Copolímero
Copolímero é um plástico (polímero) de adição em que sua cadeia é formada por diferentes (dois ou mais) monômeros. De acordo com a distribuição dos meros nas cadeias poliméricas, os copolímeros podem ser: estatísticos, alternados, em bloco e graftizados (ou enxertados), também é importante a composição do copolímero, dada pelas porcentagens dos comonômeros.[1]
Sua diferença dos homopolímeros é na sua constituição em que podemos visualizar na imagem ao lado.
Exemplos
editarO PP polimerizado a partir do propeno é um polipropileno homopolimero.
O PP polimerizado a partir do propeno e do eteno é um polipropileno copolimero.
Tipos de copolímeros
editarComo um copolímero consiste em pelo menos dois tipos de monômeros (e não unidades estruturais), copolímeros podem ser classificados em como estes monômeros estão arranjadas ao longo da cadeia.
Em copolímeros aleatórios, as unidades de repetição são posicionadas aleatoriamente; nos copolímeros alternados, eles estão em forma ordenada, enquanto nos copolímeros em bloco, os monômeros são posicionados nos terminais; em copolímeros de enxerto, as cadeias de monômeros são posicionadas em locais variados em polímeros hospedeiros. Ter grupos funcionais reativos na estrutura do polímero hospedeiro é um parâmetro essencial para a reação de enxertia;
Estes incluem:
Copolímero aleatório
editarCadeias de copolímeros aleatórias são formadas quando um mínimo de duas subunidades de monômeros diferentes se unem de maneira imprevisível. Não há uma ordem específica ou definida para como os copolímeros aleatórios se unem como é sem consistência. Esses tipos de copolímeros também são às vezes chamados de copolímeros estatísticos. São constituído por cadeias:
-A-A-B-B-A-A-A-B-A-A-B-B-A-B-A-A-A-B-A-A-A-B-B-
Copolímero alternantes
editarAs cadeias de copolímeros alternadas são formadas quando um mínimo de duas subunidades de monômeros diferentes se ligam de maneira alternada e repetitiva. Por exemplo, o nylon 6,6 é um copolímero alternado feito de monômeros repetidos (ácido adípico)-(hexametilenodiamina)-(ácido adípico)-(hexametilenodiamina). São constituído por cadeias:
-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-, ou -(-A-B-)n-
Copolímero em bloco
editarUm homopolímero é uma cadeia de polímeros que foi criada a partir de muitas subunidades repetidas de apenas um tipo de monômero. Um exemplo do mundo real de um homopolímero é o poliestireno, feito de muitas moléculas de estireno interligadas, e outro nome para o isopor usado em xícaras de café.
As cadeias de copolímeros em bloco são formadas quando um mínimo de dois homopolímeros diferentes se unem com uma ligação covalente. Copolímeros em bloco podem ser construídos a partir de dois, três ou mais tipos diferentes de homopolímeros que se juntam. Muitos copolímeros em bloco também são termoplásticos, o que significa que, quando aquecidos, tornam-se macios e podem ser manipulados em diferentes formas. São constituído por cadeias:
-A-A-A-A-A-A-A-B-B-B-B-B-B-B-A-A-A-A-A-A-A-B-B-
Copolímero grafitizado (ou enxertado)
editarAs cadeias de monômeros são posicionadas em locais variados em polímeros hospedeiros e ter grupos funcionais reativos na estrutura do polímero hospedeiro é um parâmetro essencial para a reação de enxertia. São constituído por cadeias:
-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-
- |
- B-B-B-B-B-B-B[2]
Aplicações
editarCopolímeros elastoméricos à base de butadieno
editarSão amplamente utilizados na indústria automotiva, sendo os copolímeros (SBR) e (NBR) os mais proeminentes.
O SBR é de maior importância comercial devido à sua aplicação na produção de pneus. Quando o SBR é usado com o homopolímero de cis-butadieno BR-high, obtém-se um excelente desempenho em aplicações de banda de rodagem de pneus.
