Energia eólica

conversão da energia eólica em uma forma útil

Energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como na utilização de aerogeradores para produzir eletricidade, moinhos de vento para produzir energia mecânica ou velas para impulsionar veleiros. A energia eólica, enquanto alternativa aos combustíveis fósseis, é renovável, está permanentemente disponível, pode ser produzida em qualquer região, é limpa, não produz gases de efeito de estufa durante a produção e requer menos terreno.[1] O impacto ambiental é geralmente menos problemático do que o de outras fontes de energia.

Parcela da produção de energia gerada pelo vento (2018)

Os parques eólicos são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais ligados a uma rede de transmissão de energia elétrica, eles ficam localizados em campos abertos. Os parques eólicos de pequena dimensão são usados na produção de energia em áreas isoladas. As companhias de produção elétrica cada vez mais compram o excedente elétrico produzido por aerogeradores domésticos.[2] Existem também parques eólicos ao largo da costa, uma vez que a força do vento é superior e mais estável que em terra e o conjunto tem menor impacto visual, embora o custo de manutenção seja bastante superior. Em 2010, a produção de energia eólica era responsável por mais de 2,5% da eletricidade consumida à escala global, apresentando taxas de crescimento na ordem dos 25% por ano. A energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de oitenta países. Em alguns países, como a Dinamarca, representa mais de um quarto da produção de energia.

A energia do vento é bastante consistente ao longo de intervalos anuais, mas tem variações significativas em escalas de tempo curtas. À medida que cresce a proporção de energia eólica numa determinada região, torna-se necessário aumentar a capacidade da rede de modo a absorver os picos de produção, através do aumento da capacidade de armazenamento, e de recorrer à importação e exportação de eletricidade para regiões adjacentes quando há menos procura ou a produção eólica é insuficiente. As previsões meteorológicas auxiliam o ajustamento da rede de acordo com as variações de produção previstas.[3][4]

História

editar

Energia mecânica

editar
 
A bolina sob o barco a vela oferece resistência lateral à ação do vento, permitindo um avanço gradual através do vento.

A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.

Ao longo de milhares de anos, a força do vento tem sido aproveitada de inúmeras formas, desde o impulso de veleiros e barcos à vela, até à ventilação natural de edifícios. A utilização do vento para produzir energia mecânica surgiu relativamente tarde na Antiguidade. A roda de vento do engenheiro grego Herão de Alexandria, concebida durante o século I d.C., é o mais antigo registro do uso de uma ferramenta destinada a captar a força do vento para alimentar uma máquina.[5][6][7]

Os primeiros moinhos de vento apareceram na Pérsia desde, pelo menos, o século IX, provavelmente desde o século VII.[8] O uso de moinhos tornou-se comum no Médio Oriente e na Ásia Central, chegando mais tarde à para a China e Índia.[5] Por volta do ano 1000, os moinhos eram usados para bombear água do mar até às salinas na China e na Sicília,[9] e a partir do século XI são já usados intensivamente na Europa ocidental na moagem de farinha,[6] e na drenagem de terras alagadas para cultivo ou construção.[10] Os primeiros europeus que vieram à América trouxeram a tecnologia consigo do Velho Continente.[10] Em 1881, William Thomson propôs o uso da energia eólica na ausência. de carvão.[11]

Energia elétrica

editar
 
Turbina eólica de Charles Francis Brush em 1888 gerava 12kW.

Em julho de 1887, James Blyth, um engenheiro escocês, construiu uma turbina com pás de tecido no jardim e aproveitou a eletricidade produzida para carregar acumuladores que usava para iluminar a sua casa.[12] A sua experiência daria origem em 1891 a uma patente. No inverno de 1888, o inventor norte-americano Charles Francis Brush produziu eletricidade através de um gerador alimentado a energia eólica, que fornecia eletricidade à sua residência e laboratório. Na década de 1890, o inventor dinamarquês Poul la Cour construiu geradores eólicos para produzir eletricidade, que usava para produzir hidrogénio e oxigénio através de eletrólise, guardando uma mistura dos dois gases para usar como combustível. La Cour foi o primeiro a descobrir que turbinas que girassem a uma velocidade maior e com menos pás eram as mais eficientes para produzir eletricidade. Em 1904 fundou a Sociedade dos Eletricistas Eólicos.[13]

