CPFL Energia

grupo de concessionárias de distribuição de energia elétrica

CPFL Energia é um grupo do setor de energia do Brasil, com sede em Campinas, na Região Metropolitana de Campinas.

CPFL Energia
CPFL Energia
Razão social CPFL Energia S/A
Empresa de capital aberto
Cotação B3CPFE3
NYSE: CPL
Atividade Energia
Gênero Sociedade Anônima
Fundação 16 de novembro de 1912 (112 anos)
Sede Campinas,  São Paulo
Proprietário(s) State Grid (94,75%)[1]
Presidente Gustavo Estrella
Pessoas-chave Gustavo Estrella, (CEO)
Empregados 12.976
Produtos Geração, transmissão, distribuição, comercialização e soluções em energia elétrica
Subsidiárias CPFL Renováveis
CPFL Brasil
CPFL Piratininga
CPFL Paulista
CPFL Santa Cruz
CPFL Geração
RGE
CPFL Serviços
CPFL Eficiência Energética
Envo
CPFL Atende
CPFL Total
NECT
CPFL Transmissão
Epasa
Ceran
Enercan
Foz do Chapecó
Baesa
Paulista Lajeado
Valor de mercado Aumento R$ 30,028 bilhões (Mar/2019)[2]
Lucro Aumento R$ 2,2 bilhões (2018)
Faturamento Aumento R$ 28,1 bilhões (2018)[3]
Significado da sigla Companhia Paulista de Força e Luz
Website oficial www.cpfl.com.br/

História

 
Sede da CPFL em Campinas - 2014.

A CPFL foi fundada por José Balbino de Siqueira e Manfredo Antônio da Costa, dois engenheiros da Escola Politécnica da USP que, acreditando no potencial de um país que começava a se industrializar e ganhar contornos urbanos, foram os grandes responsáveis por consolidar as empresas que forneciam energia para as cidades de Botucatu, São Manuel e Dois Córregos. Nascia, assim, em 16 de novembro de 1912, a Companhia Paulista de Força e Luz a partir da fusão de quatro companhias (Empresa Força e Luz de Botucatu, Empresa Força e Luz de São Manoel, Empresa Força e Luz de Agudos-Pederneiras e Companhia Elétrica do Oeste de São Paulo). Em 1927, a empresa passou do controle privado nacional ao controle estrangeiro através da venda à empresa American & Foreign Power, pertencente a uma subsidiária da General Electric, permanecendo sob seu controle até 1964, quando foi estatizada e encampada pela Eletrobrás.

Em 1973 a CPFL adquiriu a empresa privada do município de São Carlos e Descalvado, à CPE (Companhia Paulista de Eletricidade), que era uma das mais antigas empresas de eletricidade do Brasil. Fundada em 1890, inaugurou a primeira hidrelétrica do estado de São Paulo, a usina de Monjolinho, em julho de 1893.[4].

Em 1975, teve o controle acionário repassado à CESP (Companhia Energética de São Paulo), pertencente ao governo de São Paulo. A empresa se manteve sob controle estatal até novembro de 1997, quando foi privatizada e repassada aos seus controladores na época, o Grupo VBC (Grupo Votorantim, Bradesco e Camargo Correa), além de fundos de pensão, tais como a Previ e a Bonaire Participações (que reúne (Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).[5] A partir dessa privatização houve desmembramentos das regionais e novas regionais foram criadas para melhor redimensionamento e atendimento a população. Em 2007, o Bradesco, através da holding Bradespar vendeu as ações da VBC. Em 2009, a Camargo Corrêa comprou as ações da VBC que pertencia a Votorantim, tornando-se, o único acionista da holding. Hoje a CPFL faz parte da empresa chinesa State Grid Corporation desde 2017.[6]

Em julho de 2021 a CPFL Energia, do grupo chinês State Grid, arrematou a elétrica gaúcha CEEE-T (CEEE Transmissão), do Rio Grande do Sul, em leilão de privatização, por R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13% ante o mínimo previsto.[7]

Atuação

No momento, o Grupo CPFL, através de suas 4 distribuidoras, atua em 687 municípios, numa área de 208.300 km², com 9,6 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, numa área que atende aproximadamente 22 milhões de habitantes.[8]

No ramo de geração, possui capacidade instalada no setor de 3.297 MW, sendo 95,6% de fontes renováveis.

Unificação

Em 2018 ocorreu a unificação das empresas: CPFL Sul Paulista, CPFL Leste Paulista, CPFL Santa Cruz, CPFL Jaguari e CPFL Mococa, criando a CPFL Santa Cruz, que nasce com um faturamento de R$ 882 milhões e lucro de R$ 60,1 milhões. Atendendo aproximadamente 442 mil consumidores. [9]

Em dezembro de 2018, a ANEEL autorizou a incorporação da RGE pela RGE Sul em um único contrato de concessão, sendo confirmada mais tarde pela Comissão de Valores Mobiliários.[10] O nome fantasia que restou da fusão foi simplesmente RGE.[11]

Coligadas

Nome Oficial Nome Principais Municípios Qtde. municípios Estado(s) Consumidores
Companhia Paulista de Força e Luz CPFL Paulista Campinas, Americana, Piracicaba, São Carlos, Araraquara, Bauru, Marília, Ribeirão Preto, Franca, Araçatuba e São José do Rio Preto 234   São Paulo 4.000.000 [12]
Companhia Piratininga de Força e Luz CPFL Piratininga Santos, Sorocaba, Jundiaí e Indaiatuba 27   São Paulo 1.500.000 [13]
RGE Sul Distribuidora de Energia S.A. RGE Caxias do Sul, Canoas, Santa Maria, Gravataí, Novo Hamburgo e São Leopoldo 381   Rio Grande do Sul 2.860.000[14]
Companhia Jaguari de Energia S/A CPFL Santa Cruz Itapetininga, Ourinhos, Avaré, Jacarezinho, Casa Branca, São José do Rio Pardo, Jaguariúna, Pedreira, Mococa, Santa Cruz do Rio Pardo 39   São Paulo (39),   Paraná (3),   Minas Gerais 448.000[15]

Geração de energia

A "CPFL Geração" possui 8 (oito) Usinas Hidrelétricas (UHEs), 42 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 1 (uma) Usina Termelétrica (UTE), 6 CGHs, 45 parques eólicos, 8 Usiinas a Biomassa e 1 Usina Solar Fotovoltaica. No total, alcançam uma potência instalada de 3.297,1 MW.

Algumas usinas

Outras áreas

Cultura

O braço da empresa que financia projetos culturais é a CPFL Cultura. Criada em 2003, conta com palestras, debates, cinema, teatro e exposições de arte. Coloca artistas, intelectuais e especialistas em contato com diferentes públicos para a discussão de grandes temas. Esses encontros dão origem a produtos culturais, como as séries televisivas Café Filosófico e Invenção do Contemporâneo, exibidas pela TV Cultura e pelas plataformas digitais.[16]

Participação em bolsa

A CPFL está presente na B3 e na NYSE.

Galeria

Ver também

Referências

Ligações externas