385]]]]

A primeira tentativa de reconquista de Lisboa ocorre em 1137. Fracassa frente às muralhas da cidade. Em 1140, acorrem aos sediantes [[segunda Cruzada|cruzados]] em trânsito por Portugal. Juntos, empreendem novo ataque, que também falha. Só sete anos depois, os cristãos [[Cerco de Lisboa (1147)|reconquistariam]] a povoação dando graças ao primeiro rei de Portugal, [[Afonso Henriques]]. O rei concede-lhe [[foral]] em 1179. Em 1255, graças à sua localização estratégica, Lisboa torna-se a capital do reino. Terminada a [[reconquista]], consolidada a religião [[cristão|cristã]] e instituída a [[língua portuguesa]], é criada a [[Patriarcado de Lisboa|diocese de Lisboa]] que, no {{séc|XIV}}, será elevada a [[metrópole]] ([[arquidiocese]]).<ref>{{Citar periódico |url=https://www.academia.edu/6741510/_O_padroado_r%C3%A9gio_na_diocese_de_Lisboa_durante_a_Idade_M%C3%A9dia_uma_institui%C3%A7%C3%A3o_in_diminuendo_Fragmenta_Historica_Hist%C3%B3ria_Paleografia_e_Diplom%C3%A1tica_1_2013_p_39_107 |titulo=«O padroado régio na diocese de Lisboa durante a Idade Média: uma instituição in diminuendo», Fragmenta Historica – História, Paleografia e Diplomática, 1 (2013), p. 39-107 |acessodata=2022-04-04 |ultimo=Farelo |primeiro=Mário |lingua=en}}</ref>

Nos últimos séculos da [[Idade Média]] a cidade expandiu-se e tornou-se um importante [[porto (transporte)|porto]], com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do [[Mar Mediterrâneo]]. Em 1290 o rei [[Dinis I de Portugal|Dom Dinis]] criou a primeira [[universidade]] portuguesa em Lisboa que, por causa de um incêndio, foi transferida para [[Coimbra]] em 1308, quando a cidade já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.<ref>{{citar web |url=https://www.crup.pt/universidade-de-coimbra/#|editor=[[Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas]]|titulo=Universidade de Coimbra|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref>

[[Fernando I de Portugal|Dom Fernando I]], ''o Formoso'', construiu a famosa Muralha Fernandina, já que a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da [[burguesia]], a maior parte do [[dinheiro]] utilizado na execução do projeto veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.<ref>[http://geo.cm-lisboa.pt/fileadmin/GEO/Imagens/GEO/Livro_do_mes/Vieira_da_Silva/Cerca_Fernandina/AU31_P2_51-84.pdf Descrição] em [http://geo.cm-lisboa.pt/ Gabinete de Estudos Olissiponenses] (CML)</ref>

O novo capítulo da história de Lisboa é iniciado com a revolução motivada pela [[Crise dinástica de 1383–1385|crise de 1383–85]]. Após a morte de Fernando de Portugal, o Reino deveria passar a ter como soberano nominal o [[Lista de monarcas de Castela|rei de Castela]], {{lknb|d=d|João|I|de Castela}}, e ser regido por [[Leonor Teles]]. Porém o rei castelhano quis ser soberano efectivo ou, como se costuma dizer, "rei e senhor", persuadindo a sogra e rainha regente a renunciar ao governo e a ceder-lho. Isto, sem o consentimento das Cortes, constituía uma usurpação de poder, o que deu guerra. Depois de cerca de ano e meio de luta, a [[burguesia]] da cidade, com as suas ligações inglesas e capitais avultados, seria um dos vencedores: o [[João I de Portugal|Mestre de Avis]] é aclamado reirei, depois de levar a bom termo o [[Cerco de Lisboa (1384)|cerco de Lisboa de 1384]] e antes de ganhar, em 1385, a [[Batalha de Aljubarrota]], sob a liderança de [[Nuno Álvares Pereira|Nun'Álvares Pereira]], contra as forças castelhanas reforçadas com militares franceses e apoiadas pelos [[fidalgo]]s portugueses que prestavam vassalagem ao rei de Castela.<ref>[http://www.arqnet.pt/portal/portugal/documentos/eleicao_djoao.html Auto da eleição do rei {{Dom|João I}}, de 6 de Abril de 1385, Fonte: Frei Manuel dos Santos, Monarquia Lusitana, parte 8.ª, págs. 668 e segs. D.] [[António Caetano de Sousa]], Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo I, págs. 340 e segs, Portal da História, Manuel Amaral 2000-2010</ref> Em 1385, Lisboa substitui Coimbra como capital do reino.<ref>{{citation|url=https://books.google.com/books?id=9cy_MXlxqFYC&printsec=frontcover&dq=Camillo+Castello+Branco++By+Anonymous&hl=en&ei=je4XTc6qFcma8QPBqfz9Bg&sa=X&oi=book_result&ct=result|título=Camillo Castello Branco|ultimo=Branco|primeiro=Camillo Castello|data=outubro de 2009|editora=BiblioBazaar|página=54|lingua=pt}}</ref>

=== Era dos Descobrimentos ===
{{Artigo principal|Era dos Descobrimentos|Descobrimentos portugueses}}
[[Imagem:Lisboa 1500-1510.jpg|thumb|A mais antiga representação de Lisboa (1500–1510) da ''Crónica de Dom Afonso Henriques'', por [[Duarte Galvão]]]]
[[Imagem:City of Lisbon, 1572.jpg|thumb|Lisboa em 1572]]
[[Imagem:Joyeuse Entrée (Entrada de D. Filipe II em Lisboa).jpg|thumb|Entrada de [[Filipe III de Espanha|D.
Filipe&nbsp;II]] em Lisboa em 1613]]

Os descobrimentos marítimos portugueses eram, nos finais do {{séc|XV}}, uma das prioridades estratégicas de {{lknb|d=d|João|II|de Portugal}}, que ascendeu ao trono em 1481 e que mudou a sua residência do [[Castelo de São Jorge]] para o Terreiro do Paço ([[Paço da Ribeira]]) que, por esse motivo, assim ficou conhecido: o grande “terreiro” onde e em redor do qual se concentravam os grandes estaleiros de construção naval de Lisboa e onde ficou instalado o [[Palácio|paço]] real, no lado ocidental da “praça do comércio”. Seria esse o melhor local para o jovem soberano vigiar o Tejo, lá do alto de uma fina torre, ali mesmo a dois passos das ruelas de fama duvidosa por ele preferidas em escapadelas nocturnas. Portugal fica na vanguarda dos países seus contemporâneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado e ao abrir as portas a especialistas [[aragoneses]], [[catalães]], [[italianos]] e [[alemães]] com o objectivo de aumentar e enriquecer os conhecimentos náuticos de oficiais e simples marinheiros. Esta política seria incrementada com o saber de pilotos orientais.<ref>{{Citar web|url=http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/naus-caravelas-portuguesas.shtml|título=Descobrimento: As naus e caravelas portuguesas|obra=Revista Veja|acessodata=28-7-2010|wayb=20110517152014|urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.museudaciencia.pt/gfx//bd/100323152805_leitao_barata2.pdf|autor=José Alberto Leitão Barata|título=Navegando as Margens: Os Limites da Expansão Oriental Portuguesa|obra=Museu da Ciência da Universidade de Coimbra|acessodata=28-7-2010|wayb=20121120134130|urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.arscives.com/bladesign/history.htm|título=Untold History of Portuguese: Men, Weapons and Balls|autor=António Conceição Júnior|obra=arscives.com|acessodata=28-7-2010}}</ref><ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=Klp8i0nSoH4C&dq=genoveses+portugueses+mediterraneo&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s|título=El món urbà a la Corona d'Aragó de 1137 als decrets de nova planta|subtítulo=XVII Congrés d'Història de la Corona d'Aragó|idioma=es|edição=1|local=Barcelona|editora=Edicions Universitat Barcelona|ano=2003|volume=1}}</ref>

Várias expedições se fazem com tripulações portuguesas integrando expatriados de outros reinos que levarão à descoberta dos arquipélagos dos [[Açores]], [[Arquipélago da Madeira|Madeira]] e [[Canárias]]. Com sérios argumentos, afirmam alguns historiadores que [[caravela]]s portuguesas terão entretanto alcançado o [[Brasil]]. Relacionam-se tais argumentos com projectos secretos de João II que, antes do [[Tratado de Tordesilhas]] contratou navegantes e [[cartografia|cartógrafo]]s. De Lisboa partem inúmeras expedições nessa época dos [[Descobrimentos portugueses|descobrimentos]] (séculos XV a XVII), como a de [[Vasco da Gama]], em 1497–1498, fazendo melhorar o porto de Lisboa, centro mercantil da [[Europa]], ávida por ouro e especiarias.<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=w41UcD6ImZYC&dq=portugueses+descobertas+ouro+africa+asia+-brasil&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s|autor1=Rodrigues, Jorge Nascimento|autor2=Devezas, Tessaleno|título=Portugal:o pioneiro da globalização|subtítulo=a Herança das descobertas |edição=1|local=Vila Nova de Famalicão|editora=Centro Atlântico|ano=2009|páginas=606|volume=1}}</ref>

Na alta da expansão colonial portuguesa, as casas ribeirinhas de Lisboa tinham entre três a cinco andares: uma loja e, acima dela, instalações comerciais. Duas gravuras da Rua Nova dos Mercadores no {{séc|XVI}} descobertas em Londres ilustram essa realidade e o importante papel da presença negra na cidade.<ref>[http://www.publico.pt/ciencia/noticia/a-quinta-avenida-do-seculo-xvi-ficava-em-lisboa-1716946 A quinta avenida do {{séc|XVI}} ficava em Lisboa] – notícia do jornal Público, 10/12/2015</ref> Lisboa passou a ocupar o lugar de [[Génova]] no comércio de escravos<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=0B8NAQAAIAAJ&dq=comerce+of+slaves++genova&lr=&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s|nome=William D.|sobrenome=Phillips|título=Slavery from Roman times to the early transatlantic trade|idioma=inglês|edição=1|local=Manchester|editora=Manchester University Press ND|ano=1985|páginas=286|volume=1}}</ref> provenientes de África, da Península Ibérica<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=FvUygSjHwSQC&dq=peireto+giovanni+scriba&source=gbs_navlinks_s|nome=Steven|sobrenome=Epstein|título=Speaking of slavery|subtítulo=color, ethnicity, and human bondage in Italy|idioma=inglês|local=New York|editora=Cornell University Press|ano=2001|páginas=215|volume=1}}</ref> e resto da Europa<ref>{{citation|url=http://books.google.com/books?id=oZYRAAAAIAAJ&dq=middle+ages+slavery+traffic+slave+markets&lr=&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s|nome=George S.|sobrenome=Sawyer|título=Southern institutes|subtítulo=or, an inquiry into the origin and early prevalence of slavery and the slave-trade, with an analysis of the laws, history, and government of the institution in the principal nations, ancient and modern, from the earliest ages down to the present time|idioma=inglês|local=Pensilvânia|editora=J.B. Lippincott & Co.|ano=1859|páginas=381|volume=1 }}.</ref> Tornou-se um porto em que circulavam cativos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa.<ref>{{citation|url=http://www.google.com/books?id=p0jXzU1pT3YC&dq=ivan+van+sertima&lr=&as_brr=3&source=gbs_navlinks_s|nome=Ivan|sobrenome=Van Sertima|título=African presence in early Europe|idioma=inglês|local=New Jersey|editora=Transaction Publishers|ano=1986|páginas=317|volume=7}}</ref><ref>{{Citar web|autor=Alfonso Pozo Ruiz|url=http://personal.us.es/alporu/histsevilla/esclavos_procedencia.htm|título=La procedencia de los esclavos negros en Sevilla|obra=personal.us.es|acessodata=28-7-2010}}</ref>

A maior riqueza de Lisboa desde o fim do {{séc|XVI}} era o [[ouro]] e o [[monopólio]] dos produtos do [[Brasil]]. Findos os conflitos e guerras entre conservadores e liberais, foi perdido o monopólio e do ouro só uma pequena parte chegava aos cofres reais devido ao contrabando e à pirataria.<ref>{{citation|url=https://books.google.com/books?id=8MQlBP0IrHgC&pg=PA73&dq=gold+brazil++smugglers+piracy&hl=en&ei=GwEFTtzFCdODhQfEq-SECA&sa=X&oi=book_result&ct=result&sqi=2|título=A Concise History of Portugal|ultimo=Birmingham|primeiro=David|data=2003-11-13|editora=Cambridge University Press|página=73|lingua=en}}</ref><ref>{{citation|url=https://books.google.com/books?id=LdrBUR6jtIYC&pg=PA100&dq=gold+brazil++smugglers+colony&ei=TwYFTtfEMsLX8gOI4qSwDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&hl=en|título=A Companion to Latin American History|ultimo=Holloway|primeiro=Thomas H.|data=2011-3-21|editora=John Wiley & Sons|local=101|lingua=en}}</ref>

[[Imagem:Terreiro do Paço em 1662.jpg|thumb|Terreiro do Paço em 1662, junto à arcaria vê-se soldados portugueses a praticar tiro em plena [[Guerra da Restauração]]]]
[[Imagem:A View of the City of Lisbon the Capital of the Kingdom of Portugal (séc. XVIII).png|thumb|Representação da cidade no {{séc|XVIII}}]]

Encontrava-se o país numa situação económica difícil quando as nações da Europa, iniciando a industrialização, enriqueciam com o comércio das [[América]]s (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da [[Ásia]]. Os problemas do comércio aumentam quando, em 1636, os [[catalães]] se revoltam, povo mercador como o de Lisboa também oprimido pelas taxas castelhanas. É a Portugal que Madrid vem reclamar homens e fundos para submeter a [[Catalunha]]. É então que os mercadores da cidade se aliam à pequena e média nobreza. Tentam convencer o [[Duque de Bragança]], Dom João, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta nobreza, é favorecido por Madrid e só a intenção de o tornar rei o convence. Os conspiradores assaltam o Palácio do Governador e aclamam o novo rei ([[João IV de Portugal|D. João IV]]), primeiramente com o apoio do Cardeal [[Cardeal de Richelieu|Richelieu]], francês, e depois recorrendo à [[Aliança Luso-Britânica|velha aliança]] com a [[Inglaterra]], processo este designado como [[Restauração da Independência]] (1640).<ref>Hespanha, António Manuel. As estruturas políticas em Portugal na Época Moderna. IN: TENGARRINHA, José e (org.) História de Portugal. São Paulo: EDUSC/ UNESP, 2001, p. 139-147. FRANÇA, Eduardo D’Oliveira. Portugal na época da Restauração. São Paulo: Editora HUCITEC, 1997.</ref>