Em meados da década de 1920, algumas empresas começaram a fabricar aerogeradores elétricos de 1-3 quilowatts,[11] os quais tiveram uma ampla aceitação nas regiões rurais da América do Norte. No entanto, a instalação de redes elétricas públicas durante a década de 1940 e a necessidade de mais energia tornou estes pequenos geradores obsoletos.[14] Em 1931 o engenheiro francês Georges Darrieus obteve uma patente para uma turbina eólica que usava aerofólios ao longo de um eixo vertical para criar a rotação. Desenhou ainda uma turbina de 100 kW, precursora dos geradores horizontais modernos.[15] Em 1956, Johannes Juul, antigo estudante de la Cour, projeta uma turbina com três pás em Gedser, com 200 kW, e que viria a influenciar o desenho das turbinas posteriores.[13]

Em 1975 o Departamento de Energia dos Estados Unidos financiou um projeto de desenvolvimento de turbinas eólicas, gerido pela NASA, com a finalidade de serem incorporadas na rede de distribuição. Estas turbinas experimentais abriram o caminho para grande parte da tecnologia que é hoje usada.[13] Desde então, as turbinas têm aumentado significativamente de tamanho, sendo as maiores capazes de produzir 7,5MW. A potência da turbina é medida em quilowatts (kW) ou megawatts (MW), enquanto que a energia produzida é medida em quilowatts-hora (kWh) e respetivos múltiplos.[16]

No século XXI foi criado interesse pelo chamado hidrogênio "verde".[17] Denomina-se como hidrogênio verde aquele produzido com eletricidade gerada por fontes de energias limpas, como a energia eólica.[18]

Potencial

editar
 
Parque eólico no Texas, Estados Unidos.

O vento é o movimento de ar ao longo da superfície da Terra, sendo afetado por áreas de altas e baixas pressões atmosféricas.[19] O sol não aquece a superfície de forma regular, dependendo de factores como o ângulo de incidência dos raios solares, que difere consoante a latitude e a hora, e se o solo é coberto ou não por vegetação. As grandes massas de água, como os oceanos, aquecem e arrefecem mais lentamente do que em terra. A energia em forma de calor absorvida pela superfície da Terra é transferida para a atmosfera e, uma vez que o ar aquecido é menos denso que o ar frio, sobe acima do ar arrefecido para formar áreas de elevada pressão atmosférica criando diferenciais de pressão. A rotação da Terra arrasta a atmosfera envolvente, o que provoca turbulência. É a conjugação de todos estes fenómenos que provoca a alteração constante do padrão de ventos.[19]

 
Moinhos de vento com um moderno parque eólico ao fundo, nos Países Baixos.

A quantidade total de potência que é em termos económicos é viável explorar a partir do vento é consideravelmente maior que o atual consumo humano de energia a partir de todas as fontes.[20] O Instituto Max Planck apresentou uma estimativa da quantidade total de energia eólica que existe, concluindo que possam ser extraídos entre 18 e 68 TW.[21] Uma outra estimativa, desta vez baseada em medições reais da velocidade do vento, concluiu que possa haver 1 700 TW de energia eólica a uma altitude de 100 m acima do mar e da terra. Destes, 72 a 170 TW poderiam ser extraídos de forma prática e economicamente competitiva.[21] Os mesmos autores mais tarde estimaram ser de 80 TW.[22] No entanto, a investigação na Universidade de Harvard estima uma média de 1 Watt/m² e uma capacidade de 2–10 MW/km² para parques eólicos de grande dimensão, sugerindo que estas estimativas de recursos eólicos totais a nível global estejam sobrestimadas por um factor de 4.[23]

Produção de energia elétrica

editar
 
Componentes de uma turbina eólica: 1-Fundação, 2-Conector à rede elétrica, 3-Torre, 4-Escada, 5-Controle de orientação (Yaw control), 6-Nacelle, 7-Gerador, 8-Anemômetro, 9-Freio elétrico ou mecânico, 10-Caixa de velocidades, 11-Lâmina, 12-Controle de orientação (pitch control), 13-Roda.

Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho que produz com o movimento da hélice um campo magnético na turbina. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).

A tecnologia de instalação da geração eólica pode ser onshore (em terra) ou offshore (marítima), na tecnologia offshore o custo de instalação é mais elevado comparado com onshore, contudo na offshore o potencial de geração é maior. Por este motivo a tecnologia offshore é utilizada em países com pequena extensão territorial ou com pouco espaço disponível para as instalações em terra.

O sistema de geração de energia elétrica pode ser on-grid (interligado à rede) ou off-grid (isolado da rede). No sistema on-grid a geração de energia é interligada à rede elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) o qual é mais utilizado comercialmente. Já no sistema off-grid a geração é isolada da rede convencional trabalhando de forma autônoma, aplicado em regiões rurais ou marítimas afastadas em que não é viável traspor linhas de transmissão.

