Moda na década de 1900
A moda da década de 1900 é conhecida, especialmente na Inglaterra, como período “Eduardiano”, devido ao sucessor da rainha Vitória da Inglaterra, Edward. Até o fim do século, o estilo predominante era o vitoriano, caracterizado pelo uso permanente de espartilhos muito justos para conquistar a silhueta em "S" (busto para frente e quadris para trás). Após a morte da rainha, o ideal de beleza foi se modificando, influenciado pela preferência do rei por mulheres maduras e cabelos grisalhos. Os trajes masculinos não dispensavam o chapéu, sobre-casaca, fraque, além da grande variedade de sapatos que passaram a ser considerados acessórios da moda masculina.
Mantendo seu prestígio como criadora de moda, a França também influenciou o mundo na virada do século, a Belle Époque com toda a sua efervescência foi considerada uma era de ouro da beleza e inovação. Em meados da década de 1900, Paul Poiret revoluciona a moda, deslocando a cintura para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e eliminando o espartilho, trazendo assim um novo conceito de moda pautado no conforto e no luxo dos tecidos leves. É também nesse mesmo cenário que irá despontar em Paris, Gabrielle Chanel, que, nas décadas seguintes, se tornou um grande ícone da moda mundial.
Com a facilidade de comunicação e intercâmbio cultural, a moda européia passou a ser copiada no mundo inteiro, adaptada a todos os climas e camadas sociais.
Moda feminina
editarCom o declínio da anquinha, as mangas começaram a aumentar de tamanho, num estilo bufante, e a silhueta de ampulheta dos anos 1830 tornou-se popular novamente. A silhueta da moda no início do século XX era a de uma mulher confiante, com peito cheio e um corpo com curvas. O "health corset" deste período eliminou a pressão do abdômen e criou uma silhueta curva em forma de "S".[1]
Em 1897, a silhueta diminuiu e alongou-se por uma quantidade considerável. Blusas e vestidos estavam cheios na frente e inchados em uma forma de "peito de pombo" do início do século XX que olhava sobre a cintura estreita, que se inclinava de costas para frente e muitas vezes era acentuada com uma faixa ou cinto. Os decotes foram suportados por coleiras desossadas muito altas.[2]
Galeria
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Ilustração de 1901 mostrando a cintura inclinada, grandes chapéus com fitas e decote alto.
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Três mulheres estadunidenses por volta de 1902.
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Roupa íntima, 1904: camisola, espartilho e anágua.
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Retrato de John Singer Sargent da Miss Eden mostra o peito cheio da moda, decote baixo e massas de cabelo associados à Gibson Girl, 1905.
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Camisa xadrez com com mangas que vão até o cotovelo e luvas longas, cerca de 1905.
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Mangas curtas ou três quartos, Agosto de 1906.
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Mulheres no Rio de Janeiro por volta de 1908.
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Mulher de avental, 1909.
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Vestidos longos com cinturas altas e chapéus grandes, 1909.
Referências
editarReferências
- ↑ Laver, James: The Concise History of Costume and Fashion, Abrams, 1979
- ↑ Vintagefashionguild.org