Lisboa seria então o grande palco de [[auto de fé|autos-de-fé]] movidos pela [[Igreja Católica|Igreja]] contra [[apostasia|apóstata]]s, [[heresia|herético]]s, [[cristão-novo|cristãos-novos]], [[judeus]] em particular, acusados de desvios do [[cristianismo]].<ref>[http://lisboa.do.sapo.pt/PortJudeusHist.html Judaísmo em Portugal] {{Wayback|url=http://lisboa.do.sapo.pt/PortJudeusHist.html#|date=20130310035322 }} – artigo de [http://www.filorbis.pt/ Carlos Fontes] sobre a Inquisição]</ref> Além destes, qualquer cidadão podia ser sacrificado por “pecados” irrisórios denunciados por vinganças mesquinhas. A [[denúncia|delação]] era elevada a virtude. Na maior parte dos casos por falsas razões ou por motivos fúteis, as vítimas eram queimadas vivas em aparatosas fogueiras acendidas em locais como o Rossio e a Praça do Comércio, perante multidões excitadas que à vezes apaziguavam a vergonha com churrascadas e vinho.<ref>[http://www.diario-universal.com/2009/08/aconteceu/o-ultimo-auto-de-fe/ O Último Auto-de-Fé] {{Wayback|url=http://www.diario-universal.com/2009/08/aconteceu/o-ultimo-auto-de-fe/#|date=20160215224445 }} em [http://www.diario-universal.com/ Diário Universal]</ref><ref>[https://www.yumpu.com/pt/document/view/12995520/episodios-dramaticos-da-inquisicao-portuguesa/19 Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa] – livro de [[António Baião]]</ref> Tais espectáculos, animados por hábeis [[carrasco]]s da Coroa, em que participavam representantes das autoridades eclesiástica e [[Secularismo|secular]], duraram até 1821. Eram regularmente honrados com a presença do rei {{lknb|d=d|João|V|de Portugal}}, que se empenhava em não ficar aquém da vizinha Espanha e de outros países europeus em obras grandiosas, notáveis feitos e grandes medidas como as do [[Congregação para a Doutrina da Fé|Santo Ofício]]. Tais práticas repressivas, cultivando o medo, suscitando um [[estigma social|estigma]] na alma de um povo, serviriam de modelo a governantes vindouros, que delas souberam tirar bom partido.<ref>[http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/7084.pdf A Inquisição como saber] – artigo de Sónia Siqueira em [http://ler.letras.up.pt/ Biblioteca digital], [[Faculdade de Letras da Universidade do Porto]]</ref><ref>[https://www.publico.pt/temas/jornal/quem-tem-medo-da-inquisicao-portuguesa-26331005 Quem tem medo da Inquisição portuguesa?] – artigo de Isabel Salema, jornal Público, 12 abril 2013</ref> Foi ele quem ordenou em 1731 a construção do [[Aqueduto das Águas Livres]].<ref>{{citar web |url=https://ensina.rtp.pt/artigo/aqueduto-das-aguas-livres-e-a-inspiracao-do-tratado-de-vitruvio/|titulo=Aqueduto das Águas Livres e a inspiração do Tratado de Vitrúvio|editor=[[RTP]]|data=2018|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref>

=== Sismo de 1755 e a Lisboa Pombalina ===
{{Artigo principal|Sismo de Lisboa de 1755}}
[[Imagem:Lissabon-3.jpg|thumb|Representação do Sismo de Lisboa, um dos mais fortes [[sismo]]s da história]]
[[Imagem:Gaiola pombalina.jpg|thumb|Maquete de uma [[gaiola pombalina]]]]

Lisboa foi quase na totalidade destruída a 1 de Novembro de 1755 por um terrível sismo.<ref>{{citar web|url=https://www.britannica.com/event/Lisbon-earthquake-of-1755|titulo=Lisbon earthquake of 1755|editor=[[Enciclopédia Britânica]]|acessodata=27-8-2018}}</ref> Foi reconstruída segundo os planos traçados pelo [[Sebastião José de Carvalho e Melo|Marquês de Pombal]], [[Ministério da Guerra (Portugal)|Ministro da Guerra]] e [[Ministério dos Negócios Estrangeiros (Portugal)|Negócios Estrangeiros]]. Oriundo da baixa [[nobreza]], depressa reagiu perante as ruínas do sismo logo depois de ter dito ser necessário ''enterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir a cidade''. A parte central reconstruída terá o nome de [[Baixa de Lisboa|Baixa Pombalina]]. A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permitiria desenhar as praças do [[Praça D. Pedro IV|Rossio]] e [[Praça do Comércio|Terreiro do Paço]], esta com uma belíssima [[arcada]] aberta em frente do [[rio Tejo]].<ref>{{citar web |url=https://ensina.rtp.pt/artigo/a-reconstrucao-de-lisboa-apos-o-terramoto/|titulo=A reconstrução de Lisboa|editor=[[RTP]]|data=1999|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref> Ainda no {{séc|XVIII}} e a instâncias de {{lknb|d=d|João|V|de Portugal}}, o papa concedeu ao arcebispo da cidade o título honorífico de patriarca e a nomeação automática como [[cardeal]] (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa").<ref>{{citar web |url=https://www.dn.pt/sociedade/d-joao-v-e-quase-um-rei-sacerdote-por-intermedio-do-seu-capelao-que-e-o-patriarca-5483278.html/#error=login_required&state=34f7f296-4f58-412f-99e9-67836e207f06|titulo="D. João V é quase um rei-sacerdote, por intermédio do seu capelão, que é o patriarca"|data=7 de novembro de 2016|acessodata=17 de fevereiro de 2024|editor=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|autor=Leonídio Paulo Ferreira}}</ref>

Nos primeiros anos do {{séc|XIX}} Portugal foi [[Guerra Peninsular|invadido]] pelas tropas de [[Napoleão Bonaparte]], obrigando o rei {{lknb|d=d|João|VI|de Portugal}} a deslocar-se temporariamente para o [[Brasil]], Lisboa rendeu-se, portanto, sem enfrentar as tropas francesas. No entanto, em 29 de novembro de 1807, um grupo de cerca de 1.500 pessoas, a maioria lisboetas, juntamente com cerca de 200 soldados portugueses do 23º Regimento de Milícias, resistiu à primeira incursão de [[Junot]] em Lisboa. Essa força portuguesa foi dizimada pelas forças francesas que acompanhavam [[Junot]]. Os cerca de 1.500 franceses eram todos, na sua totalidade, tropas de elite de [[Napoleão Bonaparte]]. A escaramuça aconteceu junto a [[Sacavém]] e teve um final infeliz para os portugueses, que recuaram em debandada para Lisboa, sendo quase todos enforcados ou mortos no local pelos franceses. O chefe que organizara as forças portuguesas, o Capitão Fonseca da Trindade, foi enforcado em praça pública no [[Terreiro do Paço]] em 7 de dezembro de 1807, e seus restos mortais estão sepultados no [[Cemitério dos Prazeres]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=CuhxBAAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=1808+laurentino+gomes&hl=pt-PT&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=1808%20laurentino%20gomes&f=false|título=1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil|ultimo=Gomes|primeiro=Laurentino|data=2014-08-27|editora=Globo Livros|lingua=pt-BR}}</ref>

A cidade viveu intensamente as [[Guerra Civil Portuguesa (1832-1834)|lutas liberais]]. Teve início uma época de florescimento dos [[Café (estabelecimento)|cafés]] e [[teatro]]s. Mais tarde, em 1879, foi aberta a [[Avenida da Liberdade (Lisboa)|Avenida da Liberdade]] que iniciou a expansão citadina para além da [[Baixa de Lisboa|Baixa]]. O centro cultural e comercial da cidade passou para o [[Chiado]] durante o {{séc|XIX}} (cerca de 1880). Com as velhas ruas da Baixa já ocupadas, os donos de novas lojas e clubes estabeleceram-se na colina anexa, que rapidamente se transformou. Aqui são fundados clubes célebres, como o [[Grémio Literário de Lisboa|Grémio Literário]], afamado pelas histórias de [[Eça de Queirós]].<ref>{{citar web |url=https://www.publico.pt/2000/01/13/jornal/um-clube-privado-no-chiado-138579|titulo=Um clube privado no Chiado|data=13 de janeiro de 2000|acessodata=17 de fevereiro de 2024|autor=Carlos Câmara Leme|editor=[[Público (jornal)|Público]]}}</ref>

=== Século XX ===
[[Ficheiro:O Regicídio por Alberto de Sousa (2).jpg|thumb|Representação do [[Regicídio de 1908]] no [[Terreiro do Paço]]]]
Em 1907, que, alarmadas com o declínio monárquico, as elites impõem a ditadura com [[João Franco]], mas é tarde de mais. Em 1908 a [[Casa de Bragança|família real]] sofre um [[Regicídio de 1908|atentado]] (no Terreiro do Paço) em que morrem [[Lista de monarcas de Portugal|El-Rei]] Dom [[Carlos I de Portugal|Carlos de Portugal]] e o herdeiro do trono, o [[Príncipe Real de Portugal|Príncipe Real]] Dom [[Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal|Luís Filipe de Bragança]], numa acção provavelmente executada pelos [[anarquismo|anarquistas]] (que neste período atacam figuras públicas em toda a Europa).<ref name="Regicídio">{{Citar web|url=http://www.iscsp.utl.pt/cepp/governos_portugueses/1900-1910/joao_franco.htm|titulo=Governo de João Franco (1906) site do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas|acessodata=2017-07-04|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20030928031938/http://www.iscsp.utl.pt/cepp/governos_portugueses/1900-1910/joao_franco.htm|arquivodata=2003-09-28}}</ref>
[[Imagem:Proclamação República Portuguesa.jpg|thumb|[[José Relvas]] [[Implantação da República Portuguesa|proclama a república]] nos [[Paços do Concelho de Lisboa|Paços do Concelho]] em 1910<ref name="República"/>]]

Em 1910, em Lisboa, dá-se a [[Implantação da República Portuguesa|revolta que implantaria a república em Portugal]]. Uma grande quantidade de habitantes da cidade, incitados pelo [[Partido Republicano Português]], formam barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a [[Primeira República Portuguesa|Primeira República]].<ref name="República">{{citar web|url=http://www.leme.pt/biografias/portugal/presidentes/castro.html|titulo=Primeira República - Biografia de João de Canto e Castro|publicado=www.leme.pt|acessodata=30-8-2010}}</ref> Em 1912 os monárquicos do norte aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos e [[Combate de Chaves|tentam um golpe de estado]], que falha.<ref>{{Citar web|url=https://www.chaves.pt/pages/143|título=História do Concelho|site=CM Chaves}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://monarquiaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-8-de-julho-de-1912-346201|título=O 8 de Julho de 1912|publicado=A Monarquia Portuguesa|site=SAPO}}</ref>

Em 1916, Portugal entra, por via da [[Aliados da Primeira Guerra Mundial|Aliança]], na [[Primeira Guerra Mundial]]. Em plena crise nacional, mobiliza homens e recursos consideráveis. São muitas as baixas. Perante o desastre do [[Corpo Expedicionário Português]], Sidónio Pais é um dos que se opõem ao Governo do [[Partido Democrático (Portugal)|Partido Democrático]] acabando por liderar novo golpe em dezembro de 1917, protagonizado pela Junta Militar Revolucionária, de que era Presidente. No dia oito é demitido o Governo da [[13.º governo republicano (Portugal)|União Sagrada]] chefiado por [[Afonso Costa]] e o poder transferido para a Junta. Destituído [[Bernardino Machado]], Afonso Costa assume provisoriamente o cargo de Presidente da República. Emite uma série de decretos ditatoriais que mudam a Constituição e lhe dão poderes acumulados de Presidente e chefe do Governo, fundando uma [[Sidonismo|República Nova]] que antecipará o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]]. Sidónio será [[Assassinato de Sidónio Pais|morto a tiro em dezembro de 1918]].<ref>{{citar web |url=https://operamundi.uol.com.br/hoje-na-historia/32954/hoje-na-historia-1918-ditador-portugues-sidonio-pais-e-assassinado-em-lisboa|titulo=Hoje na História: 1918 - Ditador português Sidónio Pais é assassinado em Lisboa|editor=[[Opera Mundi]]|data=14 de dezembro de 2021|autor=Max Altan|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref>
[[Ficheiro:Desfile de tropas 28 de Maio 1926.jpg|thumb|[[Gomes da Costa]] e as suas tropas em Lisboa após o [[Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926|golpe de 1926]]]]

O fim da Primeira República [[Golpe de Estado de 28 de Maio de 1926|tem lugar em 1926]], quando a direita conservadora antidemocrática (largamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte do país e pela [[Igreja Católica]]) toma por fim o poder, após duas outras tentativas em 1925. Alega pretender acabar com a anarquia, que ela própria tinha criado. Liderado pelo General [[Manuel Gomes da Costa|Gomes da Costa]], o novo governo adota uma ideologia [[fascismo|fascista]], sob a liderança do [[ditador]] [[António de Oliveira Salazar|Salazar]]. O [[Estado Novo (Portugal)|novo regime]] governaria impunemente o país durante quatro décadas.<ref>{{citar web |url=https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/estado-novo-em-portugal-regime-salazarista-foi-marcado-pelo-autoritarismo.htm|titulo=Estado Novo em Portugal - Regime salazarista foi marcado pelo autoritarismo|editor=[[UOL]]|autor=Vitor Amorim de Angelo|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref>

