Rio Ebro
Continente | |
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País | |
Localização | |
Coordenadas |
Comprimento |
930 km |
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Tipo | |
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Bacia hidrográfica | |
Área da bacia |
85 362 km² |
País(es) da bacia hidrográfica | |
Nascente | |
Altitude da nascente |
1980 m |
Afluentes principais |
Rio Jalón Rio Segre Rio Aragón Rio Gállego Guadalope (en) Rio Matarraña Jerea (d) Rio Bayas Rio Zadorra Siurana River (d) Iregua (d) Leza River (d) Río Cidacos (en) Alhama (en) Huerva River (en) Martín River (d) Río Arba (d) Najerilla (en) Rio Tirón Daroca river (d) Queiles (en) Oca (en) Urederra (en) Ginel River (d) Rudrón River (d) Q6115880 Huecha River (d) Q9071923 Rio Oroncillo Nela River (en) barranc de Sant Antoni (d) River Cana (en) Trueba River (d) Inglares (d) Omecillo (d) Q16627234 Q16627316 Q16627344 barranc de Roer (d) Barranc de Vallcorna (d) Ega river (en) Rio Aguasvivas (d) Q13050045 |
Caudal médio |
426 m³/s |
Foz | |
Altitude da foz |
0 m |
O rio Ebro (grego: Ίβηρ, latim: Iberus, catalão: Ebre) é um dos maiores rios da Espanha e da Península Ibérica. Nasce em Fontibre, na Cordilheira Cantábrica (Cantábria), e percorre Miranda do Ebro, Logroño, Saragoça, Flix, Tortosa, Amposta e acaba num delta a desaguar no mar das Baleares (parte do mar Mediterrâneo), na província de Tarragona. É o maior rio inteiramente em solo espanhol.
O seu nome latino: Hiberus Flumen, parece estar relacionado com o nome da península e o dos seus habitantes pré-romanos, os Iberos. Ebro em árabe deve ser transcrito como Ibru.[1] Pode também estar relacionado com a palavra basca ibar (que significa «vale»).
De acordo com um antigo plano hidrológico espanhol, entretanto rejeitado, as águas do Ebro deveriam ser canalizadas e desviadas em parte para abastecer as comunidades autónomas de Valência e Múrcia.
Durante a Guerra Civil Espanhola (1936–1939) foi travada nas suas margens uma das mais decisivas batalhas — a batalha do Ebro.
Características
editarNasce em Fontibre, perto de Reinosa, na Cantábria, percorrendo Miranda de Ebro, Haro, Logroño, Calahorra, Alfaro, Tudela, Alagón, Utebo, Zaragoza, Caspe, Tortosa e Amposta. Os principais maciços montanhosos que delimitam a sua bacia são os Pirenéus a norte, o Sistema Ibérico a sul e os Picos de Europa na sua origem.
O Ebro percorre o Valle de Campoo e a localidade cantábrica de Reinosa, até chegar a norte da província de Burgos, onde banha Miranda de Ebro. Posteriormente entra em La Rioja por Las Conchas, lugar onde antigamente se encontrava a laguna de Bilibio ao ficar o rio bloqueado pelos Montes Obarenes; continua o seu percurso entre amplos meandros por Haro e Labastida para dirigir-se depois para Logroño, Calahorra, Alfaro e entrar na Comunidade Foral de Navarra banhando Castejón, Tudela, El Bocal, Ribaforada, Cabanillas, Fustiñana e Buñuel até entrar em Aragão, onde banha as localidades de Gallur, Alagón, Torres de Berrellén, Utebo, Saragoça, Caspe e Mequinenza; e por último chega à Catalunha atravessando Riba-roja de Ebro, Flix, Ascó, Mora de Ebro, Cherta, Tortosa, Amposta, San Jaime de Enveija e Deltebre (La Cava e Jesús i Maria) (La Cava y Jesús i Maria), onde deságua.
Deságua assim no mar Mediterrâneo (Deltebre vem de Delta do Ebro), próximo a Tortosa e a Amposta, última cidade por onde passa, ambas na província de Tarragona, formando um delta onde a ilha de Buda divide a corrente em dois braços principais (Golas Norte e Sul). O delta do Ebro cobre 330 km² — 20% são áreas naturais e a área restante é agrícola e urbana; os campos de arroz no delta cobrem cerca de 21 000 ha.
O Ebro sofre as suas enchentes mais frequentes na estação fria, de outubro a março, mas por vezes prolongam-se no trecho final até maio; as de estação fria costumam estar ligadas ao regime pluvial oceânico, enquanto as ocorridas na primavera provêm do degelo dos Pirenéus. As secas produzem-se no verão, de julho a outubro, em Miranda de Ebro e de fins de agosto e inícios de setembro em Tortosa.
As águas do Ebro aproveitam-se em numerosos pontos para o regadio mediante os canais Imperial e o de Tauste. O seu caudal é regulado pelas represas de Ebro, Mequinenza e Ribarroxa. Essas fazem com que presentemente o delta sofra um fenómeno geológico chamado regressão, porque detêm os sedimentos que deveriam chegar à foz.
O Ebro é um rio caudaloso mas com caudal irregular, tendo em finais do verão fortes estiagens e na primavera, com o degelo pirenaico, apresenta o seu máximo caudal. Em Tortosa chegou a ter caudal de 32 m³/s em período de seca e mais de 10 000 m³/s em algumas enchentes.
Afluentes principais
editarMargem esquerda
editar- Rio Nela
- Rio Jerea
- Rio Bayas
- Rio Zadorra
- Rio Ega
- Rio Aragón 1300 hm³/ano, sem contar o aporte do Eska
- Rio Arba
- Rio Gállego 1000 hm³/ano
- Rio Aurín
- Rio Escarra
- Rio Caldares
- Rio Aguas Limpias (suporta o pântano da Sarra)
- Rio Guarga
- Rio Asabón
- Rio Sotón
- Rio Segre
- Rio Valira
- Rio Noguera
- Rio Cinca 1615 hm³/ano
Margem direita
editar- Rio Oca
- Rio Oja
- Rio Tirón
- Rio Najerilla (suporta a represa de Mansilla)
- Rio Iregua
- Rio Leza
- Rio Cidacos
- Rio Alhama
- Rio Queiles 20 hm³/ano
- Rio Huecha 40 hm³/ano
- Rio Jalón 650 hm³/ano
- Rio Huerva 35 hm³/ano
- Rio Aguas Vivas 35 hm³/ano
- Rio Martín 60 hm³/ano
- Rio Guadalope 250 hm³/ano
- Rio Matarraña 50 hm³/ano
Ver também
editarOutros artigos
editarReferências
- ↑ Carmen Cortés Zaborras; José M. Bustos Gisbert; María José Hernández Guerrero (2005). La traducción periodística. [S.l.]: Univ de Castilla La Mancha. pp. 190–. ISBN 978-84-8427-379-0. Consultado em 21 de janeiro de 2013