Lecturer

denominação comum em países de língua inglesa para professores universitários no início da carreira acadêmica

Lecturer é uma denominação comum em países de língua inglesa para professores universitários no início da carreira acadêmica, quando possuem um diploma de doutorado ou estão em formação para sua obtenção.

O termo Lecturer tem, nos vários países anglo-saxônicos significados diferentes, o que pode levar a alguma confusão. A tabela a seguir mostra a utilização do termo no contexto da hierarquia acadêmica em países de língua inglesa, mostrando a última coluna sua correspondência na Alemanha:

Reino Unido[1] Austrália/Nova Zelândia Estados Unidos Alemanha
Teaching Fellow Teaching Fellow Lecturer Lehrkraft für besondere Aufgaben sem vínculo funcional, e também Akademischer Rat
Lecturer Lecturer Professor Assistente Juniorprofessur/ Juniordozent, também Tenure
Senior Lecturer Senior Lecturer Professor Associado W2/C3-Professor
Reader/Principal Lecturer Associate Professor Professor Pleno W3/C4-Professor ohne Lehrstuhl bzw. Leitungsfunktion
Professor Professor Distinguished Professor ou Professor W3/C4-Professor mit Lehrstuhl bzw. Leitungsfunktion

Outros países

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Nas universidades da Itália, o lettore ('leitor') é o professor encarregado da exercitar os estudantes na prática de uma língua estrangeira (que frequentemente é a sua língua materna), geralmente auxiliando o professor responsável pelo curso de literatura correspondente.[2]

Nas universidades da França, o título de lecteur ('leitor') corresponde atualmente a um professor de língua estrangeira que ensina a sua língua materna ou na sua língua materna, e que não tem obrigação de pesquisa.[3] Geralmente os leitores são jovens professores recrutados por um período de um ou dois anos.

Em Portugal e no Brasil, lente é a antiga denominação de professor catedrático. De acordo com os estatutos da Universidade de Coimbra de 1653,[4] cabia aos lentes preservar todo o conteúdo das grandes áreas de ensino, apresentado e lido aos alunos, sem nenhuma espécie de questionamento. As aulas eram ministradas em latim, devendo os professores usar um barrete universitário – sendo multados se não o usassem. Com a reforma pombalina da Universidade de Coimbra, em 1772, os novos estatutos reformularam a atuação dos lentes. Apesar das grandes áreas de ensino continuarem demarcadas, abriu-se o caminho do professor para o acompanhamento do aluno, através da indicação de bibliografia e explicação dos conteúdos, em uma tarefa levada mais à compreensão que a memorização. No Brasil, a atuação dos lentes teve início com a criação das primeiras instituições de ensino superior (academias médicas e militares) a partir da transferência da corte portuguesa, em 1808.[5]

Referências