 
Parque eólico Middelgrunden na Dinamarca.

A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos ressaltar as principais. É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental. Os parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura.[24] O grande potencial eólico no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em 2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética,[25] e no mundo mais de 3,0% de toda a energia elétrica.[26] Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.[27]

No entanto, apesar de todos os pontos positivos se não forem feitos estudos de mapeamento, medição e previsão dos ventos, ela não é uma fonte de energia confiável. Não há muitos dados sobre o regime de ventos no Brasil, e eles costumam serem aproveitáveis somente durante parte do ano. Além disso, os parques eólicos produzem poluição sonora e visual. Também podem interferir na rota migratória de pássaros, e os aerogeradores interferem na paisagem do local. Além disso, todo o equipamento é caro, o que pode inviabilizar a criação de parques eólicos.[28] Quanto ao impacto visual, gera poluição visual devido à alteração da paisagem do local, não que as demais fontes não alterem, como para alguns as pás dos geradores é uma poluição visual, para outros pode ser considerado um atrativo turístico como uma bela alternativa às demais fontes de energia. Em relação à poluição sonora, apesar de não ter pesquisas conclusivas indicando impacto na fauna, deve-se ter cuidado para evitar instalação em corredores de migração de aves ou habitats de reprodução de animais silvestres, e se preciso utilizar linhas de transmissão subterrâneas. Como qualquer máquina, também exige manutenção interna dos aerogeradores que deve ser realizada de forma preventiva e constante. A maior desvantagem é a não regularidade da geração (ou intermitência da geração), pois a geração depende do vento que não são sempre constantes, e nem sempre há vento quando a eletricidade é necessária. Deste modo, como a disponibilidade de energia diária varia de um dia para outro, a geração eólica pode ser menos confiável que as fontes convencionais. Devendo ser alternativa complementar e não substituta na matriz energética.

Por país

editar
 
Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em energia elétrica.

Em 2012 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 282 gigawatts (GW),[29] o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010).[30] Para se ter uma ideia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca de 120 GW e, em 2007, 59 GW.[29]

A capacidade de geração de energia eólica no Brasil vem aumentando ano a ano. Em 2008 era de 341 MW, em 2009 passou 606 MW, e em 2010 atingiu o valor de 920 MW. O Brasil responde por cerca da metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.[31]

Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte eólica, mas em 2008 foi ultrapassada pelos EUA.

Desde 2010 a china é o maior produtor de energia eólica. Em 2020 o total da capacidade instalada nesse país ultrapassava os 288 GW, um aumento de 21% comparado aos 230GW instalados até 2019.[32]

 
Parque eólico próximo a Caen, França.

Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da demanda. Em 2020, 48% da eletricidade consumida na Dinamarca foi gerada por turbinas eólicas, 25% em Portugal, 22% na Espanha, 38% na Irlanda e 27% na Alemanha.[33] Globalmente, a energia eólica é responsável por cerca de 6%[32] da eletricidade gerada. Desde 2011, 83 países usam energia eólica em escala comercial.[34]

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.[35]

 
Evolução do potencial de energia eólica instalado no mundo de 1996 a 2013

A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.

Potência instalada de energia eólica, mundialmente (MW)[32][33][36]
Pos. País 2020
1   China  281.993
2   Estados Unidos 117.744
3   Alemanha 62.184
4   Índia 38.559
5   Espanha 27.089
6   Reino Unido 24.665
7   França  17.382
8   Brasil 17.198
9   Canadá 13.577
10   Itália 10.839
11   Suécia 9.688
12   Austrália 9.457
13   Turquia 8.832
14   México 8.128
15   Holanda 6.600
16   Polônia 6.267
17   Dinamarca 6.235
18   Portugal 5.239
19   Bélgica 4.692
20   Irlanda 4.300
21   Japão 4.206
22   Grécia 4.113
23   Noruega 3.977
24   Áustria 3.224
25   Romênia 3.023
26   África do Sul 2.636
27   Argentina 2.624
28   Finlândia 2.474
29   Chile 2.149
30   Coréia do Sul 1.636
31   Uruguai 1.514
32   Tailândia 1.507
33   Marrocos 1.405
34   Ucrânia 1.402
35   Egito 1.375
36   Paquistão 1.236
37   Rússia 945
38   Taiwan 854
39   Croácia 788
40   Nova Zelândia 784
41   Bulgária 703
42   Vietnam 600
43   Lituânia 539
44   Jordânia 515
45   Colômbia 510
- África 6.491
- Ásia 332.088
- América do Norte 139.448
- América do Sul 24.493
- América Central e Caribe 1.931
- Oceania 10.295
- Oriente Médio 915
- Europa 207.747
- Eurásia 9.867
- Mundial 733.276

Brasil

editar
 Ver artigo principal: Energia eólica no Brasil
 
Parque eólico de Osório, Rio Grande do Sul.