O Estado Novo foi derrubado pela [[Revolução de 25 de Abril de 1974|Revolução dos Cravos]], a 25 de Abril de 1974. Ao golpe militar seguiu-se o período conturbado do [[Processo Revolucionário em Curso|PREC]], marcado particularmente em Lisboa pela propaganda e acção da esquerda, da mais moderada à mais radical. O Comício da Fonte Luminosa seria evento decisivo para o futuro político do país<ref>[http://www.dn.pt/arquivo/2005/interior/o-discurso-da-vida-de-soares-no-comicio-da-fonte-luminosa-616941.html O discurso da vida de Soares no comício da Fonte Luminosa], artigo no jornal Diário de Notícias, 19 de julho, 2005</ref><ref>[http://media.rtp.pt/memoriasdarevolucao/ Arquivo] na RTP Memória</ref><ref>[http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=th8 Os cinquenta momentos políticos mais importantes depois do 25 de Abril (1974-2005)] – no arquivo do [http://www1.ci.uc.pt/ Universidade de Coimbra]</ref>
[[Ficheiro:Revolução_dos_Cravos.jpg|thumb|esquerda|upright|Populares em festa num [[Panhard EBR]] em Lisboa, durante a [[Revolução de 25 de Abril de 1974|Revolução dos Cravos]]]]

A agitação é ao mesmo tempo agravada por grupos de extrema direita que chegam ao ponto de bloquear os acessos à cidade e de levar a cabo acções terroristas no norte do país com o intuito de travar os progressos da revolução. Durante dois anos, em 1974 e 1975, Lisboa foi invadida por jornalistas estrangeiros e esteve nas luzes da ribalta dos principais meios de comunicação internacionais. O repórter [[Horst Hano]] da televisão alemã [[ARD]] foi um dos mais importantes, dando cobertura particularmente completa aos principais eventos políticos em Portugal e em Espanha entre 1975 e 1979.<ref>[http://www.jugendopposition.de/index.php?id=1933 Horst Hano, repórter da ARD na Península Ibérica] entre 1974 e 1979 (em alemão). Ver todas as fontes no artigo [[Horst Hano]]</ref>

Dez anos após a queda do regime fascista, já longe dos dramas do [[Processo Revolucionário em Curso]], é assinado em Lisboa em 1985 o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, no [[Mosteiro dos Jerónimos]] pelo então Presidente da República, [[Mário Soares]]. Desde então Lisboa e o país têm sido governados, em alternância partidária, por um regime democrático.<ref name="Cronologia">{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/index.php?id_item=10566&id_categoria=26|titulo=Cronologia de Lisboa|publicado=Câmara Municipal de Lisboa|acessodata=2-1-2009}}</ref>

Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais importantes capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas e construindo novas, remodelando o sistema de transportes urbanos, de segurança e saúde. Em 1998 inaugura a sua segunda ponte, na altura a mais longa de toda a [[Europa]] e a quarta maior do mundo, a [[Ponte Vasco da Gama]]. Nesse mesmo ano organiza a [[Exposição Mundial de 1998|EXPO 98]], no [[Parque das Nações]].<ref>
{{citar livro|último1 =Pelle |primeiro1 =Kimberley D |editor-nome1 =John E  |editor-sobrenome1 =Findling |título= Encyclopedia of World's Fairs and Expositions|publicado= McFarland & Company, Inc|
isbn=978-0-7864-3416-9 |página=389 |capítulo= Lisbon 1998|ano=2008 }}</ref>

== Geografia ==
{{AP|Geografia de Lisboa}}
[[Imagem:Lisbon,_Portugal_ESA24382662.jpeg|thumb|[[Imagem de satélite]] da [[área metropolitana de Lisboa]], com a [[Riviera Portuguesa]] a oeste de Lisboa e a [[Península de Setúbal]] a sul do [[Rio Tejo]]]]
Localizada na margem direita do [[estuário do Tejo]], a 38º42' N e a 9º00' W, com altitude máxima na [[serra de Monsanto]] (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do [[Oceano Atlântico]].<ref>{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/sd/editor.php#geografia|titulo=Geografia de Lisboa|acessodata=2-1-2009|wayb=20081207031659|urlmorta=yes}}</ref> Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como [[Loures]], [[Odivelas]], [[Amadora]] e [[Oeiras (Portugal)|Oeiras]], que são de facto parte do perímetro metropolitano de Lisboa. Mais recentemente, a sul do Tejo, mas pertencentes já ao distrito de Setúbal, [[Almada]], [[Seixal]] e [[Barreiro]] são também casa para a expansão urbanística de Lisboa em particular após 1974, beneficiando da proximidade ao centro nevrálgico de Lisboa, embora com uma identidade claramente distinta da existente a norte do Tejo.<ref>{{Citar web|título=Futuro terminal de contentores será no Barreiro|url=http://www.transportesemrevista.com/Default.aspx?tabid=210&language=pt-PT&id=40170|obra=TransportesEmRevista|acessadoem=2016-01-24}}</ref><ref>{{Citar web|título=Lisbon South Bay: a margem sul tem novo nome?|url=http://observador.pt/2015/06/26/lisbon-south-bay-margem-sul-novo-nome/|obra=Observador|acessadoem=2016-01-24}}</ref>

O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador ([[Elevador de Santa Justa]]). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo [[Parque Florestal de Monsanto]], um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma área de quase 10&nbsp;km². Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do {{séc|XIX}}. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de caminho-de-ferro e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o [[Parque das Nações]] e equipamentos como o [[Centro Cultural de Belém]].<ref>{{citar web |url=Análise Urbana de Territórios Construídos Os Aterros na Baixa e na Frente Ribeirinha de Lisboa, Portugal |titulo=Análise Urbana de Territórios Construídos Os Aterros na Baixa e na Frente Ribeirinha de Lisboa, Portugal |url=https://www.aprh.pt/rgci/pdf/rgci-288_Durao.pdf|editor=Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos|data=2012|autor=Vitor C. M. Durão|acessodata=17 de fevereiro de 2024}}</ref>

=== Clima ===
Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um [[clima mediterrânico]] (''Csa'' segundo a [[classificação climática de Köppen]])<ref>[http://pdm.cm-lisboa.pt/pdf/RPDMLisboa_avaliacao_climatica.pdf Titulo: Orientações climáticas para o ordenamento em Lisboa. Unidade de Investigação: Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. Área de Investigação de Geo-Ecologia] {{Wayback|url=http://pdm.cm-lisboa.pt/pdf/RPDMLisboa_avaliacao_climatica.pdf|date=20130605114646 }} {{Wayback|url=http://pdm.cm-lisboa.pt/pdf/RPDMLisboa_avaliacao_climatica.pdf#|date=20130605114646 }}<!--Página 28--></ref><ref name="IM">{{citar web|url=http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/otempo.eoclima/clima.pt/index.html|titulo=Clima de Portugal Continental|data=1961–1990|publicado=[[Instituto Português do Mar e da Atmosfera]] > Área Educativa > Clima em Portugal|acessodata=8-5-2010}}</ref> fortemente influenciado pela [[Corrente do Golfo]]. A [[Primavera]] é fresca a quente (de 8&nbsp;°C a 26&nbsp;°C) com sol e alguns aguaceiros. O [[Verão]] é, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16&nbsp;°C a 35&nbsp;°C. O [[Outono]] é ameno e instável, com temperaturas entre 12&nbsp;°C e 27&nbsp;°C e o [[Inverno]] é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol. A temperatura mais baixa registada foi de -1,7&nbsp;°C em 11 de fevereiro de 1956<ref>{{citar web|url=https://www.ipma.pt/pt/oclima/extremos.clima/|titulo=Temperatura minima em Lisboa|acessodata=4-8-2018}}</ref> e a mais elevada foi de 44,0&nbsp;°C, em 4 de agosto de 2018.<ref>{{citar web|url=https://www.dn.pt/pais/interior/este-sabado-foi-o-dia-mais-quente-de-sempre-em-lisboa-9679437.html|titulo=Temperatura máxima em Lisboa, estação G.Coutinho e Tapada|acessodata=4-8-2018}}</ref>

{{Tabela/Clima
|localidade= Lisboa (1981-2010)
|larguraporcentagem = 100
|lang = pt

|Jan_REC_Max_°C=22.6
|Fev_REC_Max_°C=24.8
|Mar_REC_Max_°C=29.4
|Abr_REC_Max_°C=32.2
|Mai_REC_Max_°C=34.8
|Jun_REC_Max_°C=41.5
|Jul_REC_Max_°C=40.6
|Ago_REC_Max_°C=44.0
|Set_REC_Max_°C=37.3
|Out_REC_Max_°C=32.6
|Nov_REC_Max_°C=25.3
|Dez_REC_Max_°C=23.2
|Max_Rec_Ano_°C=44.0

|Jan_Max_°C = 14.8
|Fev_Max_°C = 16.2
|Mar_Max_°C = 18.8
|Abr_Max_°C = 19.8
|Mai_Max_°C = 22.1
|Jun_Max_°C = 25.7
|Jul_Max_°C = 27.9
|Ago_Max_°C = 28.3
|Set_Max_°C = 26.5
|Out_Max_°C = 22.5
|Nov_Max_°C = 18.2
|Dez_Max_°C = 15.3
|Max_Ano_°C = 21.5

|Jan_Med_°C = 11.6
|Fev_Med_°C = 12.7
|Mar_Med_°C = 14.9
|Abr_Med_°C = 15.9
|Mai_Med_°C = 18.0
|Jun_Med_°C = 21.2
|Jul_Med_°C = 23.1
|Ago_Med_°C = 23.5
|Set_Med_°C = 22.1
|Out_Med_°C = 18.8
|Nov_Med_°C = 15.0
|Dez_Med_°C = 12.4
|Med_Ano_°C = 17.5

|Jan_Min_°C = 8.3
|Fev_Min_°C = 9.1
|Mar_Min_°C = 11.0
|Abr_Min_°C = 11.9
|Mai_Min_°C = 13.9
|Jun_Min_°C = 16.6
|Jul_Min_°C = 18.2
|Ago_Min_°C = 18.6
|Set_Min_°C = 17.6
|Out_Min_°C = 15.1
|Nov_Min_°C = 11.8
|Dez_Min_°C = 9.4
|Min_Ano_°C = 13.5

|Jan_REC_Min_°C=1.0
|Fev_REC_Min_°C=1.2
|Mar_REC_Min_°C=0.2
|Abr_REC_Min_°C=5.5
|Mai_REC_Min_°C=6.8
|Jun_REC_Min_°C=10.4
|Jul_REC_Min_°C=14.1
|Ago_REC_Min_°C=14.7
|Set_REC_Min_°C=12.1
|Out_REC_Min_°C=9.2
|Nov_REC_Min_°C=4.3
|Dez_REC_Min_°C=2.1
|Min_Rec_Ano_°C=0.2

|Jan_Chuva_mm = 99.9
|Fev_Chuva_mm = 84.9
|Mar_Chuva_mm = 53.2
|Abr_Chuva_mm = 68.1
|Mai_Chuva_mm = 53.6
|Jun_Chuva_mm = 15.9
|Jul_Chuva_mm = 4.2
|Ago_Chuva_mm = 6.2
|Set_Chuva_mm = 32.9
|Out_Chuva_mm = 100.8
|Nov_Chuva_mm = 127.6
|Dez_Chuva_mm = 126.7
|Ano_Chuva_mm = 774

|fonte = [[Instituto Português do Mar e da Atmosfera]]<ref name="Weather_Lisboa">{{citar web|url=http://www.meteo.pt/pt/oclima/normais.clima/1981-2010/012/|título=Normais Climatológicas - 1981-2010 - Lisboa, Geofísico|publicado=Instituto Português do Mar e da Atmosfera|acessodata=10-8-2012}}</ref> }}

=== Meio ambiente e áreas verdes ===
[[Imagem:Jardim_Botânico_da_Ajuda.jpg|thumb|[[Jardim Botânico da Ajuda]]]]
[[Imagem:Park Eduardo VII, Lisbon - panoramio.jpg|thumb|[[Parque Eduardo VII]]]]
{{Anexo|Lista dos parques e jardins de Lisboa}}

Lisboa é uma cidade repleta de espaços verdes, de variadas dimensões. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botânico português: [[Jardim Botânico da Ajuda]]. Alguns dos jardins da cidade estão em processo de recuperação, no intuito da criação de um corredor verde na cidade, enquanto outras áreas, anteriormente concentrando elevados níveis de tráfego e poluição, estão a ser requalificadas, sendo o caso mais recente o da CRIL — 2ª Circular.<ref>{{Citar web|título=Esqueçam a Segunda Circular. Vem aí a segunda maior avenida de Lisboa|url=http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2016-01-05-Esquecam-a-Segunda-Circular.-Vem-ai-a-segunda-maior-avenida-de-Lisboa|obra=Jornal Expresso|acessadoem=2016-01-24}}</ref>

Em temos de qualidade do ar, apresenta níveis progressivamente descendentes de [[poluição atmosférica]], embora ainda com partículas NO<sub>2</sub> claramente superiores ao limite legal.<ref>{{Citar web|título=Lisboa tem melhor qualidade do ar, mas ainda é muito poluída, dizem indicadores {{!}} O Corvo {{!}} sítio de Lisboa|url=http://ocorvo.pt/2015/09/28/lisboa-tem-melhor-qualidade-do-ar-mas-ainda-e-muito-poluida-dizem-indicadores/|acessadoem=2016-01-24|wayb=20160202144135|urlmorta=yes}}</ref> Estes valores de partículas decorrem da utilização acima da média europeia de tráfego automóvel, por contraponto à utilização de transportes públicos, o que distingue Lisboa de outras capitais europeias. Em anos recentes, têm sido feitas melhorias dentro e fora de Lisboa no planeamento da rede de transportes públicos ferroviária<ref>{{Citar web|título=CP com novos horários e linhas a partir de domingo|url=http://observador.pt/2015/06/12/cp-com-novos-horarios-e-linhas-a-partir-de-domingo/|obra=Observador|acessadoem=2016-01-24}}</ref> e rodoviária,<ref>{{Citar web|título=CARRIS lança 3ª Fase Rede 7 - Renovação da Rede|url=http://carris.transporteslisboa.pt/pt/noticias/2010/carris-lanca-3-fase-rede-7-renovacao-da-rede/|obra=carris.transporteslisboa.pt|acessadoem=2016-01-24|último=Seara.com}}</ref> permitindo uma utilização mais eficiente e eficaz e, por consequência, menos poluição emitida.

