Borametz, também conhecido como o cordeiro vegetal da Tartária, polypodium borametz ou polipódio chinês, é uma planta cuja forma é a de um cordeiro, coberta de pelugem dourada. Eleva-se sobre quatro ou cinco raízes; as plantas morrem ao seu redor e ela se mantém viçosa; quando a cortam sai um sulco sangrento[1]. Os lobos se deliciam em devorá-la. Sir Thomas Browne a descreve no terceiro livro da obra "Pseudoxia Epidemica" (Londres, 1646). Em outros monstros se combinam espécies ou gêneros animais; no borametz, o reino vegetal e o reino animal[2][3].

Ilustração do século 17.

Recordemos, a esse propósito, a mandrágora, que grita como um homem quando a arrancam, e a triste selva dos suicidas em um dos círculos do Inferno, de cujos troncos feridos brotam a um só tempo sangue e palavras[4], e aquela árvore sonhada por Chesterton, que devorou os pássaros aninhados em seus ramos e que, na primavera, deu penas em lugar de folhas.

Referências

  1. «El Borametz». www.ugr.es. Consultado em 27 de julho de 2019 
  2. «Sir Thomas Browne: Pseudodoxia, or Vulgar Errors». penelope.uchicago.edu (em francês). Consultado em 27 de julho de 2019 
  3. Browne, Sir Thomas (1658). Pseudodoxia Epidemica, Or, Enquiries Into Very Many Received Tenents, and Commonly Presumed Truths (em inglês). [S.l.]: E. Dod 
  4. jun 2017 - 09h29, Cesar8002UTB 22. «Fatos e mitos sobre a mandrágora, planta mágica de Hogwarts | O jardineiro casual». VEJA.com. Consultado em 27 de julho de 2019 
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