Beata Teresa de Portugal
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Agosto de 2021) |
D. Teresa Sanches de Portugal, O.S.B., (Coimbra, 4 de outubro de 1176[2][3] - Lorvão, 18 de junho de 1250[4]) também chamada ao tempo de Tarasia ou Tareja, e mais tarde, a Infanta-Rainha ou Rainha Santa Teresa, era a filha mais velha do rei D. Sancho I de Portugal, e esposa de Afonso IX de Leão.
Teresa de Portugal | |
---|---|
Rainha consorte de Leão | |
Reinado | 1191-1197 |
Rainha titular de Portugal Senhora de Montemor-o-Velho em oposição a Afonso II de Portugal | |
Reinado | 1212-1250 |
Nascimento | 4 de outubro de 1176 |
Coimbra, Reino de Portugal | |
Morte | 18 de junho de 1250 (73 anos) |
Mosteiro de Lorvão, Reino de Portugal | |
Sepultado em | Mosteiro de Lorvão, Reino de Portugal |
Nome completo | Teresa Sanches |
Cônjuge | Afonso IX de Leão |
Descendência | Sancha, Infanta de Leão Fernando Dulce, Infanta de Leão |
Casa | Dinastia de Borgonha (nascimento) Casa de Ivrea (Borgonha) (casamento) |
Pai | Sancho I de Portugal |
Mãe | Dulce de Aragão |
Religião | Cristianismo |
Beata Teresa de Portugal | |
Beatificação | 13 de dezembro de 1705 por Papa Clemente XI |
Festa litúrgica | 20 de junho[1] |
Rainha de Leão
editarTeresa foi mãe de três filhos de Afonso (D. Sancha, D. Dulce e D. Fernando), mas devido ao facto de serem primos, o casamento foi declarado inválido; Teresa regressou então a Portugal, ao Lorvão, onde viria a fundar um convento beneditino ao qual se recolheu; pouco tempo mais tarde, transformou o mosteiro em abadia cisterciense, com mais de trezentas freiras.
Querelas com D. Afonso II de Portugal, seu irmão
editarPor morte de D. Sancho I de Portugal, D. Teresa deveria receber, segundo as disposições testamentárias do pai, o castelo de Montemor-o-Velho, com o resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo.
Isto gerou uma luta com seu irmão D. Afonso II de Portugal, que desejando centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha direito - de facto, sendo casada com o rei de Leão, temia Afonso II que esta pudesse passar aos herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo quase o país ao meio.
O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs D. Sancha e D. Mafalda, tendo-se formado um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante D. Pedro (que se acolheu a Leão sob a protecção de Teresa e tomou algumas praças transmontanas), mas que acabaria por sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho Sancho II resolveu o problema, concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus alcaides de entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas - assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em 1223.
Fim da vida
editarEm 1230, D. Afonso morreu depois de ter tido cinco filhos da sua segunda esposa, Berengária de Castela. Este segundo casamento foi também anulado devido a consanguinidade. Assim, os filhos de ambos os casamentos viriam a disputar a coroa (até porque Afonso deserdara o primogénito do seu segundo casamento, e legara o reino às duas filhas que tivera de D. Teresa). Teresa interveio e permitiu que Fernando III de Castela assumisse o trono leonês.
Após esta querela dinástica, D. Teresa retornou ao Mosteiro de Lorvão e finalmente tomou os votos conventuais após anos de vivência como monja. Aí morreu em 18 de junho de 1250 de causas naturais.
Beatificação
editarEm 13 de Dezembro de 1705, D. Teresa foi beatificada pelo Papa Clemente XI, através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Sancha.
Ver também
editarReferências
- ↑ «Beatas Irmãs: Teresa, Mafalda e Sancha». Canção Nova. Consultado em 29 de dezembro de 2023
- ↑ Mattoso 2014, p. 334.
- ↑ Rodrigues Oliveira 2010, p. 84.
- ↑ Fernandes Marques 2008, p. 141.
Bibliografía
editar- Fernandes Marques, Maria Alegria (2008). Estudos sobre a Ordem de Cister em Portugal. Coímbra: Estudos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. ISBN 972-772-019-6
- Mattoso, José (2014). D. Afonso Henriques 2ª ed. Lisboa: Temas e Debates. ISBN 978-972-759-911-0
- Rodrigues Oliveira, Ana (2010). Rainhas medievais de Portugal. Dezassete mulheres, duas dinastias, quatro séculos de História. Lisboa: A esfera dos livros. ISBN 978-989-626-261-7
Precedida por Urraca Lopes de Haro |
Rainha-consorte de Leão 1191 — 1197 |
Sucedida por Berengária de Castela |