O Brasil possui grande potencial em energia eólica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o território brasileiro tem capacidade para gerar até 522 gigawatts na modalidade onshore (em terra), sem contar as usinas eólicas que podem ser instaladas no mar.[37][38] A capacidade eólica instalada vem crescendo em média 2 GW ao ano desde 2013: somou 2,2 GW em 2013, 4,8 GW em 2014, 7,6 GW em 2015, 10,1 GW em 2016, 12,3 GW em 2017, 14,8 GW em 2018, 15,4 GW em 2019 e 17,2 GW em 2020, o que representa cerca de 3,5% do potencial.[32][39]

A maior fonte de eletricidade do Brasil são as usinas hidrelétricas. Um estudo indica que o país poderia substituir a energia térmica pela energia eólica. Isso porque as usinas termoelétricas só são acionadas durante os períodos de seca, quando os rios ficam mais baixos e as hidrelétricas são insuficientes para produzir toda a energia consumida. Porém, é justamente nesse período que o regime de ventos no Nordeste é mais intenso.[40]

O maior centro de geração de energia eólica do país é o complexo eólico Alto Sertão I, situado na Bahia, com capacidade de gerar até 300 MW,[41] seguido do Parque eólico de Osório, localizado no Rio Grande do Sul, com a capacidade de gerar até 150 MW e ainda tem o Parque Eólico Cerro Chato com capacidade de gerar 91 MW localizado em Santana do Livramento - RS.

A previsão é que a participação da fonte de energia eólica na matriz energética brasileira continua crescendo, como vem acontecendo no resto do mundo, apresentando taxas de crescimento médias de potência instalada superiores a 20%.[42]

Economia

editar
 
Um comboio de lâminas de turbina sendo transportadas por Edenfield, no Reino Unido (2008). Peças de duas lâminas maiores são produzidas e montadas no local, para reduzir a dificuldade de transporte

De acordo com a BusinessGreen, o custo da energia feita por turbinas eólicas atingiram grau de paridade (ou seja, atingiram equivalência) com o custo da energia de fontes tradicionais em algumas áreas da Europa no meio da década de 2000 e nos Estados Unidos em torno do mesmo período. Já em 2010, a queda de preços continua a motivar o nivelado custo baixo e isso vem sugerindo um grau de paridade generalizado pela Europa e, além disso, também assim será nos Estados Unidos em torno de 2016, graças a uma esperada redução no capital de custo de aproximadamente 12%.[43] De acordo com a PolitiFact, é difícil prever se a energia eólica seria viável nos Estados Unidos sem subsídios.[44]

A energia eólica é um capital intensivo, mas não possui custos de combustível.[44] O preço da energia eólica é, portanto, muito mais estável do que os preços voláteis dos combustíveis fósseis.[45] O custo marginal da energia eólica, após a construção da estação, é usualmente menos que 1 cent (0,042 centavos de real) por kW/h.[46]

Entretanto, o custo médio estimado por unidade de energia elétrica deve incorporar o custo de construção da turbina e sistemas de transmissão, empréstimos, retornos para os investidores (inclusive os custos de risco), estimativa anual de produção e outros componentes, além disso, a média da longevidade dos equipamentos projetados, os quais devem estar em excesso após 20 anos. O custo estimado de energia é altamente dependente dessas presunções, então o custo pode diferenciar-se substancialmente. Em 2004, o custo da energia eólica era 1/50 do que custava na década de 1980, e alguns esperavam que essa tendência de queda continuasse na medida que maiores turbinas de vários megawatts fossem produzidas em massa.[47] Em 2012, o capital de custo para turbinas eólicas baixaram substancialmente quando comparadas ao período de 2008-2010 mas ainda continuam em maiores níveis que os de 2002.[48] Num relatório de 2011, a Associação Estadunidense de Energia Eólica afirmou:

O preço da eólica tem caído nos últimos dois anos, numa faixa de 5 até 6 cents por killowatt/hora recentemente [...] quase 2 cents mais barato do que a energia elétrica proveniente da queima de carvão, e mais projetos foram financiados por negociamentos de dívidas do que equidade tributária em estruturas no ano passado, um sinal positivo de que a eólica vem ganhando mais aceitação dos bancos de Wall Street. [...] Os produtores de equipamentos também podem enviar produtos no mesmo ano que seus produtos foram requisitado, ao invés de esperar três anos como era o caso em ciclos anteriores, uma prova clara da maturidade da cadeia de produção. [...] 5,600 MW da nova capacidade instalada está em construção nos Estados Unidos, mais que o dobro até então em comparação com o mesmo período em 2010. Trinta e cinco porcento de toda energia gerada construída nos Estados Unidos desde 2005 tem vindo da eólica, mais que as novas plantas de gás natural e carvão combinadas, à medida que os provedores de energia estão se seduzindo pela eólica como uma proteção conveniente contra movimentos imprevisíveis dos preços das commodities.[49]

Um relatório da Associação Britânica de Energia Eólica fornece um custo médio de geração em solo da energia eólica como em torno de 3,2 pence (R$0,20 - R$0,25) por Kw·h (2005).[50] Em 2006, o custo por unidade de energia produzida foi estimado em 5 a 6 porcento acima do custo para nova geração por carvão e gás natural nos EUA.[51] Em 2011, estudos comparativos no Reino Unido trouxeram resultados similares.[52] Entretanto, também em 2011, a energia de turbinas eólicas pode ser mais barata que as de plantas nucleares e de combustíveis fósseis, também se espera que a energia eólica torne-se a mais barata no futuro.[53] A presença dessa energia, mesmo que subsidiada, pode reduzir os preços aos consumidores (€5 bilhões/ano na Alemanha) reduzindo o custo marginal pela minimização do uso de usinas de pico, que só operam quando há um pico na demanda por eletricidade.[54]

Custo por unidade de energia produzida em 2006 (com o dólar corrigido pela inflação e, após isso, transformado em real)[51]
Energia a base de: Custo por Mw·h

(Em 2006)

Correção da inflação

(com base no dia 23/11/2019)

Vento $55,80 $71,23 (R$298,92)
Carvão $53,10 $67,78 (R$284,44)
Gás natural $52,50 $67,02 (R$281,25)

Um estudo da União Europeia, em 2012, mostra o custo base da energia eólica terrestre como equivalente a da com base em carvão, quando subsídios e externalidades são desconsiderados. Embora a energia eólica ainda tenha muitos subsídios, ela possui um dos menores custos externos, já o carvão (e os combustíveis fósseis no geral) possui um dos maiores.[55]

Impacto ambiental

editar
 Ver também : Energia sustentável
 
Gado pastando perto de uma turbina eólica

O impacto ambiental da energia eólica quando comparado ao dos combustíveis fósseis é relativamente pequeno. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), nas avaliações do potencial de aquecimento global do ciclo de vida das fontes de energia, as turbinas eólicas têm um valor médio entre 12 e 11 (gCO2eq/kWh) dependendo se estão sendo avaliadas as turbinas terrestres ou as marítimas.[56][57] Quando comparadas com outras fontes de energias renováveis, as turbinas eólicas possuem um dos menores potencial de aquecimento global por unidade de energia elétrica gerada.[58]

Fazendas de turbinas terrestres causam um impacto visual significativo, além de um impacto na paisagem.[59] Suas redes de turbinas, estradas de acesso, linhas de transmissão e sub-estações podem resultar em um "alastramento da energia".[60] Nesse tipo de estações, tipicamente se tem a necessidade de cobrir mais terra e de se espalhar mais que em estações de outras energias.[61] Para suprir a demanda energética de uma cidade somente com energia eólica, seria necessário construir fazendas eólicas maiores que a própria cidade.[62] Na maioria das vezes, se precisa construí-las em áreas rurais, o que pode acarretar em uma "industrialização do campo"[63] e perda de habitat.[60] Um relatório do Conselho de Montanhismo Escocês concluiu que as fazendas eólicas trazem um impacto negativo no turismo de áreas conhecidas por sua paisagem natural e visões panorâmicas.[64] Entretanto, a terra entre as turbinas e estradas podem ser utilizadas para agricultura.[65]

A fragmentação e perda de habitat são alguns dos impactos das fazendas eólicas na vida selvagem.[66] Outros relatórios afirmam que as turbinas eólicas afetam os pássaros e morcegos, os quais são até encontrados mortos nas fazenda eólicas, por:

  • Atrapalharem estes animais de diversos modos, como pelo som produzido e por atrapalharem sua visão do solo.
  • Causarem perda do habitat, pois os planejadores muitas vezes falham em considerar o impacto de implementar centenas, e até milhares, de turbinas em áreas importantes para as presas desses pássaros.
  • Colidirem com as pás das turbinas, porque fazendas podem ser construídas em fluxos migratórios destes animais.[67]

A escala do impacto ambiental pode ser significante[68] ou não,[67] dependendo das circunstâncias. A prevenção e mitigação de fatalidades da vida-selvagem, e proteção de turfeiras,[69] afetam a localização e operação de turbinas eólicas.