Existem em Lisboa mais de uma centena de [[parque]]s, [[jardins]], [[quinta (propriedade)|quintas]] e tapadas, entre eles o [[Parque Eduardo VII]], o [[Parque Florestal de Monsanto]], o [[Jardim Botânico da Ajuda]], o [[Jardim Botânico de Lisboa]], o [[Jardim da Estrela]], a [[Tapada da Ajuda]], entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmão Verde", ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a [[Tapada Nacional de Mafra|Tapada de Mafra]], a Tapada da Ajuda e a [[Serra de Sintra]]).<ref>{{Citar web|url=http://www.lifecooler.com/Portugal/natureza/ParqueFlorestaldeMonsanto@1|título=Parque Florestal de Monsanto - Lisboa|obra=Lifecooler|acessodata=28-7-2010|wayb=20110713204310|urlmorta=yes}}</ref>

{{panorama|Lisbon panorama from Castle (cropped).jpg|1400px|Vista panorâmica de Lisboa a partir do [[Castelo de São Jorge]]|nãocentrar=s}}

== Demografia ==
{{Historical populations
|title = População do município de Lisboa
| 1864 | 190311
| 1878 | 240740
| 1890 | 300964
| 1900 | 351210
| 1911 | 431738
| 1920 | 484664
| 1930 | 591939
| 1940 | 694389
| 1950 | 783226
| 1960 | 802230
| 1970 | 769044
| 1981 | 807937
| 1991 | 663394
| 2001 | 564657
| 2011 | 552700
| 2021 | 545796
}}

[[Imagem:População residente vs parque automóvel, em Lisboa.png|thumb|População residente vs parque automóvel, no município de Lisboa entre 1981 e 2012. Fonte: [[Instituto Nacional de Estatística (Portugal)|INE]] e [[ACAP]]]]
A [[população]] de Lisboa é caracterizada por vários altos e baixos ao longo da sua história. Atualmente, a população de Lisboa está em queda.<ref>{{citar web|url=http://webserver.cm-lisboa.pt/turismo/index99pt.asp?pa=ptnumdemog.htm|título=Situação Demográfica de Lisboa|acessodata=24-01-2009|wayb=20100713004740|urlmorta=yes}}</ref> Já a [[área metropolitana de Lisboa]] está em crescimento populacional, em decorrência da migração dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas.<ref>{{citation|autor=Maria Lucinda Fonseca|título=População e Território - do Pais à Área Metropolitana|ano=1990|subtítulo=Memórias do Centro de Estudos Geográficos|local=Lisboa|editora=Universidade de Lisboa/Instituto Nacional de Investigação Cientifica}}</ref> Na atual estrutura [[demografia|demográfica]] de Lisboa, as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%.<ref name="DemografiaDN">{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/2007/05/29/cidades/lisboa_concelho_mais_populacao_resid.html|titulo=''Lisboa é o município com mais população residente''|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|data=29-5-2007|acessodata=2-1-2009|wayb=20090223123252|urlmorta=yes}}</ref> A cidade apresenta uma [[pirâmide etária|estrutura etária]] envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais),<ref name="Envelhecimento">{{citar web|url=http://www.presidencia.pt/?idc=24&idi=1741|título=Diagnóstico - O envelhecimento da população da cidade de Lisboa|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=24-01-2009}}</ref> quando a média portuguesa é de 16%.<ref>{{citar web|url=http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628ec1611194_1.pdf|título=Estudo sobre o envelhecimento em Portugal: Resultados preliminares|publicado=Vº Congresso Português de Sociologia|acessodata=24-01-2009|wayb=20111103112641|urlmorta=yes}}</ref> Entre os mais novos, 13% da população tem menos de 15 anos, 9% está entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade.<ref name="DemografiaDN"/>

===População por freguesia===
{| class="wikitable sortable" style="text-align:right"
|+ Freguesias do município de Lisboa
|-
! Freguesia
! Residentes (2011)
! Residentes (2021)<ref name=c2021>{{citar web|url=https://tabulador.ine.pt/indicador/?id=0011609 |título=Censos 2021 - resultados definitivos|publicado=Instituto Nacional de Estatística|data=23-11-2022}}</ref>
|-
|style="text-align:left;"| [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]] || 15617 || 14306
|-
|style="text-align:left;"| [[Alcântara (Lisboa)|Alcântara]] || 13943 || 13850
|-
|style="text-align:left;"| [[Alvalade (Lisboa)|Alvalade]] || 31813 || 33309
|-
|style="text-align:left;"| [[Areeiro (Lisboa)|Areeiro]] || 20131 || 21160
|-
|style="text-align:left;"| [[Arroios (Lisboa)|Arroios]] || 31653 || 33302
|-
|style="text-align:left;"| [[Avenidas Novas]] || 21625 || 23261
|-
|style="text-align:left;"| [[Beato (Lisboa)|Beato]] || 12737 || 12123
|-
|style="text-align:left;"| [[Belém (Lisboa)|Belém]] || 16528 || 16546
|-
|style="text-align:left;"| [[Benfica (Lisboa)|Benfica]] || 36985 || 35362
|-
|style="text-align:left;"| [[Campo de Ourique]] || 22120 || 22140
|-
|style="text-align:left;"| [[Campolide]] || 15460 || 14787
|-
|style="text-align:left;"| [[Carnide (Lisboa)|Carnide]] || 19218 || 18028
|-
|style="text-align:left;"| [[Estrela (Lisboa)|Estrela]] || 20128 || 20267
|-
|style="text-align:left;"| [[Lumiar]] || 45605 || 46334
|-
|style="text-align:left;"| [[Marvila (Lisboa)|Marvila]] || 37793 || 35479
|-
|style="text-align:left;"| [[Misericórdia (Lisboa)|Misericórdia]] || 13044 || 9658
|-
|style="text-align:left;"| [[Olivais (Lisboa)|Olivais]] || 33788 || 32179
|-
|style="text-align:left;"| [[Parque das Nações]] || 21025 || 22382
|-
|style="text-align:left;"| [[Penha de França (Lisboa)|Penha de França]] || 27967 || 28475
|-
|style="text-align:left;"| [[Santa Clara (Lisboa)|Santa Clara]] || 22480 || 23645
|-
|style="text-align:left;"| [[Santa Maria Maior (Lisboa)|Santa Maria Maior]] || 12822 || 10051
|-
|style="text-align:left;"| [[Santo António (Lisboa)|Santo António]] || 11836 || 11060
|-
|style="text-align:left;"| [[São Domingos de Benfica]] || 33043 || 34076
|-
|style="text-align:left;"| [[São Vicente (Lisboa)|São Vicente]] || 15339 || 13956
|-
| '''Total''' || '''552 700''' || '''545 796'''
|}<small>
{| {{prettytable1|center}}
|-
! colspan="14" | Número de habitantes por Grupo Etário<ref>{{citar web |url=http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros|editor=[[Instituto Nacional de Estatística (Portugal)|Instituto Nacional de Estatística]]|titulo=Quadros resumo|acessodata=26 de fevereiro de 2024}}</ref><ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20220719144001/https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2|editor=[[Instituto Nacional de Estatística (Portugal)|Instituto Nacional de Estatística]]|titulo=Tabela|acessodata=26 de fevereiro de 2024}}</ref>
|- bgcolor="white"
|
| align="center" | '''1900'''
| align="center" | '''1911'''
| align="center" | '''1920'''
| align="center" | '''1930'''
| align="center" | '''1940'''
| align="center" | '''1950'''
| align="center" | '''1960'''
| align="center" | '''1970'''
| align="center" | '''1981'''
| align="center" | '''1991'''
| align="center" | '''2001'''
| align="center" | '''2011'''
| align="center" | '''2021'''
|- bgcolor="white"
|'''0-14 Anos'''
| align="center" |92 086
| align="center" |110 179
| align="center" |111 796
| align="center" |131 141
| align="center" |146 734
| align="center" |149 140
| align="center" |144 249
| align="center" |152 000
| align="center" |153 020
| align="center" |94 306
| align="center" |65 548
| align="center" |70 494
| align="center" |71 220
|- bgcolor="white"
|'''15–24 Anos'''
| align="center" |69 283
| align="center" |89 061
| align="center" |102 443
| align="center" |122 513
| align="center" |132 144
| align="center" |150 165
| align="center" |124 969
| align="center" |110 620
| align="center" |120 527
| align="center" |99 116
| align="center" |71 634
| align="center" |53 507
| align="center" |55 069
|- bgcolor="white"
|'''25–64 Anos'''
| align="center" |176 499
| align="center" |213 166
| align="center" |243 399
| align="center" |307 772
| align="center" |383 704
| align="center" |434 947
| align="center" |458 124
| align="center" |410 645
| align="center" |418 870
| align="center" |345 407
| align="center" |294 171
| align="center" |292 772
| align="center" |291 739
|- bgcolor="white"
|'''= ou > 65 Anos'''
| align="center" |16 795
| align="center" |20 607
| align="center" |23 108
| align="center" |32 420
| align="center" |43 578
| align="center" |56 182
| align="center" |74 888
| align="center" |86 885
| align="center" |115 520
| align="center" |124 565
| align="center" |133 304
| align="center" |130 960
| align="center" |127 768
|- bgcolor="white"
| > Id. desconh
| align="center" |1 346
| align="center" |2 346
| align="center" |5 626
| align="center" |544
| align="center" |2 959
|}
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
<big>

===Religiões===
{{bar box
 |title=Religiões na Área Metropolitana de Lisboa (2018)<ref name="Religião"/>

 |titlebar=#ddd
 |left1=Religião
 |right1=Percentagem
 |float=right
 |bars =
{{bar percent|[[Catolicismo Romano]]|orange|55}}
{{bar percent|[[Sem religião]]|orange|35}}
{{bar percent|[[Protestantismo]]|green|5}}
{{bar percent|Outras|red|5}}
}}
Segundo pesquisa de 2018, pouco mais da metade da população de Lisboa afirmou ser católica (54,9%) e 35% declarou não ter religião (13,1% crentes sem religião, 10% ateus e 6,9% agnósticos). As minorias religiosas somavam 10% da população, sendo metade (5%) pertencentes a igrejas protestantes e os outros 5% divididos entre testemunhas de Jeová, muçulmanos, budistas, ortodoxos e outros. Apenas 11,4% da população de Lisboa declarou frequentar a igreja ou outros locais de culto semanalmente.<ref name="Religião">{{citar web|url=https://www.publico.pt/2018/12/06/sociedade/noticia/budistas-ja-sao-tantos-muculmanos-lisboa-estudo-1853633 |titulo=Budistas já são tantos como os muçulmanos na Grande Lisboa, diz estudo|editor=[[Público (Portugal)|Público]]|data=6 de dezembro de 2018|autor=Joana Gorjão Henriques e Natália Faria|acessodata=26 de fevereiro de 2024}}</ref>

== Administração municipal ==
{{Principal|Governo de Lisboa}}
[[Imagem:Cámara Municipal de Lisboa, Portugal, 2012-05-12, DD 01.JPG|thumb|[[Câmara Municipal de Lisboa]]]]

É em Lisboa que se localizam os principais órgãos políticos do país (ministérios, tribunais, etc.).<ref>{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/index.php?id_categoria=29|titulo=Política de Lisboa|acessodata=2-1-2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/index.php?id_categoria=28|titulo=Política de Lisboa - parte 2|acessodata=2-1-2009}}</ref> O município de Lisboa é administrado por uma [[Câmara Municipal (Portugal)|Câmara Municipal]] composta por 17 vereadores. Existe uma [[Assembleia Municipal de Lisboa|Assembleia Municipal]] que é o órgão legislativo do município, constituída por 75 deputados municipais, 51 dos quais eleitos directamente mais os presidentes das 24 juntas de freguesia do município.<ref>{{citar web |url=https://www.am-lisboa.pt/201000/1/index.htm|titulo=A Casa da Cidadania|editor=[[Assembleia Municipal de Lisboa]]|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

É, desde 18 de outubro de 2024, [[Carlos Moedas]] o presidente da [[Câmara Municipal de Lisboa]], no seguimento das [[Eleições autárquicas portuguesas de 2021|eleições autárquicas de 2021]]<ref>{{citar web|url=https://informacao.lisboa.pt/noticias/arquivo/detalhe/executivo-municipal-2021-2025-tomou-posse|título=Executivo da Câmara Municipal de Lisboa, presidido por Carlos Moedas, tomou posse a 18 de outubro, na Praça do Município|agência=Câmara Municipal de Lisboa|acessodata=2024-12-11|urlmorta=não|arquivourl=http://web.archive.org/web/20241211172817/https://informacao.lisboa.pt/noticias/arquivo/detalhe/executivo-municipal-2021-2025-tomou-posse#expand|arquivodata=2024-12-11}}</ref>.