Os copolímeros elastoméricos NBR são utilizados em artigos que requerem boa resistência a solventes orgânicos e óleos. Nos últimos anos, as montadoras de automóveis e fabricantes de pneus se preocuparam com o meio ambiente e, por isso, investiram em novos processos sintéticos mais limpos para produzir esses elastômeros.[3]
Copolímero estireno-divinilbenzeno para aplicações de interesse industrial
editarCopolímeros à base de ácido lático e glicólico (PLGA) são amplamente utilizados para liberação controlada de fármacos devido à sua biodegradabilidade e biocompatibilidade. A rota sintética mais utilizada é a polimerização por abertura de anel. Devido ao alto custo desta rota, foram desenvolvidas rotas alternativas, como a policondensação utilizando novos catalisadores. Em 1981, Nevin propôs um método para a produção de PLGA por policondensação, utilizando uma resina de troca iônica fortemente ácida como catalisador para obter um copolímero com peso molecular entre 6-35kDa1.[4]
Síntese de copolímeros acrílicos potencialmente antimaláricos
editarPara obter medicamentos ativos antimaláricos, prolongar o tempo de ação e reduzir a toxicidade, foram sintetizados copolímeros de ácido acrílico e os seguintes agentes ativos sulfadiazina, sulfadimetoxina, sulfadiazina, sulfametoxazol, sulfametoxazol, sulfametoxazol, sulfametoxazol. sulfisoxazol. O princípio adotado é o princípio do atraso.[5]
Análise da viabilidade técnica da utilização do copolímero etileno acetato de vinila (EVA) descartado pela indústria calçadista em misturas asfálticas (processo seco)
editarDevido às propriedades do EVA, acredita-se que ele possa melhorar as propriedades mecânicas e a resistência ao desgaste das misturas asfálticas. Os resultados do estudo que a utilização desse resíduo melhorou significativamente a resistência à fadiga e ao desgaste da mistura, porém a mistura tornou-se mais suscetível à deformação permanente. O tempo de envelhecimento de curta duração provou ser importante porque aumenta a resistência à fadiga e à deformação permanente da mistura.[6]
Entre outras aplicações está o transporte de medicamentos no interior do organismo com o objetivo do controle da libertação da substância.[7]
Terpolímeros
editarOs terpolímeros são um caso particular de copolímero formado por três meros diferentes;[1]
Exemplo de terpolímero
editarTerpolímero de etileno, butilacrilato e glicidilmetacrilato
editarÉ um Terpolímero Elastomérico Reativo (RET) projetado especificamente para o asfalto modificado. No seu nome também há a palavra “reativo”, pois este polímero pode reagir quimicamente com os asfaltenos do asfalto.[8]
ABS
editarÉ formado por três monômeros: acrilonitrila butadieno e estireno. Portanto, não há nenhum ABS homopolimérico.[9]
Referências
- ↑ a b «GLOSSÁRIO DE TERMOS APLICADOS A POLÍMEROS» (PDF). BRASKEM. BOLETIM TÉCNICO (08). 1 de julho de 2002. Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ Maiti; Jana (2019). «Polysaccharide Carriers for Drug Delivery». Science Direct. Woodhead Publishing. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Coutinho; Fernanda; Soares; Rocha (1 de junho de 2007). «Principais Copolímeros Elastoméricos à Base de Butadieno Utilizados na Indústria Automobilística». Polímeros: Ciência e Tecnologia. 17 (4). Consultado em 10 de setembro de 2022
- ↑ Santos. «Síntese de nanocompósitos de óxidos de estanho em copolímero estireno-divinilbenzeno para aplicações de interesse industrial.» (PDF). Sociedade Brasileira de Química (SBQ). 34a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Consultado em 10 de setembro de 2022
- ↑ Lopez; Shima; Silveira; Korolkovas (1 de dezembro de 1992). «Latenciacao de quimioterapicos: II. Sintese de copolimeros acrilicos potencialmente antimalaricos / Antimalarical pro-drugs: II. Synthesis of acryloilcopolymeric derivatives». Biblioteca Virtual de Saúde. Rev. farm. bioquim. Univ. Säo Paulo. Consultado em 10 de setembro de 2022
- ↑ Ildefonso, Jesner (7 de fevereiro de 2007). «Análise da viabilidade técnica da utilização do copolímero etileno acetato de vinila (EVA) descartado pela indústria calçadista em misturas asfálticas (processo seco)». Digital Library of Theses and Dissertations of USP. Digital Library of Theses and Dissertations of USP. Consultado em 10 de setembro de 2022
- ↑ Portal G1. «Exposição em Londres traz imagens microscópicas premiadas». Consultado em 24 de fevereiro de 2010
- ↑ Nunes; Matias; Araújo; Guerra; Mendonça. «CARACTERIZAÇÃO DO TERPOLÍMERO DE ETILENO E DO METACRILATO DE GLICIDLO». Join. Encontro Internacional de Jovens Investigadores
- ↑ KUREK; DOTTO; ARAÚJO; SELLIN (1 de fevereiro de 2015). «AVALIAÇÃO DA MORFOLOGIA DA SUPERFÍCIE DE PEÇAS EM TERPOLÍMERO ABS E EM PVC APÓS CONDICIONAMENTO QUÍMICO». BLUCHER PROCEEDINGS. XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química (2). Consultado em 16 de setembro de 2022