As turbinas eólicas geram poluição sonora. Dada esta poluição, em áreas residenciais só se pode construir uma turbina eólica numa distância de 300 metros pois ela é capaz de atingir aproximadamente 45 dB, o que é um pouco mais do que o som de uma geladeira domestica. A uma distância de 1,5 km de distância elas se tornam impossíveis de se ouvir.[70][71] Existem relatórios anedóticos de efeitos negativos à saúde pelo barulho em pessoas que vivem bem próximas a turbinas eólicas.[72] Pesquisas revisada por pares, de forma generalizada, não suportam essas ressaltas.[73][74]

A Força Aérea e a Marinha dos Estados Unidos teem expressado preocupações de que grandes turbinas eólicas situadas próximas às bases "terão um impacto negativo nos radares ao ponto que controles de trafego aéreo perderão a localização da aeronave.".[75]

Antes de 2019, diversas lâminas de turbinas eólicas foram feitas de fibras de vidro com modelos que garantiam uma longevidade de 10 a 20 anos.[76] Dada a tecnologia disponível, em fevereiro de 2018 não havia mercado para reciclagem dessas lâminas velhas.[77] Uma opção comum de descarte era levá-las até aterros. Por serem desenhadas para serem ocas, elas tomam um volume enorme quando comparado a sua massa. Com isso em mente, operadores do aterro tem começado a destruírem antes delas serem levadas aos aterros.[76]

