BR-174

rodovia longitudinal que interliga os estados brasileiros de Roraima e Amazonas à Venezuela, num total de 974 quilômetros

A BR-174, também conhecida por ManausBoa Vista, é uma rodovia longitudinal que interliga os estados brasileiros de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Roraima à Venezuela.

BR-174
BR-174
BR-174
Nome popular Manaus–Boa Vista (trecho entre Amazonas e Roraima)
Identificador  BR-174 
Tipo Rodovia longitudinal
Inauguração 23 de novembro de 1998 (pavimentação do trecho Manaus-Pacaraima)

Iniciada em 1970, mediante convênio assinado entre o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e o Ministério do Exército. Foi concluída em 6 de Abril de 1977, após percorrer 971 km entre a Selva Amazônica e os campos Gerais de Roraima.

Extensão 1902[1] km (1181,8 mi)
Projetado: 3319,9 km (2062,9 mi)
Extremos
 • Norte:
 • Sul:

Fronteira Brasil–Venezuela, Pacaraima, Roraima[1]
BR-070, Cáceres, Mato Grosso[1]
Interseções AM-010
AM-240
BR-431
Vicinal 26
BR-210
BR-432
RR-325
Contorno Oeste
BR-410
RR-205
RR-319
RR-203
BR-433.
Rodovias Federais do Brasil
Situação da Rodovia (km):
  • Pavimentada = 1794,2
  • Não pavimentada = 993,80
  • Duplicada = 22,50
  • Em Obra = 51,80
  • Planejada = 457,60

Planejada originalmente para facilitar a ligação da Fronteira Brasil–Venezuela com o restante do Brasil, estava previsto, no antigo Plano Nacional de Rodovias, que a BR-174 se estenderia por 3.319,90 quilômetros.[1][2] Contudo, até hoje vários trechos da rodovia sequer existem e os que chegaram a ser abertos estão sem pavimentação até os dias atuais ou correm concomitante com outras estradas federais e estaduais. Considerando apenas os trechos existentes oficialmente, a rodovia possui 1 902 quilômetros.

É a única ligação de Roraima com o resto do país, sendo sua maior e principal rodovia. Embora iniciada no governo militar, a conclusão de seu asfaltamento e sinalização no trecho norte deu-se somente em 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.[3]

Descrição de trechos

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BR-174 cruzando a floresta amazônica na região de Presidente Figueiredo, no Amazonas

Em seus quase dois mil quilômetros cruza regiões de floresta amazônica e cerrado, além de grandes campos agrícolas.[4][5]

Estados de   Mato Grosso e   Rondônia

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A BR-174 inicia-se no Mato Grosso no entrocamento com a BR-070, próximo da cidade de Cáceres. Dali a rodovia passa por Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Comodoro até Vilhena, já em Rondônia. O trecho Comodoro/Vilhena é concomitante com a BR-364.[6]

De Vilhena a rodovia segue de volta para o Mato Grosso até a cidade de Juína e de lá segue-se perdida entre várias rodovias como a MT-170, MT-208, MT-416, passando pelas cidades de Castanheira, Juruena até "ressurgir" em Colniza; de lá ela segue por mais 148 quilômetros interposta com a MT-206 até desaparecer novamente no distrito colnizense de Guariba.[6] No projeto original, a rodovia deveria seguir rumando ao norte a partir da MT-206 até se cruzar com a Rodovia Transamazônica, já no estado do Amazonas, todavia esse trecho jamais saiu do papel.[6]

Estado do   Amazonas

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(254,1 km)

Estado de   Roraima

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(719,9 km)[7]

  •   Município de Rorainópolis
    • Distrito de Jundiá
    • Distrito de Equador
    • Vila Bragança
    • Distrito de Nova Colina
    • Sede municipal
    • Distrito de Martins Pereira
      Município de Caracaraí
    • Vila Novo Paraíso (Km 500)
    • Vila Petrolina
    • Vila Vista Alegre
    • Sede municipal
      Município de Iracema
    • Sede municipal
      Município de Mucajaí
    • Sede municipal
      Município de Boa Vista
    • Sede municipal
    • Distrito de Monte Cristo
    • Vila de Santa Fé
      Município de Amajari
    • Vila Três Corações
      Município de Pacaraima
    • Sede municipal

  Venezuela (fim da estrada)

A BR-174 termina na fronteira Brasil—Venezuela. Sua continuação dá-se pela venezuelana Estrada 10, rumo à cidade de Santa Elena de Uairén; a partir deste ponto é possível acessar a capital Caracas ou o litoral caribenho do país vizinho. A BR-174 constitui, assim, a única fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela, sendo uma significativa via turística.

Entroncamentos

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Saindo de Manaus, intercepta a AM-010; adiante, na altura de Presidente Figueiredo, recebe a AM-240, que a conecta à vila de Balbina, ainda no Amazonas. Em seguida adentra a reserva indígena dos Waimiri-Atroari, que estende-se por 123 km[8]. Há restrições de tráfego no período noturno neste trecho.

Ainda dentro da reserva, a BR-174 chega a Roraima. A primeira localidade é a vila de Jundiá, município de Rorainópolis, onde há o entroncamento com a BR-431. Adiante encontram-se as vilas de Equador (por onde passa a linha do Equador, inclusive com a existência de um monumento) e Nova Colina (entrocamento com a RR 460).

Mais ao norte passa a cidade de Rorainópolis. Em seguida, no km 500, há o entroncamento com a rodovias BR-210 (que dá acesso aos municípios de São Luiz, São João da Baliza e Caroebe, e também ao estado do Pará) e BR-432; esta localidade é conhecida por Vila Novo Paraíso, município de Caracaraí.

Seguindo-se pela esquerda cruza-se o rio Branco por ponte na altura da cidade de Caracaraí. Adiante há novo entroncamento com a BR-210. A BR-174 alcança mais a norte as cidades de Iracema e Mucajaí, onde há interseção com a RR-325.

Após Mucajaí a BR-174 encontra o Contorno Oeste de Boa Vista e entra na capital roraimense. Aqui, há trevo com a BR-401, para a Guiana. Passado o trecho urbano, a 174 reencontra o Contorno Oeste e a RR-319; segue-se sempre a norte e alcança-se a RR-203 e, depois, a BR-433, num novo trecho de reservas indígenas. Mais à frente encontra-se, por fim, a cidade de Pacaraima, já na fronteira com a Venezuela.

Fechamento de rodovia em reserva indígena

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A rodovia é fechada na reserva indígena Waimiri-Atroari diariamente entre as 18h30 e as 6h do dia seguinte. É recomendável não parar dentro da reserva, pois o seu traçado é ocupado nesse horário por animais selvagens noctívagos e, por indígenas locais que também costumam ter hábitos noctívagos.

Mesmo durante o dia, tem havido muitos atropelamentos de animais no trecho.[9]

Ver também

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Referências