Milton Nascimento

cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro
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Milton Silva Campos do Nascimento[1] (Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1942) é um cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos artistas da história da música[2] e dono de uma voz primorosa, alcunhada como a "voz de Deus".[3] Carioca de nascença e mineiro de coração (criado em Três Pontas), tornou-se conhecido nacionalmente quando a composição "Travessia" (do próprio e de Fernando Brant) ocupou a segunda posição na edição de 1967 no Festival Internacional da Canção.

Milton Nascimento
Milton Nascimento
Milton em 2014
Informação geral
Nome completo Milton Silva Campos do Nascimento
Também conhecido(a) como Bituca
Nascimento 26 de outubro de 1942 (82 anos)
Local de nascimento Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s)
Ocupação(ões)
Instrumento(s)
Período em atividade 1962–presente
Gravadora(s)
Página oficial miltonnascimento.com.br

Milton Nascimento gravou, ao todo, 34 álbuns, sendo condecorado com cinco estatuetas do Grammy Awards entre as quais se destacaram a de Best World Music Album em 1998 por Nascimento[4][5] e a de Best Contemporary Pop Album em 2000 do Grammy Latino por Crooner.[6]

Teve inúmeras parcerias que regravaram suas canções como Angra, Beto Guedes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Clementina de Jesus, Criolo, Elis Regina, Fafá de Belém, Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Samuel Rosa, Maria Bethânia, Simone, e artistas estrangeiros como Björk, Duran Duran (com quem co-escreveu e gravou a faixa "Breath After Breath" em 1993),[7] Herbie Hancock, Mercedes Sosa, Pat Metheny, Paul Simon, Peter Gabriel, Quincy Jones, Sarah Vaughan & Wayne Shorter.

Milton já se apresentou na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África, vindo a se aposentar dos palcos na capital mineira (onde começou sua carreira) em 13 de novembro de 2022.[8]

Biografia

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Milton nasceu num quarto da pensão de Dona Augusta, na rua Conde de Bonfim 472,[9][10] do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que, como fora abandonada grávida pelo namorado, registrou o filho como mãe solteira. Maria do Carmo criou Milton com ajuda de sua mãe, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e morreu de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó materna, viúva, também empregada doméstica.

Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e, poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.

Foi apelidado de "Bituca" ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado, numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por influência da mãe, que havia estudado com Heitor Villa-Lobos. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner do conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo, grupo musical de baile de Três Pontas.[11]

Milton casou-se no cartório e na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, em 1968, com uma estudante chamada Lurdeca. O casal foi viver em Copacabana, porém o matrimônio durou apenas um mês. Após dois meses separados, veio a anulação do casamento, voltando ao estado civil de solteiro. Teve depois diversas namoradas, uma delas, chamada Kárita, uma socialite paulistana muito rica, que foi sua namorada por mais de cinco anos. Optando por investir seu tempo e dedicação em sua carreira artística, não quis casar e nem ter filhos, apenas mantendo relacionamentos casuais. Vivendo sozinho, Milton, então, decidiu ser pai, e adotou Augusto, seu único filho, que nasceu em 3 de junho de 1993. Milton o conheceu quando o menino tinha 13 anos, em 2006, em Juiz de Fora, cidade em que Augusto residia desde a infância. O filho sempre manteve relação com a mãe, Sandra, mas, desde muito jovem, não tinha qualquer laço com o pai biológico. Milton apegou-se a ele como um pai, e perguntou se ele queria ser seu filho. Augusto aceitou, e passou a se dividir entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Quando o rapaz completou 23 anos, em 2016, foi oficialmente adotado, passando a assinar Augusto Kesrouani do Nascimento, mantendo o sobrenome da mãe, e incluindo o “Nascimento”, do pai. Em entrevistas, Milton revelou que seu filho foi o maior presente que recebeu.

Trajetória profissional

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Milton Nascimento, 1969. Arquivo Nacional.

Gravou a primeira canção, "Barulho de Trem", em 1962. Em Três Pontas integrava, ao lado de Wagner Tiso, o grupo W's Boys, que tocava em bailes. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar Economia, onde, tocando em bares e clubes noturnos, começou a compor com mais frequência; datam dessa época as composições "Novena" e "Gira Girou" (1964), ambas com Márcio Borges.

Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as canções para a peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. Em 1967, segundo o trecho da contracapa do disco Milton e Tamba Trio: "Milton Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em 1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno." No ano anterior,1966, a composição "Canção do Sal" foi gravada por Elis Regina. A convite do músico Eumir Deodato, gravou um LP nos Estados Unidos (Courage), no qual gravaram uma versão de "Travessia" chamada "Bridges". Em 1970 realiza temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo com o conjunto Som Imaginário, destacando-se desse período "Para Lennon e McCartney" (1970, com Fernando Brant, Márcio Borges e Lô Borges) e Clube da Esquina. Participou e compôs a trilha sonora de filmes como Os Deuses e os Mortos (1969, direção de Ruy Guerra), e atuou em Fitzcarraldo (1981, direção de Werner Herzog).