=== Subdivisões administrativas ===
{{Anexo|Lista de freguesias de Lisboa}}
{{Artigo principal|vt=s|Bairros de Lisboa}}
Desde a reorganização administrativa de 2012, Lisboa conta 24 [[freguesia]]s agrupadas em cinco Zonas (ou Unidades de Intervenção Territorial - UIT).<ref name="UIT">{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/zonas/|título=Zonas de gestão (Unidades de Intervenção Territorial)|acessodata=30-12-2014|autor=Câmara Municipal de Lisboa}}</ref>

[[imagem:Lisboa freguesias 2012.svg|esquerda|290px]]
{| class="wikitable"
|- valign="top"
|
* [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]]
* [[Alcântara (Lisboa)|Alcântara]]
* [[Alvalade (Lisboa)|Alvalade]]
* [[Areeiro (Lisboa)|Areeiro]]
* [[Arroios (Lisboa)|Arroios]]
* [[Avenidas Novas]]
* [[Beato (Lisboa)|Beato]]
* [[Belém (Lisboa)|Belém]]
* [[Benfica (Lisboa)|Benfica]]
* [[Campo de Ourique]]
* [[Campolide]]
* [[Carnide (Lisboa)|Carnide]]
||
* [[Estrela (Lisboa)|Estrela]]
* [[Lumiar]]
* [[Marvila (Lisboa)|Marvila]]
* [[Misericórdia (Lisboa)|Misericórdia]]
* [[Olivais (Lisboa)|Olivais]]
* [[Parque das Nações]]
* [[Penha de França (Lisboa)|Penha de França]]
* [[Santa Clara (Lisboa)|Santa Clara]]
* [[Santa Maria Maior (Lisboa)|Santa Maria Maior]]
* [[Santo António (Lisboa)|Santo António]]
* [[São Domingos de Benfica]]
* [[São Vicente (Lisboa)|São Vicente]]
|}

=== Relações internacionais ===
A cidade de Lisboa é uma das 7 Cidades Fundadoras da [[União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas|UCCLA]], União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas. A cidade de Lisboa faz parte da [[União de Cidades Capitais Ibero-americanas]], Rede das Cidades Interculturais e Rede de Cidades Cervantinas.<ref name="anmp" /><ref name="cml_gem" /> Abaixo está uma lista das [[Geminação de cidades|cidades geminadas]] de Lisboa e aquelas com as quais o governo da cidade estabeleceu um acordo de cooperação e amizade:

; Cidades geminadas
{{div col|colwidth=26em}}
* {{GNBb}} [[Bissau]], Guiné-Bissau (1985)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{BRAb}} [[Brasília]], Brasil (1985)<ref name=anmp/>
* {{HUNb}} [[Budapeste]], Hungria (1992)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{GNBb}} [[Cacheu (cidade)|Cacheu]], Guiné-Bissau (1988)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* Capitais de países de expressão portuguesa (1985)<ref name=cml_gem/>
* Capitais iberoamericanas (1982)<ref name=cml_gem/><ref>[https://web.archive.org/web/20130510114810/http://www.munimadrid.es/UnidadWeb/Contenidos/EspecialInformativo/RelacInternac/RRII/HermanamientosyAcuerdos/Files/hermanamiento_UCCI.pdf Acordo Cidades Iberoamericanas]</ref>
* {{PRTb}} [[Guimarães]], Portugal (1993)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{AGOb}} [[Luanda]], Angola (1988)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{MACb}} [[Macau]], China (1982)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{ESPb}} [[Madrid]], Espanha (1979)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{MYSb}} [[Malaca (cidade)|Malaca]], Malásia (1984)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{MOZb}} [[Maputo]], Moçambique (1982)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{CPVb}} [[Praia (Cabo Verde)|Praia]], Cabo Verde (1983)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{MARb}} [[Rabat]], Marrocos (1988)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{BRAb}} [[Rio de Janeiro]], Brasil (1980)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{BRAb}} [[Salvador]], Brasil (1995)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{STPb}} [[São Tomé (São Tomé e Príncipe)|São Tomé]], São Tomé e Príncipe (1985)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
{{-fim}}

; Acordo de cooperação e/ou amizade
{{div col|colwidth=26em}}
* {{DZAb}} [[Argel]], Argélia (1998)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{PARb}} [[Assunção]], Paraguai (2014)<ref name=cml_gem/>
* {{PSEb}} [[Belém (Palestina)|Belém]], Palestina (1995)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{GNBb}} [[Bissau]], Guiné-Bissau (1983)<ref name=cml_gem/>
* {{ARGb}} [[Buenos Aires]], Argentina (1992)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/><ref name=buenair/>
* {{BRAb}} [[Curitiba]], Brasil (2005)<ref name=cml_gem/>
* {{CHNb}} [[Haimen]], China (2011)<ref name=cml_gem/>
* {{UKRb}} [[Kiev]], Ucrânia (2000)<ref name=cml_gem/>
* {{ESPb}} [[Madrid]], Espanha (2023)<ref name=cml_gem/>
* {{MOZb}} [[Maputo]], Moçambique (1982, 1983, 2022, 2023)<ref name=cml_gem/>
* {{USAb}} [[Miami]], Estados Unidos (1987)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{URYb}} [[Montevideu]], Uruguai (1993)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{RUSb}} [[Moscovo]], Rússia (1997)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/> - suspenso desde fevereiro de 2023 devido à [[Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022–presente)|invasão da Ucrânia pela Rússia]]<ref>[https://bmpesquisa.cm-lisboa.pt/pls/OKUL/app_bm.download_my_file?p_file=4279 Deliberação n.º 48/AML/2023 - Proposta n.º 181/CM/2022 - Suspensão da eficácia do Protocolo de Amizade e Cooperação entre a cidade de Lisboa e a cidade de Moscovo, nos termos da proposta]</ref>
* {{INDb}} [[Pangim]] (Goa), Índia (1989)<ref name=cml_gem/>
* {{FRAb}} [[Paris]], França (1998)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{CHNb}} [[Pequim]], China (2007)<ref name=cml_gem/>
* {{CPVb}} [[Praia (Cabo Verde)|Praia]], Cabo Verde (1983)<ref name=cml_gem/>
* {{CHNb}} [[Qingdao]], China (2010)<ref name=cml_gem/>
* {{MARb}} [[Rabat]], Marrocos (1988)<ref name=cml_gem/>
* {{BRAb}} [[Rio de Janeiro]], Brasil (2006)<ref name=cml_gem/>
* {{CPVb}} [[Santa Catarina (concelho de Cabo Verde)|Santa Catarina]], Cabo Verde (1997)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{BRAb}} [[São Paulo]], Brasil (2022)<ref name=cml_gem/>
* {{BGRb}} [[Sófia]], Bulgária (2001)<ref name=cml_gem/>
* {{CANb}} [[Toronto]], Canadá (1987)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{TUNb}} [[Tunes]], Tunísia (1993)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
* {{HRVb}} [[Zagrebe]], Croácia (1977)<ref name=anmp/><ref name=cml_gem/>
{{-fim}}

== Economia ==
[[Imagem:Caixa Geral de Depósitos (CGD) (3779646223).jpg|thumb|Sede da [[Caixa Geral de Depósitos]]]]
[[Imagem:Lisboa_December_2013-3a.jpg|thumb|Torres de escritórios do [[Centro Colombo]]]]

A [[Área Metropolitana de Lisboa|região de Lisboa]] é a mais rica de [[Portugal]] e produz um [[produto interno bruto]] (PIB) ''per capita'' acima da média da [[União Europeia]], além de ser responsável pela produção de 45% do PIB português. A economia da cidade baseia-se principalmente no [[setor terciário|sector terciário]]. A maioria das sedes das empresas [[multinacionais]] que operam em Portugal estão concentradas na [[Grande Lisboa]], especialmente no município de [[Oeiras (Portugal)|Oeiras]]. A [[Área Metropolitana de Lisboa]] é altamente [[Industrialização|industrializada]], especialmente na margem sul do [[rio Tejo]].<ref>{{citar web |url=https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/1990/1666|titulo=A Indústria em Portugal: estruturas produtivas e sociais em contextos regionais diversificados|autor=João Ferrão|data=1988|editor=Annales de Géographie|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

A região de Lisboa teve um rápido [[crescimento econômico|crescimento económico]] durante grande parte dos anos 2000 e aumentou seu PIB [[Paridade do poder de compra|PPC]] ''per capita'' de {{formatnum:22745}} [[euro]]s em 2004,<ref>{{Citar web|título=GDP per inhabitant in 2004|publicado=Eurostat|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/pls/portal/docs/PAGE/PGP_PRD_CAT_PREREL/PGE_CAT_PREREL_YEAR_2007/PGE_CAT_PREREL_YEAR_2007_MONTH_02/1-19022007-EN-AP.PDF|acessodata=31-10-2013|wayb=20090326210729|urlmorta=yes}}</ref> para {{formatnum:26100}} em 2007.<ref>{{Citar web|título=GDP per inhabitant in 2007|publicado=Eurostat|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_PUBLIC/1-18022010-AP/EN/1-18022010-AP-EN.PDF|acessodata=31-10-2013|wayb=20100529212548|urlmorta=yes}}</ref> Em 2011, a região metropolitana de Lisboa registou um PIB no valor de {{tooltip num|95.2|1 000 000 000|mil milhões|9|95200000000}} de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]] e {{formatnum:31454}} dólares ''per capita''.<ref>{{Citar web|url=http://www.brookings.edu/research/interactives/global-metro-monitor-3|título=Global city GDP 2011|publicado=Brookings Institution}}</ref>

A [[bolsa de valores]] [[Euronext Lisboa]], que faz parte do sistema financeiro pan-europeu [[Euronext]], juntamente com as bolsas de [[Amesterdão]], [[Bruxelas]] e [[Paris]], está associada com a [[Bolsa de Valores de Nova York]] desde 2007, quando o grupo multinacional de bolsa de valores [[NYSE Euronext]] foi criado.

Antes da [[crise da dívida pública da Zona Euro]] estourar e um plano de resgate financeiro ser implementado pela [[UE]] e pelo [[FMI]] na década de 2010, a cidade de Lisboa estava prestes a receber muitos investimentos financiados pelo [[Estado]], incluindo a construção de um novo aeroporto, uma nova ponte, uma expansão de 30&nbsp;km do sistema do [[Metropolitano de Lisboa|metropolitano da cidade]], o construção de um hospital central, a criação de duas linhas de [[TGV]] para conectar a capital portuguesa à [[Madrid]], [[Porto]], [[Vigo]] e ao resto da Europa, a restauração da parte histórica da cidade, a criação de um grande número de [[ciclovia]]s, além da modernização e reforma de várias instalações.<ref name="História" />
{{panorama|Lisbon_-_Expo_-2_(16892363116)_(cropped).jpg|800px|[[Torres São Rafael/São Gabriel|Torres São Gabriel e São Rafael]] no [[Parque das Nações]], um dos centros financeiros da cidade e local onde foi realizada a [[Expo '98]]}}

== Infraestruturas ==

=== Educação ===
[[Imagem:Univ Nova Lisboa.jpg|thumb|Sede da [[Universidade Nova de Lisboa]]]]
[[Imagem:Biblioteca Nacional de Portugal 9296.jpg|thumb|[[Biblioteca Nacional de Portugal]]]]
{{Anexo|Lista das instituições de educação superior do Município de Lisboa|l1=}}
A cidade de Lisboa possui escolas e jardins-de-infância, públicas e privadas, de ensino primário, básico e secundário. Lisboa dispõe actualmente de duas universidades públicas, a [[Universidade de Lisboa]], criada em 2013 pela junção da Universidade Clássica de Lisboa (também chamada só de Universidade de Lisboa) com a [[Universidade Técnica de Lisboa]], formando assim a maior universidade a nível nacional,<ref>{{citar web|url=https://www.ulisboa.pt/info/historia|titulo=História|editor= [[Universidade de Lisboa]]|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref> e a [[Universidade Nova de Lisboa]], fundada em 1973.<ref>{{citar web |url=https://www.unl.pt/nova/historia|titulo=História|editor=[[Universidade Nova de Lisboa]]|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref> Existe também o [[ISCTE-IUL]], ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e o [[Instituto Politécnico de Lisboa]].<ref>{{citar web |url=https://www.ipl.pt/politecnico/missao-e-valores|titulo=Missão e valores|editor=[[Instituto Politécnico de Lisboa]]|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

As maiores instituições privadas de ensino superior, incluem a [[Universidade Católica Portuguesa]], a [[Universidade Lusíada]], a [[Universidade Lusófona]] e a [[Universidade Autónoma de Lisboa]], entre outras. O total de inscritos nas instituições de ensino superior público e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de {{Fmtn|125867}} alunos, dos quais {{Fmtn|81507}} em instituições públicas.<ref>{{citar web|url=http://www.estatisticas.gpeari.mctes.pt/archive/doc/insc07_08__difusao_.xls|título=Inscritos em cursos de ensino superior por subsistema de ensino|publicado=Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais|acessodata=20-01-2009|wayb=20090623084110|urlmorta=yes}}</ref>

A cidade está equipada com diversas bibliotecas e arquivos, sendo a mais importante a [[Biblioteca Nacional de Portugal|Biblioteca Nacional]]. A merecer destaque como um dos mais importantes arquivos do mundo, com mais de 600 anos, está o [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]], arquivo central do Estado Português desde a Idade Média e uma das mais antigas instituições portuguesas activas. Há ainda, entre outros, o [[Arquivo Histórico Militar]] e [[Arquivo Histórico Ultramarino]].<ref>{{citar web |url=https://www.timeout.pt/lisboa/pt/coisas-para-fazer/bibliotecas-em-lisboa|titulo=Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa|editor=[[Time Out (revista)|Time Out]]|data=12 de janeiro de 2024|autor= Maria Ramos Silva, Raquel Dias da Silva e Beatriz Magalhães|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

=== Transportes ===
{{Principal|Transporte em Lisboa}}
[[Ficheiro:25 de Abril Bridge (36831608556).jpg|thumb|[[Ponte 25 de Abril]], construída em 1966]]
[[Ficheiro:Vasco da Gama Bridge.jpg|thumb|[[Ponte Vasco da Gama]], sobre o [[Rio Tejo]], a maior da [[Europa]].<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=661019|título=Alemanha e Dinamarca vão construir maior ponte da Europa|autor=Carla Guerra|editor=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|data=09-7-2007|acessodata=21-7-2013|wayb=20131102114559|urlmorta=yes }}</ref>]]

Duas pontes unem Lisboa à margem sul do rio [[Rio Tejo|Tejo]]: a [[Ponte 25 de Abril]] que liga Lisboa a [[Almada]],<ref name="Ipiranga">{{Citar web|url=http://www.independenciaoumorte.com.br/node/1095|título=Lisboa, a Capital de Portugal|publicado=Portal do Ipiranga|acessodata=2-6-2009|wayb=20090402145319|urlmorta=yes}}</ref> inaugurada em 1966 com o nome de Ponte [[António de Oliveira Salazar|Salazar]] e posteriormente rebaptizada com a data da [[Revolução dos Cravos]],<ref name="ISEC">{{Citar web|url=http://prof.santana-e-silva.pt/gestao_de_empreendimentos/trabalhos_alunos/ppt/Grandes%20Empreendimentos%20Nacionais_PPT.pdf|título=Os Grandes Empreendimentos Nacionais|publicado=Instituto Superior de Engenharia de Coimbra|acessodata=2-6-2009|autor=Ricardo Ribeiro e Sérgio Santos|wayb=20090619185848|urlmorta=yes}}</ref> e a [[Ponte Vasco da Gama]], com 17,2&nbsp;km de comprimento,<ref name="ISEC" /> a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e [[Sacavém]] ao [[Montijo]].<ref name="Ipiranga" /> Inaugurada em 1998 no âmbito da [[Expo 98]], comemora também os 500 anos da chegada de [[Vasco da Gama]] à [[Índia]].<ref>{{Citar web|url=http://www.portaldasnacoes.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=95%3Aponte-vasco-da-gama&catid=210%3Avisita-guiada&Itemid=360&lang=pt|título=Descobre o Parque das Nações - Ponte Vasco da Gama|publicado=Portal das Nações|acessodata=2-6-2009|wayb=20090517075202|urlmorta=yes}}</ref> Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o [[rio Tejo]], prevista para 2013.<ref>{{Citar web|url=http://www.rave.pt/LinkClick.aspx?fileticket=3NfOJv74BFo%3D&tabid=154&mid=1512&forcedownload=true|título=Trans-European Transport Networkp Progamme 2007-2013|publicado=Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações|acessodata=2-6-2009|wayb=20110522024517|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://jpn.icicom.up.pt/2008/04/03/nova_ponte_sobre_o_tejo_vai_ligar_chelas_ao_barreiro.html|título=Nova ponte sobre o Tejo vai ligar Chelas ao Barreiro|publicado=JPN: Jornal Porto Net|acessodata=2009-06-02|último=Dinis|primeiro=Filipe|wayb=20111016221931|urlmorta=yes}}</ref>

