Mosteiro de Tibães

mosteiro católico no município de Braga


O Mosteiro de São Martinho de Tibães, também referido como Mosteiro de Tibães ou Igreja e Mosteiro de Tibães, localiza-se na freguesia de Mire de Tibães, município de Braga, distrito do mesmo nome, em Portugal.[1]

Mosteiro de São Martinho de Tibães
Mosteiro de Tibães
Informações gerais
Tipo antigo mosteiro, igreja, património cultural
Estilo dominante Maneirismo, Barroco
Construção século XVII, século XVIII
Proprietário(a) inicial Ordem de São Bento
Função inicial Religiosa (mosteiro)
Proprietário(a) atual Estado Português
Função atual Religiosa (igreja), cultural (museu) e educativa (escola profissional)
Página oficial Mosteirodetibaes.org
Património de Portugal
Classificação Logotipo Imóvel de Interesse Público
Ano 1944
DGPC 73612
SIPA 1151
Geografia
País Portugal
Localização Mire de Tibães
Coordenadas 41° 33′ 21″ N, 8° 28′ 43″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O conjunto, que engloba a Igreja de Tibães e o Cruzeiro de Tibães, foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.[1]

Mosteiro de Tibães: interior da igreja.

História

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Já se encontra registos de um mosteiro na área no século VI, potencialmente fundado por São Martinho de Dume, e terá sido construído no local de uma antiga vila romana denominada Palatini.

O mosteiro foi reconstruído por D. Velasquides, em 1060, e seria de novo requalificado por D. Paio Guterres da Silva, já entre 1071 e 1078.

Em 1077, foi doada à Sé de Braga.

Em 1110, foi feita uma concessão de carta de Couto por D. Henrique e D. Teresa.

D. Afonso Henriques faria duas doações ao Mosteiro: a primeira em 1135, do Couto de Donim; e a outra em 1140 onde fez a doação de Santa Maria da Estela.

A partir do século XII foi ocupado pela congregação Beneditina.

Em 1554, foi construída a Capela de S. Bento dentro do Mosteiro.

Em 1567, tornou-se a casa-mãe da Ordem para Portugal e Brasil, por bula papal de Pio V.

Os edifícios principais atualmente existentes foram erguidos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.

Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, foi vendido em hasta pública, com excepção da igreja, sacristia e claustro do cemitério.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944.

Manteve-se nas mãos de privados até 1986, quando foi adquirido pelo Estado Português. Desde então iniciou-se o processo de recuperação do espólio.

Pelas suas características singulares, o mosteiro foi o palco escolhido para a XXIII Cimeira Ibérica que se realizou nos dias 18 e 19 de Janeiro de 2008.

Após um investimento de 15 milhões de euros, desde novembro de 2009 uma comunidade da família missionária internacional "Donum Dei", do grupo das Trabalhadoras da Imaculada, pertencente à Ordem Carmelita, está instalada numa ala do mosteiro.

Em 11 de fevereiro de 2010, abriu ao público uma hospedaria com 9 quartos, e o restaurante "Eau Vive de Tibães", com capacidade de 50 pessoas.

Em 21 de janeiro de 2015, a Assembleia da República recomendou ao Governo que classifique o Mosteiro de Tibães como monumento nacional.

Em agosto de 2023, foi colocado em consulta pública o projecto de decisão relativo à classificação da igreja e mosteiro de Tibães, fontes e construções arquitectónicas da respectiva quinta como monumento nacional.[2]

O museu do mosteiro

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Ao longo de sua história, e dada a sua importância no Império Português, o mosteiro reuniu o maior e mais valioso espólio da região. Nele se destacavam desde a pintura, a escultura e a arte sacra, a uma vasta coleção de livros sobre variados temas. Após a alienação do imóvel, em 1834, a maior parte do espólio foi perdido.

O atual museu conserva apenas um fragmento desse espólio, ao qual se somam novas peças relacionadas com a história do mosteiro e a congregação Beneditina. É ainda possível percorrer o "Percurso Museológico", onde se aprecia a área envolvente ao Mosteiro, a sua arquitectura, as ruínas de edifícios anteriores, a mata, os jardins, e diversos campos agrícolas como hortos, pomares, e milheirais.

Ver também

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Referências

Ligações externas

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