Clube da Esquina

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Milton Nascimento em 1972

Na pensão onde foi morar na capital mineira, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos Borges, Marilton, e Márcio. Dos encontros na esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no tradicional bairro belo-horizontino de Santa Tereza, surgiram os acordes e letras de canções como "Cravo e Canela", "Alunar", "Para Lennon e McCartney", "Trem Azul", "Nada Será Como Antes", "Estrelas", "São Vicente" e "Cais". Aos meninos fãs do The Beatles e do The Platters vieram juntar-se Tavinho Moura, Flavio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Toninho Horta. Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da Esquina, que era duplo.

Milton Nascimento foi convidado por Wayne Shorter a gravar um disco com ele, em 1975. O disco chamava-se Native Dancer e serviu para projetar Milton no mercado norte-americano.

Entre outras canções, há "Maria Maria" (1978, com Fernando Brant), e a interpretação de "Coração de Estudante" (Wagner Tiso), que se tornou o hino das Diretas Já (movimento sócio-político de reivindicação por eleições diretas, 1984) e dos funerais de Tancredo Neves (1985). Posteriormente, a "Canção da América" foi o tema de fundo dos funerais de Ayrton Senna (1994).

Diversificação

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Milton Nascimento em 1979

Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Milton integrou o grupo seleto de intérpretes da MPB que viajaram o país durante dois anos apresentando o projeto. Milton interpretou a canção "Beatriz", composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família suíça proprietária do Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, participou em 1985 do Nordeste Já, versão brasileira do USA for Africa que criou as canções "Chega de Mágoa" e "Seca D'água".

 
O cantor Milton Nascimento e o ex-governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, conversam durante lançamento do selo e da moeda comemorativos dos 50 anos de Brasília

Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival, Milton esteve presente e recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de Fernando Brant e Leonardo Cunha "A Voz Coral" feita especialmente para o homenageado.

Além disso, neste mesmo ano, o cantor, que também é padrinho da banda Roupa Nova, foi homenageado pelo sexteto carioca em uma participação especial no CD/DVD ao vivo da banda na faixa "Nos Bailes da Vida", de composição de Milton, como forma de agradecimento pelo que ele fez para o grupo durante os 30 anos de carreira, já que ambos vieram de 'bailes'.

O diretor Marcelo Flores preparou um filme celebrando os 50 anos de carreira do cantor, Milton - A Voz. Híbrido de documentário e ficção, o filme inclui recriações de passagens da vida de Milton com o músico interpretado por Fabrício Boliveira.[12]

A escola de samba Tom Maior fez de Milton seu enredo para o desfile de 2016 com tema: Travessias de Milton Nascimento, em homenagem aos seus 50 anos de carreira e uma festa com participações do grupo KLB, Sandra de Sá, Fat Family e Erikka Rodrigues.[13]

Em maio de 2015, foi convidado pela Berklee College of Music para ser o homenageado do ano na formatura dos graduandos de 2016 e receber o título de Doutor Honoris Causa daquela instituição, por sua vasta contribuição à música.

Bituca será homenageado pela Portela no carnaval de 2025. Com o enredo "Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol - Uma homenagem a Milton Nascimento", será a primeira vez que a escola contará a história de um personagem importante para o país, de alguém ainda em vida.[14] Será a segunda vez de Milton como enredo na Sapucaí — a primeira havia sido em 1989, com a Unidos do Cabuçu.[15]

Agostinho dos Santos

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Num documentário sobre sua carreira exibido na TV Cultura em 2008, com depoimentos de inúmeros artistas em vários tempos, Milton revelou quem foi um grande divulgador de sua arte no Rio de Janeiro em fins da década de 60. Ele seria solicitado a substituir apressadamente um músico num bar, tocando violão e cantando; à vontade, incluiu na programação várias de suas músicas. Foi nessa apresentação que Agostinho dos Santos — ídolo confesso do fã "Bituca" — conheceu-o, interessou-se pelo seu trabalho e tornou-se um amigo pessoal, levando-o a tiracolo pelo meio artístico e a sociedade carioca do show business, antes de seu trágico desaparecimento.[16]

Elis Regina

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Elegeu Elis Regina como "a grande musa inspiradora" para quem compôs inúmeras canções. A filha de Elis, Maria Rita, teve sua carreira catapultada pelo padrinho Milton Nascimento com a participação no álbum Pietá, cantando as faixas "Voa Bicho", "Vozes do Vento" e "Tristesse".[17] Em seguida a cantora teve entre os sucessos de seu disco de estreia duas composições de Milton, "A Festa" e "Encontros e Despedidas".[18]

Em Portugal

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Além da composição de "A Barca dos Amantes" em parceria com Sérgio Godinho e apresentações pontuais de álbuns como Pietà em 2003, Milton Nascimento apresentou o álbum Novas Bossas em 18 de julho de 2008, em que dançou e cantou no Coliseu dos Recreios.