A exploração dos autocarros está também a cargo da empresa [[Companhia Carris de Ferro de Lisboa|Carris]].<ref name="trens">{{citar web|url=http://www.carris.pt/index.php?area=empresa_historia|titulo=História|autor=Companhia Carris de Ferro de Lisboa|acessodata=3-1-2009}}</ref> Existe ainda o Terminal Rodoviário de Lisboa, um dos mais importantes do país, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros<ref>{{Citar web|url=http://noticias.portugalmail.pt/artigo/20040922/novo-terminal-de-transportes-inaugurado-hoje-em-sete-rios|título=Novo terminal de transportes inaugurado hoje em Sete Rios - Portugalmail Notícias|publicado=noticias.portugalmail.pt|acessodata=3-6-2009|datali=2019}}</ref> com os mais variados destinos nacionais e internacionais.<ref>{{Citar web|url=http://www.portugal-hotels.org/com/noticias.php?id=1972&lg=pt|título=[Terminal de Sete Rios é inaugurado hoje ]|publicado=www.portugal-hotels.org|acessodata=3-6-2009}}</ref> Os [[táxi]]s também são muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantêm ainda as cores emblemáticas dos táxis antigos: preto e verde. Existem várias praças de táxis e circulam centenas de táxis por toda a cidade. Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3&nbsp;milhões de automóveis.<ref>{{Citar web|url=http://www.emel.pt/pt/noticias/noticia0009.html?uri=/pt/noticias/todas_noticias.jsp|título=Menos 60 mil carros por dia em Lisboa|publicado=Diário Económico|acessodata=3-6-2009|último=Silva|primeiro=Nuno Miguel|wayb=20120118070332|urlmorta=yes}}</ref>

Lisboa e a sua área metropolitana são atravessadas por duas autoestradas circulares, uma exterior e outra interior – a CRIL, [[Circular Regional Interior de Lisboa]] e a CREL,[[Circular Regional Exterior de Lisboa]], ou [[A9 (autoestrada)|A9]]. As principais autoestradas que ligam a cidade à envolvente são as [[A1 (autoestrada)|A1]] (em direcção a norte, por [[Vila Franca de Xira]]), [[A8 (autoestrada)|A8]] (também para norte, via [[Loures]]), [[A5 (autoestrada)|A5]] (em direcção a oeste, até [[Cascais]]), [[A2 (autoestrada)|A2]] (para sul, por [[Almada]]) e [[A12 (autoestrada)|A12]] (para leste, por [[Montijo]]).<ref name=":0">{{citar web|editor=Autoridade da Mobilidade e dos Transportes|data=fevereiro de 2021|url=https://www.amt-autoridade.pt/media/3012/relatorio_das_concessoes_2019_amt.pdf|titulo=Concessões das Infraestruturas Rodoviárias - Portugal 2019|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

[[Imagem:Aeroporto_Humberto_Delgado_(Portela_Airport_Aeroporto_de_Lisboa),_Lisbon,_Portugal_(51323558287).jpg|thumb|[[Aeroporto Humberto Delgado]]]]

O aeroporto de Lisboa, [[Aeroporto Humberto Delgado]], situa-se a 7&nbsp;km do centro, na zona nordeste da cidade. O Aeroporto Humberto Delgado é o maior aeroporto em Portugal,<ref name="aeroporto">{{citar web|url=http://www.ana.pt/portal/page/portal/ANA/AEROPORTO_LISBOA_CNT/?AE_LS=64296&actualmenu=64429&cboui=64296|titulo=Aeroporto de Lisboa - Apresentação|autor=ANA Aeroportos de Portugal|acessodata=3-1-2009|datali=janeiro de 2019}}</ref> com um volume de tráfego de cerca de 20&nbsp;milhões de passageiros por ano.<ref name="Expansão do Aeroporto">{{citar web|url=http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/157569CB-0444-45DC-B5E3-4D90C5C20BD8/0/Plano_Expansao_Aeroporto_Lisboa.pdf|titulo=Aeroporto de Lisboa - Procura e Capacidade|publicado=ANA Aeroportos de Portugal|acessodata=3-1-2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=325078&visual=26&rss=0|publicado=LUSA - Agência de Notícias de Portugal|titulo=Passageiros no aeroporto de Lisboa aumentaram 7,7 % em Janeiro|data=7 de Fevereiro de 2008|acessodata=3-1-2009|wayb=20131102112238|urlmorta=yes}}</ref> Aberto ao tráfego em 1942,<ref name="ADM">{{Citar web|url=http://www.aeroportosdomundo.com.ar/europa/portugal/aeroportos/portela.php|título=Aeroporto internacional da Portela - Lisboa|publicado=Aeroportos do Mundo|acessodata=2-6-2009|datali=janeiro de 2019}}</ref> o Aeroporto Humberto Delgado é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.<ref name="ADM" />

O [[Porto de Lisboa]] é um dos principais portos turísticos europeus,<ref>{{Citar web|url=http://www.portodelisboa.pt/portal/page/portal/PORTAL_PORTO_LISBOA/PORTO_LISBOA|título=O Porto de Lisboa|publicado=www.Porto de Lisboa|acessodata=2-6-2009}}</ref> paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbidos e Santa Apolónia.<ref>{{Citar web|url=http://www.infocruzeiros.com/index.php?option=com_content&view=category&id=37:porto-de-lisboa&Itemid=64|título=Porto de Lisboa|publicado=Info Cruzeiros|acessodata=2-6-2009}}</ref> A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio,<ref>{{Citar web|url=http://www.anacom.pt/pdfrender.jsp?contentId=813058|título=Publicação: 19.02.2009|publicado=ANACOM|acessodata=2-6-2009}}</ref> nas docas de [[Santa Maria de Belém|Belém]], [[Santo Amaro (Lisboa)|Santo Amaro]], [[Doca do Bom Sucesso|Bom Sucesso]], Alcântara Mar e [[Santa Maria dos Olivais (Lisboa)|Olivais]].<ref>{{Citar web|url=http://www.reservanaval.pt/upload/files/2006562126320.martinho_fortunato_2.pdf|título=Marinas e Portos de Recreio na Rota do Crescimento Económico|acessodata=2-6-2009|último=Fortunato|primeiro=Martinho|wayb=20090619185849|urlmorta=yes}}</ref> Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a [[Transtejo]], que liga as duas margens do Tejo, com estações em [[Estação Fluvial do Cais do Sodré|Cais do Sodré]], [[Santa Maria de Belém|Belém]], [[Praça do Comércio|Terreiro do Paço]] e [[Parque das Nações]], na margem norte, e [[Cacilhas]], [[Barreiro]], [[Montijo]], [[Trafaria]], [[Porto Brandão]] e [[Seixal]], na margem sul.<ref>{{Citar web|url=http://www.transtejo.pt/pt/quem_somos/terminais.html|título=Transtejo e Soflusa - Os Nossos Terminais|publicado=www.transtejo.pt|acessodata=2-6-2009|wayb=20160321202443|urlmorta=yes}}</ref>
[[Ficheiro:Gare_do_Oriente_-_Lisboa_(Portugal)_(189410235).jpg|thumb|Fachada da estação [[Gare do Oriente]], em Lisboa]]
[[Imagem:HPIM0530.JPG|thumb|[[Estação Cabo Ruivo]] do [[metropolitano de Lisboa]]]]

A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com nove linhas (4 de [[Metro de Lisboa|metropolitano]]<ref>{{Citar web|url=http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=79|título=Metropolitano de Lisboa - Diagrama da rede|publicado=www.metrolisboa.pt3|data=junho de 2009|acessodata=2-6-2009|wayb=20090928093121|urlmorta=yes}}</ref> e 5 de [[CP Urbanos de Lisboa|comboio suburbano]])<ref>{{Citar web|url=http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=3836d5abe2a74010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD|título=Lisboa :: CP :: (Versão Portuguesa)|publicado=www.cp.pt|acessodata=3-6-2009}}</ref><ref name="fertagus">{{Citar web|url=http://www.fertagus.pt/Artigo_Generico.aspx?sid=41a682d2-a1a0-4fd2-b0a3-7ebdb5d88fbc&cntx=7SP40H7SJeQFkCq%2FCRIo41J8VcIdvc7Z%2FTaPnEhwUpkBuAyccJZrngX4CDtH3tp%2F|título=FERTAGUS - O Comboio da Ponte|publicado=www.fertagus.pt|acessodata=3-6-2009}}</ref> e 123 estações ([[Lista de estações do Metropolitano de Lisboa|56]] de metropolitano e 67 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela [[Metropolitano de Lisboa]]<ref name="metro">{{citar web|url=http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=65|titulo=Um pouco de História|autor=Metropolitano de Lisboa|acessodata=3-1-2009|wayb=20081221221107|urlmorta=yes}}</ref><ref name="Transporte">{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/?idc=355&idi=36852|titulo=Transportes de Lisboa|publicado=Câmara Municipal de Lisboa|acessodata=3-1-2009}}</ref> e a rede ferroviária suburbana pela [[Comboios de Portugal]].<ref>{{citar web|url=http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=6cadbb8dcb435010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD|autor=Comboios de Portugal|titulo=História|acessodata=3-6-2009}}</ref> Construída por altura da [[Expo 98|Expo'98]], a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa.<ref name="Gare" /> Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e colunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto [[Santiago Calatrava]].<ref name="Gare">{{Citar web|url=http://pt.shvoong.com/books/biography/1861012-gare-oriente/|título=Gare do Oriente|publicado=pt.shvoong.com|acessodata=3-6-2009|último=Jodidio|primeiro=Philip}}</ref> Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possui ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama. Com a sua cor amarela característica, os [[Elétricos de Lisboa]] são o transporte tradicional no centro da cidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.seelearningcenter.pt/bem_vindo_lisboa.htm|título=Bem vindo a Lisboa|publicado=www.seelearningcenter.pt|acessodata=3-6-2009|datali=janeiro de 2019}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.univ-ab.pt/students/guia/vida_em_lisboa.php|título=Vida em Lisboa|publicado=Universidade Aberta|acessodata=3-6-2009|wayb=20090621135431|urlmorta=yes}}</ref> São explorados pela [[Companhia Carris de Ferro de Lisboa|Carris]], assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lisboa: [[elevador da Bica]],<ref>{{Citar web|url=http://lazer.publico.pt/artigo.asp?id=54446|título=Guia do Lazer - elevador da Bica|publicado=O Público|acessodata=3-6-2009}}</ref> [[elevador da Glória]],<ref>{{Citar web|url=http://www.strawberryworld-lisbon.com/lisboa/places/elevador-gloria.html|título=Locais a Visitar: Elevador da Glória|publicado=www.strawberryworld-lisbon.com|acessodata=3-6-2009|wayb=20080720183627|urlmorta=yes}}</ref> [[elevador do Lavra]]<ref>{{Citar web|url=http://www.instituto-camoes.pt/lextec/por/domain_8/text/18120.html|título=Lextec - Elevador do Lavra, Ascensor do Lavra|publicado=Instituto Camões|acessodata=3-6-2009}}</ref> e [[elevador de Santa Justa]].<ref>{{Citar web|url=http://lazer.clix.pt/artigo.asp?id=24315|título=Elevador de Santa Justa|publicado=Guia do Lazer|acessodata=3-6-2009|wayb=20041123151108|urlmorta=yes}}</ref>

A rede de [[eléctrico]]s é composta actualmente por seis carreiras e percorre um total de 48&nbsp;km de linhas em [[bitola]] de 900&nbsp;mm, sendo 13&nbsp;km em [[Corredor de ônibus|faixa reservada]]. Emprega 165 guarda-freios (condutores de eléctricos, [[funicular]]es e [[elevador]]) e uma frota de 58 veículos (40 históricos, 10 articulados e 8 ligeiros), baseados numa única estação — [[Estação de Santo Amaro|Santo Amaro]].<ref name="frota">{{Citar web|url=http://www.carris.pt/index.php?area=empresa_frota|título=Frota da Carris, página oficial}}</ref>

Segundo dados de 2000, da [[Câmara Municipal de Lisboa]], e segundo a tipologia de percursos cicláveis, existiam e estavam em projecto 84&nbsp;km de percursos de bicicleta, 50&nbsp;km de pistas cicláveis, 73&nbsp;km de faixas circuláveis e 74&nbsp;km de tipologia de coexistência com veículos.<ref>{{Citar web|url=http://www.isa.utl.pt/ceap/ciclovias/lisboa/ceap-04-rede-ciclavel-lisboa2007-tipologia.pdf|acessodata=2-5-2010|obra=isa.utl.pt|título=ceap-04-rede-ciclavel-lisboa2007-tipologia.pdf (Objecto application/pdf)}}</ref>

=== Saúde ===
[[Imagem:Hospital de Santa Maria.jpg|thumb|[[Hospital de Santa Maria]]]]
Em Lisboa existem vários hospitais (quer públicos quer privados), clínicas, centros de saúde, etc. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Hospital Central, no Parque da Bela Vista. O Hospital intitulado [[Hospital de Lisboa Oriental]], englobará alguns hospitais existentes no centro de Lisboa (como por exemplo, o [[Hospital de Dona Estefânia]], o Hospital de Santa Marta, etc.<ref>{{citar web|url=http://observador.pt/2015/02/20/futuro-hospital-de-lisboa-vai-ser-maior-que-inicialmente-previsto/|titulo=Futuro hospital de Lisboa vai ser maior do que inicialmente previsto|acessodata=15-8-2015}}</ref>