Ver também

editar

Referências

  1. Fthenakis, Vasilis; Hyung Chul (1 de agosto de 2009). «Land use and electricity generation: A life-cycle analysis». Renewable and Sustainable Energy Reviews. 13 (6–7): 1465-1474. ISSN 1364-0321. doi:10.1016/j.rser.2008.09.017 
  2. Gipe, Paul (1993). «The Wind Industry's Experience with Aesthetic Criticism». Leonardo. 26 (3): 243–248. JSTOR 1575818. doi:10.2307/1575818 
  3. Platt, Reg (21 January 2013) Wind power delivers too much to ignore, New Scientist.
  4. Platt, Reg; Fitch-Roy, Oscar and Gardner, Paul (August 2012) Beyond the Bluster why Wind Power is an Effective Technology Arquivado em 12 de agosto de 2013, no Wayback Machine.. Institute for Public Policy Research.
  5. a b Hill, Donald R. (maio de 1991). «Mechanical Engineering in the Medieval Near East». Scientific American. 264 (5): 64–69. doi:10.1038/scientificamerican0591-100  (cf. Hill, Donald R., Mechanical Engineering)
  6. a b Lohrmann, Dietrich (1995). «Von der östlichen zur westlichen Windmühle». Archiv für Kulturgeschichte. 77 (1): 1–30 (10ff.) 
  7. Drachmann, A.G. (1961) "Heron's Windmill", Centaurus, 7, pp. 145–151
  8. Hassan, Ahmad Y and Hill, Donald Routledge (1986). Islamic Technology: An illustrated history, p. 54. Cambridge University Press. ISBN 0-521-42239-6.
  9. Kurlansky, Mark (2002) Salt: a world history,Penguin Books, London, ISBN 0-14-200161-9, p. 419
  10. a b Baker, T. Lindsay. «Brief History of Windmills in the New World». Windmillers' Gazette. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  11. a b «World Energy Timeline». Danielyergin.com. 21 de setembro de 2011. Consultado em 11 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2013 
  12. Hardy, Chris (6 de julho de 2010). «Renewable energy and role of Marykirk's James Blyth». The Courier. D. C. Thomson & Co. Ltd. Consultado em 12 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 14 de março de 2012 
  13. a b c NIxon, Niki (17 de outubro de 2008). «Timeline: The history of wind power». The Guardian. Guardian News and Media Limited 
  14. Dodge, Darrell M. «Part 2 – 20th Century Developments». Illustrated history of wind power development. TelosNet Web Development 
  15. «The historical development of the wind turbine». NTNU environmental studies: Wind power. ivt.ntnu.no 
  16. «Enercon E-126 7.5MW still world's biggest». Windpowermonthly.com. 1 de agosto de 2012. Consultado em 11 de janeiro de 2013 
  17. Irvin Jr., Whitaker (3 de janeiro de 2022). «Welcome To The Green Hydrogen Century». Forbes (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2022 
  18. Ribeiro, Isaac (6 de agosto de 2022). «O que é hidrogênio verde? ES pode produzir combustível do futuro». A Gazeta. Consultado em 20 de setembro de 2022 
  19. a b «What is wind?». Renewable UK: Education and careers. Renewable UK. 2010. Consultado em 9 de abril de 2012 
  20. Hurley, Brian. «How Much Wind Energy is there? – Brian Hurley – Wind Site Evaluation Ltd». Claverton Group. Consultado em 8 de abril de 2012 
  21. a b Ananthaswamy, Anil and Le Page, Michael (30 de janeiro de 2012). «Power paradox: Clean might not be green forever». New Scientist 
  22. Jacobson, Mark Z.; Cristina L. (25 de setembro de 2012). «Saturation wind power potential and its implications for wind energy». Proceedings of the National Academy of Sciences (em inglês). 109 (39): 15679-15684. ISSN 0027-8424. PMID 23019353. doi:10.1073/pnas.1208993109 
  23. Adams, Amanda S; David W (1 de março de 2013). «Are global wind power resource estimates overstated?». Environmental Research Letters (em inglês). 8 (1). doi:10.1088/1748-9326/8/1/015021 
  24. «Benefícios da Energia Eólica.». Consultado em 17 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2010 
  25. A energia eólica avança apesar da crise econômica, 21% de aumento na capacidade global instalada, Global Wind Energy Council.
  26. Half-year Report 2011, Página da World Wind Energy Association. Arquivado em 11 de novembro de 2011, no Wayback Machine. (em inglês)
  27. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome wwind2
  28. «Ciência Hoje - De vento em popa». Consultado em 10 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2013 
  29. a b «Global Wind Report Annual market update 2012» (PDF). Global Wind Energy Council. Consultado em 23 de abril de 2013 
  30. Gasto de Energia Brasileiro em janeiro de 2010 bate recorde.[ligação inativa]
  31. Brasil aumentou em 77% capacidade de geração de energia eólica, Folha de S.Paulo.
  32. a b c d Annual Wind Report 2019 (Hrsg.): „GWEC END OF 2020“.(em inglês)
  33. a b Wind Europe (Hrsg.): „Wind energy in Europe: 2020 Statistics and the outlook for 2021-2025“, February 2021. (em inglês)
  34. REN21 (2011). «Renewables 2011: Global Status Report» (PDF). p. 11. Consultado em 3 de março de 2014. Arquivado do original (PDF) em 19 de junho de 2013 
  35. «UNESP: Câmpus de Ilha Solteira - Faculdade de Engenharia». www.feis.unesp.br. Consultado em 22 de agosto de 2016 
  36. «RENEWABLE CAPACITY STATISTICS 2021 página 25» (PDF). Consultado em 25 de maio de 2021 
  37. «Ventos promissores a caminho». Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 22 de janeiro de 2019. Consultado em 22 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2019 
  38. Potencial eólico onshore brasileiro pode ser de 880 GW, indica estudo
  39. RENEWABLE CAPACITY STATISTICS 2021 página 27
  40. «Ciência Hoje - Aposta nos ventos». Consultado em 10 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 21 de janeiro de 2012 
  41. Obras de 14 Parques de Energia Eólica Começam na Região de Guanambi, Governo da Bahia.
  42. Global Wind Report, World Wind Energy Association, 2010.
  43. «Onshore wind to reach grid parity by 2016». www.businessgreen.com (em inglês). 14 de novembro de 2011. Consultado em 17 de novembro de 2019 
  44. a b McDonald, Jessica (16 de julho de 2019). «Does Wind 'Work' Without Subsidies?». FactCheck.org (em inglês). Consultado em 17 de novembro de 2019 
