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Jarl ("guerreiro" ou "nobre"; pl. jarlar) era, nas línguas nórdicas, um título usado na Era Viking e no início da Idade Média (c. 900–1300), para designar o governador de uma região relativamente grande ou o braço-direito de um rei.[1][2][3][4]

Haakon Sigurdsson (Noruega); 970-995

Foi sucessivamente substituído pelo título feudal de duque (em sueco: hertig; em norueguês: hertug; em norueguês: hertug; em latim: dux), nos países nórdicos, e modernamente, por conde (count), na Inglaterra, sendo utilizado até hoje o título de jarl, palavra de origem nórdica, adotada na corte inglesa).[5][2][3][4]

História

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O termo jarl deriva de erilar ("pessoa distinta" em nórdico primitivo) e possivelmente de erǭ ("luta", em germânico primitivo). [6][7]

Na história da Suécia, os jarlas são descritos como governantes locais ou vice-reis indicados pelo rei para governar uma das províncias suecas históricas, como Gotalândia Ocidental, Gotalândia Oriental ou Suídia. Em meados do século X, o título era usado exclusivamente por uma única pessoa, e os líderes locais passaram gradativamente a ser referidos como dux (duque). Antes que o título caísse em desuso, em meados do século XIII, os jarlas suecos eram poderosos, a exemplo de Birger, o Sorridente (?- 1202), Ulf Fase (1221-1247) e Birger Jarl (1210 - 1266), e frequentemente eram os verdadeiros governantes do reino.[8]

Na Noruega, os jarlas aparentemente mantiveram esse papel, e os reis tentaram introduzir um em cada fylke (condado ou distrito) antes que o título fosse usado exclusivamente nas ilhas Órcades, no século XIV.[carece de fontes?]

Hoje, no Reino Unido, os earls são parte do Pariato, estando hierarquicamente abaixo de um marquês (marquess) e acima de um visconde (viscount).[9] Diferentemente de outros termos nobiliárquicos germânicos, earl permaneceu em uso mesmo após a conquista normanda da Inglaterra, não sendo substituída pelo normando count, ainda que a forma feminina countess tenha sido adotada para earl. O historiador Geoffrey Hughes argumenta que provavelmente isto se deu para evitar a proximidade fonética cacofônica com a palavra de calão referente à vagina cunt.[10]

Referências

  1. Orrling, Karin (1995). «Jarl». Vikingatidens ABC (em sueco). Estocolmo: Museu Histórico de Estocolmo. p. 129. 184 páginas. ISBN 91-7192-984-3 
  2. a b «Jarl» (em sueco). Nationalencyklopedin – Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 29 de novembro de 2023. Jarl var tidigast benämning på en högättad man med en regional maktposition. Under övergången till medeltiden knöts jarlen alltmer till kungamakten som innehavare av det högsta ämbetet. 
  3. a b Per G. Norseng. «Jarl» (em norueguês). Store norske leksikon - Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 8 de março de 2016 
  4. a b «Jarl» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi (Grande Enciclopédia Dinamarquesa). Consultado em 8 de março de 2016 
  5. Merriam-Webster Dictionary: earl
  6. Inge Skovgaard-Petersen. «Jarl» (em dinamarquês). Den Store Danske Encyklopædi (Grande Enciclopédia Dinamarquesa). Consultado em 29 de novembro de 2023. urnord. erilar, titler til fornemme personer 
  7. Per G. Norseng e Øystein Lydik Idsø Viken. «Jarl» (em norueguês). Store norske leksikon (Grande Enciclopédia Norueguesa). Consultado em 29 de novembro de 2023. har eit mogleg etymologisk opphav i det urgermanske erǭ, som tyder kamp eller strid 
  8. Lindström, Fredrik; Lindström, Henrik (2006). Svitjods undergång och Sveriges födelse (em sueco). [S.l.]: Albert Bonniers förlag. ISBN 978-91-0-010789-5 
  9. Stevenson, Angus (2007). Shorter Oxford English Dictionary. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-920687-2 
  10. Hughes, Geoffrey (1998). Swearing: A Social History of Foul Language, Oaths and Profanity in English (em inglês). [S.l.]: Penguin Books. Consultado em 9 de fevereiro de 2019 
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