Em Lisboa existem vários hospitais públicos (do Serviço Nacional de Saúde), hospitais militares, centros de saúde, hospitais privados e clínicas. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Centro Hospitalar Oriental, no Parque da Bela Vista. Os hospitais de Santa Marta e Santa Cruz começaram por ser especializados em [[Cardiologia]], posteriormente englobaram outras especialidades. Os hospitais públicos da Cidade de Lisboa estão agrupados em centros: [[:categoria:Centro Hospitalar Lisboa Norte|Centro Hospitalar Lisboa Norte]]; [[:categoria:Centro Hospitalar Lisboa Central|Centro Hospitalar Lisboa Central]]; [[:categoria:Centro Hospitalar Lisboa Ocidental|Centro Hospitalar Lisboa Ocidental]]; Centros Especializados; e hospitais militares.<ref>{{citar web |url=https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/08/03/novos-centros-de-referencia-2/|titulo=Novos Centros de Referência|editor=[[Serviço Nacional de Saúde]]|data=3 de agosto de 2017|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

== Cultura ==
=== Museus ===
[[Imagem:Lisboa - Portugal (204238418).jpg|thumb|[[Centro Cultural de Belém]], sede do [[Museu de Arte Contemporânea - Centro Cultural de Belém|MAC-CCB]]]]
[[Imagem:Oceanário de Lisboa - 45 (7110202127).jpg|thumb|O [[Oceanário de Lisboa]], no [[Parque das Nações]]]]
Entre os museus destacam-se: [[Museu Nacional de Arte Antiga]], com a mais importante colecção nacional de pintura antiga; [[Museu Calouste Gulbenkian]], cuja colecção diversificada inclui seis mil peças de arte de vários períodos históricos; [[Museu do Chiado]], com uma colecção de arte portuguesa a partir do {{séc|XIX}}; [[Museu Colecção Berardo|Museu-Colecção Berardo]], onde é apresentada uma colecção de arte moderna e contemporânea internacional em paralelo com mostras de arte contemporânea; [[Centro de Arte Moderna Gulbenkian|Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão]] onde, a par de exposições temporárias se expõe um núcleo permanente de arte portuguesa dos séculos XX e XXI; [[Museu da Eletricidade (Lisboa)|Museu Nacional dos Coches]], o mais visitado do país, com a maior colecção de coches do mundo; [[Museu da Eletricidade (Lisboa)|Museu da Electricidade]] com uma exposição permanente onde se mostra a produção de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturando [[ciência]] e diversão; [[Oceanário de Lisboa]], com a sua impressionante colecção de espécies vivas; [[Museu Militar de Lisboa]], com uma exposição permanente de armamento de diversas épocas.<ref name="Museus">{{citar web |url=https://www.timeout.pt/lisboa/pt/museus/os-museus-que-tem-de-visitar-em-lisboa|titulo=Os melhores museus em Lisboa|editor=[[Time Out (revista)|Time Out]]|data=25 de janeiro de 2023|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

Outros museus e centros culturais: [[Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva]]; [[Museu Rafael Bordalo Pinheiro]]; [[Museu do Design e da Moda]]; [[Fundação Ricardo do Espírito Santo|Museu de Artes Decorativas]]; [[Museu Nacional de Arqueologia]]; [[Museu Nacional do Traje]]; [[Museu do Oriente]]; [[Museu Nacional do Azulejo]]; [[Museu da Farmácia]]; [[Museu de Marinha]]; [[Museu da Água]]; [[Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa]]; [[Casa Fernando Pessoa|Casa-Museu de Fernando Pessoa]]; [[Fundação José Saramago]].<ref name="Museus"/>

=== Música e dança ===
[[Ficheiro:COLISEURECREIOS.jpg|thumb|Inteiror da sala de espetáculos do [[Coliseu dos Recreios]]]]
A [[música]] tradicional de Lisboa é o [[fado]],<ref name="Etnográfica" /><ref name="encontro2014.rj.anpuh.org" /><ref>[http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?pid=S0872-34192012000100005&script=sci_arttext O fado e as regras da arte: autenticidade, pureza e mercado]</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Cardoso|primeiro=Joana Amaral|url=https://www.publico.pt/2012/11/27/culturaipsilon/noticia/se-o-fado-era-uma-cantadeira-agora-tambem-e-uma-diva-cosmopolita-1575176|titulo=Se o fado era uma cantadeira, agora também é uma diva cosmopolita|acessodata=2022-10-24|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref> [[canção]] nostálgica acompanhada à [[guitarra portuguesa]]. Espectáculo típico de tavernas e pequenos recintos dos bairros populares de Lisboa, o fado,<ref name="Etnográfica">[http://ceas.iscte.pt/etnografica/docs/vol_03/N1/Vol_iii_N1_5-20.pdf O fado é o coração: o corpo, as emoções e a performance no fado] – [http://ceas.iscte.pt/etnografica/ Etnográfica]</ref><ref name="encontro2014.rj.anpuh.org">[http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400527819_ARQUIVO_GASPAROTTO_Lucas_Andre_final.pdf Eu sou em quase tudo um francês: o rechaço de Eça de Queiroz ao Fado português na formulação de um projeto político para a nação]</ref> a partir do início do século, «… conhece uma gradual divulgação e consagração popular, através da publicação de periódicos que se consagram ao tema e da consolidação de novos espaços performativos numa vasta rede de recintos …».<ref>[http://www.museudofado.pt/gca/?id=17 História do Fado] ([[Museu do Fado]])</ref> Nas salas de espectáculos destacam-se o [[Coliseu dos Recreios]].<ref>{{citar web |url=https://www.timeout.pt/lisboa/pt/musica/as-dez-melhores-salas-de-concertos-de-lisboa|titulo=Os melhores museus em Lisboa|editor=[[Time Out (revista)|Time Out]]|data=25 de junho de 2018|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

Lisboa acolhe a [[Companhia Nacional de Bailado]], a companhia estatal criada em 1977, com vasto reportório de programação de dança clássica e contemporânea. Após a [[Expo'98]], a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no [[Parque das Nações]]. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. A [[Companhia de Dança de Lisboa]], CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível nacional e internacional.<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadevirtual.pt/cdl/|titulo="Espectáculos de DANÇA -|acessodata=2022-10-24|website=www.cidadevirtual.pt}}</ref>

=== Eventos ===
[[Imagem:Rock in Rio Lisboa entrada.JPG|thumb|Entrada do ''[[Rock in Rio]] Lisboa'' de 2008]]
Desde 1994, ano em que foi [[Capital Europeia da Cultura]], Lisboa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da [[Expo 98]] ao [[Tennis Masters Cup|Tenis World Master 2001]], {{lknb|Euro|2004}}, [[Gymnaestrada]], [[MTV Europe Music Awards]], [[Rali Dakar]], [[Rock in Rio]] ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes [[Veleiro]]s). O [[Rock in Rio]] é um festival de música originalmente organizado no [[Rio de Janeiro]], de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa. Ao longo da sua história, teve 7 edições, três no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes.<ref>{{citar web|url=http://rockinrio-lisboa.sapo.pt/|título=Rock in Rio|acessodata=27-01-2009|wayb=20111023093310|urlmorta=yes}}</ref> Em 2014, Lisboa voltará a receber o Festival.<ref>{{citar web|url=http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/15882|título=Rock in Rio 2010|acessodata=27-01-2009|wayb=20081103134327|urlmorta=yes}}</ref>

[[Imagem:Signs of Celebration (5972504372).jpg|thumb|Decorações da festa de [[Santo António de Lisboa]]]]

Lisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, [[Santo António de Lisboa|Dia de Santo António]].<ref>{{citar web|url=http://www.acaveiro.pt/site/paginas.asp?acr=cad&idpag=33|título=Feriados Nacionais e Municipais|publicado=Associação Comercial de Aveiro|acessodata=27-01-2009|wayb=20081224091947|urlmorta=yes}}</ref> Porém, o padroeiro da capital é [[Vicente de Saragoça|São Vicente]]. As festas em honra de [[Santo António de Lisboa]], acontecem em toda a cidade e os bairros típicos, como [[Alfama]], [[Madragoa]], [[Mouraria]], [[Castelo (Lisboa)|Castelo]] e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais populares, locais engalanados onde se comem [[sardinha|sardinhas assadas na brasa]], Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebe [[vinho tinto]]. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as ''[[marchas populares]]'',<ref>{{citar web|url=http://www.carlosleiteribeiro.caestamosnos.org/Marchas_Populares/Lisboa.html|título=Marchas Populares de Lisboa|autor=Carlos Leite Ribeiro|acessodata=27-01-2009}}</ref> grande desfile alegórico que desce a [[Avenida da Liberdade (Lisboa)|Avenida da Liberdade]] (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes [[bairro]]s, um pouco à maneira das [[escolas de samba]], numa espécie de [[carnaval|carnaval português]]. Um grande [[fogo de artifício]] costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.<ref name="casamento" /> Santo António é conhecido como ''santo casamenteiro'', por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na [[Sé Patriarcal de Lisboa]], o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho.<ref name="casamento" /> São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do [[município]] e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tradição dos casamentos de Santo António, começou em 1958.<ref name="casamento">{{citar web|url=http://anossalisboa.cm-lisboa.pt/index.php?id=1875&tx_ttnews%5Btt_news%5D=1395&tx_ttnews%5BbackPid%5D=1875&cHash=bdca20173c|título=50º Aniversário dos Casamentos de Santo António|data=11-06-2008|publicado=A Nossa Lisboa, newsletter alfacinha|acessodata=27-01-2009|wayb=20081222051823|urlmorta=yes}}</ref> Já as marchas surgiram em 1932.<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/2006/06/12/tema/a_longa_noite_que_lisboa_desce_a_ave.html|título=A longa noite em que Lisboa desce a Avenida|acessodata=27-01-2009|wayb=20080229212656|urlmorta=yes}}</ref>
[[Imagem:Waiting_for_Santa_(51797072511).jpg|thumb|[[Maior Árvore de Natal da Europa]], em 2005]]

Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a [[Maior Árvore de Natal da Europa]]. Inicialmente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espectáculos de música, animadores disfarçados de Pai Natal, etc (animação de rua).<ref>{{citar web|url=http://viajar.clix.pt/noticias.php?id=2381&lg=pt|título=Natal em Lisboa|acessodata=27-01-2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=10595&id_categoria=1|título=Natal em Lisboa|publicado=Câmara Municipal de Lisboa|acessodata=27-01-2009}}</ref> No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A televisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega-espectáculo pirotécnico à meia-noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirotécnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente à capital).<ref>{{citar web|url=http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=1112&id_categoria=11|título=Ano Novo|publicado=Camara Municipal de Lisboa|acessodata=27-01-2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://thelisbongiraffe.typepad.com/diario_de_lisboa/2003/12/momento_estou_e_16.html|título=Ano Novo 2|acessodata=27-01-2009}}</ref>
[[Imagem:ModaLisboa.jpg|thumb|thumb|Entrada do [[ModaLisboa]] de 2011]]
[[Imagem:Feira do Livro de Lisboa 2017-06-13 04.png|thumb|[[Feira do Livro de Lisboa]] em 2017]]

O [[Carnaval]] em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo é o desfile da [[Escola Secundária António Arroio|Escola Artística António Arroio]]. Nas instituições recreativas e, no [[Bairro Alto]] também se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.<ref>{{citar web|url=http://programadefestas.wordpress.com/2008/02/01/sugestoes-para-o-carnaval-24-lisboa-baixa-pombalina/|título=Carnaval na Baixa Pombalina|acessodata=27-01-2009}}</ref> A [[Moda Lisboa]] aquece o [[Inverno]] mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendências.<ref>{{citar web|url=http://www.modalisboa.pt/|título=Moda Lisboa|acessodata=27-01-2009}}</ref>

Lisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O ''Lisbonarte'', consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público.<ref>{{citar web|url=http://www.lisboarte.com/|título=Lisbonarte|acessodata=27-01-2009|wayb=20090203161421|urlmorta=yes}}</ref> Na literatura, a [[Feira do Livro de Lisboa]], um certame que se realiza anualmente desde maio de 1930 em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o [[Parque Eduardo VII]]. Nesta feira são, geralmente, convidados vários autores de diversos livros para sessões de autógrafos. São óptimas ocasiões para comprar livros a preços mais baixos.<ref>{{citar web|url= https://expresso.sapo.pt/feira-do-livro-de-lisboa-ja-abriu=f721226|título=Feira do Livro de Lisboa já abriu |data=2012-04-24|acessodata= 2012-06-21|obra=[[Expresso (Portugal)|Expresso]] |publicado= [[Impresa]]|língua= pt}}</ref>

Outros eventos incluem o Festival dos Oceanos, que ocorre todos os anos em Agosto, no [[Parque das Nações]]; o ''Experimentadesign'', um mega-festival de [[design]] realizado de dois em dois anos em Setembro; e a ''LisboaPhoto'', uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público. Desde 2006 que se realiza em Lisboa um evento dedicado exclusivamente à Luz (um evento bianual), o ''Luzboa''. Pela cidade são espalhados várias instalações criadas por artistas plásticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espectáculo.<ref>{{citar web|url=http://www.luzboa.com/|título=Luzboa|acessodata=27-01-2009}}</ref>

