O Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses ou, simplesmente, Dia da Madeira ou Dia da Região, é um feriado regional celebrado a 1 de julho e comemora a autonomia político-administrativa concedida ao arquipélago da Madeira pela Constituição portuguesa de 1976. O dia 1 de julho recorda a data geralmente reconhecida da descoberta da ilha da Madeira pelos portugueses, em 1419, um ano após terem achado o Porto Santo.[1]

Dia da Madeira

Praça da Autonomia
Nome oficial Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses
Outro(s) nome(s) Dia da Região
Celebrado por Região Autónoma da Madeira e comunidades de emigrantes madeirenses
Tipo Histórico
Cor litúrgica azul e amarelo
Data 1 de julho
Tradições comemora a descoberta do arquipélago pelos portugueses e a autonomia concedida pela Constituição de 1976
Frequência anual
Brasão de armas da Madeira
Bandeira da Madeira

O feriado é assinalado em toda a Região com lançamentos de foguetes e girândolas de fogo, uma cerimónia na Assembleia Legislativa, deposição de flores na estátua da Autonomia pelas entidades oficiais da Região e uma missa do Te Deum na Sé do Funchal.[2] Embora seja comemorado oficialmente só na Madeira, a diáspora madeirense comemora-a no mundo inteiro .

História

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Data da descoberta portuguesa da ilha da Madeira

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Segundo a tradição e alguns dos primeiros relatos históricos, os navegadores portugueses, tendo já conhecimento da ilha do Porto Santo desde 1 de novembro de 1418, terão avistado a ilha da Madeira pela primeira vez a 1 de julho de 1419, celebrando uma missa em terra no dia seguinte.[3][1]

Instauração do feriado

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Exatamente dois anos após a queda do regime salazarista em 25 de abril de 1974, entrou em vigor a atual Constituição portuguesa, reconhecendo pela primeira vez autonomia política aos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Vários foram os símbolos paulatinamente adotados pelos órgãos políticos regionais para representar e celebrar essa autonomia: além do feriado regional, a bandeira, o brasão, o hino e nova toponímia e estatuária.[1]

O feriado regional foi criado em 1979 pela Assembleia Regional, que justificou a opção pelo dia 1 de julho, data da descoberta da ilha da Madeira em 1419, em detrimento de 1 de novembro, data da descoberta do Porto Santo em 1418, com o facto de esta última data ser já feriado nacional, o Dia de Todos os Santos.[4] Em 1989, a Assembleia adotaria a designação atual do feriado (Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses), passando a evocar também a diáspora emigrante do arquipélago, após sugestão unânime do II Congresso das Comunidades Madeirenses.[1][5]

Antes, em 1984, com a realização do I Congresso das Comunidades Madeirenses, já tinha sido acrescentado à designação da avenida do Mar, a marginal do Funchal, o epíteto e das Comunidades Madeirenses. Em 1 de julho de 1987, fora ainda inaugurado um monumento alusivo à Autonomia, edificado perto do aeroporto da Madeira, da autoria de Ricardo Veloza. Três anos mais tarde, após a inauguração da praça da Autonomia a 1 de julho de 1990, onde foi acesa a Chama da Autonomia, o monumento viria a ser transferido para a praça.[1]

Ver também

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Referências

  1. a b c d e Vieira, Alberto (coord.); et al. (maio de 2001). História e Autonomia da Madeira. Funchal: Secretaria Regional de Educação. pp. 15–16, 441 e 445 
  2. «Dia da Região Autónoma da Madeira». www.visitmadeira.pt. Consultado em 9 de novembro de 2015 
  3. Veríssimo, Nelson (23 de maio de 2016). «Descobrimento e povoamento do arquipélago da Madeira (datação)». Aprender Madeira. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  4. Feriado instituído pelo Decreto Regional n.º 27/79/M, de 9 de novembro
  5. Dia reintitulado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 1/89/M, de 2 de fevereiro