Tute
Artur de Souza Nascimento, conhecido como Tute (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1886 – Rio de Janeiro, 15 de junho de 1951), foi um músico, violonista de 6 e 7 cordas, bandolinista e banjoísta brasileiro.[1][2][3][4]
Tute | |
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Nascimento | 1 de julho de 1886 Rio de Janeiro |
Morte | 15 de junho de 1951 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | banjoísta, guitarrista |
Instrumento | bandolim |
Carreira
editarNa sua juventude fez parte da banda do Corpo de Bombeiros sob a regência de Anacleto de Medeiros, onde tocava bombo e prato. Tocou ainda com os grupos Oito Batutas, Guarda Velha, Orquestra Victor, Os Cinco Companheiros e Orquestra Copacabana.[1][5][6]
No início da década de 1910, era violonista da orquestra do Cine-Teatro Rio Branco (sob direção de Paulino Sacramento), tendo indicado Pixinguinha (com 15 anos de idade) como flautista reserva de Antônio Maria Passos. Algum tempo depois, Pixinguinha foi efetivado e iniciou-se sua carreira profissional.[6]
Na década de 1930, ele participou em programas de rádio (como as Rádios Mayrink Veiga e Nacional, do Rio de Janeiro) e concertos com Pixinguinha, Léo Vianna, Palmieri e Aristides. E também participou de gravações com grandes cantores e instrumentistas, como Luperce Miranda, Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis, entre outros.[2][3][5][6] Ao longo da vida, foi amigo de figuras importantes do cenário musical, como Pixinguinha, Donga e João da Bahiana.[7]
Inovação
editarÉ considerado o introdutor do violão de 7 cordas (com a sétima corda afinada em dó) nos conjuntos regionais de choro dos quais fez parte. Inclusive a inspiração para a sétima corda seria ideia de Tute (seno afinada em dó).[1][2][5][6][7]
Luperce Miranda o chamava de violonista “pé-de-boi”, pois deixava todos solistas seguros.[3]
Discografia
editar- 1917 - Rosa, com Pixinguinha (Odeon).[2]
- 1917 - Sofres porque queres, com o Grupo do Pixinguinha (Odeon).[2]
- 1927 - Canção do seresteiro, com Sá Pereira, Francisco Alves e Nelson.[2]
- 1927 - Os canoeiros do norte, com Sebastião Santos Neves, Francisco Alves, Pixinguinha e Nelson.[2]
- 1928 - Nego d’angola, com Francisco Alves, Lúcio Chameck, Francisco Alves, Pixinguinha e Nelson.[2]
- 1928 - Que Ursada, de Caninha (Odeon).[3]
- 1928 - Cangote cheiroso, com Sá Pereira, Francisco Alves, Pixinguinha e Nelson.[2]
- 1930 - Bem-te-vi, de Mello Morais.[3]
- 1930 - Talento e Formosura, de Edmundo Otávio Ferreira e Catullo da Paixão Cearense.[3]
- 1931 - Se va la vida, de E. Donato e Zerillo, com Lely Morel, Romualdo Miranda e Tito.[8]
- 1931 - Gira, gira (Yira, yira), de Enrique S. Discépolo, com Lely Morel, Romualdo Miranda e Tito.[8]
- 1932 - Não há nada, de Luperce Miranda.[8]
- 1932 - Cafuço brincando, Luperce Miranda.[8]
- 1934 - Iolanda, com Pixinguinha e Luperce Miranda.[2]
- 1935 - Recordando, com Pixinguinha e Luperce Miranda.[2]
- 1941 - Coração de mãe, de Mozart Bicalho.[8]
- 1941 - Choro sete, de Mozart Bicalho.[8]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c «Arthur de Souza Nascimento». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 29 de setembro de 2023
- ↑ a b c d e f g h i j k «Tute – Pixinguinha». Consultado em 5 de outubro de 2023
- ↑ a b c d e f Bonavides, Postado por Marcelo. «RELEMBRANDO O VIOLONISTA TUTE». Consultado em 5 de outubro de 2023
- ↑ «Acervo Digital Chiquinha Gonzaga». Consultado em 5 de outubro de 2023
- ↑ a b c Aun, Heloisa (2 de julho de 2014). «Tute e o violão de sete cordas no choro». Catraca Livre. Consultado em 5 de outubro de 2023
- ↑ a b c d «Casa do Choro». acervo.casadochoro.com.br. Consultado em 5 de outubro de 2023
- ↑ a b «Tute e o violão de sete cordas no choro». Catraca Livre. 4 de maio de 2020. Consultado em 28 de setembro de 2023
- ↑ a b c d e f «Artista : Tute». Discografia Brasileira. Consultado em 5 de outubro de 2023