  45. «Capturing the Prevailing Winds for the Benefit of Customers» (PDF). Transmission and Wind Energy. Setembro de 2006. Consultado em 17 de novembro de 2019  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  46. Patel, Mukund R. (2006). Wind and solar power systems: design, analysis, and operation (PDF) 2ª ed. Estados Unidos da América: Taylor & Francis. Consultado em 17 de novembro de 2019 
  47. «Uncle Sam's New Year's Resolution». web.archive.org. 18 de novembro de 2007. Consultado em 17 de novembro de 2019 
  48. «Wind Program Newsletter: LBNL/NREL Analysis Predicts Record Low LCOE for Wind Energy in 2012-2013». web.archive.org. 5 de março de 2012. Consultado em 17 de novembro de 2019 
  49. «Cost of Wind Power -- Kicks Coal's Butt, Better than Natural Gas (& Could Power Your EV for $0.70/gallon)». CleanTechnica (em inglês). 1 de maio de 2011. Consultado em 21 de novembro de 2019 
  50. «"BWEA report on onshore wind costs"» (PDF). BWEA. British Wind Energy Association. 11 de março de 2012. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  51. a b «International Energy Outlook 2006 - Special Topics». www.eia.gov. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  52. Doyle, Guy; Vantsiotis, George (Maio de 2011). «Costs of low-carbon generation technologies» (PDF). Committee on Climate Change. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  53. Armaroli, Nicola; Balzani, Vincenzo (20 de julho de 2011). «Towards an electricity-powered world». Energy & Environmental Science. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  54. Sensfuß, Frank; Ragwitz, Mario; Genoese, Massimo (11 de janeiro de 2008). «"The Merit-Order Effect: A Detailed Analysis of the Price Effect of Renewable Electricity Generation on Spot Market Prices in Germany"» (PDF). Fraunhofer Institute Systems and Innovation Research. Fraunhofer Institute Systems and Innovation Research. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  55. Blok, Kornells (11 de novembro de 2014). «Subsidies and costs of EU energy. Project number: DESNL14583» (PDF). Ecofys. Consultado em 23 de novembro de 2019 
  56. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. 16 de junho de 2014. Consultado em 27 de novembro de 2019 
  57. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. 29 de setembro de 2014. Consultado em 27 de novembro de 2019 
  58. Guezuraga, Begoña; Zauner, Rudolf (Janeiro de 2012). «Life cycle assessment of two different 2 MW class wind turbines». Elsevier. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  59. Kirchhoff, Thomas (2014). «Energiewende und Landschaftsästhetik Versachlichung ästhetischer Bewertungen von Energieanlagen durch Bezugnahme auf drei intersubjektive Landschaftsideale» (PDF). Naturschutz und Landschaftsplanung. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  60. a b Jones, Nathan F. (22 de janeiro de 2015). «The Energy Footprint: How Oil, Natural Gas, and Wind Energy Affect Land for Biodiversity and the Flow of Ecosystem Services». BioScience. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  61. «What are the pros and cons of onshore wind energy?». Grantham Research Institute on climate change and the environment (em inglês). Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  62. «How many wind farms are needed to power the world's major cities?». GEV Wind Power (em inglês). 5 de fevereiro de 2019. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  63. Szarka, Joseph (2007). Wind Power in Europe: Politics, Business and Society. [S.l.]: Springer. 176 páginas 
  64. Gordon, David S. (Novembro de 2017). «Wind farms and tourism in Scotland: A review with a focus on mountaineering and landscape.» (PDF). Mountaineering Scotland. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  65. «BWEA - Frequently Asked Questions». web.archive.org. 19 de abril de 2006. Consultado em 1 de dezembro de 2019 
  66. Jones, Nathan F.; Pejchar, Liba; Kiesecker, Joseph M. (1 de março de 2015). «The Energy Footprint: How Oil, Natural Gas, and Wind Energy Affect Land for Biodiversity and the Flow of Ecosystem Services». BioScience (em inglês). 65 (3): 290–301. ISSN 0006-3568. doi:10.1093/biosci/biu224 
  67. a b «Wind Farms & Climate Change». The RSPB (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  68. «Renewable Energy's Environmental Paradox» (em inglês). 16 de abril de 2009. ISSN 0190-8286 
  69. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. 18 de dezembro de 2013. Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  70. Kellner, Tomas (2 de agosto de 2014). «How Much Noise Does A Wind Turbine Make?». GE Reports (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  71. Gipe, Paul (14 de abril de 1995). Wind Energy Comes of Age (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. ISBN 978-0-471-10924-2 
  72. Gohlke, Julia M.; Hrynkow, Sharon H.; Portier, Christopher J. (junho de 2008). «Health, Economy, and Environment: Sustainable Energy Choices for a Nation». Environmental Health Perspectives. 116 (6): A236–A237. ISSN 0091-6765. PMC 2430245 . PMID 18560493. doi:10.1289/ehp.11602 
  73. Chapman, Simon; Simonetti, Teresa (10 de abril de 2015). «Summary of main conclusions reached in 25 reviews of the research literature on wind farms and health.» (em inglês) 
  74. «Wind gets clean bill of health | The Star». thestar.com (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  75. Watch, National Wind. «Navy, Air Force share concerns about wind turbines». National Wind Watch (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  76. a b Sneve, Joe. «Sioux Falls landfill tightens rules after Iowa dumps dozens of wind turbine blades». Argus Leader (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
  77. Kelley, Rick (18 de fevereiro de 2017). «Retiring worn-out wind turbines could cost billions that nobody has». Valley Morning Star (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2019 
 
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Energia eólica