Alumina do Norte do Brasil S.A.
Alumina do Norte do Brasil (Alunorte) é uma empresa brasileira formada a partir de acordo bilateral pelos governos do Brasil e do Japão em 1976, reunindo a empresa Vale S.A. e o consórcio Nippon Amazon Aluminium (NAAC).[1] O acordo tinha como finalidade a integração da cadeia produtiva do alumínio no Pará (bauxita, que é a matéria-prima da alumina).[2]
Alunorte | |
---|---|
Razão social | Alunorte Alumina do Norte do Brasil S/A |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Alumina |
Fundação | 1978 (46 anos) |
Sede | Barcarena, Brasil |
Proprietário(s) | Norsk Hydro (62%)
Glencore (30%) |
Empregados | 2.200 |
Produtos | Alumina |
Website oficial | [1] |
Foi construída em Barcarena, situado a 40 quilômetros de Belém. Em 1995, iniciaram-se as operações.[1][2][3] Em 2010, foi vendida pela Vale à Norsk Hydro.[4][5][6]
A Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo fora da China.[7]
Histórico
editarEm 1977, foi criada a NAAC – Nippon Amazon Aluminium Company, formada por 32 empresas privadas (60%) e o governo japonês (40%). Em razão dos altos custos da energia elétrica no Japão, o governo do país buscou promover investimentos internacionais na área de alumínio, que não era mais produzido no país, embora fosse um dos maiores consumidores mundiais.[8]
Em fevereiro de 1978, o governo brasileiro criou o Programa Especial de Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura do Complexo Alumínico Albrás-Alunorte. Em dia 20 de junho de 1978, foram assinados diversos acordos pela Companha Vale do Rio Doce, Valenorte, Albrás, Alunorte e NAAC.[8]
Foi a planejada a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, tendo em vista que a indústria de alumínio demanda alto consumo de energia. A usina começou a operar em 1984.[9]
A Alunorte foi criada por meio de uma associação entre a Companhia Vale do Rio Doce (60,5%) e a NAAC (39,5%), tendo sido implantada junto à fábrica da Albrás em Barbacena (PA), com objetivo de produzir alumina para abastecer a Albras.[8]
O projeto enfrentou atrasos em virtude da conjuntura do mercado internacional do alumínio, em meados dos anos 1980. O capital da NAAC na empresa foi reduzido e ingressaram novos sócios, como a MRN e CBA, e posteriormente a Norsk Hydro.[8]
A Alunorte iniciou suas operações em 1995, quando foi inaugurado o Depósito de Resíduos Sólidos.[8]
Em 2011, a Vale anunciou a conclusão da transação com a Norsk Hydro ASA (Hydro) para transferir todas as suas participações na Albras - Alumínio Brasileiro, Alunorte - Alumina do Norte do Brasil e Companhia de Alumina do Pará (CAP). A Vale também criou a empresa Mineração Paragominas (Paragominas) e transferiu a mina de bauxita de Paragominas e todos os seus demais direitos minerários de bauxita do Brasil. A Vale vendeu 60% da Paragominas à Hydro e os outros 40% foram vendidos até 2016.[10]
Em 2016, foi inaugurado o Depósito de Resíduos Sólidos 2.[8]
Operação
editarA bauxita que abastece a Alunorte vem da Mineração Paragominas, através de um mineroduto, e da Mineração Rio do Norte (MRN), por meio do porto de Vila do Conde. Uma parte da alumina produzida é exportada e a outra parte é fornecida para a planta de lingotes de alumínio da Albras.[7]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b «Mineração, finanças públicas e desenvolvimento local no município de Barcarena - Pará». Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará (IFCH/UFPA). 20 de abril de 2009. pp. 42–45. Consultado em 27 de setembro de 2023
- ↑ a b «Polo industrial causa danos socioambientais em Barcarena (PA)». verbetes.cetem.gov.br
- ↑ «Alunorte». Norsk Hydro. Consultado em 28 de setembro de 2023
- ↑ «Hydro compra negócios de alumínio da Vale por US$4,9 bi». G1. 2 de maio de 2010. Consultado em 28 de setembro de 2023 – via Reuters
- ↑ «Vale conclui venda de ativos de alumínio para Norsk Hydro». G1. 28 de fevereiro de 2011. Consultado em 28 de setembro de 2023 – via Valor Econômico
- ↑ «Hydro e Glencore firmam parceria para avançar ainda mais no desenvolvimento da Alunorte». Norsk Hydro. Consultado em 28 de setembro de 2023
- ↑ a b «Alunorte». www.hydro.com. Consultado em 5 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d e f MANOEL TEIXEIRA LAGE (2009). «O CRESCIMENTO E ATUAÇÃO DA VALE NO MERCADO DE ALUMÍNIO (1991 – 2000)» (PDF)
- ↑ MANOEL TEIXEIRA LAGE (2009). «O CRESCIMENTO E ATUAÇÃO DA VALE NO MERCADO DE ALUMÍNIO (1991 – 2000)» (PDF)
- ↑ OnLine, Valor (28 de fevereiro de 2011). «Vale conclui venda de ativos de alumínio para Norsk Hydro». Economia. Consultado em 5 de fevereiro de 2024