Aetobatus narinari, popularmente conhecida como arraia-pintada, raia-pintada, pintada, narinari, papagaio,[1] raia-leopardo, ratão-pintado, arraia-chita ou raia-chita, é um peixe da família dos miliobatídeos. A sua boca assemelha-se ao bico de uma ave e a cauda a um chicote com 1 a 5 ferrões. O seu revestimento dorsal é azul-escuro, com manchas brancas; a região ventral é branca, o que lhe permite uma eficaz camuflagem, vista de cima ou de baixo.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRaia-pintada
Aetobatus narinari
Aetobatus narinari
Estado de conservação
Quase ameaçada
Quase ameaçada
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Elasmobranchii
Ordem: Myliobatiformes
Família: Myliobatidae
Género: Aetobatus
Espécie: Aetobatus narinari
Nome binomial
Aetobatus narinari
( Euphrasen , 1790)
Aetobatus narinari.

Etimologia

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"Arraia" e "raia" vêm do latim raja.[1] O nome "pintada" vem das pintas em seu dorso.[1] "Narinari" é um nome de origem tupi[2].

Alimentação

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Possui uma boca no inferior da cabeça, com dentes serrilhados. Alimenta-se de crustáceos, plânctons, moluscos e outros pequenos animais, como vermes, caramujos e camarões. Para capturar seu alimento, a raia fica semienterrada na areia esperando seu alimento. Quando a presa se aproxima, ela dá um rápido e certeiro bote. Cobrem a vítima com suas nadadeiras peitorais e, em seguida, abocanham a presa.

Localização e Habitat

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As raias-pintadas podem ser encontradas em todas as águas tropicais do Oceano Atlântico. No Brasil, ocorrem mais frequentemente no sudeste e sul do país. Elas ficam normalmente no fundo de estuário e baías, apesar de serem capazes de nadar grandes distâncias em mar aberto.

Vive solitária ou em pares e em pequenos grupos, eventualmente em cardumes, nadando próximo da superfície ou do fundo, fica em estuários e baías. Vive entre 15 e 18 anos. Durante sua migração e reprodução, costuma formar enormes cardumes. Nesta época, ao fugir dos predadores pode ser vista executando saltos especulares para fora da água.Elas também podem viver em outros locais como o recife e muitos outros habitats.


Proteção

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Utilizam sua cauda como chicote. A sua cauda possui de 1 a 5 aguilhões serrilhados capazes de inocular um forte veneno. Além de que a raia-pintada, pelo fato de sua coloração pintada, consegue se camuflar na areia quando há risco de predadores.

Coloração

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Seu dorso possui coloração cinza a marrom com manchas brancas nos jovens e anéis desta cor nos adultos. O ventre é branco.

Órgãos do Sentido

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  • Olfato: Narinas localizadas ventralmente na extremidade arredondada da cabeça, capazes de detectar moléculas dissolvidas na água em concentrações mínimas.
  • Audição: Ouvidos com três canais semi circulares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores).
  • Visão: Olhos laterais e sem pálpebras cuja retina geralmente apenas contém bastões (fornecendo uma visão a preto e branco, mas bem adaptada a baixa luminosidade).
  • Recepção de vibrações: uma fina cavidade contem muitas pequenas aberturas, contém células nervosas sensíveis a pressão (algo como um sentido do tato a distância).
  • Eletrorrecepção: Como outros peixes cartilaginosos, têm ampolas de Lorenzini, receptores sensíveis à temperatura, salinidade e pressão da água e também a campos eletromagnéticos e correntes elétricas geradas pelos músculos de outros organismos.

Reprodução

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A reprodução da raia pintada é realizada por todo ano em pares ou em trios. Os machos perseguem uma fêmea, montando-a após muitas tentativas, quando chega a mordê-la no dorso. Os filhotes, de 3 a 4, nascem com de 17 a 33 centímetros.

Importância econômica

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A carne das raias é considerada de razoável qualidade. A raia frequentemente aparece nos mercados, normalmente fresca. Costuma também ser utilizada como isca por pescadores. São capturadas com o arrasto de rede no fundo das praias.

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Referências

  1. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 446
  2. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p.85

[www.colegiosaofrancisco.com.br] [www.ibb.unesp.br] [www.ns.rc.unesp.br] [www.algosobre.com.br] [www.bomdiabrasil.globo.com] [www.yahoo.com.br]

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