=== Património histórico ===
{{Artigo principal|Lista de património edificado no distrito de Lisboa#Lisboa{{!}}Lista de património edificado em Lisboa}}
{{Info/Sítio do Patrimônio Mundial
 |Nome        = Mosteiros dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa
 |imagem      = [[Imagem:Belem Tower tunliweb.JPG|250px]]
 |imagemlegenda = Vista da [[Torre de Belém]]
 |Estado_parte  = {{POR}}
 |Tipo        =
 |Critério    = iii, vi
 |ID          = 263
 |Link        = http://whc.unesco.org/en/list/263
 |Região      = [[Lista do Património Mundial em Portugal|Portugal]]
 |Fundaçâo    = 
 |Coordenadas = {{coord|20|23|7|S|43|30|13|W}}
 |Ano         = [[2008]]
 |Sessão      =
 |Extensão    =
 |Perigo      =
}}
Junto à zona ribeirinha do Tejo, a Poente do centro da cidade, encontra-se a freguesia de [[Santa Maria de Belém|Belém]], representante da cidade da época dos [[Descobrimentos]]. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela [[UNESCO]] como [[Património da Humanidade]]: o [[Mosteiro dos Jerónimos]], mandado construir pelo Rei [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] em 1501 e o melhor exemplo do denominado [[Estilo Manuelino]], cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo [[Estilo gótico|gótico]] e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70&nbsp;kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de [[Luís Vaz de Camões]], autor de ''[[Os Lusíadas]]'', repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor [[Vasco da Gama]]. Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a [[Torre de Belém]], construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, é em Bélem que se encontram o [[Padrão dos Descobrimentos]], o [[Palácio de Belém]], residência oficial do Presidente da República, o [[Museu Nacional dos Coches]], o [[Museu da Eletricidade (Lisboa)|Museu da Electricidade]], a [[Igreja da Memória]] e o [[Centro Cultural de Belém]].<ref>{{citar web |url=https://whc.unesco.org/en/list/263/|titulo=Monastery of the Hieronymites and Tower of Belém in Lisbon|editor=[[UNESCO]]|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref><ref>{{citar web |url=https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade/patrimonio-mundial-em-portugal/jeronimos-e-torre-de-belem|titulo=Mosteiros dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa|editor=Comissão Nacional da Unesco|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

Representante da Lisboa moderna, o [[Parque das Nações]] nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial [[Exposição Mundial de 1998|Expo 98]] subordinada ao tema dos [[Oceano]]s. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da [[descoberta do caminho marítimo para a Índia]] por [[Vasco da Gama]]. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a [[Torre São Rafael]] e [[Torre São Gabriel]], ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atracções do bairro são: o [[Oceanário de Lisboa]], o [[Pavilhão Atlântico]], o [[Pavilhão de Portugal]], a [[Torre Vasco da Gama]], a [[Ponte Vasco da Gama]] e o [[Gare do Oriente]], do arquitecto [[Santiago Calatrava]].<ref>{{citar web |url=https://www.portaldasnacoes.pt/category/parque-das-nacoes-6/|titulo=O Projeto|editor=Portal das Nações|acessodata=18 de fevereiro de 2024}}</ref>

Os bairros de manufatura e as instalações industriais à beira-rio são o palco de eleição para galerias de arte contemporânea, vida noturna, mercados, restaurantes e museus, como o [[Museu Nacional do Azulejo]] ou o [[Palácio do Grilo]].<ref>{{citar web|url=https://visao.sapo.pt/visaose7e/sair/2018-06-08-tudo-o-que-ha-para-ver-e-fazer-de-marvila-ao-beato/|título=Tudo o que há para ver e fazer de Marvila ao Beato,|último=Revista|primeiro=Visão|data=Junho de 2018|website=Visao|acessodata=14-01-2020}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.timeout.pt/lisboa/pt/coisas-para-fazer/roteiro-perfeito-em-marvila|título=Roteiro perfeito em Marvila,|último=Revista|primeiro=TimeOut|data=Dezembro de 2019|website=TimeOut|acessodata=14-01-2020}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/lisboa-o-circulo-alternativo-das-galerias-de-arte|título=Lisboa: ocírculo alternativo das galerias de arte|data=maio de 2017|website=Jornal de Negócios|acessodata=14-01-2020}}</ref>

Do início do {{séc|XVIII}} o monumento mais significativo é o [[Aqueduto das Águas Livres]].<ref>{{Citar web|url=http://www.rotas.xl.pt/0506/400.shtml|título=Rotas & Destinos|publicado=www.rotas.xl.pt|acessodata=3-6-2009|wayb=20080602220441|urlmorta=yes}}</ref> De referir ainda os [[palácio]]s reais das [[Palácio das Necessidades|Necessidades]] e da [[Palácio Nacional da Ajuda|Ajuda]], na parte Oeste da cidade. Em finais do {{séc|XIX}} os planos urbanísticos permitiram [[wikt:pt:estender|estender]] a cidade além da [[Baixa de Lisboa|Baixa]] para o [[vale]] da actual [[Avenida da Liberdade (Lisboa)|Avenida da Liberdade]]. Em 1934 é construída a [[Praça do Marquês de Pombal (Lisboa)|Praça do Marquês de Pombal]], remate superior da avenida.<ref>{{Citar web|url=http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=1079|título=Praça Marquês de Pombal|publicado=RevelarLX|acessodata=3-6-2009}}</ref>

=== Gastronomia ===
[[imagem:Portugal-Lisboa-Pastel de Belem-P1250305 (25772782982).jpg|thumb|[[Pastéis de nata]]]]
A [[gastronomia]] de Lisboa está influenciada pela sua proximidade do [[mar]]. Especialidades tipicamente lisboetas são as ''pataniscas de bacalhau'' e os ''peixinhos da horta''. Também se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso [[bife à café]], é outro ''ex-libris'' alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o ''[[pastel de nata]]'', cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na freguesia de [[Santa Maria de Belém|Belém]]. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os pastéis de Belém.<ref>{{Citar web|url=https://pasteisdebelem.pt/history/|titulo=História|data=2015-01-23|acessodata=2023-10-07|website=Pastéis de Belém|lingua=pt-pt}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Santos|primeiro=Luís J.|url=https://www.publico.pt/2023/02/24/fugas/noticia/melhor-pastel-mundo-belem-pastel-nata-2040180|titulo=Melhor pastel do mundo? O de Belém. E depois o pastel de nata|data=2023-02-24|acessodata=2023-10-07|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=estadaoconteudo|url=https://www.terra.com.br/vida-e-estilopastel-de-nata-e-protagonista-em-lugares-tipicamente-portugueses,9cc2490f05dc49788c9a76ca2ec00be3pz2swia2.html|titulo=Pastel de nata é protagonista em lugares tipicamente portugueses|acessodata=2023-10-07|website=Terra|lingua=pt-BR}}</ref>

=== Desportos ===
{{Artigo principal|Lista das instalações desportivas do Município de Lisboa}}
{{multiple image
| direction = vertical
| width = 220
| align = right
| image1 = Estadio da Luz 2012.jpg
| image2 = AlvaladeXXI4.jpg
| footer = [[Estádio da Luz]] (topo), casa do [[S.L. Benfica]], e [[Estádio José Alvalade|Estádio do Alvalade]] (abaixo), casa do [[Sporting CP]].
}}
A [[Meia Maratona de Lisboa]] realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.<ref name="Maratona">{{citar web|url=http://www.meiamaratonadelisboa.com/|titulo=Meia Maratona de Lisboa 2008|acessodata=2-1-2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.record.pt/noticia.asp?id=806173&idCanal=85|titulo=Classificações da Meia Maratona de Lisboa 2008|acessodata=2-1-2009|wayb=20081003062232|urlmorta=yes }}</ref>

O [[futebol]] é o desporto mais popular de Lisboa. Os clubes de futebol mais destacados são o [[Sport Lisboa e Benfica]] (SLB) e o [[Sporting Clube de Portugal]] (SCP), conhecidos apenas por Benfica e Sporting respectivamente. Estes clubes jogam nas mais altas modalidades desportivas nacionais e internacionais: o Benfica joga no [[Estádio da Luz]], com 65 mil lugares sentados e com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Já ganhou duas vezes a [[Liga dos Campeões da UEFA]], tendo já chegado um total de 7 vezes à final. Os seus jogadores mais famosos são [[Eusébio da Silva Ferreira|Eusébio]] (Bola de Ouro, Bota de Ouro por 2 vezes), [[Rui Manuel César Costa|Rui Costa]] (FIFA 100), [[Nuno Gomes]] e [[Simão Sabrosa]]. O Sporting joga no [[Estádio Alvalade XXI|Estádio José Alvalade]], com uma capacidade para 50 mil pessoas com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Vencedor da [[Taça dos Clubes Vencedores de Taças]] e finalista, por uma ocasião, da [[Taça UEFA]], é o segundo clube na Europa com mais títulos no conjunto de todas as modalidades, apenas suplantado pelo FC Barcelona, e o terceiro clube europeu com mais taças europeias conquistadas (25).<ref>{{citar web|url=http://observador.pt/2017/05/27/as-bodas-de-prata-do-sporting-na-europa-taca-challenge-em-andebol-e-o-25-o-titulo/|titulo=Taça Challenge em andebol é o 25.º título|acessodata=18-7-2017}}</ref>

O [[futsal]] é, provavelmente, o segundo desporto mais popular da capital, havendo três equipas profissionais na [[Campeonato Nacional da I Divisão de Futsal|Liga Sport Zone]] sediadas na cidade: [[Futsal do Sporting Clube de Portugal|Sporting CP]],<ref>{{citar web |url=https://www.sporting.pt/pt/Clube|titulo=Resumo|editor=[[Futsal do Sporting Clube de Portugal|Sporting CP]]|acessodata=25 de fevereiro de 2024}}</ref> [[Futsal do Sport Lisboa e Benfica|SL Benfica]]<ref>{{citar web|url=https://futsalfeed.com/original-content/top-11-football-clubs-with-futsal-sections--1|título=Top 11 football clubs with futsal sections|publicado=futsallfeed.com|acessodata=2020-04-08}}</ref> e Belenenses.<ref>{{citar web|título=Belenenses vence Benfica e conquista Taça de Portugal|url=http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1436175|obra=Publico|acessodata=7 de outubro de 2012|data=8 de maio de 2010}}</ref> O [[basquetebol]] profissional tem cada vez mais seguidores e Lisboa foi a sede do [[Campeonato Mundial de Basquetebol Sub-19]] de 1999, disputado no [[Pavilhão Atlântico]].<ref>{{citar web |url=https://www.record.pt/modalidades/basquetebol/detalhe/basquetebol-final-do-mundial-de-juniores-lotou-pavilhao-atlantico|titulo=Basquetebol: Final do Mundial de juniores lotou Pavilhão Atlântico|editor=[[Record (jornal desportivo)|Record]]|acessodata=25 de fevereiro de 2024|data=27 de julho de 1999}}</ref> Na cidade, praticam-se muitos outros desportos, com destaque para os desportos náuticos, como [[Vela (desporto)|vela]], [[remo (desporto)|remo]] e [[ciclismo]], etc.<ref>{{citar web|url=https://www.visitlisboa.com/pt-pt/c/visitas-atividades/desportos|titulo=Desportos|editor=Visit Lisboa|acessodata=25 de fevereiro de 2024}}</ref>

== Ver também ==
{{Colunasx|
* [[Lista de arruamentos de Lisboa]]
* [[Lista de estruturas mais altas de Lisboa]]
* [[Bandeira de Lisboa]] |
* [[Brasão de Lisboa]]
* [[Prémio Cidade de Lisboa]]
}}

{{Referências|refs =

<ref name=anmp>{{Citar web|url=https://anmp.pt/municipios/municipios/geminacoes/|titulo=Geminações|acessodata=5-10-2023|publicado=Associação Nacional de Municipios Portugueses|obra=www.anmp.pt}}</ref><ref name=cml_gem>{{citar web|url=https://www.lisboa.pt/municipio/relacoes-internacionais|titulo=Relações internacionais|publicado=Câmara Municipal de Lisboa|obra=cm-lisboa.pt|acessodata=5-10-2023}}</ref><ref name=buenair>{{citar web|url=http://www.buenosaires.gov.ar/areas/internacionales/docs/convenios_hermanamientos.pdf?menu_id14807|titulo=Lista de hermanamientos y convenios|publicado=Gobierno de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires|obra=www.buenosaires.gov.ar|língua=espanhol|acessodata=2-7-2009|datali=janeiro de 2019}}</ref>
}}<!--fim refs-->

=== Bibliografia ===
{{InícioRef|2}}
* {{citation|autor=Camarinhas, Catarina|título=L'urbanisme de Lisbonne|ano=2012|local=Paris|editora=L'Harmattan|isbn=978-2-296-47915-9}}
* {{citation|autor=Melo, João De|título=Como visitar Lisboa|ano=2005|editora=Lisboa, Infoportugal S.A.|isbn=972-8757-02-6}}
* {{citation|título=Fin de Semana: Lisboa|ano=2006|editora=Barcelona: Salvat Editores, S.A.|isbn=84-345-0466-9}}
* {{citation||título=Lisboa S.A.|ano=2006|editora=Barcelona: Ediciones B S.A.|isbn=84-666-2523-2}}
* {{citation|autor=França, José Augusto|título=Lisboa: História Física e Moral|ano=2008|local=Lisboa|editora=Livros Horizonte|isbn=978-972-24-1612-2
}}
* {{citation|autor=Gea, Juan Carlos|título=El Temblor (Lisboa, sábado de santos de 1755)|língua=es|ano=2005|editora=Gijón: Ediciones TREA|isbn=84-9704-205-0}}
* {{citation|título=Lisboa|língua=es|ano=2005|publicado=Blume|local=Barcelona|isbn=9788498010282}}
* {{citation|título=Lisboa 2006 (Guías Visuales)|ano=2006|local=Madrid|publicado=Aguilar, S.A. de Ediciones-Grupo Santillana|isbn=84-03-50156-0}}
* Sainz Guerra, José-Luis (coord.), ''"La remodelación de la ciudad europea"'', Valladolid, 2007, ISBN 978-84-8448-417-2, Publicações da Universidade de Valladolid
{{-fim}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat =Lisbon
|wikiquote =Lisboa
|wikinoticiascat =Lisboa
|wikcionario =Lisboa
|wikivoyage =Lisboa
}}
{|
| style="vertical-align:top" | '''Câmara Municipal'''
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* {{oficial|http://www.cm-lisboa.pt/}}
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* {{YouTube|u=camaralisboa|Câmara Municipal}}
* [http://agendalx.pt/ Agenda Cultural] na página da CML
| &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;
| style="vertical-align:top" | '''Outros'''
{{InícioRef}}
* [http://www.visitlisboa.com/ Associação de Turismo de Lisboa]
* [http://www.lisboa360.pt/ Lisboa 360]
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