Bento Prado Júnior

Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior, conhecido como Bento Prado, ou Prado Jr. (Jaú, 21 de agosto de 1937São Carlos, 12 de janeiro de 2007), foi filósofo, escritor, professor, crítico literário, tradutor e poeta brasileiro. Lecionou na Universidade de São Paulo, posteriormente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,[1] e na Universidade Federal de São Carlos. Prado foi um dos principais personagens da construção do estudo de filosofia no país.[2]

Bento Prado Júnior
Nascimento 21 de agosto de 1937
Jaú
Morte 12 de janeiro de 2007
São Carlos
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação escritor, professor, poeta, crítico literário
Empregador(a) Universidade de São Paulo

Carreira e biografia

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Na USP defendeu em 1965 sua tese de livre-docência sobre Henri Bergson. Presença e campo transcendental: consciência e negatividade na filosofia de Bergson, defendida em 1965, só seria lançado em livro no ano de 1988, pela Edusp – em 2002, foi traduzido e publicado na França. Editou apenas mais três títulos: Alguns ensaios, em que reúne artigos de filosofia e de crítica literária (Max Limonad, 1985) e Erro, ilusão, loucura (Editora 34, 2004). Organizou ainda Filosofia da psicanálise (Brasiliense, 1991).

"Todos os estudos que versam sobre Bergson, assim como sobre a fenomenologia francesa do século 20, que inclui autores como Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-Ponty, precisam manter uma interlocução com os livros e ensaios de Bento Prado".

Graduação na USP e pós-doutorado no Centre National de la Recherche Scientifique, professor titular na Universidade Federal de São Carlos.

Produziu obras bastante ecléticas, entre elas: história da filosofia, filosofia da psicanálise, filosofia da linguagem, crítica literária e poesia. É tido, por muitos,[quem?] como um dos maiores ensaístas da filosofia brasileira.

Em 1985, publicou "Alguns Ensaios: Filosofia, Literatura e Psicanálise", obra com que começou a se destacar como escritor.[3]

Foi colaborador da Unicamp, Unesp, PUC-SP e foi professor emérito da USP.[3]

Cassação, exílio, retorno

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Foi aposentado compulsoriamente pela ditadura militar em abril de 1969, na ação conduzida pelo então ministro da Justiça, Gama e Silva, na verdade reitor licenciado da universidade, contra seus próprios colegas, inclusive o vice-reitor em exercício, Hélio Lourenço. Bento Prado Jr. foi cassado juntamente com seu colega José Arthur Giannotti e autoexilou-se na França, de onde somente retornou no final dos anos 1970, para lecionar, primeiro na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo[1] e depois na UFSCar, onde se tornou titular.

Suas obras

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  • "Presença e Campo Transcendental: Consciência e Negatividade na Filosofia de Bergson", Edusp, 1989
  • "Filosofia da Psicanálise", Brasiliense, 1991
  • "Alguns Ensaios", Paz e Terra, 2000
  • "Erro, Ilusão, Loucura" Editora 34, 2004
  • "A retórica de Rousseau e outros ensaios", organizado por Franklin de Mattos, Cosac Naify, 2008
  • "Ipseitas", organizado por Vladimir Safatle, Grupo Autência, 2017

Bibliografia

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Ligações externas

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Referências

  1. a b ACI - PUCSP. «História da PUC-SP». PUC - SP site oficial. Consultado em 10 de fevereiro de 2015. Nos anos 1970, a Universidade contratou professores que haviam deixado as instituições públicas em que trabalhavam, aposentados compulsoriamente pelos militares. Passaram a fazer parte dos quadros da PUC-SP intelectuais como Florestan Fernandes, Octavio Ianni, Bento Prado Jr., José Arthur Gianotti. 
  2. «Bento Prado Júnior morre aos 69 anos». Agência Fapesp. Fapesp. 15 de janeiro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2024 
  3. a b «Morre aos 69 anos Bento Prado Jr.». Folha de S.Paulo. 13 de janeiro de 2007. Consultado em 29 de maio de 2024