Nebuzaradã
Nebuzaradã é um nome babilônico que significa "Nebo deu descendência".
Chefe da guarda pessoal e figura principal nas forças de Nabucodonosor II por ocasião da destruição de Jerusalém propriamente dita, foi ele quem, em 27 de agosto de 588 a.C., incendiou Jerusalém e destruiu o templo.[1]
Parece que Nebuzaradã não estava presente durante o sítio inicial de Jerusalém e quando sofreu a brecha, porque foi cerca de um mês mais tarde que ele “veio a Jerusalém”, depois de o Rei Zedequias ter sido levado a Nabucodonosor II e ter sido cegado.[2]
De fora da cidade, Nebuzaradã dirigiu as operações babilônicas de destruição da cidade, que começaram “no dia sétimo do mês” (o quinto mês, abe), e que incluíram o saque dos tesouros do templo, a demolição da muralha, lidar com os cativos e permitir que alguns dos mais humildes permanecessem ali.[3] Três dias mais tarde, no dia dez do mês, parece que Nebuzaradã “entrou em Jerusalém”, e, depois duma inspeção, pôs fogo na casa de Jeová e reduziu a cidade a cinzas.[4] Josefo observou que foi no mesmíssimo dia, no dia dez do quinto mês, em que o templo de Salomão foi queimado, que também o templo reconstruído de Herodes foi incendiado, em 70 d.C.[5]
Nebuzaradã, às ordens de Nabucodonosor, libertou Jeremias e falou com ele bondosamente, deixando-o escolher o que queria fazer, oferecendo-se a cuidar dele e concedendo-lhe alguns suprimentos. Nebuzaradã foi também porta-voz do rei de Babilônia na designação de Gedalias como governador sobre os remanescentes ali.[6]
Em 584 a.C., Nebuzaradã levou mais 745 judeus e israelenses para o exílio na Babilônia.[1]