Gersenda de Forcalquier
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Gersenda (ou Garsinda ou Garsenda) de Sabran (c. 1180 - c. 1242/1257) foi condessa de Forcalquier e condessa consorte da Provença por casamento. Ela trouxe Forcalquier para a Casa de Barcelona e o uniu ao Condado da Provença. Ela também foi patrocinadora da literatura occitana, tendo ela mesma escrito alguns poemas líricos e é considerada uma trobairitz (trovadora) como Gersenda de Proensa (ou Proença).
Gersenda de Sabran | |
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Condessa de Forcalquier Condessa da Provença | |
Nascimento | c. 1180 |
Morte | c. 1242/1257 |
Cônjuge | Afonso II da Provença |
Descendência | Raimundo Berengário Gersenda |
Casa | Barcelona |
Pai | Rénier de Sabran |
Mãe | Gersenda de Forcalquier |
Biografia
editarGersenda era filha de Rénier de Sabran, senhor de Caylar e de Ansouis, e de Gersenda de Forcalquier, filha e herdeira de Guilherme IV de Forcalquier, mas que morreu antes do pai, passando o direito de herança para a filha.
União com a Provença
editarTinha apenas treze anos de idade quando, em 1193, seu avô e Afonso II, rei de Aragão, assinaram o Tratado de Aix, pelo qual Gersenda herdaria o Condado de Guilherme e se casaria com o segundo filho de Afonso, que o sucederia como conde da Provença. O casamento aconteceu em Aix-en-Provence, em 1193.
Gersenda foi condessa da Provença como esposa de Afonso II a partir de 1195, e condessa de Forcalquier por direito próprio a partir de 1209. O casal teve dois filhos:
- Raimundo Berengário (c. 1198 - 19 de agosto de 1245), conde da Provença e de Forcalquier;
- Gersenda, casada com Guilherme II, visconde de Béarn.
Regência
editarEm 1209, tanto seu avô quanto seu esposo faleceram, e Gersenda tornou-se a guardiã natural de seu herdeiro, seu filho Raimundo Berengário. No começo, seu cunhado, o rei Pedro II de Aragão, atribuiu a regência do Condado da Provença para seu tio Sancho, mas quando Pedro faleceu, em 1213, Sancho tornou-se regente de Aragão e passou a Provença e Forcalquier para seu filho, Nuno. Surgiu então dissensões entre os catalães e os partidários da condessa, os quais acusavam de Nuno de tentar tomar o lugar de Raimundo Berengário no condado. A aristocracia provençal originalmente aproveitou-se da situação antender a seus próprios interesses, mas enfim acabou se aliando a Gersenda e removeu Nuno, que voltou para a Catalunha. A regência então foi passada para Gersenda e um conselho regencial foi formado com nobres nativos.
Patrocinadora das artes
editarFoi provavelmente durante seu mandato como regente que Gersenda se tornou o foco de um círculo literário de poetas, embora a vida (biografia curta em prosa de um trovador, escrita em occitano) de Elias de Barjols refira-se a seu patrocinador como "Afonso".
Há uma tenzón (estilo de canção occitana favorita dos trovadores) entre uma bona dompna (boa senhora), identificada em um cancioneiro como la contessa de Proessa, e um trovador anônimo. As duas coblas (estrofes) de troca são encontradas em duas ordens diferentes em dois cancioneiros que as preservam. Não é possível saber, portanto, quem falava primeiro, mas a parte da mulher inicia-se assim: Vos q'em semblatz dels corals amadors (Vós sois tão adequado para ser um amante). No poema, a condessa declara seu amor ao interlocutor, que então lhe responde cortesmente, embora com cuidado. Sob algumas interpretações, o trovador é Gui de Cavalhon, cuja vida repete o rumor (provavelmente infundado) de que ele era amante de Gersenda. Gui, todavia, esteve na corte provençal entre 1200 e 1209, empurrando a data da tenzón um pouco para frente.
Elias de Barjols aparentemente "apaixonou-se" por ela quando viúva e compôs canções sobre ela "pelo resto de sua vida", até entrar para um mosteiro. Raimundo Vidal também louvou seu famoso patrocínio aos trovadores.
Últimos anos
editarEm 1220, Guilherme de Sabran, que reivindicava Forcalquier e estava em revolta na região de Sisteron, foi neutrazilado em parte pelo arcebispo de Aix. Entre 1217 e 1220, Gersenda finalmente cedeu as rédeas do governo a seu filho, e se retirou para a Abadia de La Celle.
Acredita-se que tenha falecido em 1242, mas poderia ter vivido ao menos até 1257, quando uma mulher com seu nome fez uma doação para uma igreja sob a condição de que três sacerdotes rezassem por sua alma e pela de seu esposo.
Ligações externas
editar
Precedida por Guilherme IV |
Condessa de Forcalquier 1209 - 1220 |
Sucedida por Raimundo Berengário |
Precedida por Sancha de Castela |
Condessa consorte da Provença 1195 - 1209 |
Sucedida por Beatriz de Saboia |