Forte do Espírito Santo do Porto do Francês
O Forte do Espírito Santo do Porto do Francês localizava-se no morro fronteiro à barra do porto do Francês, hoje praia do Francês, na cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, no litoral do estado brasileiro de Alagoas.
Forte do Espírito Santo do Porto do Francês | |
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Construção | João VI de Portugal (c. 1820) |
Estilo | abaluartado |
Conservação | Desaparecido |
Aberto ao público |
História
editarEsta estrutura foi identificada como Forte do Francês,[1] e referida como Forte do Espírito Santo.[2] Trata-se de fortificação contemporânea das demais da recém-criada Província de Alagoas, na segunda década do século XIX, e visava defender a barra e o porto do Francês,[3] acesso à antiga Capital da Província. Estava guarnecida por um Cabo e três Soldados, sob o comando do 2ª Tenente de Artilharia Francisco José do Rego Lima Barroso, e artilhada com quatro peças, três de calibre 9 e uma de calibre 6.[4]
Provavelmente de faxina e terra, encontrava-se arruinada já em 1830, quando da inspeção das fortificações daquela Província, efetuada pelo tenente-coronel de Artilharia Francisco Samuel da Paz Furtado de Mendonça. Na época, o Comandante das Armas da Província declarou inútil qualquer ação de reparo, face à despesa para tal e ao desinteresse na manutenção da posição defensiva. Foi abandonado em 28 de janeiro de 1832 por imprestável, atendendo o "Cumpra-se" do presidente da Província, Manuel Lobo de Miranda Henriques (1831-1832), em obediência a Decreto Regencial de 20 de dezembro de 1831. As suas três peças restantes não mais funcionavam, conforme informação do mesmo presidente ao Ministro da Guerra.
O Ofício de 6 de agosto de 1834 do presidente da província, Vicente Tomás Pires de Figueiredo Camargo (1833-1834), ao Ministério da Guerra, informou que foram desarmados o Forte de São Pedro de Jaraguá e o Forte do Espírito Santo, considerados inúteis e de dispendiosa manutenção, solicitando, para o atendimento às suas funções defensivas, um brigue de guerra em Jaraguá [5]
Em 9 de dezembro de 1839 a sede do governo da província foi transferida da cidade de Alagoas (hoje Marechal Deodoro) para a de Maceió, perdendo, a primeira, a importância estratégica. Uma das peças abandonadas deste forte foi transportada para Maceió em março de 1940 pelo major Bonifácio da Silveira.[6]
Referências
Bibliografia
editar- BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
- GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
- SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
- TONERA, Roberto. Fortalezas Multimídia: Anhatomirim e mais centenas de fortificações no Brasil e no mundo. Florianópolis: Projeto Fortalezas Multimídia/Editora da UFSC, 2001 (CD-ROM).