Taipu
Taipu é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com estimativa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2020, sua população era de 12.297 habitantes.
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Município do Brasil | |||
Centro da cidade de Taipu | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | taipuense | ||
Localização | |||
Localização de Taipu no Rio Grande do Norte | |||
Localização de Taipu no Brasil | |||
Mapa de Taipu | |||
Coordenadas | 5° 37′ 19″ S, 35° 35′ 49″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | Pureza (ao norte), Ielmo Marinho (ao sul), Ceará-Mirim (a leste) e Poço Branco (a oeste) | ||
Distância até a capital | 53 km | ||
História | |||
Fundação | 1891 (133 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ariosvaldo Bandeira Júnior (PSD, 2021– 2028) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 352,818 km² | ||
População total (IBGE/2022[1]) | 11 422 hab. | ||
Densidade | 32,4 hab./km² | ||
Clima | Tropical | ||
Altitude | 41 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 59565-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[2]) | 0,569 — baixo | ||
PIB (IBGE/2021[3]) | R$ 155 199,30 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[3]) | R$ 12 603,48 |
Geografia
editarO território de Taipu equivale a 0,6681% da superfície estadual, com 352,818 km², dos quais apenas 0,538 km² constituem a cidade (2015),[4] que está a 53 km da capital potiguar, Natal,[5] e a 2 457 km de Brasília, capital do país.[6] Tem como limites territoriais Pureza a norte, Ielmo Marinho a sul, Ceará-Mirim a leste e Poço Branco a oeste.[7] De 1989 a 2017, quando os municípios eram agrupados em microrregiões e mesorregiões, Taipu pertencia à microrregião do Litoral Nordeste, dentro da mesorregião do Leste Potiguar;[8] a partir de 2017, com a nova divisão territorial em regiões geográficas, o município está inserido nas regiões imediata e intermediária de Natal.[9]
O relevo local está enquadrado nos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, logo sucedidos pela depressão sublitorânea. A geologia, em sua maioria, é constituída por sedimentos embasamento cristalino, datado do período Pré-Cambriano, entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos. A norte estão sedimentos cretáceos da Bacia Potiguar a norte, abrangendo os arenitos da formação Açu e as rochas calcárias da formação Jandaíra. Os principais solos encontrados são as areias quartzosas, o planossolo, o bruno não cálcico, o podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico.[10] Em áreas isoladas ocorrem também o latossolo, vertissolo e solo orgânico (organossolo).[11][nota 1]
A vegetação que recobre o solo taipuense é típica do bioma da Caatinga, com espécies de pequeno porte, ocorrendo também, nas várzeas úmidas, os chamados campos de várzea.[10] Na hidrografia, passam por Taipu os rios Ceará-Mirim e do Mudo, além dos riachos Alberca, da América, Caratá e Seco. A maior parte do território municipal está inserido na bacia hidrográfica do Rio Ceará-Mirim,[13] estando a parte norte nos domínios da bacia do rio Maxaranguape[14][15] e o extremo sul na bacia do rio Doce,[16][17] onde está a nascente do rio do Mudo.[18]
O clima é tropical chuvoso, com chuvas concentradas nos meses de outono e inverno.[19] Desde 1911, quando teve início o monitoramento pluviométrico em Taipu, o maior acumulado de chuva em 24 horas atingiu 310 mm em 30 de julho de 1998.[20] Desde novembro de 2019, quando começou a operar uma estação meteorológica automática da EMPARN em Taipu, as temperaturas mínima e máxima absolutas foram, respectivamente, de 18,8 °C em 14 de julho de 2020 e a maior de 36,3 °C em 22 de março do mesmo ano.[21]
Dados climatológicos para Taipu | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 36 | 35,9 | 36,3 | 35,4 | 34,3 | 34,3 | 33,5 | 33,7 | 34,5 | 34,7 | 35,1 | 35,5 | 36,3 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 21,2 | 20,5 | 21,2 | 21,4 | 20,3 | 19,1 | 18,8 | 18,9 | 19,1 | 19,6 | 19,4 | 19 | 18,8 |
Precipitação (mm) | 43,8 | 77,8 | 139,9 | 152,9 | 126,6 | 135 | 103,8 | 45,9 | 19,9 | 7 | 7,5 | 11,4 | 871,5 |
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1911-2019;[20] recordes de temperatura: 05/09/2019-presente)[21] |
Notas
- ↑ Os solos bruno não cálcico e podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico, na nova classificação brasileira de solos, são enquadrados na classe dos luvissolos, enquanto a areia quartzosa é chamada de neossolo e os solos orgânicos constituem os organossolos. O planossolo e o latossolo permaneceram com suas denominações originais.[12]
Referências
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Brasil | Rio Grande do Norte | Taipu». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013
- ↑ a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Taipu | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 27 de outubro de 2024
- ↑ Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ «Distância de Taipu a Natal». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ «Distância de Taipu a Brasília». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ VIANA; ARAÚJO, 2018, p. 9.
- ↑ IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1. Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017
- ↑ IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ a b Perfil do seu município: TAIPU (2008). «Perfil do seu município: Taipu» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 19 de novembro de 2022
- ↑ EMBRAPA. «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Taipu, RN» (PDF). Consultado em 21 de novembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 19 de novembro de 2022
- ↑ JACOMINE, 2008, p. 178.
- ↑ «Informações hidrográficas». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ CAVALCANTI, 2018, p. 25.
- ↑ SIMONETTI, 2022, p. 17.
- ↑ DE OLIVEIRA, 2018, p. 12-13.
- ↑ DA COSTA JÚNIOR, 2019, p. 28.
- ↑ DA COSTA JÚNIOR; DE SOUZA; DA COSTA, 2022, p. 325.
- ↑ DE ANDRADE et al, 2011, p. 34.
- ↑ a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 21 de novembro de 2022
- ↑ a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 21 de novembro de 2022
Bibliografia
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CAVALCANTI, Daniell da Silva. Definição de área de proteção em bateria de poços no aquífero Dunas/Barreiras na região de Maxaranguape/RN.. 2018. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Graduação) - Engenharia Ambiental, Departamento de Engenharia Civil, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2018. DA COSTA JÚNIOR, Marcos Félix. Caracterização e avaliação da atividade pecuária na bacia hidrográfica do Rio Doce - RN. 2019. 80f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Centro de Biociências, UFRN, Natal, 2019. DA COSTA JÚNIOR, Marcos Félix; DE SOUZA, Raquel Franco; DA COSTA, Franklin Roberto. Caracterização da produção pecuária na bacia hidrográfica do Rio Doce–RN. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, v. 11, n. 1, p. 310-329, 2022. DE ANDRADE, Kivya Dias et al. Efeito da estação do ano na qualidade do leite de búfalas. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 6, n. 3, p. 33-37. Mossoró, 2011. |
DE OLIVEIRA, Karoline Costa de. Implicações ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - RN. 2018. 30f. TCC (Graduação em Geografia) - Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2018. JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008. SIMONETTI, Thiago França. Análise das mudanças no uso e cobertura da terra na Bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape - RN (1985 - 2020). 70f. TCC (Graduação em Geografia), Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2022. VIANA, João Paulo Teixeira; ARAÚJO, Maria Cristina Cavalcante. Estratégias didático-pedagógico no ensino da geografia: construindo e regionalizando a cidade de Taipu-RN sob o olhar do educando. Revista Pensar Geografia, v. 2, n. 2, p. 1-18, 2018. |