José Ruy
José Ruy Matias Pinto (Amadora, 9 de maio de 1930 – Amadora, 23 de novembro de 2022) foi um pintor, ilustrador e autor de banda desenhada português. É considerado um dos autores da Idade de Ouro da banda desenhada portuguesa, entre as décadas de 1940 e 1960.[1]
José Ruy | |
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Nome completo | José Ruy Matias Pinto |
Nascimento | 9 de maio de 1930 Amadora, Portugal |
Morte | 23 de novembro de 2022 (92 anos) Amadora, Portugal |
Ocupação | pintor, ilustrador e autor de banda desenhada |
Prémios | Medalha de Ouro de Mérito e Dedicação da Câmara Municipal da Amadora |
Biografia
editarNascido na Amadora a 9 de maio de 1930, José Ruy estudou na escola António Arroyo, onde tirou o curso de desenhador litográfico. Em 1944, aos 14 anos, publicou a sua primeira banda desenhada na revista O Papagaio, sobre o presépio.[2]
Posteriormente, José Ruy foi para O Mosquito, onde começou por fazer legendas e separação de cores antes de se estrear como autor na revista em 1952, com a sua obra "O Reino Proibido". A partir daí, deram-se os primeiros passos de um percurso ímpar, que passou por grandes títulos infanto-juvenis, como "Tintin", "Mundo de Aventuras" e "Spirou", e pela edição de vários álbuns, tendo a sua maioria temáticas históricas, biografias de personalidades nacionais ou internacionais e adaptação de outras obras literárias.[3]
José Ruy adaptou várias obras, como A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, "Os Lusíadas", "Levem-me nesse sonho acordado", "A História da Cruz Vermelha", "As Aventuras de Porto Bomvento" e as biografias de Aristides de Sousa Mendes, de Humberto Delgado e de Carolina Beatriz Ângelo. Apesar de trabalhar em várias áreas ligadas ao desenho, foram nas bandas desenhadas e nas adaptações onde José Ruy se destacou.[4]
Dada a sua formação, José Ruy desenvolveu um sistema de cores mais económico para a impressão dos seus álbuns, de maneira a concorrer com as bandas desenhadas ficcionais estrangeiras que eram mais baratas. Além disso, também escolhia temáticas que serviam melhor aos leitores portugueses a quem se dirigia.[5]
A sua última obra foi "O Heroísmo de uma Vitória", publicada em 2020, e até à sua morte trabalhou na adaptação de "Lendas Japonesas" de Wenceslau de Moraes.[6]
Faleceu na Amadora a 23 de novembro de 2022, aos 92 anos e com quase 80 anos de publicação.[7]
A 11 de julho de 2024, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito.[8]
Referências
- ↑ «Morreu José Ruy, o último autor da idade de ouro da BD portuguesa». Jornal de Notícias. 24 de novembro de 2022
- ↑ «Morreu José Ruy». Jornal de Notícias. 24 de novembro de 2022
- ↑ «Morreu o autor de banda desenhada José Ruy aos 92 anos». Diário de Notícias. 24 de novembro de 2022
- ↑ «José Ruy deixa a banda desenhada portuguesa com menos cor». Expresso. 24 de novembro de 2022
- ↑ «Morreu o autor de banda desenhada José Ruy aos 92 anos». RTP Notícias. 24 de novembro de 2022
- ↑ «Morreu José Ruy, o último autor da idade de ouro da banda desenhada portuguesa». Jornal de Notícias. 24 de novembro de 2022
- ↑ «José Ruy (1930-2022)». CM Amadora. 24 de novembro de 2022
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Ruy Matias Pinto". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de agosto de 2024