Sikorsky S-51 Dragonfly

O Sikorsky S-51 foi um helicóptero projetado e desenvolvido pela Sikorsky Aircraft Corporation entre os anos de 1943 e 1951, baseados no modelo H-5.

Sikorsky S-51
Sikorsky S-51 Dragonfly
Descrição
País de origem  Estados Unidos
Fabricante Sikorsky Aircraft Corporation
Período de produção 1944-1951
Quantidade produzida aproximadamente 300
Desenvolvido de Sikorsky R-4
Primeiro voo em 18 de setembro de 1943 (81 anos)
Introduzido em fevereiro de 1945
Variantes H-5

WS-51 Dragonfly

Tripulação 2
Passageiros 2 (na versão civil)
Especificações
Dimensões
Comprimento 17,40 m (57,1 ft)
Altura 3,96 m (13,0 ft)
Diâmetro do(s) rotor(es) 14,63 m (48,0 ft)
Peso(s)
Peso carregado 2,193 kg (4,83 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 × Pratt & Whitney R-985, de 450 hp (335 kW)
Performance
Velocidade máxima 171 km/h (92,3 kn)
Teto máximo 4,390 m (14,4 ft)

História

editar

Seu primeiro voo foi em fevereiro de 1946, sendo o primeiro helicóptero a ser vendido para utilizadores civis. É um helicóptero com maior diâmetro de rotor principal, maior capacidade de carga, mais pesado e robusto, se comparado com outros helicópteros disponíveis no mercado durante o mesmo período. Em setembro de 1946, a Sikorsky licenciou os direitos de fabricação da aeronave para a britânica Westland Aircraft, originando assim a versão designada Westland-Sikorsky WS-51 Dragonfly.[1]

Em 1949, a Sikorsky passou a produzir o S-51 em versões de helicóptero anfíbio.

Uso em Portugal

editar

Foi o primeiro helicóptero a operar em Portugal, sendo testado pela Aviação Naval durante pouco tempo. Para estes testes, foi utilizado um Westland-Sikorsky WS-51 Dragonfly MK1A, modelo civil de fabricação britânica com a matrícula G-ALMB, número de série WA/H/6. Esteve situado na Doca do Bom Sucesso em Lisboa, na zona de Belém.

Depois de ser testado em Portugal, o helicóptero foi vendido para um operador italiano, onde foi matriculado com o registro civil I-MCOM e posteriormente com o registro militar MM80118I. Este helicóptero pertence actualmente ao Museu da Força Aérea Italiana.[2]

Uso no Brasil

editar

A Marinha Brasileira usou o Westland Widgeon, uma versão privada em desenvolvimento pela Westland Aircraft, com base no WS-51 Dragonfly HR.5, que foi cancelada após a construção de poucas unidades. A Força Aeronaval da Marinha Brasileira recebeu em dezembro de 1957, a primeira unidade, cujo numero de série era WA/H/142, designado HUW H-4001. Em 1958, recebeu a segunda unidade de número de série WA/H/143, designado HUW H-4002. Anos mais tarde, foram designados como UH-1, matrículas N-7001 e N-7002.[3] O N-7001 está em exposição no Museu da Aviação Naval em São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro.[4]

Em fevereiro de 1959, a TV Record adquiriu um Westland-Sikorsky S-51 Dragonfly, com matrícula civil PT-HAL e foi utilizado pela emissora na década de 60 até ser vendido para a Ocian.[5]

 
WS-51 Dragonfly que pertenceu a TV Record de São Paulo exposto em museu na cidade de Bebedouro, São Paulo

Em 1972, este helicóptero foi utilizado no resgate das vítimas do incêndio no Edifício Andraus. Hoje, o PT-HAL encontra-se preservado no Museu Eduardo André Matarazzo. Somente três helicópteros deste modelo foram utilizados por civis no Brasil.[6]

Versões

editar
  • XR-5
    • Protótipo com 2 lugares e trem de aterragem com roda de cauda, motor 450hp. 5 construídos.
  •  
    Sikorsky YH-5A em exposição no Museu da Força Aérea dos Estados Unidos em Dayton, Ohio
    YR-5A
    • Igual ao XR-5 com modificações menores, 26 unidades construídas, incluindo 2 na versão HO2S-1 desenvolvida para a Marinha dos Estados Unidos.
  • R-5A
    • Modelo de operações humanitárias com capacidade externa de 2 macas, 34 unidades construídas.
  • R-5B
    • R-5A modificado, nunca construído.
  • YR-5C
    • R-5A modificado, nunca construído.
  • R-5D
    • R-5A modificado com trem de aterragem de roda no nariz e gancho de recuperação, 20 unidades construídas.
  • YR-5E
    • YR-5A modificado, com duplo comando, 5 unidades convertidas.
  • R-5F
    • Modelo civil de 4 lugares, 11 unidades construídas.
  • H-5A
    • Anteriormente, R-5A
  • H-5D
    • Anteriormente, R-5D
  • YH-5E
    • Anteriormente, YR-5E
  • H-5F
    • Anteriormente, R-5E
  • H-5G
    • H-5F com equipamento de recuperação
  • H-5H
    • H-5G com equipamento melhorado
  • HO3S-1
    • Similar ao H-5F, 88 unidades construídas.
  • HO3S-2
    • Versão naval do H-5H, nunca construído.
  • HO3S-3
    • HO3S-1 modificado em 1950 com rotor customizado. 1 unidade construída.
  • S-51
    • Versão civil de 4 lugares.

Operadores

editar
 
HO3-S utilizado pelo Exército dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial em Itami, no Japão

  África do Sul

  Austrália

  Brasil
  Canadá

  Estados Unidos

  Filipinas

  França

  Japão

  Países Baixos

  Reino Unido

  Tailândia

Referências

editar
  1. Bernard Fitzsimons (1978). «The Illustrated encyclopedia of 20th century weapons and warfare, Volume 20». Columbia House (Google Livros) (em inglês), pág. 2173, "R-5, Sikorsky"  Consultado em 31 de agosto de 2019.
  2. http://www.emfa.pt/www/po/maisalto/conteudos/348-asarotativa.pdf Arquivado em 21 de outubro de 2008, no Wayback Machine. Revista - Mais Alto nº 348 pag.37
  3. http://www.helis.com/database/modelorg/112/ base de dados internacional de helicópteros
  4. «Museu da Aviação Naval | ComForAerNav». www.marinha.mil.br. Consultado em 12 de julho de 2024 
  5. Neves, Luis (25 de outubro de 2020). «Conheça qual foi o primeiro helicóptero utilizado para reportagens no Brasil». Contato Radar - Notícias de aviação. Consultado em 26 de janeiro de 2022 
  6. http://www.alide.com.br/joomla/index.php/component/content/article/37-ed34/97-museu-eduardo-andre-matarazzo
  7. RAAF Museum

Ligações externas

editar