Aposentadoria dos palcos

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O cantor anunciou em 2021 que não faria mais apresentações nos palcos a partir de 2022, ano da sua última turnê.[19][20]

Discografia

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Álbuns de estúdio

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Álbuns ao vivo

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Álbuns de compilação

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  • Maria Maria / Último Trem (2010)[21]

Homenagens

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Ver também

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Commons
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Referências

  1. «Milton Nascimento | Enciclopédia Itaú Cultural». 27 de outubro de 2022. Consultado em 10 de março de 2023 
  2. «Sai a primeira biografia sobre Milton Nascimento». O Globo. 20 de outubro de 2008. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  3. Julinho Bittencourt (26 de outubro de 2022). «Milton Nascimento: a "voz de Deus" completa 80 anos». Revista Fórum. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  4. «Milton Nascimento | Artist» (em inglês). Grammy. Consultado em 27 de outubro de 2022 
  5. «Milton Nascimento / Prêmios». Site oficial. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  6. «1.a Entrega Anual do Latin GRAMMY GANHADORES & INDICADOS». Grammy. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  7. «Duran Duran - Duran Duran». Discogs. Consultado em 21 de março de 2016 
  8. «Milton Nascimento se despede dos palcos aos 80 anos; Fantástico acompanha os bastidores desta última e comovente sessão de música». Fantástico. 13 de novembro de 2022. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  9. Maraci Sant'ana (16 de fevereiro de 2023). «COMO OUTRA QUALQUER DO PLANETA». Blog Consultório Sentimental. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  10. Claudio Leal (26 de outubro de 2022). «Livro narra saga da mãe de Milton Nascimento, morta quando ele tinha dois anos». Acessa. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  11. «A mineirice de Milton Nascimento». Época. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  12. Ailton Magioli (27 de outubro de 2013). «Milton Nascimento terá trajetória registrada em filme do diretor Marcelo Flores». Portal Uai. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  13. «Milton Nascimento ganha homenagem pelos 50 anos de carreira». Diário de Pernambuco. 5 de agosto de 2015. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  14. Enildo Viola (4 de abril de 2024). «Portela vai homenagear Milton Nascimento no desfile de 2025». g1. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  15. «Sentinela: No dia dos 81 anos de Milton Nascimento, relembre homenagem na Sapucaí». SRZD. 26 de outubro de 2023. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  16. «Mosaicos - A Arte de Milton Nascimento (Parte 4)». YouTube 
  17. «Pablo Milanés e Maria Rita: um encontro que merece se repetir». Época. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  18. «A Dona do Jogo». RollingStone 
  19. «Milton Nascimento anuncia aposentadoria dos palcos no fim de 2022». GZH. 15 de maio de 2022. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  20. «Milton Nascimento anuncia turnê de despedida dos palcos e escolhe BH para o último show». R7. 16 de maio de 2022. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  21. «Milton Nascimento – Maria Maria – Ultimo Trem». Far Out Recordings. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  22. «Anastasia destaca importância de Milton Nascimento para a cultura de Minas Gerais». www.casacivil.mg.gov.br. Secretaria de Estado de Casa Civil e Relações Institucionais. Consultado em 9 de janeiro de 2017 
  23. «Milton Nascimento receberá título de doutor em música nos EUA». g1. 5 de maio de 2016. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  24. «Embaixador internacional do Cruzeiro, Milton Nascimento completa 70 anos». Superesportes. 26 de outubro de 2012. Consultado em 29 de agosto de 2024 
  25. Silvio Essinger; Maria Fortuna (29 de abril de 2023). «Milton Nascimento é escolhido como Personalidade do Ano de 2022 na 20ª edição do Prêmio Faz Diferença» . O Globo. Consultado em 29 de agosto de 2024 

Bibliografia

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  • BORGES, Márcio. Os Sonhos não Envelhecem: Histórias do Clube da Esquina. 1996. Editorial Geração. Postfácio: Milton Nascimento.
  • DOLORES, Maria. Biografia. Travessia: A Vida de Milton Nascimento. 2006. Editora RCB.
  • MEI, Giancarlo. Canto Latino: Origine, Evoluzione e Protagonisti della Música Popolare del Brasile. 2004. Stampa Alternativa-Nuovi Equilibri. Prefácio: Sergio Bardotti. Postfácio: Milton Nascimento.
  • NETTO, Carlos Eduardo. Cais: o aqui e o além da poesia. Poesia e alteridade. Itinerários, Araraquara, n. 8, p. 53-57, 1995. Disponível em: seer.fclar.unesp.br. Acesso em: 2 jun. 2017.

Ligações externas

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